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Habana Blues


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Sempre me fascinou Cuba. Não apenas pela óbvia questão política e de resistência, mas pela cultura – uma parte muito bem retratada por filmes como Buena Vista Social Club, do diretor alemão Wim Wenders – e por todas as questões sociais oriundas justamente do bloqueio imposto desde a Revolução Cubana. Além do já citado Buena Vista Social Club, que é um documentário, outro filme que tinha me impressionado sobre um artista em Cuba é Before Night Falls, do diretor Julian Schnabel. Mas agora, tempos depois, assisto a esse Habana Blues. Mais despretensioso que os outros dois, esse filme me surpreendeu ao tocar em vários pontos do cotidiano das pessoas comuns – ainda que retrate um entorno de artistas – em Cuba que lutam por sobreviver e por uma vida melhor. Parte deles sofrendo para sair do país e parte sofrendo para ficar. Realmente um filme despretensioso que vale a pena, especialmente pela música variada que apresenta e pela falta de discurso político – ainda que, inevitavelmente, ele não fuja dele totalmente.

A HISTÓRIA: Ruy (Alberto Joel García Osorio, ou apenas Alberto Yoel) e Tito (Roberto Sanmartín) sou dois amigos que lutam para fazer música em Havana, Cuba. Junto com outros amigos e músicos, eles acabam de gravar o seu primeiro CD por conta própria e preparam um concerto para celebrar o seu trabalho em conjunto em um antigo teatro ameaçado de fechar. Enquanto correm atrás para divulgar o seu trabalho, eles conhecem dois produtores espanhóis, Marta (Marta Calvó) e Lorenzo (Roger Pera), para quem acabam apresentando a cidade e outros artistas. Quando são chamados pelos produtores a assinarem um contrato, os amigos ficam divididos pelas escolham que devem fazer. Enquanto isso, Ruy também sofre com a possibilidade de ver a sua ex-mulher, Caridad (Yailene Sierra) sair de Cuba com seus dois filhos, Lucía (Mayra Rodríguez) e Carlitos (Ernesto Escalona) em busca de uma vida melhor nos Estados Unidos.

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que parte da crítica à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só prossiga lendo quem já assistiu a Habana Blues): O interessante do filme é que ele tem vários níveis de compreensão, discussão e temas. Mas, mais que isso, ele mostra uma Havana não muito visível aos olhos do mundo. Se vê muito as ruas e as pessoas comuns da cidade, em takes que parecem quase de documentário. É um elemento a mais de uma história que é ficcional mas que poderia ser real.

Como dizia antes, sempre me interessou Cuba, mas nunca tive a oportunidade de viajar até aquele país ou de conhecer cubanos, até que vim viver em Madrid. Aqui, logo que cheguei, dividi apartamento com um cubano. Depois, trabalhando como garçonete, conheci outros cubanos com quem tive a oportunidade de falar sobre Cuba e a vida naquele país. Vendo a Habana Blues lembrei de muitas conversas com essas pessoas.

O filme realmente tem muitos nuances interessantes. Ele só é o que é porque foi produzido por três países: Cuba, Espanha e França. Digo isso porque, se fosse um filme apenas cubano, talvez caísse no erro de ser um discurso político, poderia apenas defender a “causa da revolução” ou a bandeira cubana. E para ouvirmos um discurso político não faz falta um filme, basta procurar as declarações de Fidel ou de outros políticos cubanos. Mas o que interessa mesmo, na minha opinião, são os discursos, a vida e os sonhos das pessoas comuns de Cuba. E boa parte disso se vê em Habana Blues.

O filme fala desde a luta para sobreviver no país até a vontade de muitos em sair de lá, de se verem livre de uma realidade em que eles não tem muitas opções ou conforto. Ao mesmo tempo, eles sentem orgulho de serem cubanos, vivem a sua pátria, ainda que os personagens principais não queiram sabem de política ou de revolução. Eles são, na verdade, pessoas comuns que buscam melhorar de vida. Se por um lado há pessoas como Ruy, Tito e todos os demais músicos, que vivem por cantar as suas músicas e buscam serem reconhecidos, há outros que lutam simplesmente por dar uma vida melhor para seus filhos, como Caridad.

Mas além do tema de como se vive em Havana, existe outros temas por detrás, como com que tipo de arte se pode viver – com a comercial, dos “vendidos”, para que se sobreviva, ou com a arte “marginal”, “maldita”, dos que não se rendem ao mercado e que fazem isso para sobreviver a sua maneira também -; ou que tipo de preço uma pessoa está preparada a pagar para conseguir ter uma oportunidade de crescer; ou sobre o controle do governo na vida das pessoas a ponto de dizer o que acha que é de interesse da maioria ou não – mas sem consultar ninguém, especialmente os interessados, a respeito. Também está aí, nas entrelinhas, o gosto de muitos cubanos pela bebida, pelas festas, pelas telenovelas… assim como a necessidade prática de comprar comida, roupa e demais necessidades “por fora”, pagando mais do próprio bolso, porque de outra maneira não se consegue. Assim como o envio de dinheiro fundamental das pessoas que estão fora do país para quem ainda permanece lá. Enfim, são muitos temas muito reais que o filme trata.

Na minha opinião, um filme assim só poderia ter sido feito por cubanos. Por isso a minha surpresa ao saber que grande parte dos atores é, de fato, cubana, mas que os nomes principais envolvidos na história são espanhóis. O diretor, Benito Zambrano, por exemplo, é espanhol, de Sevilla. Ele faz um trabalho muito bom, é muito competente no manejo da história e no destaque que dá para a “vida comum” de Havana. Ele é o responsável pelo roteiro junto com Ernesto Chao, outro espanhol, nascido em Ribadavia, na Galícia. Muito interessante como os dois, sem serem cubanos, entenderam tão bem o espírito do cotidiano das pessoas comuns de Cuba – ao menos penso isso ao lembrar das histórias que meus amigos contaram de lá, já que eu, pessoalmente, ainda não conheço Cuba.

Mas o elenco é praticamente todo formado por cubanos: desde os já citados Alberto Joel García Osorio, Roberto Sanmartín e Yailene Sierra, até os demais atores que interpretam os diferentes músicos da história.

Outro tema interessante que o filme aborda é como os “extranjeiros” interessados nos artistas cubanos buscam colocá-los, na maioria das vezes, dentro de estigmas, ou seja, dentro de um discurso pré-fabricado político anti-sistema cubano. Essa parte crítica do filme achei bem interessante. É o único discurso mais político do filme. O curioso é que tenta “purgar” a culpa dos produtores espanhóis dizendo que o parceiro da produtora, dos Estados Unidos, é que está pedindo que os músicos que assinarem o contrato sejam “independentes”, que se finjam de “malditos” e que, desta forma, possam vender um discurso político contra o seu próprio país. Nesse momento que Ruy questiona o contrato e coloca na balança uma decisão que ele sabe o que vai acarretar: a proibição de no futuro voltar ao seu país. Isso já aconteceu com muita gente e continua acontecendo. E eu só consigo imaginar o quanto duro deve ser você abrir mão pra sempre do seu país.

Um filme completo e divertido, com algumas realmente muito boas, com sonoridade e letras emocionantes. Vale a pena.

NOTA: 9,8.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Habana Blues é um filme, como eu disse anteriormente, de co-produção cubana, espanhola e francesa. Ele foi lançado em 2005 – e eu, cabeçona, o havia baixado faz tempo mas me havia esquecido dele.

Como diz nos créditos finais, o filme todo foi filmado em Havana e em Cienfuegos (a parte do teatro).

A produtora responsável pelo filme, a Maestranza Films, foi responsável também por uma série de filmes que parecem interessantes produzidos desde 1990. Entre eles, ouvi falar bem – mas ainda não assisti – a Solas e Los Aires Dificiles. A conferir.

Habana Blues recebeu uma nota 7,3 dos usuários do IMDb. Acho pouco. Merecia, pelo menos, um 9.

Essa produção participou de vários festivais e ganhou alguns prêmios. Entre eles, destaque para alguns prêmios como melhor música e, no caso dos Prêmios Goya, da Espanha, também para a edição feita por Fernando Pardo.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 25 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing, professora universitária (cursos de graduação e pós-graduação) e, atualmente, atuo como empreendedora após criar a minha própria empresa na área da comunicação.

21 respostas em “Habana Blues”

tu gostou desse filme mesmo…eu nao gostei nada…aliás, nao gostei MESMO.
uaaaaaaaaaa
dps falamos melhor.
amiga, tenho um problema, leio todos os spoilers, hahahhaha
beijocas

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Oi garota!

Pois sim, gostei do filme. Como eu disse no meu comentário, gostei dele especialmente por não ter nenhuma pretensão de ser “grandes coisa” e porque ele trata da vida das pessoas comuns de uma maneira muito leve e sem “discurso político”. Gostei porque a cada momento via na tela alguma característica cubana que ouvi da boca de pessoas que viveram lá e que tem família ali, mas que tiveram que sair de Cuba para tentar uma melhor oportunidade de vida.
Então eu lembrava de detalhes a cada minuto… do gosto dele pelas novelas, da dificuldade de conseguir alimentos e demais produtos – e do inevitável “mercado paralelo” que rola ali muito forte -, do problema em querer uma vida melhor e, ao mesmo tempo, de talvez abandonar o país para o resto da sua existência. Achei o filme bem realista e “popular” por essas questões todas. Gostei mesmo.

Sobre os spoilers… realmente, não sei como vc consegue. Eu não gosto nada de saber dos filmes aintes, ainda mais de saber informações muitas vezes cruciais, como estas que publico nos spoilers. Mas se vc gosta, que fazer? Escolha sua… hehehehehe

Muito bom receber tua visita por aqui. Volte sempre!!! Beijos

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Gostar do filme é pouco. Assisti há dois ou três dias e somente agora lembrei-me de procurar por críticas. A maioria ate agora encontradas por sinal, mais parecia um stoyline mal feito, enquanto que esta conseguiu captar um ou outro ponto do filme que também me tocou. Alias, estava lembrando de algumas cenas do filme e de pronto já me emocionei. É um filme fascinante. Ao entrar na sala, logo veio a frustração: a história de uns músicos jovens e bonitões que se vendem para uma produtora espanhola. Ridículo. Mas, como já estava no cinema, tá, permanece, quem sabe melhora… E como melhorou.
A medida que as cenas se passavam, a casca foi se quebrando e os personagens adquiriam grande profundidade e o universo que até então lhes pertencia apenas, começa a tocar, envolver. E muito graças as canções que tem este quê de mágica, de absurdo. , música é algo perigoso, afinal. porque encanta, faz da gente criança. E na verdade, nunca vi um filme que conseguisse explorar tão bem a trilha sonora quanto Habana Blues.
Diferente do que vocês percebram, e todos os outros críticos que li até então, eu senti muito de discurso político sim. Mas falar sobre política não se trata apenas de abrir a boca e dizer “você quer morar para sempre neste país, ruy?” Acho que o discurso estava implícito nas imagens apresentadas, estava em Caridad usar o telefone da vizinha naquele mecanismo precário, estava na repetição constante de figurino (o que não acontece noutros filmes), estava em cada vez que Ruy aparecia andando de bicicleta, no carrão velho de Tito, no discurso de Gorki entre outros tantos pontos que nos fazem refletir sobre a realidade cubana.
(to me “instigando”, já já escrevo uma crítica aqui..rs)
, mas, voltando, é um filme lindo, válido e cativante. Atuação brilhante, dentro do possível, principalmente por parte de Yailene Sierra.
, e como Alessandra, eu também não gosto de ver spoilers não.

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Olá Tábata.

Primeiro de tudo, seja muito bem-vinda a esse meu humilde blog. Fico feliz que tenhas encontrado a crítica que eu escrevi e que tenhas gostado.

Concordo contigo que Habana Blues é um filme fascinante. Realmente. E merece ser visto por muita gente. Ainda que não tenha o “cartaz” por não se tratar de um filme de Wim Wenders – diretor que respeito muito -, se é que você me entende.

Realmente, o filme só é o que é graças as canções, uma mais perfeita que a outra para aqueles momentos vividos. Música e a arte bem feita em geral são perigosas sim… não à toa os regimes menos democráticos que o mundo teve (e segue tendo) sabem disso e proíbem os seus artistas de falarem o que pensam.

Tábata, sobre o discurso político… não sei se me expressei mal na crítica, mas o que eu quis dizer é que Habana Blues não tem aquele discurso político descarado, com falas e mais falas a favor ou contra de Fidel e do socialismo em Cuba. O roteiro não é explícito, entende? Mas claro que é um filme político em sua “simplicidade”, ao mostrar como a gente simples de Cuba vive e o que elas buscam fora do país. Assim como é político ao mostrar a “contra-corrente”, ou seja, os espanhóis e demais “gringos” que vão para Cuba atrás de matéria-prima para forrar os seus bolsos, atrás de um discurso socialista que, muitas vezes, a gente do país não vive. Concordo contigo que há política no telefone da vizinha, no cara que vende alimentos “por debaixo do pano” e em tantas outras “sacadas” dos roteiristas. Tudo isso é política sim, também é discurso, mas não algo óbvio, manjado ou que pretende “catequisar” alguém, entende?

Como eu disse antes, seja muito bem-vinda por aqui. Espero que continues criticando os filmes e minhas críticas também… hehehehehehe. E, claro, sempre terás espaço para escrever tuas próprias críticas.

Um grande abraço!

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Vi o filme ontem e me apaixonei…
Delicado e mostra um lado que a nossa midia (a maioria dela) deixa de lado, que a cultura de Cuba e o amor que os cubanos sentem pelo país, apesar dos problemas politicos de lá…
entendi quando tu falou da parte politica…
No filme, a politica é tratada de forma sutil…ficando em segundo plano contornando os desejos e anseios dos personagem…
Uma das partes que me fizeram quase chorar é a declaraçao dos personagens no final do filme… declaraçao de amor à Havana, a Cuba… um outro olhar que precisamos ter…
um outro olhar para não aceitarmos a imagem caricata que nos empurram..
Cuba não é só o regime politico imposto por Fidel ou o isolamento da ilha…
Cuba é vida que pulsa… mesmo que abafada
é escolha e renuncia, por um sonho, uma vida melhor, e amor apesar das amarras …

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Oi Fabiana!

Obrigada por tua visita e pelo teu comentário. Espero que ambos se repitam muitas vezes!

Realmente, Habana Blues é uma delícia. Concordo contigo que o filme mostra toda uma “face” de Cuba que a grande mídia não mostra. Nada como pessoas que vivem uma realidade contarem ela pra gente, não é mesmo? E ainda que o diretor e roteirista seja espanhol, ele “bebe” totalmente da fonte e formou boa parte de sua equipe com pessoas de Cuba. Isso faz a diferença.

Com certeza, a política não é o foco principal. Ela permeia tudo, é claro, como em muitos outros filmes – e na nossa realidade -, mas não é um filme partidário, que tenta “vestir a camisa de Cuba”, defendendo com viseiras tudo que acontece ali. Não, pelo contrário. Ele mostra uma parte considerável – mas não toda, é claro – da dificuldade das pessoas que vivem por lá mas, também, mostra como elas tem orgulho de seu país, de sua gente, da luta que eles começaram por um mundo diferente há várias décadas atrás. Isso é muito bacana. Uma visão que foge do estereótipo de “Cuba suja” ou de “Cuba linda” que é defendida por diferentes correntes ideológicas. É um filme sobre pessoas comuns que tem sonhos e que lutam para sobreviver. Uma história que, guardada algumas peculariedade do país, poderia quase ser contada tendo como pano-de-fundo qualquer parte dos países que não são “desenvolvidos”.

E estás certíssima em dizer que “Cuba é vida que pulsa”, com certeza! Ainda que com muitos desafios e limitações, como em tantos outros países. Gostei muito do teu comentário! Espero que voltes aqui muitas vezes ainda, também para comentar sobre outros filmes.

Um abraço!

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Olá a todas, eu também compartilho da curiosidade da Alessandra sobre Cuba e tenho muita vontade de conhecer Havana. Assisti o filme por acaso em uma tarde chuvosa, estava passeando pelos canais da tv a cabo e acabei ouvindo uma bela canção, na hora me interessei pelo filme e acabei vendo pela metade, fiquei facinado por tudo que vi e me pus a procurar em várias locadoras e até na internet, por fim arrumei uma cópia com uma amiga e consegui assisti-lo inteiro. Sem duvida o filme é maravilhoso em todos os aspectos, mas o que dizer (risos), vocês já disseram tudo, parabéns pelas críticas e comentários, é bom saber que o filme marcou tanto outras pessoas, quanto me marcou. Beijos, Rubens…

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Oi Rubens!!

Antes de qualquer outra coisa, seja bem-vindo por aqui!

Pois sim, eis aqui um belo filme. Cadenciado, apaixonante, feito com legitimidade de quem conhece sobre aquilo que está falando. Bom cinema, sem dúvida.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. E volte por aqui mais vezes.

Um grande abraço e inté!

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Oi Mauricio!

Eis um filme saboroso, não é verdade? Pela levada descompromissada, pelas mensagens interessantes que vai deixando pelo caminho e pela música, especialmente.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui mais vezes.

Um abraço e inté!

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vi Habana Blues na tvBrasil, neste domingo, e foi uma ótima surpresa.
me chamou a atenção a forte presença da música no filme, que poderia ser qualificado como um musical contemporâneo, embora sua crítica não fale muito sobre isso…

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Oi Glaucia!

Tudo bem?

Antes de mais nada, seja bem-vinda por aqui.

Tens razão, a música é um elemento fundamental do filme. Mas ela não chega a narrar a história. E essa é uma característica essencial para um filme ser considerado um musical.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui mais vezes.

Abraços e inté!

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O filme é lindo, me emocionei o tempo todo, só quem tenta a vida em um país distante sabe o que o filme quiz dizer quando apontou amor e exilio como uma solução precária para busca da felicidade.
Adorei sua crítica.

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Oi Fabiane!

Realmente. Só quem já viveu um tempo fora do seu país de origem, e passou por vários sacrifícios – e delícias – entende completamente este filme.

Amor, exílio, encontros surpreendentes e solidão são apenas alguns ingredientes que formam o complexo quadro de alguém que passou por uma situação como esta.

Fico feliz que tenhas gostado da crítica.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui mais vezes. Seja bem-vinda!

Abraços e inté!

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legal as criticas que li. Comecei a assistir ao filme com o intuido de treinar espanhol, mas mim encantei com o filme, logo no começo , pois percebi que fala das coisas simples da vida; dos sonhos das pessoas e das dificultades encontradas , para realiza-los, principalmente em países onde a democracia é quase um conto de fadas. A trilha sonora é fantastica, bem como a historia de vida de seres comuns. A direção prima por mostrar uma Cuba de cubanos,nao aquela oferecida aos turistas, mas o dia a dia das pessoas que vivem em Havana . Parabéns.

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Oi antonio!

Antes de mais nada, seja bem-vindo por aqui.

Fico contente que tenhas gostado da crítica.

O filme é tudo isso que você falou. Ele tem uma trilha sonora deliciosa e fala da realidade daquelas pessoas sem exagero, nem fantasias. Tenta ser legítimo, e consegue isso. Sempre que isso acontece, não tem como não gostar.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. E volte por aqui mais vezes, inclusive para falar de outros filmes que você gostou, ok?

Abraços e inté!

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Habana Blues é uma paulada! Fui atraído pelo som, até ver o filme, recentemente. Ao contrário da maioria dos comentários, tenho uma opinião de que o autor, brilhantemente, expôs, sim, a questão política do país, implícitas nas letras das músicas, excelentes. Para mim, a síntese do roteiro está em “Solo Tu Y Yo”. que resume o quanto a política de Cuba influencia na vida daquela gente. E bem político, sim! E a atriz Yailana Sierra está linda como nunca! Abraço a todos!!!!

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Olá xalo pereira!

Primeiramente, seja bem-vindo por aqui!

De fato, olhando hoje em perspectiva, percebo que Habana Blues é um filme realmente diferenciado. É um dos poucos que trata Cuba com o devido respeito. E como bem dissestes, ele é político, ainda que não faça “discursos” evidentes sobre isto.

A trilha sonora é fantástica e, como ponderaste, talvez seja o elemento que mais dê uma visão política sobre os fatos. Bem observado.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui muitas vezes ainda, quem sabe até para recomendar outros filmes cubanos ou de outras latitudes?

Abraços e inté!

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Tive acesso ao filme através de meu professor de espanhol.
o filme foi demais, eu o amei. realmente fascinante. Na minha opinião o final foi bastante triste, mas assim é a vida real e eu gosto disso. fiquei totalmente emocionada com cada cena principalmente com aquelas maravilhosas musicas. Admito chorei em duas partes: A primeira foi quando eles disseram que iriam se separar de verdade e ele cantou aquela musica linda chorando. A segunda foi quando ela estava partindo e o seu amigo também….. foi muito triste.
resumindo o filme é demais.

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Olá susan!

Antes de mais nada, obrigada pela tua visita e pelo teu comentário.

Que bacana que o teu professor de espanhol te indicou este filme. Uma boa pedida, de fato. E achei legal também a indicação ter partido dele porque, certamente, você notou a diferença de sotaque, não é mesmo? (os cubanos falam de uma forma bem típica, diferente dos espanhóis e de outras nacionalidades que falam castellano).

Compartilho contigo os elogios para Habana Blues. É um filme sensível e bacana pela trilha sonora escolhida a dedo. E há estas sequências emocionantes que você citou.

Espero que voltes por aqui mais vezes, inclusive para falar de outros filmes. Caso tenhas interesse, é possível procurar outras produções em língua espanhola acessando as categorias “Cinema espanhol” e “Cinema latino-americano” aqui no blog. Espero que encontres boas sugestões por aqui.

Abraços e inté!

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