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Into the Wild – Na Natureza Selvagem


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Tem filmes que ficam na memória por algum tempo depois que a última filigrana da película passa na frente de nossa retina. Into the Wild, o último trabalho do diretor Sean Penn, é um destes. Terminei de ver o filme faz algumas madrugadas e ele continua ali, aparecendo na memória. Há muitas frases incríveis no roteiro, várias imagens idem. Na verdade, descobri depois, que o filme vai fazendo efeito conforme o tempo passa. E foi depois de uma certa distância temporal das imagens que eu percebi o quanto ele é bonito, o quanto ele trata de alguns assuntos que eu tenho pensado muito ultimamente. Entre eles, o de como vivemos em uma sociedade que dá vontade de escapar, algumas vezes. Mas que, ainda que tenhamos pavor das pessoas que vivem para consumir, são justamente as pessoas (incluindo estas, talvez) que façam a vida ter sentido. Então a verdade é que descobrimos o que o personagem principal de Into the Wild descobre: de que o mais bonito está na Natureza, na nossa capacidade de sobrevivermos por nossa conta, sem supérfluos ou luxos ao nosso redor mas que, paralelo a isso, não é possível viver feliz sem compartilhar o que sabemos e o que vivemos. Into the Wild fala disto e de muito mais.

A HISTÓRIA: Acompanhamos a trajetória de Christopher McCandless (Emile Hirsch) em sua aventura de descoberta pessoal e de busca pela vida fora da sociedade consumista. O filme começa com os pais dele, Billie (Marcia Gay Harden) e Walt (William Hurt) acordando em uma noite depois que ela sonha com o filho “desaparecido”. Em seguida aparece o texto de uma carta escrita por Christopher para o seu amigo Wayne Westerberg (Vince Vaughn), contando de sua chegada a Fairbanks e de como ele estava preparado para ficar um bom tempo longe da civilização. A partir do momento em que ele encontra um “ônibus mágico” abandonado no meio das montanhas, passamos a acompanhar a sua trajetória em retrospectiva, desde que ele se formou na universidade e resolveu abandonar tudo para viver da maneira que acreditava ser a mais correta.

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que parte da crítica à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu à Into the Wild): O resumo do filme parece meio infantil, eu sei. Dizer que Into the Wild conta a trajetória de um jovem recém-formado em um caminho de auto-conhecimento, de auto-determinação e de busca por uma vida mais “selvagem”, de contato com a Natureza e de repúdio ao consumismo que vê no berço da sua família parece não resumir ao último trabalho de Sean Penn como diretor. E realmente o filme tem mais conteúdo que isso.

Gostei, sobretudo, da maneira com que a história é contada. Primeiro assistimos a Chris – ou Alexander Supertramp, como ele próprio passa a se chamar – realizando o seu sonho de chegar no Alaska. Depois que ele encontra um ônibus abandonado é que vamos sabendo como ele chegou lá. Então conhecemos o caminho que ele quase segue, depois que termina a faculdade, mas que acaba refutando. E sabemos, por exemplo, que ele abomina as mentiras que os pais contam, assim como o seu padrão de valorizar o dinheiro e não as pessoas ou a vida. E ele resolve tomar outra direção, totalmente contrário ao que todos pensam. E aí o filme fala do “seu próprio nascimento”, da sua “adolescência” como novo ser – agora “criado” por ele mesmo, de sua “família” e, claro, de sua lição de “sabedoria”. É muito bonito acompanhar na vida adulta a evolução de um ser humano em busca da verdade, do amor, da liberdade.

Comentei que depois fui vendo como o filme trata de vários temas que tem me feito pensar ultimamente porque é verdade. Desde que fui para o Brasil por três semanas em dezembro e que passei o Natal com minha família eu comecei a refletir ainda mais sobre o que importa na vida para mim. E vi como estava feliz lá, na casa dos meus pais, observando os pássaros que vivem ao redor da casa, percebendo as nuances de cor do dia, entre outros detalhes da Natureza. Não se compara, claro, a experiência do personagem de Into the Wild porque, ele sim, descobre a força que tinha dentro ao conseguir com seu próprio suor sobreviver em um meio sem nenhum recurso, em uma vida realmente selvagem. Mas eu, na minha pequena experiência em casa, vi que o contato com a Natureza e a convivência com as pessoas mais queridas da tua vida podem ser tudo o que uma pessoa deseja. Interessante.

Outra questão que o filme aborda e que é algo que venho pensando faz algum tempo é sobre a aflição que dá essa nossa sociedade consumista. Realmente, eu que sempre fui muito de leitura e de filmes, por exemplo, prefiro mil vezes uma criação artística do que um objeto que pode ser comprado para “agregar valor” ou “status” a minha vida. Acho isso de conseguir “status” com o consumo de produtos de uma estupidez gigante. E sei que isto é, faz tempo, a moeda corrente. Por isso que devo admitir que, às vezes, tenho vontade de mandar essa sociedade pro espaço e ir viver da minha maneira, ainda que pareça uma louca, como o personagem de Chris parecia.

Aliás, algo interessante do filme (só continue lendo se você realmente já viu a Into the Wild): em nenhum momento antes do final você tem certeza se a história daquele rapaz realmente aconteceu ou não. E acho isso muito bacana… não ter uma linha como “baseado em uma história real” no princípio. Assim você vai desejando que essa história tenha acontecido porque, eu acredito, os exemplos reais ensinam. E eu fiquei torcendo para Chris realmente ter feito aquelas descobertas na vida para que sua história inspire outras pessoas a buscarem as suas verdades, a buscarem o que de mais essencial é possível encontrar no caminho. Bacana que esse sujeito realmente existiu.

Merecia um capítulo a parte a trilha sonora de Into the Wild. Que trabalho maravilhoso o de Eddie Vedder neste filme! Ele realmente dá outro nível de beleza e de compreensão da história com suas composições. Lindo! Sempre fui fã do líder do Pearl Jam, mas agora ainda mais. Ele ganhou ontem o Globo de Ouro pela canção Guaranteed e espero que repita o feito no Oscar. Se bem que eu acho que ele terá um grande rival a bater: o italiano Dario Marianelli por sua trilha sonora em Atonement.

NOTA: 10.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: O filme tem a direção e o roteiro assinados pelo ator Sean Penn. Interessante e bacana o trabalho que ele fez tomando como base a obra de Jon Krakauer (interessante este texto sobre outro livro dele, Pela Bandeira do Paraíso). O filme merece a nota acima especialmente pelos detalhes, como as transcrições de cartas de Chris, ou o depoimento de sua irmã como uma das narradoras da história, etc.

Interessante perceber a reação das pessoas em relação ao andarilho Chris. Talvez por ele não ser alcóolatra e não andar bêbado por aí ou talvez por ele ser jovem e bonito, ele consegue ser respeitado pelas pessoas. E bem visto, bem recebido. O que nem sempre acontece com pessoas que decidem viver fora das regras sociais, como andarilhos ou nômades. Na vida real estas pessoas realmente passam por maus bocados. Se bem que isso ocorre mais nas grandes cidades, como o filme também mostra, até um certo ponto. E quando Chris percebe como a cidade sufoca, maltrata e tudo o mais, ele foge para longe, para de volta ao selvagem.

Achei realmente muito legal a história dele, ainda que admita que para um mulher fazer o mesmo seja muito mais difícil. Também achei que a mudança dele foi muito radical. Ok que os pais mentiam e eram consumistas, mas eu sempre acho que um filho deve levar em conta que, por mais que os pais erram, eles tentaram acertar. Ainda que eu o entenda muito bem, acho que não teria coragem de fazer exatamente o mesmo em sua situação. Mas daí também a questão do “nascimento” da pessoa livre, algo que ele só conseguiu se desapegando de todos e de tudo.

Into the Wild foi indicado para 18 prêmios e já ganhou cinco – entre elas a de melhor música para Guaranteed, de Eddie Vedder, no Globo de Ouro; melhor ator para Emile Hirsch no Festival de Cinema de Mill Valley; melhor atuação masculina para Emile Hirsch pelo National Board of Review (associação de críticos norte-americanos); diretor do ano para Sean Penn no Festival Internacional de Cinema de Palm Springs; prêmio do júri para Sean Penn, William Pohland e Art Linson no Festival de Cinema de Roma; e prêmio da audiência como Melhor Filme Estrangeiro no Festival Internacional de Cinema de São Paulo.

A verdade é que a direção de Sean Penn merece realmente ser indicada a vários prêmios, assim como a atuação do jovem Emile Hirsch. O garoto consegue interpretar Chris com naturalidade e, assim, realmente rouba a cena. Além dos já citados, fazem parte do elenco Jena Malone como a irmã de Chris, Carine; Brian Dierker como Rainey, um hippie casado com Jan Burres (Catherine Keener) – os dois acabam se tornando alguns dos melhores amigos de Chris; Kristen Stewart como a jovem cantora Tracy; e Hal Holbrook como Ron Franz, o viúvo que quase adota a Chris – a parceria dos dois é emocionante.

Into the Wild custou apenas US$ 15 milhões – achei um valor baixo levando em conta todos os locais pelos quais a produção passou para filmar esta história. Somente nos Estados Unidos o filme faturou pouco mais de US$ 17,2 milhões. O bom é que ele se pagou, mas cá entre nós ele têm faturado muito menos do que merece. Infelizmente não é um filme para qualquer um, na minha opinião.

No site IMDb Into the Wild registra a nota 8,1 pelos usuários, enquanto no site Rotten Tomatoes o filme conseguiu 127 críticas positivas e 27 negativas.

Sean Penn terminou de filmar Crossing Over, um filme de Wayne Kramer (de Running Scared ou No Rastro da Bala) sobre imigrantes em Los Angeles. Parece bem interessante. É esperar para ver. Ao lado de Sean Penn estão Harrison Ford, Ray Liotta, Ashley Judd, Cliff Curtis e outros. Enquanto isso, o ator Emile Hirsch logo poderá ser visto no papel de Speed no filme Speed Racer, atualmente em fase de pós-produção. O jovem ator californiano de 22 anos também está no elenco de Milk, o próximo filme de Gus Van Sant que terá no elenco, ainda, Josh Brolin e Sean Penn, entre outros. O garoto tem futuro.

PALPITE PARA O OSCAR: O filme deve receber algumas indicações para o maior prêmio da indústria estadunidense. É certo que serão indicados como melhor filme Atonement, No Country for Old Men e American Gangster. Sobraria duas vagas para o restante dos filmes se engalfinharem. Espero, sinceramente, que uma delas seja para Into the Wild, mas nada é certo. Para essas duas vagas muitos outros estão concorrendo, como Juno, There Will Be Blood, Sweeney Todd, entre outros. Vai ser complicado Into the Wild chegar, ainda que ele mereça, na minha opinião. Aliás, podiam ignorar Atonement e colocá-lo. hehehehehehehehe. Só sonhando. Realmente Atonement é forte candidato a ganhar o Oscar – ainda que eu ache que ele não mereça. Mas enfim. Como ia dizendo, acho que Into the Wild tem potencial para ser indicado como melhor filme, roteiro e diretor, além de uma indicação certa para a música de Eddie Vedder e para a direção de fotografia de Eric Gautier. Pena que a disputa para melhor ator está muito acirrada, porque o jovem Emile Hirsch bem que merecia estar lá.

CONCLUSÃO: Um bonito filme sobre a liberdade de escolha de um indivíduo e sua busca por suas verdades. Trata principalmente da história de um jovem que resolveu viver fora dos padrões sociais e resgatar o contato com a natureza. Também trata de relações familiares, de amizade, de valores pessoais e sociais.

SUGESTÃO DO LEITOR: Me esqueci de comentar aqui antes – uma falha imperdoável – que este filme foi sugerido pelo querido leitor participante deste blog Osmar. Lembro que faz tempo já que ele tinha comentado deste filme, o último de Sean Penn, e que eu disse que estava sedenta por vê-lo, mas que ainda não tinha conseguido. Pois aqui está ele, Osmar. Espero que depois acrescentes teus comentários por aqui também. Aproveito a deixa para dizer aos que acompanham esse blog que eu aceito sim (e muito!) a sugestão de vocês para ver filmes e escrever comentários sobre eles. Só realmente demoro às vezes porque nem sempre consigo vê-los logo, mas tentarei sempre que possível satisfazer os pedidos. Um grande abraço ao Osmar, esse querido participante do blog, e a todos os demais que passam por aqui com frequencia.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 25 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing, professora universitária (cursos de graduação e pós-graduação) e, atualmente, atuo como empreendedora após criar a minha própria empresa na área da comunicação.

39 respostas em “Into the Wild – Na Natureza Selvagem”

oi aleeeeeeee
eu estou em busca do meu “ônibus mágico”. Por que eu acredito que, na real, esse busao é uma metáfora linda nesse filme. Eu tô dando voltas até agora com essa história, pensando, e repensando valores. Ainda nao cheguei à uma conclusao, mas eu sei que vou achar meu busao mágico. Você sabe a época de mudanças que estou passando e, certas atitudes que eu tomei agora, nunca teria tomado antes na vida. Achava que o mais importante de tudo era ter um trabalho.

Viva o Alexander Supertramp!

E viva nóis.

Mil beijos, amiga do coraçao,
Lu.

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Oi queridona!

Que bom receber um comentário teu por aqui. Realmente, como te falei pessoalmente, o “ônibus mágico” é uma metáfora mas, ao mesmo tempo, é real.

Para o nosso “herói” Alexander Supertram ele foi a descoberta de algo magnífico, totalmente inesperado, no meio do nada, no meio do seu sonho de consumo. Mas depois também esse “ônibus mágico” se tornou algo rotineiro, como a passagem com neve, e já não era tão mágico. Ele foi real enquanto abrigo, enquanto surpresa. Mas sobre a metáfora, ele viu que ali era apenas mais um local material, onde ele poderia se abrigar e tudo, mas que não era mais que isso, um abrigo. Acho que os “ônibus mágicos” existem por aí, mas que a real história é realmente a surpresa, a descoberta, a sensação de conforto e, o principal, o mais bonito é realmente o caminho que ele fez, as histórias que ele encontrou neste trajeto e a pessoa que ele mesmo se descobriu ser.

Realmente é um filme que faz pensar. Tanto sobre a sociedade em que vivemos, sobre nós e sobre nossos valores. É um filme belíssimo.

Espero mesmo que você encontre o conforto e a surpresa de um “busão mágico” logo logo… Vc merece. Boa sorte!

Beijossssssssssssss grandes, minha amiga, e volte sempre por aqui, para ler e comentar.

E viva nóis e o Alexander Supertramp!!!

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sabe o que é mais cruel?
todos nós temos um supertramp dentro de nós. uns o deixam morrer com a comodidade, outros são incoerentes e discursam as mentiras que não conseguem vivenciar. outros sonharam, mas a sociedade tocou o despertador e tiveram que sobreviver.
eu tenho um supertramp aqui. tipo bebê qdo chuta na barriga da mãe.
e só Eu e Tramp Jr. sabemos o qto ele me castigou ao ver esse filme.
ando meio cansado. pra piorar eu sou considerado pela sociedade um evangélico sem visão. mas é essa cosmovisão cristã e criacionista, digo, divina da coisa, que me faz refltir mais.
Into the wild realmente nao é pra qq um. e graças a Deus por isso.
a trilha eu nem comento , pq sou músico e componho e, queria ter feito aquilo. não garanto que queimaria o dinheiro que ganhasse, mas faria.
paixão, liberdade. que cena é aquela onde na montanha ele abre os braços?
que cena é o velhinho Ron, carente e vivo-morto emocional, sobe com esforço e parece ser o ato mais vivo e sincero que ele fez em anos.
sensibilidade demais né?
me comoveu muito, mas extremamente muito. cena: o pai dele no chão da rua, olhos lacrimejantes, turbilhão de culpa e saudade. O supertramp não chega a ser mal por não dar noticias, afinal era o plano. Mas dói.
seres humanos erram, fomos criados pra aprender assim.
mas esse filme me traz tanta coisa que não tenho como listar.
escrevo até desconexo aqui, pois não quero soar inteligente pra quem lê. isso é sincero do tipo um papo de lanchonete frente a frente.
a sensação de poderia ter feito é a mais destrutiva.
poderia ter amado mais, poderia ter tentado, poderia ter viajado, poderia ter dito.
Deus me livres dos poderias.. e tenho a consciência que já os tenho de sobra nesses 26 anos de “into the alguma coisa”.
pq simplesmente não temos coragem de fazer o que amamos?
acho q vc me entende..nessa pergunta.
nao to falando de profissao e lugar pra morar. to questionando essência.
pq?

sem mais palavras…
obrigado pela cia.
rs

bj

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Olá Alessandra! Só agora voltei pra frente do PC, estava em Corumbá, portal do pantanal, só pescando e comendo comida da vó.
Fiquei muito feliz pela citação no seu blog, sério mesmo.
Into The Wild já é um dos meus filmes favoritos, ele funciona como um remédio contra o mal da sociedade atual, toda vez que eu penso em reclamar de alguma coisa que não deu certo eu assisto a trechos do filme ou escuto a trilha sonora, que está fantástica mesmo, uma pena não ter sido indicada ao Oscar.
O Emile rouba a cena mesmo, ele está fantástico com aquele olhar humilde e ao mesmo tempo detentor de uma sabedoria de vida imensa, né?
O filme poderia ganhar uma vaga nos indicados, mais precisamente no lugar de Juno, que é um filme superstimado.
Inté e obrigado por lembrar de mim! Inté!

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É difícil encontrar palavras para descrever o filme, mas posso dizer que a sensação que o filme causa é surpreendente, eu não canso de assistir, escuto o dia inteiro o cd do Eddie, dificil parar de pensar na história. Inclusive, esse filme foi o pontapé que eu precisava para tomar coragem de acampar nos arredores da minha fazenda. Há anos planejo fazer um acampamento subindo umas montanhas próximas a minha fazenda. Minha falecida avó me disse uma vez que existe ruínas de uma velha senzala que ali existia, quem sabe eu encontro minha senzala mágica!! aahahha. To rumando pra lá, depois que eu colocar tudo no papel, pretendo sair no sábado de manhã e voltar umas 17h no domingo.

Gostaria de ressaltar que sempre que lembrar, visitarei o site, está de parabéns!
abração!

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Olá Felipe!

Primeiro de tudo, mil desculpas por ter demorado tanto em te responder. É que teu comentário foi tão bacana e bonito que eu pensei: “Tenho que respondê-lo com tempo”. Pois bem, antes tarde do que nunca. 🙂

Concordo contigo plenamente que todos nós temos um Supertramp dentro de nós… mas não acho isso “cruel” ou um problema. Na verdade, acho a nossa salvação. Esse filme mexeu muito comigo e me tocou. Isso porque eu acho sim que a gente pode apostar em uma sociedade diferente, em uma maneira de vida que não seja essa que querem nos impor de consumismo ou de “capitalismo selvagem”. Acredito tanto nisso que meus passos todos até aqui são para que logo mais eu consiga dar minha humilde contribuição para isso.

Mas concordo, claro, que muitos deixam morrer esse Supertramp com a “comodidade” ou com a falta de coerência. Nossa, isso existe a dar com rodo, não é mesmo? Vejo todos os dias. E, realmente, nisso estou de acordo contigo que é uma realidade cruel. Acho um desperdício de potencial imenso das pessoas, o que é algo que me faz mal. Mas… aprendi a não me deixar consumir por isso, mas a ver o que pode ser feito, entende? Porque sempre podemos ver tudo o que está errado e nos lamentarmos por isso ou, como ensina o filme Doutores da Alegria, ver o que existe de bom para ser incentivado. Prefiro a segunda postura, o que para alguns é ser “otimista”. Na verdade, eu vejo que é mais para o lado de ser realista mas com ideais, com vontade de contribuir para o bem, sabes?

Não fraqueje, Felipe! Sei que o mundo é cruel e que existe muita coisa errada a nossa volta… tem dias que também fico cansada, como você, ou desestimulada, mas logo dou a “volta por cima”, levanto a poeira e olho para o horizonte, para onde eu quero chegar – que é, justamente, o ponto de fazer “alguma diferença” para o bem. Não desanime!!!

E realmente o filme não é para todos… só não sei se “ainda bem”. No fundo eu gostaria que mais pessoas se sentissem tocadas pelas mensagens do filme. Também concordo que o filme traz muitas informações e sentimentos à tona… a lista seria gigantesca para comentarmos, realmente. hehehehehehehehe

Não sei, mas acho que uma das grandes verdades da vida – além daquela de que todos nós vamos morrer – é de que o passado não pode ser mudado. Então, meu caro Felipe, não pense no que você poderia ter feito, mas pensa no que você pode fazer AGORA. Só agora você pode amar mais, pode tentar mais (ou outra vez), pode sair para viajar (se vier para a Espanha, vamos tomar um café por aí), de dizer tudo o que você pensa para quem você quer. AGORA é a tua e a minha hora. Antes não importa.

Coragem, meu caro! Realmente ser de verdade livre é muito difícil, custa muito, mas também traz grandes oportunidades e satisfação – além de algum sofrimento, é claro. Mas vale a pena! Tente ser livre, de verdade, e tente fazer o que realmente você deseja. Deste lado tens uma pessoa que te apóia!

Sorte! E volte por aqui mais vezes. Um grande abraço e obrigada por teu texto.

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Oi Lu!

Amiga, você sabe que serás sempre muito bem-vinda por aqui, né? Só que quero que também comentes os filmes… hehehehehehehe

Vamos continuar na luta, minha amiga, sem cair e sem perder de vista o que de verdade é importante – e que, cá entre nós, o dinheiro não traz.

Viva o Supertram! Viva você e a nossa amizade!

Um beijo grande!

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Olá Osmar!

Desculpa também por demorar em te responder… estava hiper enrolada nestas últimas semanas. Que bom que você voltou por aqui. Ainda não vi todos aqueles filmes que tu me indicou, mas eles estão na lista para que eu os veja, tenha certeza.

Que delícia isso de comer comida de vó, né? Até fiquei com água na boca imaginando os pratos deliciosos que a sua deve preparar.

Imagina, sempre que eu assistir a algum filme que você indicar, assim como outros leitores do blog, vou citar a “fonte”, a pessoa que deu a ótima sugestão. Farei isso com todos os demais que tu me indicou – e os que irá me indicar… hehehehhehehe. Para mim é um prazer essa troca de idéias, você sabe.

Também acho que ele podia ter sido indicado, mas não sei se no lugar de Juno… na verdade eu gostei muito do filme esse com roteiro da Diablo Cody – achei que ela mereceu o Oscar, inclusive. Sempre acho que Atonement estava sobrando… hahahahahaha.

Mas e aí, não assistiu outros filmes que eu comentei ultimamente? Se sim, venha aqui comentá-los também! Um grande abraço e até mais…

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Oi Arnaldo!

Obrigada pelo teu comentário e pela tua visita! Seja muito bem-vindo por aqui.

Realmente, é complicado descrever a Into the Wild. É um filme de verdade marcante e que nos faz pensar. Ele também ficou habitando os meus pensamentos por bastante tempo… e volta e meia me pego lembrando de alguma cena, do nada.

Que bacana isso de que o filme te incentivou a fazer algo que há tempos querias fazer… muito bom isso! E como foi o acampamento? Depois conta aqui se tu encontrou a tua “senzala mágica”. hehehehehe

Espero mesmo que voltes a visitar o blog muitas vezes, inclusive para comentar de outros filmes. Um grande abraço!

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Into the Wild… Simplesmente maravilhoso, um filme que como vc mesmo disse fica na memoria pra sempre, pelo mais obvio que seja desde o inicio (pois se trata de uma biografia praticamente), eu juro que torcia o tempo todo pra ele conseguir compartilhar a felicidade, a resposta dela, ele não consegiu, mas e uma grande lição pra todos nos, pois varios filmes dão essas lições, Into the Wild e uma das melhores já transportadas pra telona….

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Oi Fabrício!

Obrigada por tua visita e pelo teu comentário! Seja bem-vindo por aqui.

Realmente, Into the Wild é maravilhoso. Um filme lindo, inspirador, questionador… mas, claro, não é uma unanimidade. Ainda bem! Nunca é bom quando algo parece ir para o lado da unanimidade.

Acho ele óbvio, como você mesmo disse, só no quesito “garoto que resolve sair de casa para buscar o seu caminho próprio”, mas no demais eu achei o filme bem original. Claro, isso porque não li o livro em que ele é baseado. Mas achei as descobertas do personagem e tudo o que acontece com ele muito interessante, bem contado, inovador em seus detalhes. E sim, é uma biografia, uma história real, o que torna ele ainda mais interessante. E nós – eu também, admito – com a nossa “mania” de torcer pelo “personagem”, né? Bacana isso… e acho ótimo também que descobrimos, só no final, que não adianta muito torcer, afinal, tudo aquilo já aconteceu e foi real… hehehehehehehehe

Agora, não sei… mas acho sim que ele conseguiu compartilhar a felicidade e recebeu a sua resposta sim. Eu vejo que sim, pelo menos. Ele viveu como queria e modificou as pessoas e foi modificado por elas no caminho. Isso que foi bonito e que é inspirador. Acho mesmo que o caminho só tem sentido quando passamos por essas transformações.

Volte aqui muitas vezes ainda, ok? Um abraço!

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Oie,,,]
Concordo quando diz que conseguiu compartilha a descoberta,. mudou pensamentos de varias pessoas, a forma que viveu e desfrutou toda aquela felicidade , mas quando disse acima que ele não consegiu, quis dizer que ele por forma fisica não consegiu desfrutala a descoberta o compartilhamento dessa!

E cinematograficamente o filme e unanimidade….
abraços
Obrigado

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Oi Fabrício!

Bom te ver por aqui mais uma vez! Como eu, estavas meio “sumido”, hein? Tiveste um mês de abril também corrido?

Ok, entendi melhor agora o que tu quis dizer com ele “não ter conseguido”. Mas acho que, ainda que ele não tenha conseguido sair daquela montanha para gritar para todo mundo o que ele descobriu, em seu caminho e depois ele teve êxito em algo que muita e muita gente passa uma longa vida sem conseguir: que é inspirar pessoas para o bem. Nisso ele teve êxito.

Um grande abraço, Fabrício, e volte mais vezes!

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Acredito que tanto você quanto os demais que comentaram seu post conseguiram expressar muito bem o que o filme desperta em todos nós. Como o tema do filme é uma preocupação e uma angústia recorrente para mim, me identifiquei bastante com o grito de liberdade de Alexander Supertramp. Já havia lido o livro de Krakauer há mais de 10 anos, mas mesmo assim o filme de Penn conseguiu me surpreender, pois além do sentimento embarcado, nos brinda com uma trilha sonora impecável do Vedder, e uma fotografia espetacular.
Pode parecer estranho, mas vejo ligação entre esse filme e “American Beauty”, ambos criticam veementemente a maneira enlatada, rotulada e superficial em que vivemos.
Finalizando, deixo um abraço e meus parabéns pelo seu belo blog.
Italo

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Este foi um dos piores filmes que alguma vez vi…chilé e cliché e mais cliché, numa dolorosa experiência de mais de duas horas. Compreendo que ele seja marcante para algumas pessoas que alguma vez se imaginaram numa busca semalhante pelo nosso lado mais selvagem, mas enquanto filme acho que se trata de um formato basico e pouco inventivo sobre um tema também ele anteriormente explorado, sobretudo por documentarios. Um filme puramente e tristemente americano, que chega a ser ridiculo sempre que temos que levar com os comentarios previsiveis da irmã do protagonista. Quando se penssava que já se tinham esgotado todos os clichés cinematograficos, eis que surge mais um: o do jovem americano em luta com a familia e que parte para (re)encontrar a natureza. Pura perda de tempo.

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Olá Italo!!

Primeiro de tudo, obrigada por ter comentado e pela tua visita. Espero que ambos, comentário e visita, se repitam muitas vezes ainda. 🙂

Eu também gostei muito do filme, como já comentei inúmeras vezes tanto no texto principal quanto nos comentários de pessoas que deram suas opiniões por aqui. Realmente o filme é um manifesto pela busca pessoal de respostas, do uso da inconformidade para o bem e sobre a possibilidade de existir uma vida em sociedade diferente. Alguns pensam que Supertramp foi egoísta ao abandonar pais e demais pessoas da família. E que ele foi “limitado” por querer viver isolado, em contato com a Natureza. Mas quem somos nós para julgar? Cada um sabe a sua maneira de encontrar respostas. E se existe gente, como eu e você, que encontram respostas no meio da sociedade corrompida em que vivemos, ótimo. Mas tem gente que precisa mesmo se isolar e viver uma forma alternativa de vida.

Ainda não li o livro… mas ele está na minha (imensa) lista de obras a serem lidas.

Um grande abraço, Italo, e obrigada por teu comentário e incentivo. Volte aqui muitas vezes ainda, ok?

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Olá Jaime!!!

Primeiramente, seja muito bem-vindo a este blog.

Gostei do teu comentário. Acho excelente opiniões diferentes, divergentes.

Respeito o que você disse, mas só quero lembrar que cada um tem a sua perspectiva e sua experiência de vida. Não achei o filme cinematograficamente clichê – ainda que, para ser franca, ele não inove na linguagem e nem na técnica. Ainda assim, gostei do resultado. Concordo contigo que tem muitos filmes que falam do mesmo, especialmente documentários. Mas acho que Sean Penn pega um monte de “idéias batidas” e/ou clichês, como você diz, e faz algo bem feito, novo no conjunto de elementos que dão certo – entre eles roteiro, interpretações, trilha sonora e fotografia.

Como já disse na crítica do filme e em todos os comentários posteriores, eu gostei muito do que vi. Pelo conjunto de fatores já citados e, também, porque não enxerguei exatamente o que você e outras pessoas viram. Não acho que o filme trate apenas de um “jovem rebelde” que resolve abandonar os pais para buscar o contato direto com a Natureza. Ele é isso, sim, mas é mais. Conta uma história – dentre tantas outras, a maioria esquecidas e mortas na não-narrativa – de busca pessoal de valores e de uma forma diferente de viver a realidade sem que seja nos padrões de uma sociedade desigual e injusta como a nossa. Supertramp foi egoísta? Por um bom tempo sim, mas depois, perto do final, descobriu que o que importa é realmente compartilhar as experiências com as outras pessoas. Parece óbvio? Mas muita gente passa a vida sem realmente entender isso.

Um grande abraço, Jaime, e espero que voltes aqui muitas vezes ainda. Também para comentar, discordar ou concordar com os textos. Inté

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Alessandra Ogeda,

Caracas… eu vim todo faceiro no seu blog para te indicar um “super filme” que você deveria comentar… mas cheguei atrasado e bota atrasado nisto! Também eu baixo os filmes e demoro meses (ano neste caso…) para assistir!!! Sorte a minha que você já tinha comentado!!!
Fiquei feliz em ler seu comentário. O filme recebeu nota sua nota 10. A famosa nota que você iria usar com mais cautela, segundo o coment do “Gangster”. (to enrolando né????)
Terminei de assistir o filme agora. Ainda não parei de chorar completamente, to meio perdido com as frases, abalado com as músicas e meio que desesperado por tudo que ví. Chorei no final mesmo. Me perdoa pelo mal jeito mas que ‘droga’ de filme é esse que nos faz mergulhar tão fundo dentro de nós mesmos que chega a ser assustador? E que frases são aquelas? Cada uma delas é para se pensar uma vida toda… E as músicas?? Para cada ‘momento’ do filme uma mais perfeita que a outra.
Apesar de estar meio que ‘perdido’ estou muito feliz. Ainda tenho solução!!! ehehehehehhe
Nossa… nao escrevi nada com nada… mas eu só poderia vir escrever para você! Outros iriam achar que eu sou doido, falando estas coisas sem sentidos….
Seu blog como sempre maravilhoso!
Parabéns pelo trabalho e nota 10 pelo seu comentário!
Super beijos,
Paulo Utida.

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Oi Paulo!!

Primeiramente, obrigada por confiar tanto neste humilde blog para, depois de assistir ao ótimo Into the Wild, vir justamente aqui comentá-lo. 😉
Pois então… não tive como dar menos que um 10 para esse filme. Realmente ele merece. Em mim, como podes ter visto no comentário, ele também fez um efeito dos bons. Vamos ver se com o passar dos dias você percebe o mesmo que eu: que o filme continua fazendo efeito tempos depois.
Quando terminei de ver o filme, para ser franca, não achei que fosse o momento de escrever algo a respeito. Justamente porque achei que tudo ficaria muito confuso… e bem, eu tenho que evitar de ser confusa no blog, né? hehehehehehe. Ainda que algumas vezes eu siga sendo…

Mas sim, Paulo… todos nós temos saída, solução. Com certeza! E nunca é tarde para dizer um rotundo “não” para o que não se deve aceitar e para buscar maneiras melhores de viver a vida e fazer o que achamos ser o certo.

E nem dá bola para os que acham você (ou eu) doido… bobagem. Quem não tem que lidar com a loucura e a sanidade diariamente que atire a primeira pedra! 😉

Obrigada por teus elogios e pelo teu incentivo também. Pouco a pouco vou mantendo esse espaço atualizado.

Beijos, abraços e volte mais vezes, viu? Andavas beeeem sumido!!

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Oi Alessandra.
Primeira vez que apareço por aqui. Na verdade, só entrei porque assisti o filme ontem e fiquei tão impressionado que não paro de pensar nele. Estou no trabalho e encotrei seu blog após procurar informações sobre o filme no google. Adorei sua crítica. Você disse o que eu tinha em mente, mas de uma forma lógica e organizada… rs
Achei bonito como o Alex “ensina” o Ron que a felicidade não está apenas nos relacionamentos, mas em tudo a nossa volta. Achei legal que o Ron escuta, realmente escuta, leva em consideração, e fala de perdão. Tempos depois, mais maduro e experiente, o Supertramp escreve aquela conclusão, que a felicidade só é verdadeira quando compartilhada.
Essa é uma verdade que precisa ser mais divulgada, e vivida.
Vou aparecer mais vezes!

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Esqueci de comentar que este filme me fez lembrar de História Real (Straight Story) de David Lynch. Os dois melhores “road movies” que já vi. O que acha?

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Olá André Anderson!!!

Primeiramente, seja muito bem-vindo por aqui.

Que bom que você foi “contaminado” por este filme. Realmente, ele tem este efeito de ficar na nossa cabeça muito tempo, não é mesmo? Minha mente e meu espírito ficaram abalados positivamente por ele bastante tempo… ele agora perdeu o “efeito” da surpresa, mas continuo lembrando das mensagens dele sempre – até para não perder o meu norte.

Que bom que você achou o site pelo Google… eita mãezona esse Google, não é mesmo? 😉
E que bom que você gostou do blog. Espero que você leia outros comentários de filmes e dê mais opiniões por aqui no futuro.

Realmente, o filme tem alguns ensinamentos incríveis. O poder da simplicidade, das pequenas coisas, a “contra-corrente” do consumismo, a busca dos verdadeiros valores, sentimentos, relacionamentos… e, no final, saber que descobrir tudo isso só vale mesmo se passamos o que aprendemos adiante. Compartilhar é fundamental.

Gosto muito de Straight Story também, a interpretação de Richard Farnsworth é algo incrível, soberbo. Mas acho que o filme de Lynch trata menos da questão “existencial” do que este filme do Sean Penn… ainda que Straight Story fale muito de família, de sentimentos, valores e simplicidade, não acho que ele chegue tão fundo quanto Into the Wild. Mas, tens razão, se trata de um grande filme. Recomendadíssimo, também.

Bem, agora eu espero teu retorno. Um grande abraço!!

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Sei que estou extremamente atrasado vendo as datas dos posts.

Assisti Into the Wild ontem e confesso que fique perturbado. Sempre me senti fora de contexto, um vazio. Sempre quis fazer o que Supertramp teve a coragem de fazer. Cara, quando você pensa que vivemos em função de necessidades futeis, satisfações passageiras, sendo essas nunca irão completar o nosso vazio existencial da vontade mesmo de largar tudo e viver a base do que realmente vale.

Se esse filme não é o melhor da minha vida, certamente é o que mexeu mais comigo. Sean Penn, matou a pau !!!!

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Olá Cristiano!!

Que bom que você encontrou este blog… saiba que aqui você terá sempre espaço para manifestar tuas idéias e dar tuas opiniões. Esse espaço existe, especialmente, para isto.

Estou contigo e não abro… Sean Penn matou a pau!! 😉 Grande verdade.
Este filme, para mim, está na lista dos melhores que eu assiti nestes últimos anos – e, talvez, o colocaria entre os melhores de todos os tempos. Ele é bastante profundo, mesmo que, para alguns, pareça ter uma filosofia torta ou errada.

Sim, vivemos em um mundo que se perde em muitas direção fúteis e sem sentido. Mas não se esqueça do que Supertramp aprendeu, no final: que não adianta fazer as descobertas mais incríveis, ter o entendimento pleno de tudo se você não pode compartilhar isto com ninguém. Porque, no fim de tudo, o que interessa mesmo são as pessoas.

Grande ensinamento este. E que poucas pessoas entendem, no fundo.

Falando em entender, compreendo totalmente o teu sentimento de insatisfação e tua vontade de dar um pontapé neste modo de vida errado que a maioria das pessoas vive. Mas quer saber? No mundo há espaço para tudo e para todos. Consiga viver a tua maneira, inclusive passando o que tens de melhor para os outros, que você sentirá que está encontrando teu caminho, como o Supertramp. Não é preciso se isolar ou sair da civilização para conseguir um “grau maior” de iluminação… Supertramp ensina que isso é possível (e recomendável de se fazer) entre as pessoas.

Boa sorte, Cristiano, com tuas buscas e batalhas.
Obrigada por tua visita e por teu comentário. Espero que ambos se repitam muitas vezes ainda.

Ah, e não te preocupa em escrever sobre algum filme comentado aqui há muito tempo… ninguém, nunca, chega “atrasado” neste sentido. As críticas todas estão aqui para isso…

Abraços!!

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Totalmente de acordo contigo, este filme tem o poder de semanas, meses depois ainda vem cenas na tua mente, ainda ve o filme, e reve, e encanta. Eu tive o prazer de ler o livro antes de ver o filme, entao mais que vendo um filme, eu estava lendo o livro com imagens, é dizer outra perspectiva. Mas posso garantir que foi super hiper mega fiel, e que adorei os dois. Alias, nao sei se adorei os dois, ou me identifiquei muito com os dois e passei a nao ser tao criterioso como acontece normalmente com os filmes que nao gosto, a verdade é que eu tambem tenho muitas vezes vontade de cantar a (do filme tambem) society ( Hope you’re not lonely without me…) e sumir…
Ale, adorei o filme, e recomendo o LIvro, ainda mais que foi escrito por um jornalista, entao vais ter uma perspectiva paralela a historia, que é a visao do escritor, que fez questao de documentar, conhecer e se colocar muitas vezes no lugar do personagem principal. E por fim, nao podes imaginar as vezes que lembrei de ti, vendo o filme, afinal por tua “culpa” é que fui ver o Pearl Jam em Madrid! E sem dúvida este album dele é o que eu mais gosto. Obrigado!

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Oi Rafa!

Sim, um filme para assistir e relembrar, muitas vezes depois.
Ou pelo menos carregar parte de seu “espírito”.

Quero sim ler o livro. Também porque você me indicou ele por aqui, com tanto afinco. Além de que imagino que ele seja diferente e igualmente interessante.

Fico feliz que tenhas lembrado de mim… até porque aquele show que assistimos foi demais. Uma das coisas boas que eu fiz/vi na vida.

Bueno, quem sabe um dia a gente some? Ou não… como diria o Caetano. Na verdade, acho que o grande segredo é viver a vida e sumir para buscar os nossos sonhos enquanto isso. Equilibrar essas realidades aparentemente tão dissonantes… se tivermos sorte e paciência, quem sabe conseguimos?

Obrigado você, por todas estas visitas e comentários. Adorei.

Beijos e inté!

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Hoje de madruga estava sem sono e me deparei com esse filme para download em um site, li o resumo da história, pesquisei no IMDb e resolvi baixar para assistir, já era meia noite e meia, não consegui desgrudar mais da frente da TV, confesso que hoje estou um trapo aqui no trabalho, mas valeu apena, o filme é maravilhoso. E para a minha sorte aqui perto de onde trabalho tem um sebo, fui lá dar uma olhada e não é que acabei achando o livro, parecia que estava lá me esperando, surrado e com várias partes grifadas, e por apenas R$10,00 é claro que comprei e já li algumas paginas, parece que também é muito bom. Abraço e boa sorte a todos.

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Oi Hctorres!

Realmente, eis um belo filme. E que mexe com a gente.

Ainda não li o livro, como você, mas quero fazer isso, quando sobrar um tempo.

Ah, os sebos… adoro estes recantos das boas compras. Eles são indispensáveis.

Que bom que você apostou em Into the Wild. Como viste, ele vale sim o “ingresso”. 🙂

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui outras vezes.

Abraços, boa sorte também e inté!

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Ola Alessandra adorei o seu blog parabens, to bem atrasado em relaçao aos meus comentarios sobre o filme Into the Wlid ou a traduçao aqui no Brasil, Na Natureza Selvagem,mais enfim irei comentar porque essa obra me tocou profundamente nossa vi o filme ontem e to ainda meio abalado positivamente claro,nossa que cha de reflexao eu tomei depois de ver o filme, começou numa madrugada onde eu tava sem sono e vendo tv me deparei com o filme resolvi apostar por 3 coisas, uma Sean Pen amo o trabalho dele principalmente como ator, 2 Emile Hirsch vi Alpha Dog, Show de Vizinha e aprecio muito o trabalho dele a 3 tava vendo uma vez sobre o filme na net e vi que na trilha sonora é toda exclusiva do vocalista do Pear Jam, adoro essa banda, podia haver ate um 4 motivo pra ta vendo o filme ja de madrugada tirando minha insonia, foi que uma vez tive a oportunidade de ver antes e passei, vi um filme road move pareçido com esse nao com o mesmo questionamento nem a profundidade mas um filme muito bom tambem que Americano com Joshua Jackson, conta a historia de uma rapaz que acaba de se formar e nao sabe muito bem o que fazer da vida entao ele resolve viajar pra Espanha e curtir os ultimos momentos antes de assumir o seu papel na sociedade….o filme é otimo tambem e ,tem um tema parecido….. vendo Into the wild vejo que filme me tocou profundamente um sentimento de vazio me tomou, o filme ta na minha cabeça o dia todo e so em um desabafo com alguem ou mesmo dando minha opiniao sobre o filme pode passar essa fixaçao, como o Supertramp eu nao consigo me contentar com minha vida, sempre achei que algo nunca tava no seu lugar, mas a comodidade do dia dia foi me levando a nao ficar remoendo por muito tempo, mas depois de ontem nao tem como ficar indiferente com tudo isso, conforme o filme vai passando voce sente que o sonho do protagonista é muito real, real ate mesmo pra voce, pra mim, pra todos, nao digo sair por ai com uma mochila e viver como um andarilho, mas eu penso que o filme fala que voce tem que as vezes largar tudo pra viver seu sonho, sua liberdade, e que tudo aquilo que esta errado voce pode concerta vivendo um dia de cada vez, eu sempre achei que nunca me encaixei na sociedade, que so as criticas e o dedo apontado fazia eu seguir as regras convencionais da sociedade e o filme bate na cara da sociedade, aponta os erros das nossas vidas,porque querendo ou nao a gente se adequa a uma sociedade consumista e preconceituosa, onde o sonhos sao reprimidos se nao andam de acordo com as regras,o filme me tocou profundamente, desculpe a repitaçao das minhas ideias, aconteçe que to meio sem chao com o filme, fico pensando na trilha que o Christopher trilho desde de sair de casa sair da comodidade mesmo ele nunca se sentir adaptado a sociedade, minhas ideias podem estar embaralhadas por isso desculpe me, mas tinha que dar minha opiniao sobre o filme, nao vou ficar muito me alongando porque deve ta enorme meu comentario hehehe……. outra coisa que nao posso deixar passar e a trilha sonora ja sou fã de Pearl Jam olha vou te contar, a cada passagem do Supertramp Sean Penn imenda uma trilha que cai como uma luva, adorei todas as musicas e ja baxei fui trabalhar com a musica no ipod e nao sai da minha mente, as melodias fala de liberdade, solidao,seguir seu caminho, fazer o que for possivel pra ser feliz, entre outros, as musicas te deixa no espirito do longa e te deixam com uma certeza dose de melancolia, e o Emile Hirsch nossa que atuaçao perfeita, simplesmente o Oscar é injusto sempre soube disso, é um jogo de cartas marcadas, quem agradar mais nos bastidores leva, isso fica claro pro mim, no finalzinho quando mostra a foto do verdadeiro Supertramp no Busao Magico da pra ver que ele ta igualzinho o Emile nossa isso é que atuaçao, enfim pra terminar, torçi pro personagem do começo ao fim e o final foi muito triste, nao sabendo a historia real dele voce pensa que ele nao iria morrer, depois lendo o livro ou a historia real voce ve que nao tinha outro final. ao fim fiquei com um misto muito confuso de emoçoes, tristeza, confusao,e saber que talvez eu esteja no lugar errado que minha vida pode nao fazer sentido alguum é triste escrever isso mais é a conclusao final que chego, esse é o melhor filme que vi por me tocar fundo, me fazer me questionar me trazer a tona sentimentos adormecidos me tocou demais …

Valeu pelo blog Alessandra e o espaço pro meu desabafo e minhas reflexoes mesmo que desconexas

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Oi Fernando!

Antes de qualquer outra coisa, seja bem-vindo por aqui!

Que bacana que você gostou do blog. Espero que te animes a voltar por aqui muitas vezes ainda.

Então, nunca é tarde para falar de Into the Wild. Esse é um filme especial. Muito bem dirigido, com uma trilha sonora maravilhosa, e uma história… incrível, e que mexe mesmo com a gente.

Lembro que também fiquei “perturbada” um bom tempo depois de ter assistido ao filme. Depois, continue escutando a trilha do Eddie Vedder, e aquele espírito de não me deixar “domar” totalmente pela sociedade consumista me acompanhou. Algumas vezes, ainda, escuto aquelas músicas.

Espero que já estejas mais tranquilo. Mas que não percas esses sentimentos. Eu não os perdi, mas percebo que temos que equilibrá-los com as necessidades da vida.

Bem, obriada pela tua visita e pelo teu comentário. E espero que voltes por aqui mais vezes.

Abraços e inté!

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Falou simplesmente tudo na crítica, muito bom. Mas só somando informações, um dos detalhes do filme ter sido tão ” barato ” foi que muitas cenas foram feitas com pessoas e lugares da vida real. Por exemplo quando eles estão na cidadezinha onde ele conhece a Tracy, aquele lugar era real, e as únicas pessoas contratadas foram os hippies que o Chris conheceu e a Tracy. Mas aqueles shows em que Tracy tocou com o Chris era real, aquele show realmente existe, com as mesmas pessoas do filme. Até aquele senhor que tem uma casa feita com vários objetos diferentes é real, se formos até lá, aquele senhor estará lá. Isso é muito bacana também.

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Olá Felipe!

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Seja bem-vindo por aqui!

Realmente, os realizadores de Into the Wild escolheram esta forma de fazer o filme utilizando lugares e pessoas reais contracenando com os atores escalados para a produção. A técnica não é nova, mas foi bem empregada aqui – e normalmente ela funcona muito bem, dando “verossimilhança” para os filmes que a adotam.

Foi uma boa observação a sua. Também fico feliz que tenhas gostado da crítica.

Obrigada, mais uma vez, e apareça por aqui mais vez.

Abraços e inté!

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