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Os premiados de Cannes 2009


O festival de Cannes terminou agorinha e divulgou uma lista de premiados um tanto curiosa – nem todos os apostadores acertaram no alvo. Seguem os premiados – comentarei mais sobre eles e outros filmes da primeira safra de 2009 que levaram troféus para casa em um próximo texto.

Palma de Ouro: Das Weisse Band

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Dirigido e roteirizido pelo alemão Michael Haneke, este filme co-produzido pela Alemanha, pela França e pela Áustria conta as origens do nazismo na Alemanha. Filmado em preto-e-branco, ele se passa em uma escola rural no Norte da Alemanha em 1913, às vésperas da eclosão da Primeira Guerra Mundial.

Grande Prêmio do Júri: Un Prophète

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Esta co-produção da França e da Itália, dirigida por Jacques Audiard, foi apontada por muitos críticos como a favorita para a Palma de Ouro. Acabou levando o segundo prêmio principal do evento. A história se passa em um prisão, onde um jovem árabe é tentado pela máfia.

Melhor Roteiro: Lou Ye por Spring Fever

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O filme de Lou Ye abriu a mostra competitiva do festival apresentando uma história sobre um amor homossexual. O cineasta, responsável pelo roteiro e pela direção de Spring Fever, ficou cinco anos sem filmar na China por causa da censura. Segundo alguns críticos, o filme tem um forte tom underground pela maneira com que foi executado, com várias cenas de sexo entre o casal de gays e pela ousadia do roteiro.

Melhor Diretor: Brillante Mendoza por Kinatay

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O filipino Brillante Mendoza leva para casa o prêmio de melhor diretor com o drama policial Kinatay. Para muitos críticos, o filme foi uma decepção – por ter um certo tom “macabro”. Mas, pelo visto, não foi tão decepcionante assim, já que garantiu um importante prêmio para Mendoza. Kinatay conta a história de um rapaz que precisa ganhar dinheiro rápido para casar com sua namorada. O emprego que ele consegue, e que lhe garante US$ 2 mil, inclui a tarefa de cometer um assassinato.

Prêmio Especial do Festival: Alain Resnais pelo filme Les Herbes Folles

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O veterano diretor francês Alain Resnais ganhou o “prêmio de consolação” pelo seu elogiado – cotado com uma magnífica nota 9 no site IMDb – filme Les Herbes Folles, estrelado por Sabine Azéma, André Dussolier e Mathieu Almaric. Adaptado do livro L’incident, o filme conta a história de uma mulher que tem a bolsa roubada e que acaba virando objeto de admiração (e atração) para o jovem que acaba encontrando, posteriormente, a sua carteira abandonada.

Melhor Ator: Christoph Waltz por Inglorious Basterds

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O novo filme de Quentin Tarantino saiu de Cannes com um prêmio no currículo. O austríaco Christoph Waltz interpreta o personagem do Coronel Hans Landa no drama de guerra do cineasta estadunidense. Este é o sétimo prêmio na carreira do ator mais conhecido do público europeu.

Melhor Atriz: Charlotte Gainsbourg por Antichrist

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Mesmo com toda a resistência ao novo filme do cineasta Lars von Trier em Cannes, a atriz londrina Charlotte Gainsbourg saiu consagrada como a melhor intérprete do festival. Para muitos, uma justificada honra para um trabalho visceral desta inglesa de 37 anos que acumula no currículo outros quatro prêmios e uma filmografia que está chegando a 38 filmes – incluindo dois inéditos.

Prêmio do Júri: para Bajwi e Fish Tank

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Este ano o júri resolveu agraciar duas produções. Bajwi, dirigida pelo sul-coreano Chan-wook Park, é uma história de suspense/terror sobre um experimento médico que acaba transformando um padre católico em vampiro.

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Fish Tank, dirigido por Andrea Arnold, conta a história de uma adolescente em permanente choque com a realidade suburbana em que vive. O filme revelou o talento da estreante Katie Jarvis, uma das sensações do festival, descoberta em uma estação de trem ao discutir com o namorado.

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