Esse filme tem dois elementos que poderiam ter feito com que eu gostasse muito dele: vampiros e quadrinhos. A história original de 30 Days of Night foi publicada nos quadrinhos da dupla Steve Niles e Ben Templesmith – os quais, admito, não li antes de ver ao filme. Além disso, sempre gostei de filmes de vampiros – desde Drácula de Bram Stoker`s até Entrevista com o Vampiro e outros. E fiquei curiosa com esse filme especialmente pelo sucesso de bilheteria que ele teve nos Estados Unidos – até assistí-lo, para ser franca, não sabia do que se tratava. E achei ele chato, muito chato.
A HISTÓRIA: O filme começa no último dia de sol antes de começar o período “crítico” do inverno em um pequeno vilarejo isolado 80 milhas no interior do Alaska. Esse dia significa o limiar que a população tem antes de ser imersa 30 dias na escuridão – por um mês aquela região viverá em um período de noite contínua. Acompanhamos assim a rotina do policial Eben Oleson (Josh Hartnett) e de seu companheiro Billy Kitka (o neozelandês Manu Bennett) em várias ocorrências pequenas e que quebram a normalidade de seu dia-a-dia, como a aparição de diversos celulares incinerados e a morte de dezenas de cães de um dos moradores do local. Pouco depois, Eben tem que lidar com a aparição de Stella Oleson (a australiana Melissa George), a mulher com quem ele está em processo de divórcio, e com a chegada de um extranjeiro suspeito ao local (Ben Foster). Mas os problemas só estão começando, porque quanto mais a noite se intensifica, mais rapidamente começam os ataques de um grupo de vampiros ao local.
VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que parte do texto a seguir conta trechos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a 30 Days of Night): A partir do minuto 17 do filme, aproximadamente, começam os ataques dos “seres desconhecidos” às pessoas comum do vilarejo. E a partir daí, meu caro leitor, o filme é basicamente uma série de ataques, perseguições e tentativas de sobrevivência dos humanos do local em relação aos “superiores” vampiros. Sinceramente? Achei um saco.
Ok, admito que o trabalho de maquiagem está muito bem feito. Mas a história cansa. O filme acaba “contando” a luta de sobrevivência de Eben, Stella, Jake Oleson (o canadense Mark Rendall) e de outros habitantes do local durante os 30 longos dias de escuridão naquele inverno. Acho que a história pode funcionar melhor nos quadrinhos com um belo trabalho de desenhos e tudo o mais, mas no cinema achei super arrastado. De todos os vampiros que aparecem na tela, gostei especialmente de ver o ator Danny Huston como o “chefão” do bando, ou seja, como o vampiro Marlow. Ele realmente está bem no papel de morto-vivo. No mais, todas as interpretações são medianas – achei especialmente fraquinha a “heroína” interpretada por Melissa George. Mas também acho que nesse roteiro de Steve Niles, Stuart Beattie e Brian Nelson não se podia fazer grande milagre. Afinal, o filme é perseguição de vampiros a humanos e vice-versa, assim como matança, do início ao fim. Nada mais.
NOTA: 4.
OBS DE PÉ DE PÁGINA: Realmente achei o filme muito chato. Só não lhe dou uma nota ainda pior, como um 3, porque admito que ele tem uma ou duas sequencias bem feitas. E também em consideração ao trabalho de filmar algo assim, com tantos efeitos e tal. Mas pela história mesmo… vale mais a pena ler os quadrinhos.
Como os filmes de terror estão fazendo sucesso nos Estados Unidos há alguns anos já, não é de surpreender que 30 Days of Night tenha se dado tão bem nas bilheterias. O filme que custou US$ 32 milhões, aproximadamente, só nos Estados Unidos faturou US$ 37,4 milhões no período de 21 de outubro até o dia 9 de novembro.
No Brasil o filme tem estréia prevista para o dia 23 de novembro.
Os usuários do site IMDb deram a nota 7,1 para o filme, enquanto os críticos que tem textos publicados no Rotten Tomatoes conferiram a ele 66 críticas positivas e 63 negativas.
Achei o trabalho do diretor inglês David Slade muuuuuuito arrastado.
Ah, e um último comentário: sei que os filmes de terror e suspense normalmente não tem muito “pé-nem-cabeça”, mas alguém pode me explicar porque os tão “superiores” vampiros não dizimam logo os sobreviventes do vilarejo? Afinal, eles sentem o cheiro de sangue das pessoas a distância – e todos, ou quase todos os sobreviventes, tem sangue na roupa deles próprios ou de alguém próximo – e, com uma cidade tão pequena para se esconder, com um pouco de organização eles tinham achado os sobreviventes rapidinho. Então ninguém me convence que um grupo realmente sobreviveria aos “malvados” e sanguinolentos vampiros por um mês em um lugar tão pequeno.
CONCLUSÃO: Chato, arrastado, com pouquíssimas cenas de perseguição que valem a pena. Se tiver algo melhor para fazer, evite esse filme. Há outros filmes de vampiros ou de terror que valem o seu tempo. Ou procure os quadrinhos, que devem ser muito melhores.
4 respostas em “30 Days of Night – 30 Dias de Noite”
Vou assistir ele em respeito ao quadrinho que achei razoavel.
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Olá ControlC!
Assista ao filme e depois comente o que você achou. E sobre a crítica que eu fiz também.
Um grande abraço!
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eu gostei bastante do filme…esse tipo de filme tem erros de roteiro mesmo…oq vale é a ação e o sangue derramado hehe niguem vae ver esse tipo de filme esperando uma abra d woody allen…quem faz isso não é fã do genero…portanto deve criticar com cuidado…ele foi sucesso pq ele da aos fans desse genero de filme oq eles esperam…quem não é fã não entende…lixo mesmo é esse tal de “o procurado” um matrix + clube da luta dos pobres!!! com uma angelina jolie anorexica e doente…perdi meu tempo!!!!
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Oi Marco!
Antes de mais nada, seja muito bem-vindo por aqui. Espero que esta visita seja apenas a primeira de muitas.
Olha, não sei se pareceu que eu não gosto do gênero… gosto, e muito. Na verdade, como disse em outro comentário, por muito tempo os filmes de terror foram os meus preferidos. Mas o que acontece é que eu já assisti a MUITOS, muitos filmes mesmo do gênero e quando vejo algo que eu acho meio “mais do mesmo”, um pouco fraquinho, falo mesmo… ainda que goste do gênero, acho que posso ter a capacidade de crítica de achar uns melhores que outros, não é mesmo? E outros filmes que falam do mesmo e que foram feitos antes acho que se dão melhores que este… mas, como sempre, essa é a MINHA opinião, e você tem a sua. O que eu sempre digo é: que bom que vc gostou do filme. Alguém que saiu satisfeito do cinema. 🙂
Sobre o Woody Allen… acho que como a maior parte dos diretores, ele faz coisas boas e coisas ruins. Mas não sou nenhuma fã dele não… tem filmes que eu gosto, alguns bastante, outros já não suporto. Normal.
O Procurado ainda não assisti, então não posso opinar. Mas pelo teu comentário, fiquei pensando: não terias ido assistir ao filme esperando muito tiroteio, sangue e uma Angelina Jolie “gostosa” e por isso acabaste te decepcionando? Ou, como disseste antes, quem sabe por ser fã de filmes de terror estavas esperando algo mais “forte” que não se concretizou, apenas isso. Bem, vou ver o filme outra hora e daí comento…
Um abraço e volte sempre!
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