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Oscar 2025

E o Oscar 2025 foi para… (cobertura on-line e a lista com todos os premiados)


Olá, minha gente, muy buenas!

E então, chegou o nosso grande dia? O dia histórico em que, após 97 edições do Oscar, vamos ganhar a nossa primeira estatueta dourada? Pois sim, eu acho que sim.

Em dezembro eu não diria o mesmo. Porque a campanha do nosso principal rival deste ano, Emilia Pérez, o filme francês que mais recebeu indicações no prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, com 13 indicações no total, estava em sua franca campanha – e uma campanha enorme, para dizer a verdade.

Mas, de lá para cá, muita coisa mudou. Para começar, Emilia Pérez começou a cair em desgraça, a receber cada vez mais críticas, não apenas de mexicanos, que já odiavam o filme, mas de muitas outras pessoas – tanto críticos quanto público e especialistas sobre temas que a produção aborda. Depois, Karla Sofía Gascón falou bobagem e teve publicações nas redes sociais preconceituosas e ridículas colocadas no holofote. Assim, Emilia Pérez foi minguando e perdendo espaço.

Em paralelo, nosso grande Ainda Estou Aqui fez a curva contrária, ascendente. Começou, finalmente, a romper a bolha e a ser visto pela crítica e pelo público internacional. E o mais importante para o Oscar: passou a ser visto pelo público americano e pelos votantes da Academia. A campanha do filme também passou a ganhar fôlego. Fernanda Torres e Walter Salles passaram a participar de inúmeros eventos e dar muitas entrevistas, colocando Ainda Estou Aqui na disputa para valer.

Então sim, as minhas expectativas – e acredito que a de muitos de vocês – são bem altas para esta noite. Eu aposto, neste momento, em Ainda Estou Aqui ganhando na categoria Melhor Filme Internacional. O primeiro Oscar para o Brasil em sua história. Vai ser demais!

Fernanda Torres também está em uma disputa acirradíssima. Se fôssemos olhar para o histórico do Oscar, diríamos que Demi Moore, de The Substance, e até Mikey Madison, de Anora, teriam mais chances que Fernanda Torres. Mas depois que Parasite estourou a bolha do Oscar, que nunca havia premiado um filme em língua que não fosse o inglês como Melhor Filme, em 2020, eu diria que tudo pode acontecer.

Então sim, acho que Fernanda Torres tem chance como Melhor Atriz. Para mim, ela realmente faz o melhor trabalho do ano – pelo menos entre as concorrentes. O que joga contra Demi Moore é o filme que ela estrela ser um terror dos pesados. Contra Mikey Madison, me parece, nada joga contra – e se Anora for realmente eleito o Melhor Filme do ano, isso favorece a atriz. Mas Fernanda Torres está sendo muito elogiada nas últimas semanas e pode surpreender.

Seria mega merecido, nem preciso dizer. E quais as chances de Ainda Estou Aqui ganhar como Melhor Filme? Bem, isso já beira o impossível. Mas podíamos falar isso de Parasite também. Não acho impossível, só bastante improvável, portanto. Seria a grande surpresa da noite e, mais uma vez, o Oscar demonstraria que está aberto, definitivamente, para o cinema do mundo e não para olhar apenas para Hollywood.

Eu, particularmente, aposto no Brasil ganhando como Melhor Filme Internacional e talvez Fernanda Torres ganhando com o Melhor Atriz. Isso já seria mais que histórico e seria simplesmente algo para os corações fortes. Porque sim, teremos fortes emoções esta noite, como nunca tivemos nestes anos todos de acompanhamento do Oscar.

Uau, que introdução longa! Hahahahaha. Agora sim, vamos falar sobre a noite de hoje. Eu estava acompanhando um pouco o tapete vermelho do Oscar e já vi Fernanda Torres e Selton Mello. Ela está linda, em um vestido vermelho, muito chique, e ele está todo de preto também.

Entrevistado no tapete vermelho, Selton Mello falou sobre a flor preta que ele está usando na lapela de seu terno, assinado pela estilista Patricia Zuffa. A flor preta é uma homenagem para Rubens Paiva, que ele interpreta no filme. Ele comentou também sobre um anel que está usando no dedo direito. A bijuteria foi um presente da mãe dele, que morreu no ano passado e que também sofreu com o Alzheimer por diversos anos – mesma doença que acometeu Eunice Paiva, a protagonista e mulher formidável que inspirou Ainda Estou Aqui.

Por falar no filme, na foto de abertura deste post – ao menos na primeira versão deste texto – eu coloquei a sessão de conversa entre os diretores dos filmes indicados na categoria Melhor Filme Internacional para justamente “chamar” esse Oscar pra gente. Hahahahaha. Claro que se a gente ganhar nesta categoria e em outras, vou atualizando o post com novas fotos. E vou deixar já uma foto de Fernanda Torres em um dos eventos pré-Oscar para “chamar” essa estatueta pra gente também. 🙂

Agora falta pouco para a cerimônia do Oscar começar. Conforme o tempo vai passando, um certo nervosismo começa a aparecer. Seria um sonho ganharmos uma ou, quem sabe, duas estatuetas após as indicações de Central do Brasil no Oscar de 1999, quando simplesmente fomos roubados por uma campanha absurda que o magnata da indústria Harvey Weinstein, ainda endeusado, antes de cair em desgraça, fez para Gwyneth Paltrow ganhar de Fernanda Montenegro e La Vita è Bella, que ok, é um belo filme, ganhar do magistral Central do Brasil. Não é que a gente precise ser vingado, mas finalmente, talvez, o Oscar reconheça o cinema fantástico que muitas vezes conseguimos fazer. Logo saberemos.

Do tapete vermelho, eu consegui ver pouco. Vi apenas que temos algumas estrelas com vestidos bem extravagantes, mas que os principais nomes acertaram em suas escolhas. Logo mais teremos o início da apresentação do Oscar, nesta noite apresentado pelo jornalista Conan O’Brien. Pessoalmente, acho interessante o Oscar mudar um pouco a página e tirar de cena os comediantes que muitas vezes nos deixam mais constrangidos do que estimulados com suas piadas nem sempre de bom tom. Veremos se ao colocar O’Brien o Oscar dá mais espaço para os artistas e menos para piadas sem graça entre um intervalo e outro.

Agora sim, Fernanda Torres e Walter Salles no tapete vermelho e sendo entrevistados. Os dois são incríveis. Sem palavras para eles! Fernanda comentou sobre o trabalho deles com Ainda Estou Aqui, de divulgação, com muitos debates pós exibição do filme, além de entrevistas mil, algo que está sendo feito há seis meses. Ela disse que amanheceu mais nervosa, mas que ali, no tapete vermelho, estava mais calma.

Entendo ela perfeitamente. Como jornalista, várias vezes fiquei um pouco nervosa antes de uma grande cobertura, mas na hora do vamos ver, a gente mantém o sangue frio. Interessante isso. Legal saber que com uma atriz gigante como ela aconteça algo parecido em relação ao Oscar. Hahahahahaha.

O Walter Salles comentou que esse é o primeiro ano em que ele ouve falar de campanha por um filme dele, porque com Central do Brasil não foi assim. E que o grande trabalho da Sony foi fazer as pessoas assistirem ao filme, ou seja, colocá-lo no cinema. De fato, o estúdio foi gigante ao fazer isso, colocando em muitos cinemas nos Estados Unidos e outros países, fazendo Ainda Estou Aqui ser um sucesso comercial como há muito não víamos a respeito de um filme brasileiro no cenário internacional. Algo muito importante para o Oscar, por óbvio.

Depois, Fernanda teve uma fala super emocionante ao comentar que tentaram apagar a história de Rubens Paiva e de Eunice Paiva, mas que através da visão de duas crianças na época, que eram o filho de Rubens e de Eunice, o escritor Marcelo Rubens Paiva, que escreveu o livro que inspirou o filme, e do seu amigo na época, o diretor Walter Salles, essa história nunca mais vai ser apagada. Gente! Que fala perfeita! Ela está certíssima. Não apenas as milhões de pessoas que assistiram ao filme vão lembrar dele para sempre, porque é um filme incrível, como Ainda Está Aqui será lembrado para sempre como um dos melhores filmes da nossa história. Isso é maravilhoso!

Depois, Fernanda comentou que achou incrível como ela virou fantasia de Carnaval e que viu uma máscara dela até na Espanha. Hahahahaha. Ela é genial! Walter comentou que Ainda Estou Aqui estar no Oscar concorrendo a Melhor Filme (algo que nunca aconteceu antes com um filme brasileiro), Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz é uma celebração do cinema brasileiro, da nossa arte e cultura, e citou várias pessoas que fazem parte do filme, em diferentes áreas, inclusive falou dos artistas que fazem parte da trilha sonora. Perfeito! É exatamente isso! Uma grande celebração da nossa arte, que é linda!

Finalmente, vale citar quando Fernanda comenta que Ainda Estou Aqui é um filme muito amoroso e que essa é uma qualidade que o Brasil tem. Ela comentou que somos um país afetuoso. Que fofa! De fato, muitos estrangeiros que vem para cá falam da nossa hospitalidade. Claro que há sempre exceção à regra, mas somos um país afetuoso, amoroso e receptivo, em sua maioria. Por fim, Fernanda disse que quando o Oscar acabar, ela vai voltar para a vida dela e voltar a dormir. Hahahahaha. Genial! Consigo me imaginar no lugar dela, sem dormir para fazer toda a divulgação do filme. Enfim, geniais. Fernanda e Walter!

E o Oscar começou a ser apresentado pontualmente às 21h, horário de Brasília. Coração já batendo mais forte. Nos acostumamos com o Oscar premiando bem e mal a cada ano, mas em 2025 a gente espera que alguma justiça eles façam com Ainda Estou Aqui. Bóra lá.

O início da transmissão do Oscar deste ano começou com um clipe mostrando diversos filmes que representam uma parte dessa história de 97 anos do Oscar. Em seguida, vemos Ariana Grande cantando Somewhere over the Rainbow, um dos grandes clássicos do cinema e da música. Gostei desse começo. Mais artístico. E muito bem feito, diga-se de passagem. Oscar começando com bom gosto. Veremos se segue assim durante toda a noite. Ariana lindíssima em um vestido vermelho e cantando maravilhosamente. Belo começo!

Em seguida, muitas palmas para Cynthia Erivo aparecendo no palco e soltando a voz com Home. Maravilhosa também. As estrelas de Wicked abrindo o Oscar de maneira impecável. Gostei. A gente sempre agradece pelo bom gosto. Em seguida, Ariana se juntou a Cynthia e elas arrasaram com uma interpretação de Defying Gravity, uma das músicas que fazem parte da trilha sonora de Wicked, filme estrelado por elas.

Em seguida, um assistente de palco vai até o que seria o camarim de Conan O’Brien para chamar o apresentador. É exibido um clipe de The Substance no qual O’Brien sai das costas de Demi Moore. Ok, o Oscar segue com sua mescla de piadas com a referência aos filmes que concorrem no ano. A abertura deste ano foi ok. Em seguida, vemos Demi Moore na plateia. Ela está deslumbrante. Em seguida, mostraram também Mikey Madison, uma forte concorrente de Demi.

Na sequência, O’Brien faz piada dizendo que ele não fez nenhum procedimento estético e cita alguns filmes, inclusive Nosferatu, como sendo alguns dos nomes que já chamaram ele. O apresentador também citou Cynthia Erivo e Ariana Grande, citando as 10 indicações de Wicked e as 10 indicações de The Brutalist.

O’Brien comentou também Conclave e falou que não precisamos nos preocupar com o filme, deixando nas entrelinhas a questão do Papa. Realmente foi uma coincidência terrível termos esse filme entre os principais indicados deste ano e o Papa Francisco passando por situação complicada de saúde. E esperamos mesmo que logo o Papa saia do hospital e fique bem.

Em seguida, O’Brien fala sobre Anora e sobre a polêmica das publicações de Karla Sofía Gascón, comentando que ela estava presente e dizendo que se ela for publicar algo sobre o Oscar, é para ela lembrar que o nome dele é Jimmy Kimmel – hahahahaha, muito bom! Em seguida, O’Brien falou de Ainda Estou Aqui e brincou que o filme conta a história de uma mulher que procura pelo marido desaparecido e que a esposa dele gostou dessa ideia.

Na sequência, ele fala sobre Timothée Chalamet, que está em dois filmes indicados ao Oscar deste ano: A Complete Unknown e Dune: Part Two. Em seguida ele faz algumas piadas sobre outros filmes e pessoas, nada demais. Enfim, voltamos ao clássico do Oscar com suas piadas, algumas forçadas, outras sem graça, e por aí vai. Torcendo para terminarem logo com essa longa apresentação que o Oscar parece incapaz de se livrar.

O’Brien comenta que todos tem que estar bem vestidos nessa noite. E então ele chama a atenção de Adam Sandler, vestido de bermuda e blusão. Só assim para o Adam Sandler aparecer, fazendo palhaçada. O legal foi ver a Fernanda Torres bem na frente dele, sentada no corredor e em posição de destaque. Única parte interessante de toda a sessão de piadas do apresentador. Em seguida, ele fala sobre a tragédia vivida por Los Angeles e fala sobre as pessoas que sofreram este ano.

Em seguida, uma apresentação sem graça de O’Brien, tipo musical e fazendo referência a vários filmes. Enfim, o Oscar em sua forma chata – algo que tinha melhorado nos últimos anos mas voltamos à fórmula antiga em 2025. Tipo de apresentação que só eles acham interessante, mas ok.

Finalmente acabou a apresentação xarope de O’Brien e subiu ao palco Robert Downey Jr. Ele começou indo direto ao ponto, falando sobre os colegas dele indicados na categoria Melhor Ator Coadjuvante neste ano. E o Oscar foi para… Kieran Culkin, de A Real Pain. Essa foi a primeira indicação dele ao Oscar e já levou a estatueta para casa.

Subindo ao palco, Kieran Culkin agradeceu a entrega do Oscar por Robert Downey Jr. e concorda com o que ele falou antes elogiando o trabalho de Jeremy Strong em The Apprentice. Kieran agradeceu o agente dele e o ator, diretor e roteirista Jesse Eisenberg pelo filme. Ele falou muito rápido, mas agradeceu também a esposa e brincou que ela prometeu que daria quatro filhos para ele se ele ganhasse um dia o Oscar. Hahhahahaha. Muito figura. Certamente será o discurso mais engraçado da noite – eu desconfio, ao menos.

Ao mesmo tempo que achei engraçado e espontâneo ele falar sobre isso do quarto filho, achei que ele colocou a mulher dele (a bela Jazz Charton) em uma saia justa super sinistra. Não posso opinar se Kieran Culkin realmente mereceu o prêmio, porque ainda preciso ver o filme dele, mas a categoria deste ano estava pesada, porque Guy Pearce e Yura Borisov realmente estão ótimos em seus filmes.

Na volta do intervalo, fomos apresentados ao clipe de apresentação de A Complete Unknown, com comentários do diretor e do protagonista. Bem bacana. Em seguida, Andrew Garfield e Goldie Hawn subiram ao palco para apresentarem os filmes indicados na categoria Melhor Animação. Garfield começou falando sobre como Goldie Hawn foi importante para a mãe dele e sobre como os filmes dela foram importantes para tantas pessoas.

Goldie Hawn então pediu para Andrew ler o que estava escrito para eles lerem porque ela não conseguia enxergar o que estava escrito no teleprompter. Em seguida, vieram os clipes curtos dos filmes indicados neste ano. E o Oscar de Melhor Animação foi para… Flow. Uau! Que demais! O filme não era o favorito e foi o primeiro filme da Letônia a ser indicado e a ganhar um Oscar na história do país. Que massa!

Estou muito curiosa para ver esse filme. O diretor Gints Zilbalodis foi muito fofo ao subir no palco e dizer que espera que a vitória de Flow incentive mais pessoas a fazer animação no mundo, mesmo em produções independentes como a deles. Boas perspectivas do Oscar com essa vitória, hein? Muito bacana!

Em seguida, fomos apresentados aos indicados da categoria Melhor Curta Animação. E o Oscar foi para… In the Shadow of the Cypress. Em seguida, os diretores Hossein Molayemi e Shirin Sohani subiram ao palco, muito emocionados, e disseram que fazia apenas três horas que eles tinham desembarcado em Los Angeles.

Eles leram um discurso falando que até a véspera eles não tinham conseguido um visto e que ficaram decepcionados, mas que agora estavam com uma estatueta nas mãos. Falaram também sobre o milagre que foi eles conseguirem fazer In the Shadow of the Cypress no país deles e que dedicam o prêmio a quem está lutando batalhas internas e externas, incluindo os iranianos. Muito bacana e necessário o discurso deles, já que realmente há muita gente sobrevivendo neste exato momento escapando de batalhas e guerras que não são as deles.

No retorno de mais um intervalo, fomos apresentados ao clipe de Wicked, outro dos indicados a Melhor Filme neste ano. E retornou também O’Brien, comentando sobre Flow, o filme que deu o primeiro Oscar da história para a Estônia. Espero que ele possa falar isso do Brasil também. Fazendo figa aqui. Na sequência ele disse algumas frases em espanhol e falou com o público da Índia e da China. Enfim, aquelas piadas dispensáveis do Oscar…

Para apresentar os indicados na categoria de Melhor Figurino, subiram ao palco cinco atores. Fizeram piada sobre um deles estar vestido caracterizado e os outros não. São atores que fizeram parte do elenco dos filmes indicados na categoria. Cada um deles falou sobre a sensação de vestir os trajes feitos pelos indicados. O que achei bacana foi mostrarem os responsáveis por cada trabalho – algo que não acontecia em outras edições do Oscar.

E o Oscar de Melhor Figurino foi para… Wicked, com Paul Tazewell subindo ao palco após ser aplaudido de pé pela plateia. Achei muito bacana como falaram de cada responsável por essa área antes de anunciarem quem ganhou. Paul agradeceu o prêmio e disse que ele é o primeiro negro a ganhar nessa categoria. Ele foi bastante aplaudido nessa hora. Agradeceu a equipe, as estrelas do filme e as pessoas do elenco. Muito bacana. Não assisti Wicked, mas vendo as imagens de divulgação do filme, acredito que foi mais que merecido. E mais um Oscar histórico.

Voltando de mais um intervalo, fomos apresentados ao clipe de apresentação de Dune: Part Two. Um dos indicados a Melhor Filme. E novamente O’Brien… que pediu mais aplausos para Paul Tazewell. E brincou com a Estônia ganhando seu primeiro Oscar. Ok, só chato. Depois da aparição dele, Amy Poehler sobre ao palco para apresentar os indicados nas categorias de Melhor Roteiro.

O Oscar começou apresentando os indicados em Melhor Roteiro Original. Essa apresentação foi feita através de clipes em que foram destacadas algumas linhas de roteiro de cada filme. E o Oscar foi para… Anora, para Sean Baker. O diretor e roteirista subiu ao palco, muito feliz, e disse que isso era uma loucura. Ele agradeceu a Academia, os estúdios, produtores, seu agente e os principais nomes do elenco. Ele agradeceu também a comunidade do sexo, que dividiu várias histórias com ele e disse que compartilhava o prêmio com esses profissionais.

Na sequência, Amy Poehler chamou os clipes com os indicados na categoria Melhor Roteiro Adaptado. E o Oscar foi para… Conclave, para Peter Straughan. Merecidíssimo, vamos falar. Realmente o roteiro de Conclave é incrível. O roteirista subiu ao palco e agradeceu as pessoas que fizeram o filme existir, além de agradecer sua equipe e o autor do livro que o inspirou. Aliás, comprei o livro depois de assistir ao filme, porque realmente fiquei muito curiosa para ler o original que inspirou esse baita filme.

Agora, vendo os clipes dos indicados em Melhor Roteiro Adaptado, fico de cara com Emilia Pérez sendo indicado. O que só prova a campanha absurda feita pela Netflix para esse filme. Porque, me desculpem, mas jamais um roteiro com aquele final ridículo, com tantos diálogos absurdos em espanhol, entre outros pontos questionáveis, poderia ser indicado nessa categoria. E pensar que Ainda Estou Aqui não foi indicado… merecia muito mais. Mas enfim, essas coisas que só o Oscar permite. Vai entender.

No retorno de mais um intervalo, fomos apresentados ao clipe de Emilia Pérez. Filme que minguou com o tempo – e merecida essa queda, diga-se de passagem. Ok, não acho um filme terrível, como alguns consideram, mas também não acho, de forma alguma, que ele merecia tantas indicações ao Oscar. Mais um pouco de O’Brien com suas piadas sem graça, e ele chama para o palco Scarlett Johansson e June Squibb.

Elas apareceram para apresentar os indicados na categoria Melhor Maquiagem e Cabelo. Apresentaram um clipe de cada um dos filmes indicados e do trabalho das equipes responsáveis pela maquiagem e cabelo. E o Oscar foi para… The Substance. Um Oscar mais que cantado e muito merecido, diga-se de passagem. Subiram ao palco os indicados Pierre-Olivier Persin, Stéphanie Guillon e Marilyne Scarselli. Pierre-Olivier fez um discurso muito breve, agradecendo equipe e as duas atrizes principais do filme.

Em seguida, Halle Berry subiu ao palco para falar sobre os homenageados dessa edição do Oscar. As fotos deles apareceram no telão e foram aplaudidos pela plateia. Entre os homenageados deste ano, deram destaque para a franquia 007, com um clipe sobre os filmes que fazem parte dessa franquia. Finalizando a homenagem, a atriz Margaret Qualley apareceu no palco para uma apresentação inspirada em 007.

A homenagem terminou com três apresentações musicais. A primeira, de Lisa, cantando Live and Let Die; a segunda com Doja Cat cantando Diamonds Are Forever; e a terceira com Raye interpretando Skyfall. Apesar de bem feitas, achei essas apresentações meio que um anticlímax, mas ok. O Oscar variando muito entre bons momentos e momentos nada a ver. Parecia que toda essa série de “homenagem” para 007 foi paga por alguém, porque achei bem dispensável.

E mais um intervalo… No retorno, mais um pouco de O’Brien, que cita os 20 anos de Kill Bill: Vol. 2. Ele aproveitou a deixa para chamar ao palco a atriz Daryl Hannah. Ela começa furando o protocolo e homenageando a Ucrânia. Em seguida, chamou os clipes dos indicados em Melhor Edição. E o Oscar foi para… Anora. E subiu ao palco novamente o diretor, roteirista e editor Sean Baker. Olha, com mais essa estatueta, não sei não se o Oscar principal não vai para Anora. Ele está ganhando muitos prêmios logo de cara.

Sean Baker comentou que ele salvou o filme dirigido por ele mesmo na sala de edição. Hahahahaha. Bem figura. O figura brincou ainda que deixa só três pessoas entrarem na sala de edição e que eles ajudam ele muito, citando a esposa, seu produtor e o cachorro.

Em seguida, a atriz Da’Vine Joy Randolph subiu ao palco para falar diretamente com suas colegas indicadas na categoria Melhor Atriz Coadjuvante. Gostei dessa forma direta de homenagem para cada ator e atriz indicados neste ano. Ótimos nomes em cena e no palco do Oscar. E o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante foi para… Zoe Saldaña. Mais um Oscar super cantado. E merecido, devo dizer.

Ela ganhou tudo esse ano. Impressionante. Mas realmente ela faz um dos melhores – se não o melhor – trabalho de sua carreira. Zoe Saldaña foi aplaudida de pé. Ela começa falando com a mãe, que está ali, e fala que toda sua família está ali. Começou bem emocionada. Agradece pela personagem dela, falou das colegas indicadas, agradeceu o diretor Jacques Audiard e as colegas de elenco. Homenageou o marido – achei muito fofo – e falou da avó dela, que foi imigrante. Deu um show. Falou que ela é a primeira americana de origem dominicana a ganhar um Oscar. Perfeita. Terminou dedicando o prêmio para a avó.

Uma fala muito importante, diga-se de passagem, assim como a citação da Ucrânia por Daryl Hannah, levando em conta o momento pelo qual os Estados Unidos estão vivendo neste momento. Pequenas manifestações como essa marcam uma posição em um momento de trevas que alguns países estão vivendo. Sempre acho importante.

No retorno de mais um intervalo, fomos apresentados ao clipe de The Substance, um dos filmes mais interessantes dessa safra. Desta vez, sem O’Brien no palco, chamaram o ator Ben Stiller. Mas fizeram uma piada com ele subindo apenas uma parte do que deveria. Ele surgiu para apresentar os indicados na categoria Melhor Design de Produção. E o Oscar foi para… Wicked.

Subiram ao palco Nathan Crowley, que representou a equipe responsável pelo Design de Produção, e Lee Sandales, que representou a equipe de Decoração de Set. Nathan agradeceu a equipe, o elenco e falou que fazer Wicked foi o que de mais fantástico ele já fez. Lee agradeceu a equipe e mandou um beijo para o marido em casa. Achei fofo.

Na sequência, Mick Jagger sobe ao palco para entregar a categoria Melhor Canção Original. Fiquei um pouco arrepiada em ver ele em cena porque virou um clássico dizer que ele é um pé frio para o Brasil, não é mesmo? Só espero que ele ter aparecido em cena hoje não seja um problema pra gente. Estou rindo de nervoso. Hahahahahaha.

Em seguida, somos apresentados a um clipe com os indicados na categoria Melhor Canção Original. Achei interessante o Oscar abrir mão de ter as clássicas apresentações da música no palco para colocar em cena os compositores falando de suas músicas em um clipe. Achei mais objetivo, ok, mas também mais sem graça. Ao mesmo tempo que descobrimos a “intenção” por trás das canções, achei bem menos interessante não termos a interpretação das canções ao vivo. E o Oscar foi para… “El Mal”, canção de Emilia Pérez.

Subiram ao palco os três responsáveis pela canção: Camille, Clément Ducol e Jacques Audiard. E espero que com essa vitória, terminem os prêmios para Emilia Pérez. Camille disse que eles fizeram essa música para denunciar a corrupção. Clément Ducol agradeceu o diretor, a equipe do filme e as atrizes que deram vida para a música que eles compuseram. No final, Camille e Clément cantaram em homenagem ao filme, algo um pouco estranho e forçado, mas ok.

No retorno de mais um intervalo, O’Brien pede aplausos para o maestro e para a orquestra da Academia. Depois de uma piada sem graça, ele chama Samuel L. Jackson e Selena Gomez para o palco. Eles vão apresentar as duas categorias relacionadas com os documentários.

Primeiro somos apresentados aos indicados na categoria Melhor Curta Documentário. E o Oscar foi para… The Only Girl in the Orchestra. Subiram ao palco a diretora Molly O’Brien e a produtora Lisa Remington. Molly agradeceu várias pessoas responsáveis pela produção e agradeceu pessoas de sua família. Lisa agradeceu a equipe de mulheres, todas presentes. Discursos curtos e objetivos.

Na sequência, fomos apresentados aos clipes dos indicados na categoria Melhor Documentário. E o Oscar foi para… No Other Land. Eis mais um Oscar super cantado. Era o favorito. E subiram ao palco Basel Adra, Rachel Szor, Hamdan Ballal e Yuval Abraham. Em seu discurso, o diretor Basel Adra diz que há dois meses ele se tornou pai e que espera que a filha dele não tenha que viver como ele, mudando de casa frequentemente porque tem suas casas destruídas.

Como palestino, ele disse que espera que um dia haja paz para palestinos e israelenses e que eles possam viver em paz. Em seguida, Yuval Abraham falou que não é tarde demais para os vivos e que ele, como israelense, só acredita em uma saída que seja boa para palestinos e para israelenses. Falou também que ele tem mais liberdade e garantia de vida que o colega. Enfim, discurso muito importante e um dos melhores da noite.

No retorno de mais um intervalo, fomos presenteados pelo clipe do maravilhoso Ainda Estou Aqui (para eles, I’m Still Here). Nos comentários do filme, o diretor Walter Salles falando em inglês. Não sei vocês, mas eu bati palmas aqui. Momento histórico. Um filme brasileiro com um clipe por estar entre os indicados a Melhor Filme – e com todos os méritos do mundo.

Legal também que O’Brien voltou para chamar os bombeiros que ajudaram a conter os incêndios em Los Angeles. Legal que foi um momento bacana e não mais uma babaquice dita pelo comediante. Os bombeiros foram aplaudidos de pé. Após essa homenagem, sobe ao palco o ator Miles Teller e a cantora Miley Cyrus.

Eles apresentaram os clipes dos indicados na categoria Melhor Som. E o Oscar foi para… Dune: Part Two. Subiram ao palco Gareth John, Richard King e Ron Bartlett. Outro nome que recebeu o Oscar, mas que não pode estar presente, foi Doug Hemphill. Os três agradeceram suas equipes e homenagearam o diretor Denis Villeneuve. Cortaram a última fala. Ridículos, mas ok.

Em seguida, as atrizes Gal Gadot e Rachel Zegler subiram ao palco para apresentarem os clipes dos indicados em Melhores Efeitos Visuais. E o Oscar foi para… Dune: Part Two. Subiram ao palco Paul Lambert, Stephen James, Rhys Salcombe e Gerd Nefzer.

E agora sim, um dos últimos intervalos antes de uma das chances de Ainda Estou Aqui entrar em cena. Já estou nervosa. Hahahahaha. No retorno de mais um intervalo, fomos apresentados ao clipe de apresentação de Anora. Sem O’Brien desta vez, subiu ao palco o ator Sterling K. Brown e uma colega para apresentarem os clipes indicados na categoria Melhor Curta. E o Oscar foi para… I’m Not a Robot.

Subiram ao palco a diretora Victoria Warmerdam e o produtor Trent. Ela agradeceu a várias pessoas que ajudaram o filme a existir e, em especial, ao apoio do companheiro Trent, que sempre a apoia. Bem fofa e simpática. Na sequência, apareceu em cena o grande e lendário Morgan Freeman. Ele começou homenageando outro gigante, Gene Hackman, que ele chamou de amigo e alguém que perderam nesta semana. Muito legal começarem as homenagens aos que se foram com um depoimento muito pessoal de Freeman. Lindo.

Em seguida veio o clipe com vários artistas que se foram desde o último Oscar. Muita gente incrível se foi. Um clipe bonito e bastante clássico, sem uma homenagem diferenciada este ano – como já ocorreu em outras ocasiões. Apenas um coral, a Orquestra da Academia e as imagens em destaque no centro do palco. Simples, mas bonito.

Mais um intervalo e, na volta, o bloco em que saberemos quem vai ganhar em Melhor Filme Internacional. Ai meu coração! 🙂 Hahahahaha. E lá vamos nós! No retorno, fomos apresentados ao clipe de The Brutalist, mais um indicado na categoria principal da noite.

Sem O’Brien – ainda bem! – subiram ao palco cinco intérpretes com o desafio de apresentar os responsáveis por algo fantástico como a direção de fotografia dos filmes indicados neste ano. Novamente cada intérprete falou sobre o trabalho de fotografia dos filmes em que eles participam. Enquanto eles falam do trabalho dos diretores de fotografia, vemos eles em cena sentados na plateia do Dolby Theater.

E o Oscar de Melhor Fotografia foi para… The Brutalist. Realmente, sem Conclave entre os indicados, me parecia um pouco óbvio o prêmio para The Brutalist. Se bem que Dune: Part Two também merecia. Subiu ao palco para receber o prêmio o diretor de fotografia Lol Crawley. Nervoso, ele colocou óculos para ler o discurso de agradecimento, pedindo para deixarem ele falar tudo porque ele cronometrou. Achei engraçado e fofo ao mesmo tempo. Agradeceu vários nomes da produção, inclusive o diretor, a esposa e os pais. Fofo.

E é agora… Subiu ao palco Penélope Cruz para apresentar os clipes dos filmes indicados na categoria Melhor Filme Internacional. E o primeiro clipe é de Ainda Estou Aqui, do Brasil. Ai Jesus! E o Oscar de Melhor Filme Internacional foi para… Ainda Estou Aqui. Aaaaaaaaahhhhhhh!!! Vivemos para viver isso, não acredito! Primeiro Oscar da nossa história! Que fantástico! E Penélope Cruz entregando o Oscar para o nosso grande Walter Salles. Minha Nossa Senhora! Desculpem, mas gritei muito aqui. Muito emocionante.

Walter Salles agradece a Academia, dá os parabéns para todos os outros filmes indicados, fala sobre Eunice Paiva, sobre a resistência, e fala sobre as duas mulheres que deram vida para Eunice Paiva no filme: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. Agradece também os produtores e as pessoas do estúdio que permitiram que isso acontecesse. Mano, mana, sério. Não tem palavras para falar sobre esse prêmio. Muito emocionante! Esse momento já está na História. Demais!

Caramba, quem não viu o filme ainda, tem que ver! E quem já viu, merece ver novamente. Porque é um dos grandes filmes que o Brasil já produziu até hoje. Sério, demais! Acho que vou no cinema novamente para ver esse ganhador do Oscar. Espero que ele chegue ainda mais longe e conquiste um público ainda maior. Para mim, a noite acabou já. Nem precisamos de outro Oscar. Sério mesmo. Se vier, é lucro. Mas já fiquei feliz demais de ver o Walter Salles lá no palco. Demais! E sério, não podia ter pessoa melhor para entregar esse Oscar pra gente do que Penélope Cruz. Bom demais!

No retorno de mais um intervalo, o trailer de Nickel Boys, mais um indicado na categoria Melhor Filme. E um pouco mais de O’Brien sem graça, antes de chamar Mark Hamill sobre o palco. Ele apresenta os filmes indicados em Melhor Trilha Sonora. E o Oscar foi para… The Brutalist. Subiu ao palco o compositor Daniel Blumberg, aplaudido de pé pelas pessoas da plateia. Daniel falou sobre seus 20 anos de carreira, agradeceu o diretor do filme, as pessoas que ajudaram ele a fazer a trilha sonora do filme.

Na sequência, a atriz Whoopi Goldberg e a apresentadora Oprah Winfrey subiram ao palco para falar sobre Quincy Jones. Elas falam sobre a excelência do compositor e músico negro, fazendo uma homenagem para ele, antes de chamar no palco Queen Latifah, que segue com a homenagem para Quincy Jones.

No retorno de mais um intervalo, fomos apresentados ao clipe de Conclave. Que, para mim, sem ser Ainda Estou Aqui, é o melhor filme entre os indicados na categoria principal do Oscar deste ano. Veremos se ele tem chance de chegar lá. Um pouco mais do chato O’Brien em cena, comentando que quem estava ainda entusiasmado com o Oscar tinha Síndrome de Estocolmo.

Em seguida, ele chama o ator Cillian Murphy para o palco. Ele vai apresentar os indicados na categoria Melhor Ator, que são apresentados em clipes – acho estranho que nessa hora não fazem uma homenagem direta para os intérpretes. Bem estranho, mas ok. E o Oscar de Melhor Ator foi para… Adrien Brody, de The Brutalist. Sim, ele faz um baita trabalho. Mas não era uma escolha óbvia.

Essa é a segunda vez que ele é indicado ao Oscar e a segunda vez em que ele leva a estatueta para casa. Adrien começa brincando que já estão contando o tempo e que ok. Ele primeiro agradece a Deus e a essa vida abençoada. Depois, agradece a cada pessoa que tratou ele com respeito e que apreciou o seu trabalho. Comentou que ser ator é uma profissão muito frágil e que algumas vezes pode parecer glamuroso, e que algumas vezes pode ser, mas que tudo pode desaparecer. Ele agradece por ainda poder trabalhar com o que ele ama. Muito bonito e sincero o agradecimento dele. Um dos momentos altos da noite, sem dúvidas.

Ele homenageia os outros indicados na categoria deste ano, menciona os estúdios e diversas pessoas que fizeram parte do filme, em especial o diretor, diz que dedica o prêmio para os colegas de elenco, agradece a esposa e os pais, que estão presentes. Teve que pedir para suspenderem a música, porque realmente o discurso dele foi o mais longo da noite. Finalizou dizendo que estava ali para para representar os efeitos da opressão, do antissemitismo, do racismo, e que desejava um mundo mais inclusivo e que não podem deixar o ódio seguir em frente sem controle. Discurso longo, mas emocionado e importante. Palmas pra ele.

Em seguida, O’Brien apareceu apenas para chamar ao palco o diretor Quentin Tarantino. Por óbvio, ele surgiu para apresentar os indicados na categoria Melhor Direção. E o Oscar foi para… Sean Baker, de Anora. Ok, tudo indica que Anora vai ganhar Melhor Filme, certo? Está ganhando disputas importantes com The Brutalist e Conclave.

Então, novamente sobre o palco, Sean Baker. Ele faz um ótimo trabalho de direção? Faz. Mas merecia o Oscar? Não sei, acho o trabalho de Coralie Fargeat mais ousado e tão complexo quanto, sem contar o trabalho monumental de Brady Corbet em The Brutalist. Mas ok. Em seu discurso, Sean fez um manifesto pelos filmes nos cinemas e pede para as pessoas irem para as salas de cinema.

Ele comentou que foi a mãe dele, que está de aniversário, quem levou ele pela primeira vez para uma sala de cinema, quando ele tinha cinco anos. E dedica o prêmio a ela. No final, foi fofo. De fato, os filmes merecem ser vistos nos cinemas. Tomara que cada vez mais tenhamos ações e campanhas para que o cinema seja algo acessível e que as pessoas voltem para essas salas, saindo da sala de casa e indo para o palco preferencial dos grandes filmes.

E agora sim, nos aproximamos das últimas categorias que serão entregues nesta noite. Será que teremos surpresas pela frente? Novamente, já fiquei feliz demais com o Oscar de Melhor Filme Internacional para Ainda Estou Aqui. Mas se algo mais vier para este filme e para o Brasil, será demais! Veremos.

No retorno do último intervalo, subiu ao palco a atriz Emma Stone. Ela surgiu para apresentar o clipe das indicadas na categoria Melhor Atriz. E na telona e no clipe, a grande Fernanda Torres. Ai Jesus! Segura coração! E o Oscar de Melhor Atriz foi para… Mikey Madison. É, gente, tantas conquistas antes para Anora já nos apontava para essa possibilidade. O filme deve ganhar a próxima estatueta também…

E então, Mikey mereceu? Ela faz um bom trabalho mas, me desculpem, novamente o Oscar não está premiando a melhor do ano. Super óbvio dizer que novamente a Academia preferiu o jovem talento, não a melhor atriz, como fizeram antes com Fernanda Montenegro e, agora, com Fernanda Torres. Enfim… é o Oscar. Faz parte. Mikey leu o discurso, agradeceu um monte de gente da equipe e finalizou agradecendo as profissionais do sexo. Ok, nada demais. Um filme supervalorizado, digo mais uma vez. Ela finalizou fazendo uma breve homenagem para as outras atrizes indicadas nesse ano e agradeceu Sean Baker.

Mostraram Demi Moore e depois Fernanda Torres, enquanto Mikey estava saindo do palco. E bueno, mais uma vez fomos garfados. Mas não foi uma surpresa completa. Para fechar a noite, subiram ao palco Billy Crystal e Connie Nielson, que chamaram os clipes dos filmes indicados na categoria Melhor Filme. E o Oscar foi para… Anora.

Ficou bem previsível esse prêmio pelo andar da carruagem da noite. O filme é bom, não vou mentir. Mas, para mim, está bem longe de ser o melhor do ano ou entre os indicados. Mas ok, Oscar entrando na onda do buzz de Anora, um filme supervalorizado nesta temporada. Alex Coco e Samantha Quan subiram ao palco junto com outras pessoas da equipe e destacaram o fato da produção ser um filme independente.

Enfim, sim, bacana um filme independente ganhar. Sempre torço pelo cinema independente, mas acho que um dia o Oscar poderia acordar para o cinema de fora dos Estados Unidos. Porque realmente Fernanda Torres merecia sua estatueta e Ainda Estou Aqui merecia mais prêmios. Mas faz parte. De qualquer forma, o que importa é que Ainda Estou Aqui ganhou o Oscar de Melhor Filme Internacional! Mais que merecido. Bom demais. Que seja o primeiro de muitos prêmios para o nosso cinema.

Para finalizar, segue a lista de todos os premiados desta noite. Abraços e até o Oscar do ano que vem!

Confira a lista com todos os premiados do Oscar 2025:

  • Melhor Filme: Anora
  • Melhor Ator: Adrien Brody (The Brutalist)
  • Melhor Atriz: Mikey Madison (Anora)
  • Melhor Ator Coadjuvante: Kieran Culkin (A Real Pain)
  • Melhor Atriz Coadjuvante: Zoe Saldaña (Emilia Pérez)
  • Melhor Direção: Sean Baker (Anora)
  • Melhor Animação: Flow
  • Melhor Documentário: No Other Land
  • Melhor Filme Internacional: Ainda Estou Aqui (Brasil)
  • Melhor Roteiro Adaptado: Conclave
  • Melhor Roteiro Original: Anora
  • Melhor Fotografia: The Brutalist
  • Melhor Figurino: Wicked
  • Melhor Edição: Anora
  • Melhor Design de Produção: Wicked
  • Melhor Maquiagem e Cabelo: The Substance
  • Melhor Som: Dune: Part Two
  • Melhores Efeitos Visuais: Dune: Part Two
  • Melhor Trilha Sonora: The Brutalist
  • Melhor Canção Original: “El Mal” (Emilia Pérez)
  • Melhor Curta: I’m Not a Robot
  • Melhor Curta Documentário: The Only Girl in the Orchestra
  • Melhor Curta Animação: In the Shadow of the Cypress
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Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 25 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing, professora universitária (cursos de graduação e pós-graduação) e, atualmente, atuo como empreendedora após criar a minha própria empresa na área da comunicação.

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