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La Piel Que Habito – A Pele Que Habito


Pedro Almodóvar é um sujeito raro. Ele tem um gosto estético e apreço pelas estranhezas da alma humana diferenciados no cinema mundial. Quem mais, além dele, poderia fazer um filme como La Piel Que Habito? David Lynch, talvez. Mas certamente Lynch faria isso com menos dramaticidade, cores, lógica histérica e sóbria, dependendo do momento, como Almodóvar. O diretor espanhol sabe como fascinar, provocar risos, tesão e chocar como poucos. Mais uma vez, ele faz tudo isso. Ainda que com menos maestria que em produções anteriores. Ou, talvez, um pouco menos de classe.

A HISTÓRIA: Toledo, 2012. Na propriedade El Cigarral, uma mulher faz exercícios. Depois ela medita, enquanto lhe preparam um café da manhã com um remédio dissolvido no suco de laranja. Com um livro de Louise Bourgeois ao lado, ela corta um pedaço de tecido fino com uma lixa de unha para moldar mais um personagem. Marilia (Marisa Paredes), empregada da casa, envia por um elevador interno o café da manhã de Vera (Elena Anaya). Depois de fazer um pedido e tê-lo recusado, Vera escolhe um vestido, o coloca e corta um pedaço do pano. Corta. Ouvimos, em um auditório, o médico Robert Ledgard (Antonio Banderas) fala sobre a importância da reconstrução estética para a recuperação de sobreviventes de queimaduras. Logo mais, vamos descobrir o que une Vera e Ledgard.

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir comenta trechos importantes do filme, por isso só recomendo que continue a ler quem já assistiu a La Piel Que Habito): O apuro estético e a força da trilha sonora de La Piel Que Habito foram os dois elementos que me chamaram a atenção no filme, logo no início. E eles seguiram se destacando até o final. Almodóvar tem um gosto plástico e estético fundamental. Ele avançou nesta qualidade com o tempo e, mesmo que a história deste novo filme relembre produções mais antigas, este apuro estético revela a evolução do diretor. Relembra sua fase mais atual. E a trilha sonora…

Logo no início, fiquei imaginando o filme sem a música que o cadencia. Ele perderia, sem dúvida, muito de sua graça. O que só comprova que La Piel Que Habito é uma produção dramática, que exige uma trilha sonora potente para intensificar as “emoções” exploradas pelas linhas do roteiro. De fato, o ótimo e experiente Alberto Iglesias faz neste filme mais um grande trabalho. A trilha é tão protagonista desta produção quanto Antonio Banderas e Elena Anaya.

Além da música e do critério estético apurado de Almodóvar, La Piel Que Habito se destaca por retomar um tom dramático exarcebado do diretor. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Ainda que ele nunca tenha deixado de ser “visceral”, em seus últimos filmes a violência ligada ao sexo perdeu força. Os gostos mais duvidosos e as taras mais estranhas perderam força em outras produções – algo que era mais comum no início da carreira de Almodóvar. Mas aqui, elas voltam a mexer com a libido e a imaginação do espectador.

Sem medo de errar, o diretor e roteirista investe em uma história densa, que trata de loucura, paixão, desejos reprimidos, busca da perfeição e de vingança e, claro, desejo de fugir. (SPOILER – não leia… bem, você já sabe). Elementos que Almodóvar conhece bem, por eles estarem tão entranhados na cultura espanhola. Não deixa de ser especialmente significativo este filme desenrolar-se em Toledo, uma cidade pequena, muito turística, tradicional e que é “vendida” como local do encontro de três culturas: a cristã, a judia e a islâmica.

Interessante que, desde o princípio, La Piel Que Habito deixa claro que Vera era uma prisioneira. Sabemos disso, mas não entendemos bem o porquê daquela prisão, no início. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). A semelhança dela com Gal, a mulher morta de Robert, abre uma série de conjecturas. Por exemplo: seria possível ele ter feito um clone da mulher? Mas aí a questão da idade não bateria – ele teria que estar muito mais velho. Por isso mesmo, quando descobrimos o que realmente aconteceu, a surpresa não é completa. O que surpreende, claro, é a narrativa das mudanças pelas quais passa Vicente (o ótimo Jan Cornet) feita com esmero e requintes de sadismo por Almodóvar.

Este desejo de mostrar o absurdo em detalhes, quase com uma lupa, é o que faz Almodóvar sem quem é. E que torna La Piel Que Habito um retorno curioso para o lado mais sádico do diretor. Há humor e absurdo na história, claro, como é típico de Almodóvar. Mas o dramalhão está ali, assim como o esforço do diretor em mostrar que muitos dos problemas psicológicos e ações desmedidas/violentas tem origem em desejos sexuais mal administrados.

A respeito dos protagonistas, algo me chamou a atenção: o quanto eles estão presos a desejos opostos. (SPOILER – não leia… bem, você já sabe). Desde o princípio, Vicente/Vera alimenta um desejo angustiante de fuga. Ele quer sair de Toledo, daquela forma de vida provinciana. Mas apegado à mãe (Susi Sánchez), ele adia a saída do “pueblo”. Depois, quando acontece o que acontece e ele passa a ser prisioneiro, ele segue querendo fugir. Mesmo quando parece que não, que ele está conformado. É apenas a forma dissimulada que ele adota para sobreviver.

(SPOILER). Por outro lado, Robert está apegado àquela “finca”, à sua propriedade e sentimentos. Mesmo quando o amor que ele sente é por pessoas que já morreram e por realidades que não podem mais ser resgatadas. Ele é a permanência, o tradicional, o sujeito que aparenta uma coisa para a sociedade mas que, em casa, revela-se algo totalmente diferente – e repugnante, detestável. Vicente é o rebelde, aquele que toma drogas para aguentar uma realidade que não suporta. Ele é o novo que não consegue lidar com o antigo e com as aparências enganosas.

Não acho que foi um acaso a escolha do título deste filme ou mesmo do que este nome significa dentro da trama. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Afinal, todo aquele cuidado de Robert com a pele de Vera simboliza o seu apreço pelas aparências. Mas a pele e, consequentemente, estas aparências não resistem muito tempo. Não resistem ao desejo da mudança de Vera/Vicente. Roupas, tecidos, peles se rasgam e se cortam facilmente. Robert, que simboliza a sociedade tradicional espanhola – e de vários outros países – pode até costurar, remendar, consertar. Alterar as aparências para atingir determinados padrões de beleza. Mas o que Almodóvar parece nos dizer, implícita ou explicitadamente, é que este jogo de aparências terá fim. Uma hora ou outra, e talvez de maneira trágica. Porque, afinal de contas, “o novo sempre vem”. E ele, normalmente, quebra os padrões até então vigentes. Rasga peles. Algumas vezes sem remendos.

Esta, para mim, é a leitura principal de La Piel Que Habito. É a mensagem de fundo de um filme que pode ser visto apenas como uma sequência de bizarrices. Ok, essa compreensão também não estaria equivocada. Mas como qualquer outro filme de Almodóvar, o diretor quer dizer mais do que o óbvio. Pelo que eu comentei antes, achei o filme interessante. Os atores, mais uma vez, são um ítem a parte. Muito bem escolhidos pelo diretor, eles dão um show. Convencem. Emocionam. Conduzem os espectadores pela mão.

Antonio Banderas, que há tempos não me convencia como ator, está bem. Para a minha surpresa, devo admitir. Ele não está exagerado – em um papel onde não seria difícil um ator se perder. Está sóbrio, preciso, charmoso e viril, como o personagem exige. Elena Anaya também está perfeita, mostrando fragilidade nos gestos e firmeza no olhar que definem a personagem. Marisa Paredes… bem, ela está engraçada como sempre. Uma veterana que merece respeito. Mas quem rouba a cena, para mim, foi o ator Jan Cornet. Fantástico. Ele vai ganhando pontos conforme a história vai ficando mais densa. Mas toda a sua interpretação é bem cadenciada, equilibrada para cada momento.

Até aqui, só falei dos acertos de La Piel Que Habito. Mas o filme tem algumas falhas também, a meu ver. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Para começar, e acho que só nós, brasileiros, vamos entender esta crítica com a devida prudência, achei muito “fake” a forma com que o diretor, que conhece bem o Brasil, simplificou a história de Zeca (Roberto Álamo). Meio boba a mistura do português com o espanhol – ok, muitos brasileiros que moram na Espanha falam o “portunhol”, mas não vi muito sentido em introduzir isso na história. Também bastante óbvia a ideia de “meu filho não foi criado por mim, e sim em uma favela, virando ‘aviãozinho’ logo cedo” para justificar o desvio de Zeca. A velha e batida história de que qualquer criança que cresce na favela está fadada a ser bandido. Achei bobo, simplista. Dispensável.

Além deste ponto e, francamente, o que mais me incomodou, foi o final. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Ok, sabemos que Almodóvar é dramático. Quem conhece um pouco mais de perto a cultura espanhola, sabe que eles gostam de um drama. Mas aquele “tiroteio” realmente era a forma mais interessante de terminar a história? Para o meu gosto, pareceu demais com o final de qualquer novela. Muito previsível e simplista… até parecia que o diretor estava com pressa de terminar o trabalho. Almodóvar me deu a impressão, com este final, que ele achou muito mais interessante contar a história do que terminá-la. Além disso, há a cena do vestido… eu acho que foi uma forma bacana de terminar o filme. Afinal, como o personagem convenceria quem ele queria com a sua história? Elementos simbólicos sempre ajudam neste sentido. Mas não deixei de me perguntar, mesmo assim, da onde ele tirou aquele vestido? A peça estaria na casa da mãe dele e ele passou lá antes de ir para a loja, já vestido? Certo, nem todo filme precisa ser lógico e convencer em todos os seus pontos. Ainda assim, estas sequências finais me incomodaram e tiraram parte do êxito do filme.

NOTA: 8,8.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Acho que é hora de fazer uma confissão, por aqui. Afinal, eis o último dia de 2011. E eis que publico mais um texto atrasado. E a minha confissão para vocês, queridos leitores deste blog, é que eu também sou um pouco rara. Não com o talento do Almodóvar para rareza – e outras coisitas más – mas sou meio estranha para outras coisas. Como na decisão sobre o filme seguinte que eu vou assistir.

La Piel Que Habito estava na minha lista de filmes a serem assistidos há vários e vários meses. Claro, o novo filme do Almodóvar, só poderia fazer parte da minha lista. Mas daí ele foi lançado, chegou aos cinemas brasileiros, e eu não consegui assistí-lo naquele momento. Daí eu pensei: “Ah, agora passou do tempo”. Porque eu sou estranha assim… por mais que eu goste de um diretor ou por mais que eu queira ver a um determinado filme, se eu acho que passou do tempo de assistí-lo, eu deixo pra lá. E vou assistir a outra produção qualquer que está na minha lista.

Só voltei atrás e assisti a La Piel Que Habito no início desta semana porque eu vi que ele está concorrendo ao próximo Globo de Ouro. Daí eu pensei: “Taí a minha desculpa para ressuscitá-lo”. E eis que ele acabou sendo o último filme que eu assisti em 2011. Queria ver outro filme, esta semana, mas não deu tempo. Gostei que, no fim das contas, mesmo que meio que por acidente, acabou sendo este o último a aparecer por aqui em 2011. Faz sentido. Quem sabe esta não é uma homenagem indireta à Espanha, país que eu adoro e que voltei a visitar este ano? Pois…

Até o momento La Piel Que Habito não obteve êxito nos cinemas. Há estimativas de que o filme tenha custado cerca de US$ 13 milhões. Nos Estados Unidos, até o dia  18 de dezembro, ele tinha arrecadado pouco mais de US$ 2,94 milhões. E olha que Almodóvar é bem conhecido e respeitado na terra do Tio Sam. Na Espanha, o filme chegou perto de conseguir uma bilheteria de US$ 5,8 milhões. No fim das contas, juntando todo o resultado nos cinemas, talvez o filme se pague. Mas não conseguirá quase lucro algum. Algo ruim, claro. Mas nada que impedirá o diretor a seguir trabalhando.

Esta produção estreou no Festival de Cannes, em maio de 2011. Depois, ele participou de outros 12 festivais e duas semanas de cinema. Entre os festivais, esteve no Karlovy Vary, no de Toronto, no do Rio de Janeiro e em Estocolmo. Mesmo com esta trajetória, ele não saiu vencedor em nenhum evento no qual participou.

O único prêmio recebido por La Piel Que Habito, até o momento, foi o de melhor filme em língua estrangeira entregue pela Associação de Críticos de Cinema de Washington DC. Além deste, ele foi indicado a outros sete prêmios.

Francamente, não acho que este novo trabalho de Almodóvar vai ganhar o próximo Globo de Ouro. Não porque o diretor não mereça. Não porque o filme seja ruim. Mas eu acho que há concorrentes mais fortes. Não assisti a nenhum dos outros quatro indicados, mas acho que seria mais fácil a crítica premiar o iraniano Jodaeiye Nader az Simin (que tem a nota 8,6 no IMDb) ou o belga Le Gamin Au Vélo (com nota 7,6) do que este La Piel Que Habito. Se fosse outro filme do Almodóvar, acho que ele até poderia ganhar. Mas este novo é muito “underground” para levar um prêmio comercial como o Globo de Ouro. Sempre posso errar, claro, mas esta é a minha aposta.

Para quem ficou curioso de saber onde o filme foi rodado, além de Toledo, que aparece identificada no início da história, La Piel Que Habito tem cenas rodadas em Pontevedra, na Galícia; em Puente Ulla e Santiago de Compostela, em La Coruña; e em Madrid.

Todos os atores que aparecem no elenco deste filme fazem um belo trabalho. Mesmo o personagem tosco do Zeca é bem interpretado por Roberto Álamo. Sempre é um prazer assistir a Marisa Paredes. E foi surpreendente ver Banderas bem, assim como o trabalho competente de Elena Anaya. Volto a comentar que achei o grande destaque do filme o ator Jan Cornet. E faltou citar, antes, o bom trabalho de Blanca Suárez como Norma (ou Norminha), filha de Robert Ledgard;  Bárbara Lennie como Cristina, em uma ponta que se destaca na produção; o conhecido ator (pelo menos na Espanha) Eduard Fernández como Fulgencio, amigo do protagonista e que ajuda ele a manter uma clínica ilegal; e de Fernando Cayo em uma ponta como médico.

Como acabou sendo costume na segunda parte da filmografia de Almodóvar, aqui, outra vez, ele dedica momentos relevantes da história para a interpretação de algumas músicas. A artista da vez, na ótica do diretor, é Buika, uma cantora de 39 anos nascida na cidade de Palma, nas Ilhas Baleares. No filme, são interpretadas duas canções dela: El Último Trago e Pelo Amor.

A trilha sonora é fundamental para este filme dar certo. Mas além dela, outros aspectos técnicos merecem ser destacados. O diretor de fotografia José Luis Alcaine faz um belo trabalho, assim como José Salcedo na edição, Antxón Gómez no design de produção e Carlos Bodelón na direção de arte. O figurino, assim como a trilha e a fotografia, também ganha relevância especial. Um bom trabalho de Paco Delgado.

Os usuários do site IMDb deram uma boa nota para La Piel Que Habito: 7,7. Os críticos que tem os seus textos linkados no Rotten Tomatoes quase acompanharam esta nota. Eles publicaram 112 textos positivos e 30 negativos para a produção, o que lhe garante uma aprovação de 79% (e uma nota média de 7,3). Especialmente a nota me chamou a atenção, já que os críticos do Rotten Tomatoes geralmente são bem exigentes.

Lembrei de outro detalhe do filme que talvez incomode a algumas pessoas mais detalhistas. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Alguns de vocês podem pensar, como eu: “Ok, até posso engolir que Vera foi totalmente ‘moldada’ ao gosto de Robert, cortando aqui, emendando ali, enchendo com silicone acolá. Mas como diabos ela foi ter aquela voz, tão diferente?”. Pois então, eis algo muito mais difícil de mudar. Não apenas as mãos e pés são complicadas de serem alteradas. Assim como a estrutura física – um ser mais alto que outro. Mas principalmente, e eis o ponto, a questão da voz. Só que no início do filme vemos Marilia colocando um remédio na bebida de Vera. Poderia ser um tipo de hormônio – ainda que eu ache que deveria ser tranquilizante. E até o “ópio” poderia ser outra substância. Ou enfim, Vera poderia ser tratada com hormônios em outro momento, o que “afinaria” a voz. E no fim, é preciso “tapar um olho” para embarcar na história, não é mesmo? 🙂

Ah sim, e antes que eu me esqueça, La Piel Que Habito não foi o indicado da Espanha para o próximo Oscar. Sendo assim, ele concorreria na premiação apenas em alguma categoria principal – melhor filme, diretor, atores ou roteiro. Acho difícil.

Não comentei antes, mas La Piel Que Habito foi escrito por Pedro Almodóvar com a colaboração de Agustín Almodóvar, seu irmão. Os dois se basearam no livro Tarantula, de Thierry Jonquet.

CONCLUSÃO: Este não é o melhor filme de Almodóvar. Mas com esta produção ele retoma uma fase de estranheza deixada para trás há bastante tempo. Almodóvar dá um tempo na profundidade dramática plasmada em suas últimas produções para contar uma história que flerta entre o terror psicológico, o terror ligeiro e o drama. Claro que há loucura e sexo no meio da história. Dois dos temas de fundo preferidos do diretor. E ainda que ele não emocione, como em outras ocasiões, ele provoca outros sentimentos. E se o cinema existe para isso, para provocar, Almodóvar segue em forma. Há momentos em que a história flerta perigosamente com o mau gosto, com o tosco, mas o diretor acerta o momento exato que faz ele desviar-se do abismo. Como eu disse antes, não é o seu melhor filme. Mas La Piel Que Habito mostra um frescor importante do diretor. Quem sabe o próximo não vem ainda melhor calibrado?

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 25 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing, professora universitária (cursos de graduação e pós-graduação) e, atualmente, atuo como empreendedora após criar a minha própria empresa na área da comunicação.

18 respostas em “La Piel Que Habito – A Pele Que Habito”

Grande crítica e grande filme sem duvida Banderas tem uma boa performance o que não vinha acontecendo em filmes anteriores Elena Anaya já divinal…e o realizador Pedro Almodôvar volta a realizar um grande filme o melhor dele para mim um pouco superior a carne tremula e la mala educacion que foram os últimos que vi dele e é bastante melhor que volver na minha opinião o mais fraco que vi dos 4 dele…um dos melhores do ano para mim só superado pelo magistral Drive.

Cumprimentos

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Oi André!

Obrigadíssimo por tua visita e pelo teu comentário.

Que bom que você gostou da crítica.

Sim, Almodóvar voltou a fazer um grande filme, depois de produzir alguns menos inspirados nos últimos anos. Agora, falta dares uma conferida nos melhores filmes dele. Há vários… mas eu começaria com Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão, depois Que Fiz Eu Para Merecer Isto? (que você vai achar especialmente engraçado se já estivesse em Madri), Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, Ata-me, Kika e os fantásticos Tudo Sobre Minha Mãe e Fale com Ela.

Agora que eu fui responder teu recado que eu vi a tua sugestão de Drive. Filme maravilhoso, realmente. Comentei ele há pouco. Vou lá agora colocar o registro de que tinhas sugerido ele. Obrigada.

Abraços e volte por aqui mais vezes, inclusive para falar de outros filmes. Inté!

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Gostei da crítica, exatamente o que senti. Depois de assistir o filme e me sentir chocado por minhas expectativas não terem sido alcançadas, fui buscar algumas críticas e vi que muitos colocaram como o melhor filme de 2011, o que, ao meu modesto ponto de vista, está longe de ser verdade. Achei o filme legal, mas medíocre. Medíocre no sentido de meio, não pejorativo. É “legalzim” e só. Não deu pra engolir a história do el tigre, de que era favelado e blá blá blá. O filme de modo geral é muito previsível. BEM previsível. Daria para revelar todos os segredos no meio do filme (como foi feito), mas dar uma continuidade mais interessante (o que não foi feito). Achei o desenvolvimento da perda de identidade muito fraquinho e superficial. E a cena dos tiros, QUE NOVELA MEXICANA. Não esperei ver o Almodóvar de sempre, aliás, nunca espero ver o mesmo Lars Von Trier ou o mesmo Lynch, espero a genialidade deles. Desta vez Almodóvar não foi tão bem não.

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Oi Rodrigo!

Exatamente.

Estou contigo. La Piel que Habito não é, nem de longe, um dos melhores filmes do ano passado. Também não vi tudo isso. E acho que as premiações mundo afora tem confirmado a nossa impressão – o filme não ganhou muita coisa, apesar de ter concorrido em muitos prêmios.

Achei perfeito o teu comentário. Exatamente isso. O filme é bastante previsível e tem um desenvolvimento razoável. Claro que o humor escrachado dos filmes antigos do Almodóvar voltaram um pouco, o que é bacana, mas é só isso.

Muito obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui mais vezes, inclusive para falar de outros filmes.

Abraços e inté!

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Super irrelevante criticar a parte do filme q faz alusão ao brasil, eh uma ficção isso, não um documentário sobre as terras brasileiras. Criticos reclamam qdo a banca do oscar é patriota, mas qqr alusão q se faça ao brasil em filmes o povo desce a lenha. É tão patriotismo bobo qto o deles.
O filme me lembrou cenas de novela mexicana mesmo, não por causa do desfecho mas tem elementos otimos, como o close no revolver, eh MTO novela mexicana isso, eu gostei. O filme eh otimo, mexe com todos os nossos sentidos, audacioso e supreendente, criticá-lo pq o cara virou aviãozinho no RJ é bobeira. Dá no mesmo de criticar qqr outro filme q algum árabe virou terrorista ou um americano serial killer.

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Oi Mimi!

Seguindo a tua lógica, é irrelevante fazer qualquer crítica.

Obviamente que eu discordo. Se não podemos opinar sobre aspectos e visões repassadas nos filmes, porque podem parecer patriotismo ou anti-patriotismo, então adeus qualquer crítica.

Acho qualquer simplificação de uma origem e repetição de estereótipos um recurso pobre, uma artifício burro. Se você não concorda, paciência. Tens todo o direito para discordar.

Não gosto de ver filmes dos Estados Unidos, da Espanha ou do país que for tratando os brasileiros sempre com aquela mesma fórmula: de pobres, ignorantes, saídos de favelas e/ou amantes de futebol e do Carnaval. Morei fora do país, e sei que muita gente acredita que todos que nasceram no Brasil seguem esta linha. A simplificação existe e sempre vai existir, até como recurso mental, mas isso não quer dizer que eu tenha que bater palma para um filme que ajude a reforçar essa simplificação idiota.

Não é uma questão de patriotismo. Não acho que o Almodóvar deveria ter mostrado um brasileiro empreendedor, de sucesso. Mas poderia ter evitado o reforço simplista de um estereótipo. Apenas isso.

Agora, esta é uma parte pequena da minha crítica. Há vários outros pontos do filme que eu não gostei, inclusive o pastelão exagerado – ou, como chamaste, a “novela mexicana”, o que é outra simplificação.

Que bom que você achou o filme ótimo. Mas eu me reservo o direito de discordar. Como respeito a tua opinião, espero que tenhas a sensibilidade de respeitar a minha e a de qualquer outra pessoa que possa discordar de ti. Isso mostra maturidade.

E não, não gosto quando um árabe é mostrado sempre como terrorista. Por estas e por outras que alguns povos criam “bronca” com os Estados Unidos e outras culturas que se acham superiores. Ignorar isso é achar que o cinema e os demais produtos culturais não tem importância além daquele de “divertir”.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário, ainda que ele tenha sido tão deselegante.

Espero que voltes por aqui mais vezes, inclusive para falar sobre outros filmes – e preferencialmente aceitando opiniões diferentes da tua. Isso faz bem.

Abraços e inté!

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Olá de novo!

(Bom já que você também avisou, aviso que meu extenso comentário também contém spoilers) =)

Gostei bastante do filme, concordo que pode soar bizarro às vezes mas achei a história bastante contundente. O pessoal saiu do cinema meio atônito, porque depois que termina o filme a gente fica remoendo, pensando. Leva um tempo pra digerir o inusitado daquele apanhado de situações.

Apesar dessas idiossincrasias bem colocadas por você em sua resenha, como a questão da voz de Vera, totalmente incompatível com a de Vicente, a gente fecha um olho devido ao tom de ficção científica presente durante algumas partes do filme e, se embarcarmos nesse clima, o roteiro segue bem.

Apesar desses elementos meio inacreditáveis e possíveis apenas na ficção, achei que o filme explorou bem os sentimentos dos personagens. Assim como acontece muitas vezes na vida, as pessoas são guiadas por motivações que nem elas próprios parecem entender e que só nos resta tentar intuir. Vingança, atração reprimida, vemos tudo isso lá.

A metáfora do título, como bem colocado por você, remete, a meu ver, à questão do que nos define, o que nos faz sermos quem somos. Seria nossa aparência (pele)? Nossa consciência de nós mesmos? É notável também a primeira pessoa, “habito”. A quem se refere esse “habito”? O mais evidente seria pensar que remete diretamente a Vicente/Vera, mas abstraindo um pouco, pode referir-se ao próprio público, que também exerce a posição de colocar-se constantemente na “pele” dos personagens, tentar entender suas motivações e seu eu. Li em um site que falava sobre o filme uma frase que explica bem a metáfora desse título: “a pele que você habita te define ou te aprisiona?”.

Você conseguiu traduzir bem no seu texto esse “desejo de fuga” de Vera/Vicente. Mas não é apenas a fuga de uma situação de cárcere como prisioneira em uma casa estranha, ela é também prisioneira em seu próprio corpo, cativa sob sua “pele”. É uma situação angustiante repassada para o espectador. Na verdade é a situação de desvinculamento de corpo e “consciência de si” vivida por muitas transexuais pré-operadas, mas contada de maneira inversa ao convencional.

A arte como maneira terapêutica e forma de sublimar essa prisão é muito interessante. Vera/Vicente encontra em esculturas de tecido e na ioga um lugar em que poderia se libertar, temporariamente, dessa prisão. Muito bem colocado esse poder libertador que encontramos nas situações difíceis, sendo a arte uma válvula de escape. Ocupando a cabeça com essas idéias, Vicente/Vera acabou desviando dos pensamentos suicidas e encontrando uma forma de sobreviver às adversidades.

Personagens loucos também não faltam nesse filme. Marília diz em uma fala que a loucura está em suas entranhas, já que seus 2 filhos, de uma forma ou de outra, parecem guiados por vontades patológicas e sua neta se matou. Robert parece aprisionado ao passado, buscando não somente vingar-se de Vicente (por vê-lo como causador da loucura e suicídio de sua filha) mas tentar, através deste, recuperar uma parte perdida de seu passado tornando-o uma cópia de sua falecida mulher, que se matou por não suportar habitar sua “pele” após o acidente, ao ver-se marcada pelas queimaduras.

Antonio Banderas, como você disse, está muito bem como Robert, personagem marcado por vários conflitos e perdas, dentre as quais a traição da mulher e consecutiva morte dela, a filha que também se matou, dentre outras. Em determinada parte do filme, Vera é estuprada pelo “tigrão” e Robert os vê e atira no homem, que na verdade é seu irmão. Talvez ele tenha encontrado ali, na rejeição que teve Vera em relação ao homem que já tinha tomado sua mulher no passado, uma espécie de afirmação de si mesmo. E é a partir daí que Robert parece assumir para si a atração que sente por Vera. Poderia ser também uma revanche com Vicente pelo fato de que ele estuprou e agora teria sido estuprado e quitaria, assim, suas dívidas morais. Mas essas explicações são apenas conjecturas minhas mesmo.

A feminilização de Vicente acontece gradualmente, iniciando-se com Robert barbeando-o de maneira assustadora com uma lâmina e um fluido de barbear verde e depois uma repentina vaginoplastia. Na cena em que Vicente levanta a roupa para ver o resultado da cirurgia abrupta, ficamos ao mesmo tempo curiosos e temerosos. Esses sentimentos dicotômicos acompanham todo esse processo de transformação.

Quanto à mencionada questão dos personagens serem brasileiros, pelo que li em um site, é devido à tradição de cirurgias plásticas que existe no Brasil, executadas por médicos como o famoso Ivo Pitangui. É apenas uma referência de Almodóvar. Não acho que eles tentam justificar as loucuras dos filhos de Marília pelo fato de que eles viveram em uma favela. A própria Marília diz que a loucura está em suas entranhas, não foi algo definido pelo ambiente em que eles viviam, mas sim algo da personalidade deles, quem eles são em sua essência orgânica.

Queria colocar também que o filme é recheado de ambiguidades. E quando digo isso não me refiro apenas à questão da identidade de gênero. Na cena em que Vicente tem uma relação sexual com a filha de Robert, por exemplo: seria aquilo um estupro? Ele teria persistido na situação sem que ela quisesse ou teria sido tudo apenas um mal entendido? Poucas respostas.

Ao contrário de você eu gostei bem do final, a aparente aceitação de Vicente em relação a sua condição de mulher acompanhada de indícios falsos de síndrome de Estocolmo só conseguem enganar Robert, porque o público logo saca que o “eu” de Vicente permanece o mesmo de sempre e que ele só se submete àquela farsa para buscar o momento certo de escapar. E o desfecho, com tiros e bem dramático, não poderia ser outro, pois o próprio enredo exige, além de que isso faz bem o estilo do Almodóvar.

Para fechar com chave de ouro, o filme ainda deixa múltiplas possibilidades em aberto. Quando, por exemplo, Vicente/Vera volta à loja em que trabalhou e encontra a funcionária que disse anos antes que não ficaria com ele por ser lésbica, seria o começo de uma possível relação? Agora Vicente é fisicamente mulher, isso tornaria um relacionamento possível? A incrédula mãe acreditaria na história contada pelo filho? Como Vincente/Vera encararia sua nova situação a partir daquele ponto? Enfim, um filme em que o absurdo é tão bem construído que chegamos a cogitar mil caminhos futuros pós-final. São questões que ficamos remoendo depois que as luzes do cinema se acendem.

A cada site que busquei após o filme, para ler críticas, percebi um aspecto diferente, inclusive no seu. É um filme bem multifacetado, que beira o terror psicológico. Vou querer ver novamente depois. Achei incrível. Ótima sua crítica também.

Abraço =*

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Oi Heitor!

Uau, que super comentário! Adorei.

Muito obrigada por ele.

De fato, o filme faz as pessoas pensarem, mexe com elas. Só por isso, ele é bacana.

E a pele que nós habitamos sempre pode ser moldada. Algumas vezes por nós, outras vezes pelos outros – e à fórceps. Acho que está é uma de tantas mensagens desta produção.

Bacana tua observação sobre a arte como válvula de escape. De falto. A arte ajuda muito na cura, do mal que for.

Sobre a referência ao Brasil… claro que há explicações. Ainda assim, achei as referências pobres. Paciência.

O envolvimento de Vicente com a filha de Robert, pela minha leitura, claramente foi um mal entendido. O rapaz não chegou a “consumar” o ato, consequentemente não houve estupro. Ele foi pego de surpresa pela doença da menina.

Sempre acho que há vários finais possíveis. Um deles foi este, super dramático. Mas acho que outros menos estilo “novelão” teriam sido mais interessantes. Minha opinião, facilmente contestada, é claro, como qualquer opinião sobre filmes. 🙂

De fato, há muitas possibilidades após o final. E isso é bacana. Porque a vida mesma, apesar das peles que nós vestimos – ou que nos vestem – também é assim, cheia de possibilidades.

Muito obrigada por mais esta tua visita e comentário. Espero que voltes por aqui muitas vezes ainda, inclusive para falar de outras produções.

Abraços e inté!

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Gostaria de esclarecer um duvida que ficou na resenha de critica filme, no final o Vicent havia comprado o vestido quando saiu para fazer compras com a personagem Marilia, por isso que ele tinha o vestido pra colocar quando foi atraz de sua mãe, ele estava na sacola de compras…só pra esclarecer e a sobre a critica gostei muito!

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Achei o filme excelente. Particularmente sou um cinéfilo empirista, não vejo filme pelo diretor (logo não sou de reconhecer linguagens características, etc.), mas por indicações de amigos ou até chego a me aventurar no desconhecido. Mas onde “La piel que habito” me pegou foi no choque existencial mesmo. A questão da liberdade, que achei também muito boa, pois no filme aparece uma reivindicação paradoxal em “eu não ser mais eu”. Pois ao mesmo tempo que estamos presos à pele que habitamos, o que mais nos aprisiona é a ideia que “nos falta a liberdade”. Daí foi fascinantemente chocante no filme retratar um médico, que dentre seu ciclo de amigos, é conhecido pelo seus métodos não ortodoxos, que ousa “retirar a existência” de uma pessoa (retira sua identidade, seu “ser”, seu sexo e tenta o convencer de ser uma mulher) em nome de compensar seu sofrimento. E o mais impressionante, o Vincent, em certo momento, aceita e se conforma à sua nova existência, talvez até com o auxílio do Ópio, que seja.
Enfim, mas quanto à crítica, achei excelente. Foi pautada no conhecimento do diretor, algo do qual eu não me aparato. Mas confesso que me decepcionou um pouco, por melhor que tenha sida a intenção, ela ficar dando “pitacos” no filme com base no conhecimento do diretor. Não acho que uma obra de arte tenha falhas, pois falha implica em uma meta baseada em algo que já existe. A boa arte é sempre nova, mesmo que a técnica e a lingagem sejam milenares.

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Olá Thiago!

Antes de mais nada, seja bem-vindo por aqui!

Interessante o teu ponto de vista.

Concordo com aquela máxima de “cada louco com a sua mania”. Da minha parte, eu de fato gosto de acompanhar os diferentes realizadores – diretores, atores, roteiristas, etc – e encontrar o estilo próprio de cada um (quando esse estilo existe). É como conhecer a carreira de um pintor, ou músico… em teoria, ele sempre buscará uma “identidade própria”. Mas também respeito quem não dá nenhuma importância para isso, como é o teu caso.

De fato La Piel que Habito trata desta destruição e reconstrução da identidade, um tema tão presente nos nossos tempos de exposição das pessoas nas redes sociais e demais espaços da internet – como este aqui.

Agora, não sei até que ponto Vincent “aceita e se conforma à sua nova existência”. Na verdade, como tantas outras vítimas de diferentes maus tratos pelo mundo, o que eu acho é que ele “se aquietou” por um tempo porque percebeu que não adiantava “bater de frente” contra o algoz. Além disso, possivelmente, ele tenha se cansado de tanto resistir. Mas no fundo, por trás daqueles olhos castanhos, não vi nenhum tipo de “aceitação” do que estava acontecendo ou do que viria a acontecer com ele sob a mira de seu algoz.

O médico, para mim, mais do que “compensar o seu sofrimento”, estava buscando vingança. Era um sujeito doentio e sem justificativas.

Fico feliz que tenhas gostado da crítica. E respeito quando discordas dela. Ainda que eu ache que sim, independente da característica da arte – ser cinema ou não pouco importa -, ela pode ser avaliada e criticada. Não com o intuito de alterá-la, mas de ponderar sobre o que foi feito. Do contrário, nunca existiria crítica. E acho que um dos papéis da arte é fazer as pessoas refletirem, pensarem sobre o que está sendo exposto/entregue ou, pelo menos, se entreterem com aquilo (processo de fuga que também é necessário). Enfim, podemos passar tempos discutindo sobre o papel da arte. hehehehehe

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. E espero que voltes por aqui outras vezes, inclusive para falar de outros filmes que tenhas gostado.

Abraços e inté!

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Não gostei da forma como a crítica está escrita. Muito longa, enfadonha, repete as mesmas coisas milhentas vezes. Refere os aspetos postivos e negativos do filme, justificando os mesmos, certíssimo, mas com bastantes aspetos negativos que são atribuídos ao filme, é um espanto que no final seja atribuída uma nota de 8,8! Esta nota é para uma obra prima, coisa que o filme não nem a crítica o afirma como tal, longe disso! Parece ter havido algum equívico, enfim. Eu gostei do filme e dou-lhe uma nota 7, só dou 8,8 aos filmes que considero estarem perto de serem obras primas.

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