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Drag Me To Hell – Arraste-me para o Inferno


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Muito falaram sobre “a volta às origens” do diretor Sam Raimi com este Drag Me To Hell. Juro que fiquei curiosa para conferir isso, afinal, o diretor criou um verdadeiro clássico do gênero “terror bem-humorado” com The Evil Dead, de 1981 – seu primeiro longa-metragem depois de três curtas. Em partes, realmente, Raimi voltou a estas tais origens. Drag Me To Hell é um filme de “terror” com uma grande dose de comédia e que lembra muito às produções de Filme B (leia-se de baixo orçamento e que primam pela criatividade). O problema é que, para o meu gosto, faltaram sustos, surpresas, o terror propriamente dito. Não deixa de ser um filme curioso. Dei muitas risadas com ele. Mas se você busca uma produção aterradadora, esqueça. Drag Me To Hell resgata e recria vários estereótipos do terror e faz rir, mas não surpreende – na verdade, seu roteiro é bastante previsível.

A HISTÓRIA: Cidade de Pasadena, na Califórnia, 1969. Um casal de imigrantes bate à porta da Sra. Shaun San Dena (Flor de Maria Chahua), conhecida por seu grande poder mediúnico e por ajudar as pessoas a se livrarem do Mal. Eles buscam desesperados ajuda para seu filho, Juan, que passou a ser perseguido por vozes assustadoras depois de ter furtado um colar de prata de um grupo de ciganos. Mas eles chegam tarde demais e Shaun San Dena não consegue salvar o garoto. Quarenta anos depois, Christine Brown (Alison Lohman), uma das encarregadas do setor de préstamos do banco WilshirePacific, em Los Angeles, cai no mesmo erro de afrontar o povo cigano. Na disputa por conseguir uma promoção para o posto de vice-gerente do banco, Christine nega a prorroga de um crédito imobiliário para a velha cigana Sylvia Ganush (Lorna Raver). Sentindo-se humilhada, Sylvia persegue e amaldiçoa Christine, que começa a ser martirizada por figuras demoníacas. Acompanhada do namorado Clay Dalton (Justin Long), ela tenta buscar ajuda com o médium/conselheiro espiritual Rham Jas (Dileep Rao). Ele reconhece a maldição de Sylvia Ganush e identifica que Christine está em perigo graças ao espírito maligno de Lamia (com a voz de Art Kimbro).

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Drag Me To Hell): O diretor Sam Raimi tem talento. Isso não se discute. Ele sabe manejar muito bem, com o auxílio do diretor de fotografia Peter Deming, as câmeras em Drag Me To Hell para nos colocar em posições privilegiadas em cada momento da ação. Desde a introdução sobre os poderes malignos de Lamia em 1969 até todas as sequências que nos mostram como a vida de Christine virou um inferno com a aparição da cigana Sylvia Ganush, cada ângulo de câmera e corte da narrativa foi cuidadosamente planejado. Drag Me To Hell tem um ritmo correto, normalmente acelerado e cheio de pancadarias. A atriz Alison Lohman sofreu o diabo para viver a sua personagem – me desculpem a ironia. Mas, ainda assim, senti falta de passar por sustos. Não fiquei apreensiva em momento algum do filme. Pelo contrário. Dei risadas e achei ele divertido do início ao fim. Nada mais. Pouco para um filme que se autointitula como de terror.

A verdade é que a caracterização da personagem Sylvia Ganush é o que o filme tem de melhor. Aquela velha cigana é nojenta, no sentido mais amplo da palavra. As cenas dela no banco, em especial, são ótimas. Aliás, este filme é indicado apenas para as pessoas que não se importam com cenas escatológicas e nojentas. Porque há várias delas – que incluem vômitos diversos, bizarrices com dentaduras, grampos na testa e insetos “invasores de corpos”. Mas susto que é bom… nadica de nada. Acho que venho de assistir recentemente filmes angustiantes e inovadores, como [rec], Lat Den Rätte Komma In e o clássico Don’t Look Now e, por isso, Drag Me To Hell me parece apenas uma tentativa fraquinha de Raimi voltar aos bons tempos de The Evil Dead – e, claro, o original é muito melhor.

Mas voltando ao que eu dizia sobre a Sra. Ganush. Ela é, sem dúvida, o melhor do filme. A sequência dela no banco e, principalmente, quando ela parte para a pancadaria com a protagonista são os trechos mais bacanas da história. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Bem, eu incluiria no balaio dos “melhores momentos” a sequência em que Shaun San Dena (agora interpretada por Adriana Barraza) chama o espírito de Lamia para uma verdadeira “hora da verdade”. Bem feita a sequência, especialmente quando o espírito do Mal brincalhão utiliza Milos (Kevin Foster) como uma marionete – uma cena que me lembrou o ótimo Beetle Juice. Também são interessantes as tentativas da protagonista em tentar se ver livre do objeto que a mantêm amaldiçoada.

Um dos principais problemas do filme, para mim, é a previsibilidade do roteiro escrito por Sam Raimi e por seu irmão mais velho, Ivan Raimi. Vejamos: Drag Me To Hell começa com uma introdução sobre o poder dos ciganos em jogar maldições mortíferas nas pessoas. Depois, nos apresenta a protagonista e suas motivações para que ela agisse como agiu – aliás, não são poucos os filmes (e alguns muito bons) que trazem essa tônica moral para o roteiro, como aqueles que contam a história de homens ambiciosos que “vendem sua alma ao Diabo” em troca de riqueza e poder (e que sempre se dão mal, é claro). Christine é uma “moça do interior” que quer provar para “todo mundo” sua inteligência e determinação. Pressionada pela disputa com o novato Stu Rubin (Reggie Lee) por uma vaga importante no banco em que trabalha e, no plano pessoal, pela família rica do namorado, tudo que ela quer é ascender socialmente. Depois de sabermos disso, o roteiro nos mostra, passo a passo, como a maldição de Lamia vai se desenvolvendo. Até o “grand finale”.

Claro que Drag Me To Hell é cheio de efeitos especiais de primeiríssima qualidade – afinal, por mais que esta produção tente ter cara de Filme B, ela certamente custou muito mais do que os produtores gostariam de revelar (aliás, eles não revelam a quantia que foi gasta com o filme). É conveniente que fique colada nele a imagem de Filme B. 😉 Gostei também da edição feita por Bob Murawski e do apego da equipe com os detalhes das locações, sets e do trabalho dos atores. Especialmente de Alison Lohman e de Lorna Raver. Porque Justin Long, coitado, está no filme como coadjuvante, aparecendo apenas para apoiar a namorada e para soltar alguma ironia aqui e ali. No geral, o filme é divertido e merece ser visto por isso, para que o espectador dê umas risadas e tire sarro de alguns conceitos clássicos de filmes de terror.

NOTA: 8.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Não citei ele antes, mas o ator David Paymer faz um papel importante no filme. Ele interpreta a Jim Jacks, o chefe de Christine e Stu que vive colocando fogo na disputa entre seus dois empregados. Algumas vezes Jacks parece apenas “pateta” e indeciso. Outras vezes, ele lembra uma raposa esperta que sabe que a disputa é o melhor caminho de um gerente para conseguir os melhores resultados de seus subordinados. (SPOILER – não leia se você não viu ao filme). Para quem queria que ele se desse mal em algum momento, esta hora chega quando ele leva uma bela espirrada de sangue saído do nariz de Christine – mais uma de tantas cenas “nojentas” e engraçadas do filme.

Gostei da pequena participação da atriz Bojana Novakovic como Ilenka Ganush, neta da vilã Sylvia. A atriz consegue uma interpretação na medida, ao mesmo tempo provocante, sensual e irônica. De origem sérvia – com esse nominho, só podia ser algo do gênero -, Bojana Novakovic logo poderá ser vista no filme Sisanje, dirigido por Stevan Filipovic (oh yeah, também sérvio!) e, em 2010, em um papel secundário no filme Edge of Darkness, estrelado por Mel Gibson.

Como um bom filme de terror – ou algo do gênero -, Drag Me To Hell necessita de uma trilha sonora competente. Christopher Young destilou uma trilha que algumas vezes beira o clássico e, outras vezes, o fúnebre – em algumas sequências eu juro que me lembrei da Família Addams. 😉

(SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Não sei vocês, mas até o final eu achei BEM, mas bem previsível. Afinal, depois de passar por tantas, Christine não poderia se ver livre dessa assim, tão facilmente. Agora, Drag Me To Hell terá continuações? Francamente, estou achando que sim.

Sam Raimi está se aventurando em terrenos perigosos… exceto pela quarta parte de Homem-Aranha, que este filme é lucro garantido, ele está envolvido em um novo The Evil Dead (seria uma continuação da história ou, pelo que tudo aparenta, uma refilmagem do original?) e, quem diria, na adaptação para os cinemas do clássico dos jogos para computador Warcraft. Pois sim, meus amigos! Agora sim, fiquei com medo. 😉 Sam Raimi será capaz de fazer algo digno de admiração para os fãs de Warcraft? Sei não…

Drag Me To Hell foi relativamente bem nas bilheterias dos Estados Unidos: até o dia 2 de agosto a produção tinha arrecadado pouco mais de US$ 42 milhões. Mas melhor que desempenho financeiro, o filme tem conseguido uma ótima recepção entre os críticos. Os profissionais que tem textos linkados no Rotten Tomatoes dedicaram 179 críticas positivas e apenas 15 negativas para Drag Me To Hell, o que lhe garante uma aprovação impressionante de 92%. Os usuários do site IMDb foram um pouco menos generosos com a produção dirigida por Raimi: lhe dedicaram a nota 7,8.

Mas antes de terminar meus comentários, queria ressaltar algo curioso desta história. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme ainda). Depois de ter várias tentativas de se livrar da maldição frustradas, nossa protagonista fica sabendo que basta dar o botão de seu casaco, objeto que “carrega” a maldição, para outra pessoa. O novo proprietário é quem será levado para o Inferno. E daí vem a principal questão do filme: “Quem merece ir mais para o Inferno do que Christine?”. Nesta hora, a nossa heróina demonstra escrúpulos e evita mandar pessoas “inocentes” para a fogueira eterna. Interessante. Outra pessoa, em seu lugar, talvez tivesse entregue aquele botão praticamente para o primeiro/a que aparecesse.

Segundo as notas de produção do filme, a idéia original de Drag Me To Hell surgiu para os irmãos Raimi há uma década. A principal motivação deles era a de contar uma história que envolvesse uma maldição. “Sempre gostamos do tema das maldições”, comentou Ivan Raimi. Seu irmão, Sam, complementa dizendo que o filme “é um conto moral”.

“Queríamos que Christine fosse um personagem moralmente complexo. Ela se esforça em seu trabalho para subir mais um degrau, como qualquer um. Ela é uma pessoa normal, mas sua moral não está totalmente definida, existem áreas cinzas, nem tudo é branco e preto. Essa é a parte que mais me interessa. Ela deve enfrentar um castigo que não corresponde ao erro que ela cometeu, e eu gosto de ver como ela enfrenta esta situação”, comenta Ivan.

Achei interessante que os roteiristas desenharam a história para que Christine participasse de todas as cenas, como se ela fosse a única narradora do filme. Procurando um ser sobrenatural adequado para a sua história, os irmãos Raimi escolheram a mítica e demoníaca figura da Lamia, conhecida em diferentes culturas. “Cada lenda deixa claro que a Lamia enfurecida é um demônio que arrastra a suas vítimas para o inferno uivando. Essa é a terrível característica que todas (as lendas) tem em comum”, explica Ivan.

Mesmo não sendo fã de filmes de terror, a atriz Alison Lohman disse que gostou de ter participado de Drag Me To Hell. “Eu gosto que minha personagem tenha emoções e com o fato de que ela sofre mudanças durante o filme. Ela vai se fazendo mais compassiva, mais generosa. E reconheço que aproveitei bastante toda a parte física, ainda que eu tenha acabado com alguns machucados”, declarou a atriz. Justin Long, por sua vez, disse que lembrou muito do pai quando interpretou Clay. “Meu pai é professor de filosofia. Ele é muito racional e lógico. (…) Eu sou o contrário, estou disposto a creer em tudo, no monstro do lago Ness, no terrível homem das neves, em fantasmas, em qualquer coisa sobrenatural”, ironizou Long.

E uma curiosidade da produção: a atriz Lorna Raver, conhecida mais por atuar no teatro de Nova York, trabalhou com uma professora de húngaro e, com sua ajuda, memorizou alguns diálogos no idioma que, depois, foram salpicados durante o filme. Ela também chegou a ser classificada como uma “lutadora  nata” pelo diretor Sam Raimi graças ao seu desempenho nas cenas de luta que teve no carro de Christine.

Outra curiosidade é que o carro utilizado para a cena da luta entre a heróina e sua algoz era totalmente desmontável. Em certo momento, a equipe técnica tirava as portas, em outro, a parte traseira, ou a da frente, assim como o teto.

Até o momento, Drag Me To Hell foi indicado a apenas um prêmio: o de melhor filme de terror/thriller na escolha do público do Teen Choice Awards. Celebrado no dia 10 de agosto, há poucos dias, o prêmio desta categoria acabou parando nas mãos dos produtores de Friday The 13th.

ATUALIZAÇÃO (15/08): Notei que muitas pessoas estão buscando textos sobre a mitologia da Lamia. Como deixei subentendido antes, esta personagem aparece em várias culturas e de diferentes maneiras. Mas, segundo este texto da Wikipedia (em espanhol), sua origem remontaria à mitologia e ao folclore de gregos e latinos, aparecendo como personagem para assustar crianças ou como uma sedutora terrível (que antecederia à figura da vampira moderna).

Segundo o historiador Duris de Samos, na mitologia grecoromana a personagem de Lamia era a de uma rainha de Libia que teve um romance com Zeus. Hera, com ciúmes de Lamia, a teria transformado em um monstro e matado seus filhos. Ela teria sido ainda condenada a não poder fechar nunca seus olhos, fazendo com que ela estivesse sempre obcecada pela imagem de seus filhos sendo mortos. Para “suavizar” sua pena, Zeus teria outorgado para Lamia o poder de que ela pudesse tirar seus olhos, para descansar, e depois colocá-los novamente (sinistro!!!). Com inveja das outras mulheres que eram mães, Lamia atacava e devorava seus filhos. Na Antiguidade, as mães gregas e romanas costumavam ameaçar os seus filhos peraltas com a figura de Lamia – ela seria, em outras palavras, a “mãe” dos bicho-papões.

Com o tempo, a figura de Lamia foi sendo adaptadas às diferentes culturas e crenças. Elas aparecem, por exemplo, frequentemente nos bestiários como exemplos de monstro selvagem e que não tem piedade. Segundo o texto que mencionei da Wikipedia, na catedral italiana de Pésaro se conserva um mosaico do século 6 no qual dois Lamias aparecem representadas como pássaros com cabeça humana. Não encontrei, contudo, em parte alguma, uma relação entre os ciganos e a figura maldita da Lamia. Isso, provavelmente, foi criação dos irmãos Raimi – agora, é fato que os ciganos são conhecidos (e temidos, inclusive rechaçados) em muitos países, especialmente na Espanha, por essa lenda de que eles são capazes de lançar maldições nos seus desafetos.

Eu morei na Espanha um tempo e, por lá, realmente, as pessoas tem o pé atrás com os ciganos. O que leva ao preconceito contra este coletivo e, muitas vezes, a exclusão destas pessoas. Segundo este texto da Wikipedia (em espanhol, novamente), os ciganos na Espanha causaram pavor, por muito tempo, porque lhes era atribuído um poder especial em lançar maldições.

CONCLUSÃO: Um filme essencialmente divertido. Mais que terror, ele deveria ser classificado como “comédia terrorífica” – se é que isso existe. 😉 O diretor Sam Raimi volta a brincar com o gênero, agora dedicando seu talento para narrar uma história envolvendo maldições jogadas por ciganos. Se você busca um filme assustador, esqueça. Cheio de efeitos especiais e de uma maquiagem de primeira linha, Drag Me To Hell foi feito para divertir, provocar risadas, e deve agradar especialmente às pessoas que tem algum “background” em filmes do gênero. Afinal, talvez não seja todo mundo que entenda as piadas do filme sem ter assistido a muitos outros títulos como este antes. Com várias cenas escatológicas e “nojentas” salpicadas aqui e ali, Drag Me To Hell conta uma história de fundo moral. E para os que gostam de alguma pancadaria, ele também presenteia os espectadores com algumas das melhores cenas de luta entre “mocinha” e “velha má” dos últimos tempos. Um exercício curioso de direção, com tudo que um filme do gênero pede, mas sem grandes surpresas, sustos ou criatividade – na verdade, quase nada destes dois últimos.

OSCAR 2010: Ainda é cedo para fazer alguma projeção para o próximo Oscar, mas acredito que Drag Me To Hell tem boas chances de competir nas categorias técnicas. Entre elas, a de melhor maquiagem, melhores efeitos especiais, melhor mixagem de som e melhor edição de som. Ainda não sei quem poderiam ser seus concorrentes, para assim poder falar sobre as chances que o filme teria, mas acredito que ele será indicado em uma ou mais destas categorias.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 25 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing, professora universitária (cursos de graduação e pós-graduação) e, atualmente, atuo como empreendedora após criar a minha própria empresa na área da comunicação.

29 respostas em “Drag Me To Hell – Arraste-me para o Inferno”

Para variar, ótima resenha. =P

Mas eu acredito que, como você disse, depende muito do que se está buscando quando se assiste um filme.

Eu não vi esse e portanto não posso opinar sobre ele em si, mas eu realmente não acho que sustos façam um bom filme de terror. Eu odeio filmes com sustos, acho uma apelação desnecessária demais. Pra mim o terror está no medo do desconhecido, nas coisas horríveis que aguçam a imaginação.

Posso citar aqui alguns bons filmes de terror que me fizeram gelar sem dar nenhum susto: O Orfanato, Ju-On (o original, não o americano), o próprio O Exorcista, com suas indicações sutis do diabo… São filmes realmente bons e assustadores.

Rec é um caso especial, é tão bom que dá pra suportar os sustos =D.

Beijocas!

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Oi Daniel!!!

Nossa, você me confundiu ao se apresentar como “Dan Ramos”… hehehehehehehe. Bem-vindo novamente por aqui!

Então, talvez eu não tenha sido totalmente feliz ao me expressar na crítica. O que eu quis dizer é que um filme de terror/suspense deve, em primeiro lugar, criar um clima de tensão, deixar o espectador angustiado e/ou provocar uma aura de suspense/terror, como o nome do gênero mesmo sugere.

Pessoalmente, também não curto os sustos fáceis, o que eu normalmente classifico, ironicamente, como o clássico susto do “gato-que-pula-na-frente-da-câmera”. 😉 Não curto esse tipo de suspense, que considero barato, meio óbvio.

Mas o que eu quis dizer com o texto é que Drag Me To Hell provoca mais risadas do que angústia ou tensão. Ou seja: ele perde bastante do que seria a característica fundamental do gênero do qual, em teoria, ele faz parte. Agora, se visto como filme-B, ele se justifica bastante. Afinal, em um filme destes, esperas mesmo uma boa carga de humor junto com a tensão.

Concordo contigo sobre o clima de tensão/terror criado por O Exorcista, por exemplo – assim como pelos filmes que eu citei no texto acima. Mas não sei, acho que O Orfanato e Ju-On tem alguns sustos no estilo “algo-salta-na-frente-das-câmeras-e-te-assusta-com-a-ajuda-da-trilha-sonora”. Algo que funciona algumas vezes, mas que na maioria dos casos é apenas um recurso de “dar cagaço”, ou seja, um recurso fácil. Nem por isso os dois filmes não sejam bons… pelo contrário. Os dois são ótimos, bem bacanas e, mais que estes sustos, criam um ótimo e eficaz clima de tensão/suspense, que é o que estes filmes devem fazer.

E [rec], por exemplo, acho que tem poucos sustos… é mais uma construção contínua de tensão, a tal ponto que nos deixa um tanto aflitos pelo que virá em seguida. Gosto muito deste filme – mas tudo indica que sua continuação será bem ruinzinha, infelizmente.

Um abração e beijocas… inté a próxima!

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Olá Ale!

Agora sim entendi. Um amigo me confirmou o que você disse, o filme parece mesmo ser só intenção e diversão bem humorada. Falando nisso, o nome que se dá a esse gênero é “terrir” =D.

Em O Orfanato eu só me lembro de um susto sem vergonha, que é o do Simón no banheiro (realmente desnecessário), mas faz tempo que assisti. O que me marcou no filme de ser um treco “mais-tensão-que-susto” foi a cena do pique-esconde (ela dentro da casa, no escuro). Aquela cena deixa qualquer cidadão traumatizado!

Quanto a [rec], pensando direito agora ele realmente tem poucos sustos mesmo, é o horrendo Quarentena (cópia nojenta americana, detesto!) que se embasa nos sustos.

Você viu que vai ter rec²?

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Ah, vi que você falou sobre essa continuação =P. Acho que vai ser ruim também, esse tipo de filme deveria ficar só no 1.

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legal a resenha!

… leia um pocuco da minha…

“…Os cálculos de inércia que a “mocinha” desenvolvera em frações de segundos a fim de fazer a Senhora Ganush voar de dentro de seu carro são inusitadas. A mais hilária, desconcertante, e talvez de mais descrédito ao terror a que o filme se propõe é mesmo a cena onde a entidade incorporada regurgita a oferenda a ela ofertada em sacrifício: um gato. Sim, um gato é regurgitado em uma sequência de cena que denuncia talvez, sem aqui querer afirmar, um stop-motion, com economia de fotos quadro-a-quadro…”

http://www.baujalma.blogspot.com

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Oi Daniel!!

Pois sim, o filme está mais para “terrir” mesmo…

Comentaste sobre uma determinada cena de O Orfanato… se for a que eu estou pensando, ela me pareceu uma “releitura” ou, melhor dizendo, uma homenagem à uma sequência clássica de The Shining (O Iluminado). Aliás, você já assistiu a esse filme do Kubrick? Ele é maravilhoso, um clássico que deve ser assistido.

Não assisti a Quarentena… mas se você diz que ele é ruim, confio em ti. hehehehehehe

Pois é, teremos que esperar para conferir a continuação de [rec]… preparados para assistir a uma bomba (daí, quem sabe, até gostemos de alguma coisa?).

Um abração, garoto, e até a próxima!

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Realmente, ela parece mesmo com a cena de Shining! O mais engraçado é que acabei de ver uma referência a esse filme em um comercial da IKEA.

Kubrick é indispensável, semana passada eu e minha esposa nos estapeamos com um pessoal pra conseguir um VHS de Um Corpo que Cai (aliás, se você não viu, veja) em uma locadora que estava vendendo o estoque!

Abrazzos!

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Olá Clovis!

Antes de mais nada, seja bem-vindo aqui no blog. Espero que esta tua primeira visita se repita muitas vezes ainda.

Fico feliz que tenhas gostado do texto. E agradeço que tenhas divulgado parte do teu trabalho. Agora, uma dica: na próxima vez que fores citar um texto teu, tenta utilizar um trecho que não fique tão deslocado.

Lendo o que escreveste, juro que fiquei confusa… isso porque citas, em uma sequência, dois trechos bem diferentes do filme – quando a “mocinha” luta no carro e quando ela sacrifica o próprio gato. Tipo são partes muito diferentes e até distantes na história. Não achei muita lógica na maneira com que misturas estes dois fatos. Mas depois fui ler o texto no teu blog e achei ele ok, ainda que um pouco confuso também. Mas continue com o teu trabalho, e sorte com teu blog.

Um grande abraço e volte mais vezes!

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Oi Daniel!!!

Nossa, você é muito rápido no gatilho das respostas. hehehehehehehe

Sim, Kubrick é um maravilhoso. Um dos meus preferidos, de longe. E acabas de citar um dos meus filmes preferidos de todos os tempos: Um Corpo que Cai. Mas me permita uma correção: ele é dirigido por Alfred Hitchcock, outro diretor magnífico e indispensável. Desta vez, não foi obra do Kubrick. 😉

Vale a pena ver estes filmes sim. São excelentes – e explicam muito do que foi feito no cinema depois.

Um abrazzo!!

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Pois é, Hitchcock! Shame on me! rs

A gente levou foi Spartacus e Full Metal Jacket do Kubrick (além dos filmes do Hitch e outros).

A minha esposa sofreu a morte do Kubrick rapaz, especialmente porque o último projeto dele foi finalizado pelo tosco do Spielberg rs

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Oi Dan!

Que nada… a gente se confunde mesmo. Precisa ver quando quero lembrar o nome de algum diretor, ator, atriz, roteirista ou o que for e não tem jeito para que eu consiga lembrar o bendito nome. 😉

Uau, belas compras as de vocês, hein? Esses dois filmes do Kubrick são ótimos, assim como o Um Corpo que Cai.

Nem fala… entendo completamente a tua esposa. Para mim, o último filme do Kubrick foi mesmo Eyes Wide Shut. Nem considero A.I. um projeto do Kubrick porque o Spielberg fez um filme tão ruim que nem dá para lembrar do diretor de Spartacus.

Um abração e inté!

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eu adoro esse seu espírito democrático aqui no blog, onde o que prevalece é a arte do cinema em todos os gêneros, drama, ação, suspense, terror e….comédia, como esse.
não vi até o final, mas tem cenas ótimas, como a da briga no carro. Nem tarantino faria melhor…he he

ótimo

bejão pro cê

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Oi Mangabeira!!

Pois essa é a idéia, justamente. Falar de todos os tipos de filmes, de diferentes gêneros, nacionalidades, bons, ruins, de tudo. Sem preconceitos, como tu mesmo comentaste.

Fico feliz que você me entende. 😉

Agora, por que tu não assistiu até o final? Não tivesse paciência ou o que? hehehehe

Um beijão e inté breve!

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…Oi a todos prazer Leonardo Bahiia Brazil.. teixeira de freitas..
Gosteii bastante.. apessar de todas essas Criticas aii em cim Boas Ruins
sei lá.. acheii o Filme otimuh sustos bem Intenços.o tipo de Suspense que mim agrada..
o filme atendeu minhas espectativas.. so não gostei que ele fiko meio sem Final..
espero a continuação…se Tiver?? clarOo.. no mais ta td de Boua..!

Obrigado e ate ..

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Olá léo!!

Seja bem-vindo por aqui.

Então, o importante é que o filme te agradou e atendeu a tuas expectativas. Isso que importa. Quanto ao final, é isso mesmo… a intenção era deixá-lo sem uma conclusão. Talvez para uma continuação, talvez apenas para não fechar a história de uma forma tradicional.

Obrigada por tua visita e comentário. Volte mais vezes.

Um abraço!

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Sou fã do trabalho do Raimi desde Evil Dead.

Mas esse “Drag me to Hell” é MUITO ruim… O roteiro é um lixo! Os efeitos CGI, piores ainda.

Um decepção total! Realmente, depois de encher a bufa de grana com a trilogia do Homem-Aranha, Raimi perdeu a noção.

Se reduzisse esse filme para 30 minutos e colocasse ele como parte de um “Contos da Cripta”, até ia.

Mas como filme “full feature”, ficou um lixo!

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Desculpe fabio mas então vc nao deve gostar de filme de terror pq ja vi quase todos que existem e esse pra mim é um dos melhores e espero que ele faça o 2.desculpe mas amigo fabio vc esta doido de falar que esse filme é um lixo pois ele é excelente.

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Oi Fábio!

hehehehehehe
Nada como um fã do diretor para criticá-lo com dureza. 😉
Olha, também sou fã do Raimi e gosto muito de Evil Dead. Para mim, aliás, um dos grandes filmes do gênero em todos os tempos.

Sim, Drag Me to Hell está beeem abaixo do clássico que citaste. Mas, como viste pelo meu texto, não achei ele tão ruim… especialmente porque achei que ele tem muito humor e tira sarro de si mesmo – assim como do gênero. Coisa habitual no Raimi, aliás.

Mas entendo a tua revolta. Espero que em uma próxima tacada o diretor te satisfaça melhor.

Obrigada por tua visita e pelo teu comentário. Seja bem-vindo, aliás, e volte mais vezes! Abraços.

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Oi alexandre!!

O filme é bacana, não é mesmo?
Cá entre nós, ele não me assustou muito não… talvez porque eu já tenha visto tantos filmes do gênero. Achei ele mais engraçado que assustador.

Mas que bom que você levou bons sustos… isso é o que faz esse gênero de produções tão interessante.

Obrigada por tua visita e pelos teus comentários. Espero que voltes por aqui mais vezes, inclusive para falar de outros filmes.

Abraços!

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Oi Gléssica!

Antes de mais nada, seja bem-vinda por aqui!

Também gostei do filme e, como você, espero assistir à continuação.

Obrigada pela tua visita e comentário. E volte por aqui mais vezes, ok?

Abraços e inté!

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sabe,eu tambem fiquei muito impressionado com as cenas do filme .quando a minha namorada convidou me pra ver o filme no cinema achei que fosse uma coisa de sempre ver filmes de outros tipos,porque no dia em que ela convidou pra ver o filme eu estava completar 19 anos,quando eu vi aquilo era como se fosse uma realidade a acontecer,o film me deixou traumatizado com aquele ruido de lamia,acabei de ficar com medo ate ao sair do cinema com a minha namorada e sabe o que ela disse depois de sair-mos do cinema?ela disse que este filme e um dos presente dela pra me,porque eu tinha dito pra ela que eu gostava muito de filme evil dead.ate hoje eu gosto do filme ,assim preciso procurar outros filmes deste genero.e gente falando serio o lamia e assustador,quando assisti me senti como eu estivesse ai dentro do filme sabe.eu preciso muito de ver filmes como aquele.deixando de tudo vou dizer um misterio que o filme me mexeu ,o filme tem um espirito de maldincao o lamia,semelhante com as caracteristica com o djin alma feita de fogo que alimenta se de carvao,os as pessoas da religiao muculmana sabe bem explicar isto apesar de eu ser muculmano tambem.

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Oi frank!

Então, o filme é bem bacana. Mesmo.

Especialmente para quem gosta de Evil Dead. Porque daí é possível entender todas as “homenagens” e referências feitas por Drag Me To Hell para aquele filme inspirador.

Interessante o presente da tua namorada. Bem pensado. Nada como levar quem se ama para ver um grande filme. 🙂

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui mais vezes.

Abraços e inté!

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Ei Alessandra! Faz tempo que não comento aqui. =)

Então, esses dias o Drag estava passando no Space e por acaso assisti, afinal. Com todas as referências e homenagens, achei muuuuuuuuuuuito engraçado. Pelo visto Raimi só sabe fazer filme pastelão com skin de terror, mesmo. Tem horas que dá raiva dos efeitos, ao mesmo tempo que são engraçados, provocam vergonha alheia.

E o pior que a premissa é legal! Em um roteiro decente, sério e sóbrio, daria um ótimo filme de terror.

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Dan Ramos :

Ei Alessandra! Faz tempo que não comento aqui. =)

Então, esses dias o Drag estava passando no Space e por acaso assisti, afinal. Com todas as referências e homenagens, achei muuuuuuuuuuuito engraçado. Pelo visto Raimi só sabe fazer filme pastelão com skin de terror, mesmo. Tem horas que dá raiva dos efeitos, ao mesmo tempo que são engraçados, provocam vergonha alheia.

E o pior que a premissa é legal! Em um roteiro decente, sério e sóbrio, daria um ótimo filme de terror.

Oi Dan!

Legal te “encontrar” por aqui novamente.

Pois então, eu também dei boas risadas com Drag Me To Hell. Acho que o filme ganha pontos justamente por esse humor, por tirar sarro de si mesmo e do próprio gênero.

O Raimi assumiu essa faceta, não tem jeito. Mas eu também acho legal. É bacana quando um autor consegue desenhar uma identidade e seguí-la.

Mas estou contigo. Nas mãos de outras pessoas, talvez tivéssemos tido um filme beeeeem diferente, mais sério. Só não sei se melhor. 🙂

Abraços e volte por aqui mais vezes, ok? Abraços e inté!

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Olha,pra mim foi o segundo melhor filme que já assisti até hoje. E quem dizer que não gostou é porque já não gosta de filme de terror ou porque não sabe o que tá dizendo.
Quem é conhecedor de filmes de terror e já assistiu uma boa quantidade,sabe que esse filme tem a verdadeira essência do puro terror.
Obrigado galera!

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Ola a todos
Pra mim drag me to hell da de dez a 0 na morte do demônio é um dos melhores filmes de terror, muito nojento com a sra ganushi aquela velha da medo só de olhar pra ela.rs
A HISTÓRIA TB É MUITO BOA. AGORA GOSTARIA DE SABER PELO AMOR DE DEUS JA TEM OU TERÁ O 2?por favor me mande a resposta

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