Uma história embebida no amor de duas mulheres por cozinhar, por escrever e por seus maridos. Junte a isto duas grandes atrizes, ambas indicadas ao último Oscar. O resultado, que poderia ser excepcional, não deixa de ser um bocado sem sal e morno. A receita, em algum momento, desandou. Julie & Julia (aqui o site oficial em português) novo filme dirigido e escrito por Nora Ephron, surgiu com grandes expectativas – a ponto de muitos lhe apontarem como possível candidato ao Oscar 2010. Mas Julie & Julia, infelizmente, não convence como muitos gostariam. Mesmo que a espectadora também adore cozinhar, escrever e que tenha um grande amor em sua vida. Provavelmente esta história funcione melhor em livro que como filme.
A HISTÓRIA: O diplomata Paul Child (Stanley Tucci) ensina algumas expressões francesas básicas para a esposa, Julia (Meryl Streep). O ano é 1949, e o casal está mudando-se para Paris. Não demora nada para que Julia comece a se deliciar com os encantos da culinária francesa. Pouco depois, o espectador acompanha a outra mudança: desta vez, a vivida pelo casal Julie (Amy Adams) e Eric Powell (Chris Messina). Eles deixam o Brooklyn para viverem no Queens, em Nova York, no ano 2002. Para enfrentar a mudança de casa indesejada e a sua própria frustração como escritora, Julie estipula para si um enorme desafio: escrever sua experiência na cozinha ao tentar reproduzir as 524 receitas publicadas por Julia Child em seu livro “Mastering Art of French Cook”. Ela deve preparar as receitas em um prazo de 365 dias. Enquanto sua aventura é contada, o espectador acompanha também a vida de Julia na França e a epopéia que ela deve enfrentar para conseguir publicar o seu livro.
VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Julie & Julia): Duas grandes atrizes, recentemente indicadas ao Oscar por seus excelentes desempenhos no drama Doubt (comentado aqui no blog), voltam a se encontrar em um filme aguardado. Não apenas por se tratar do novo projeto da diretora e roteirista Nora Ephron, conhecida por sua vocação em retratar belas histórias de amor, mas principalmente porque ele mistura ingredientes em moda na literatura dos últimos anos: culinária e romance. Baseado no livro homônimo publicado por Julie Powell em 2005, Julie & Julia sofre por uma simplificação da história absurda. O tempero da obra de Julie se perde em uma adaptação quadrada, longa demais e que peca justamente por falta de condimentos/sal.
Para mim, este é um dos grandes exemplos de como nem todo livro pode (ou deveria) ser adaptado para o cinema. Francamente, não li a obra que inspirou a Nora Ephron, mas apenas o primeiro capítulo do livro (disponível nesta reportagem da Folha Online) demonstra que o texto de Julie Powell era muito mais interessante do que todo o roteiro da diretora. Francamente, Ephron parece ter se preocupado demais em aproveitar o talento de Meryl Streep. Ainda que ela esteja ótima – como sempre -, sua jornada por publicar o livro que escreveu em parceria com Simone Beck (Linda Emond) e Louisette Bertholle (Helen Carey) é menos interessante do que as dúvidas e a rotina de uma mulher prestes a completar 30 anos e que vive uma crise existencial na Nova York dos anos 2000.
O problema do filme, também, é que ele explora pouco a densidade de suas personagens. Honestamente, não sei se Julia era mais complexa do que a “dona-de-casa-eternamente-feliz” que assistimos através da história de Ephron. Mas é fato que Julie sim era uma garota complexa – como qualquer uma de suas contemporâneas que vive em uma grande cidade. E o espectador simplesmente percebe pouquíssimo disso neste filme. Narrada de forma muito tradicional, com seus 123 minutos sendo divididos sempre pela história de Julia e Julie contadas de forma linear, esta produção provoca a sensação de ser longa demais. Para alguns, talvez, arrastada. A verdade é que o filme resulta em um produto um bocado repetitivo e com pouca complexidade. Para contar a história de duas mulheres apaixonadas pela boa comida e por seus maridos, não precisávamos de tanta enrolação.
Mas para não dizer que nada funciona nesta produção, é preciso admitir que todos os seus atores estão bem em cena – ainda que, ninguém, excepcional. A verdade é que nem Meryl Streep pode fazer milagre com um roteiro tão fraquinho. Outra qualidade da história é a sua reflexão sobre a “era dos blogs”. Afinal, hoje em dia, é muito mais fácil alguém se tornar famoso, “virar uma celebridade” escrevendo um blog do que um livro. A “democratização” da informação e a facilidade de acesso do público e dos escritores a este meio torna muito mais fácil o caminho de quem quer se lançar no mercado editorial – por mais que os que condenam a “pirataria” e a “liberdade na internet” promulguem o contrário. Os blogs também acabam sendo, para quem tem talento, um dos canais possíveis para conseguir, no futuro, publicar um livro. Esse foi o caso de Julie Powell – e de tantas outras pessoas.
Interessante também como o blog desperta na protagonista o seu desejo de reconhecimento. Ela começa a acreditar no próprio talento como escritora quando seus textos vão ganhando, pouco a pouco, comentários de internautas. Como a maioria dos blogs pessoais, Julie acaba se expondo um bocado em seus textos – o que acaba sendo um dos fatores de seu êxito. O curioso é que, muito dedicada para cumprir o próprio desafio e fazer um bom trabalho com seu blog, Julie termina por descuidar do próprio casamento – efeitos colaterais indesejados por quem se lança além do ideal neste “universo cibernético”. Por este lado, Julie & Julia lança uma interessante reflexão – ainda que, com seu eterno tom alegre, o roteiro não deixe muito espaço para reflexões.
Também não deixa de ser interessante conhecer a história de um dos ícones da literatura e dos programas de TV de culinária dos Estados Unidos. Julia Child mudou, realmente, a maneira com que o norte-americano encarava a sua própria cozinha e o prazer de comer bem. Primeiro Julia e, depois Julie, ao reproduzir as receitas da sua “diva” em uma simplérrima cozinha do Queens, provaram que não é preciso sofisticação para reproduzir os melhores pratos da culinária francesa. Basta, para isso, ter boa vontade e, principalmente, amor. (Pena que estas lições de Julia não tenham resistido por muito tempo, afinal, nunca na história dos Estados Unidos tanta gente comeu mal, preferindo o fast-food do que um prato elaborado e caseiro).
Impossível, claro, não lembrar da Ofélia, a nossa “prata da casa”. Autora de livros e apresentadora do melhor programa de culinária que a TV brasileira já teve, Ofélia Ramos Anunciato começou a fazer história antes mesmo de Julia Child. Ofélia estreou na TV Santos em 1958, passando para a TV Tupi no mesmo ano. Julia Child estreou seu programa na televisão apenas em 1963. As duas guardavam grandes semelhanças entre si. A principal delas, além do talento e do amor que tinham pela boa culinária, certamente, era a simpatia/carisma. Honestamente, eu preferiria assistir a um filme sobre a Ofélia. 😉
NOTA: 7.
OBS DE PÉ DE PÁGINA: Pelo filme, não há dúvidas de que Julia é muito mais interessante do que Julie. Como personagens, me refiro – porque, afinal, por esta produção ficamos sabendo apenas sobre uma pequena parte de suas histórias. Vejamos: para Julia nunca há tempo feio. Ela adota a França como poucos estadunidenses um dia ousaram adotar a terra de Voltaire. Contradizendo a média dos estrangeiros – inclusive a opinião do próprio marido – que consideram os franceses esnobes, Julia adorava bater papo com os feirantes das ruas parisienses.
Quando descobriu que seu gosto pela comida poderia levar-lhe muito mais longe, ela enfrentou a resistência de uma mulher intragável – a única francesa que não cai nas graças da protagonista – da conceituada escola de culinária Cordon Bleu e se infiltrou em uma classe cheia de homens. Tudo para conquistar o seu sonho de dominar a cozinha francesa. Depois, mais por acaso que por planejamento, ela vestiu a causa de Simone Beck e Louisette Bertholle de publicar um livro em inglês com receitas da França. Perfeccionista, batalhadora, amorosa e sempre alegre, Julia pode ser considerada um exemplo a ser seguido. Ainda que todas estas suas qualidades não lhe ajudaram a, durante todo o período em que viveu na França, conseguir com que ela falasse razoavelmente o idioma daquele país – o que apenas reforça a lenda de que os estadunidenses são terríveis com outros idiomas, especialmente o francês. Como muitas imigrantes, Julia acaba sucumbindo, assim, a uma convivência com seus “pares” estadunidenses/ingleses. Interessante também como Julia marca época ao ousar, de forma criativa, através de detalhes simples, como fotos sensuais que estampavam postais dela e do marido. Depois, ao apresentar um programa para a TV, ela mostrou, mais uma vez, como era uma mulher inovadora e perspicaz.
Por outro lado, Julie (pelo menos a que vemos no filme) não deixa de ser uma garota que está prestes a completar 30 anos e que, mesmo bem casada, se sente muito distante do local em que gostaria de estar com a sua idade. Ridicularizada pelas amigas – que, convenhamos, de amigas elas não tem nada – e sentindo-se frustrada por não estar seguindo a sua vocação de escritora, Julie entra na “onda” dos blogs mais pela vontade de competir com a “amiga” Annabelle (Jillian Bach) do que por convicção em si mesma ou no formato.
(SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Insegura, mesmo depois de receber inúmeros convites para reportagens e a publicação de livros, ela se sente deprimida porque Julia não parece ter gostado da sua iniciativa. E convenhamos, pelo que o filme nos apresenta, Julie mais se aproveitou da fama de Julia do que fez um trabalho realmente inovador. Só que algo me diz que a história não é bem essa – volto a exemplificar com o capítulo disponibilizado pela Folha. Tudo indica que as receitas de Julia eram uma desculpa para Julie falar de tudo da sua vida – e, de quebra, do relacionamento entre um homem e uma mulher, sobre o cotidiano de quem trabalha em um cubículo atendendo telefones o dia inteiro e, claro, sobre a vida em Nova York. Pena que o filme não mostre isso. Porque assistindo a Julie & Julia, sem dúvida Julie parece uma garota insegura, com humor muito variável e que, francamente, não consegue promover nenhuma mudança real em sua vida – nem deixar o pequeno apartamento no Queens e nem sair de seu emprego frustrante. A parte fraca do roteiro, sem dúvida – ainda que Amy Adams seja uma gracinha.
Como muitos livros que acabam sendo adaptados para o cinema, os editores de Julie & Julia não perderam tempo em lançar a versão em português da obra aqui no Brasil. Com 352 páginas e publicado pela Editora Record, a obra de Julie Powell pode ser encontrada por um preço médio de R$ 31,90. Quem ler (ou já tiver lido), por favor, comente aqui, depois, sobre o livro – e compare com o filme, se possível.
Francamente, eu prefiro outros filmes que falam de amor e de culinária. Para começar, o “clássico” mexicano Como Agua para Chocolate.
Não sei se todos que assistiram ao filme pensaram o mesmo, mas aqui, com meus botões, eu questionei: “Como Julie não engordou ao preparar e, principalmente, comer, 524 receitas, muitas delas exageradamente cheias de manteiga, em um ano?”. O mesmo vale para o marido dela… pelo filme, nenhum dos dois engordou. Mas que pessoa, na vida real, não teria saído da dieta com aquela comilança? 😉
Para os interessados em conhecer de perto o trabalho de Julie Powell, não deixa de ser interessante que o seu blog, o The Julie/Julia Project continue online – ele pode ser acessado através deste link. Em inglês, para os interessados em acompanhar na íntegra a aventura de Julie – que inclui, ainda, um texto dela sobre a morte de Julia, ocorrida em 2004. Agora, com um formato bem “antiguinho” e simples, é preciso um bocado de paciência para ir voltando no calendário, localizado no canto superior direito do site e voltar, pouco a pouco, até as receitas que Julie testou. Paciência, navegadores! Mesmo assim, bacana que o blog foi preservado. Atualmente, Julie Powell mantêm em dia outro blog – What Could Happen?. Achei especialmente interessantes os seus comentários do dia 10 de agosto deste ano, quando Julie comenta sobre o fato de Julia não ter gostado de seu blog-homenagem e, principalmente, quando ela justifica o uso de palavrões em seu livro. hahahahaha. Engraçado ela dizer que os “palavrões são partes vitais” de uma língua. Ela é espirituosa e, como mérito, tira sarro dos republicanos. 🙂
Talvez muitos de vocês, meus caros leitores, se lembrem de alguém específico ao assistir a este filme. Eu, francamente, me lembrei de uma querida amiga, a Bianca, uma pessoa que tem um talento especial para cozinhar – e que, como Julie e Julia, adorava preparar pratos deliciosos para o seu marido e para os amigos.
Para os interessados em saber um pouco mais sobre a Julia Child verdadeira, aqui é possível encontrar uma reportagem (ou seria obituário?) bem resumida sobre a sua história e importância para o público dos Estados Unidos. Interessante saber, por exemplo, que Julia estrou seu programa televisivo The French Chef em 1963, justamente a época em que os norte-americanos estavam se abrindo para as viagens (e a culinária proveniente do) ao Exterior. O presidente da época, John F. Kennedy, e sua esposa, a refinada Jacqueline, tinham contratado, por exemplo, o chef francês Rene Verdon para a Casa Branca. Neste cenário, Julia caiu no gosto popular como uma luva.
Outra curiosidade no texto do San Francisco Chronicle é que Julia, nascida em uma família com dinheiro de Pasadena em 1912, acabou se mudando para Nova York, mesma cidade de Julie, para trabalhar em uma loja de departamentos. Julie e Julia viveram na mesma cidade, mas em épocas muito diferentes, é claro – algo que o filme nem sugere. Pelo texto é que fiquei sabendo, também, que o marido de Julia, Paul, era 10 anos mais velho que ela e que ele sim, muito antes da esposa, era fascinado (e considerado um especialista) pela culinária e por bons vinhos. Ele que a introduziu “neste mundo” do sabor. Julia e Paul viajaram juntos para o Sri Lanka e para a China antes de se casarem, nos Estados Unidos, em 1946. Por estas e por outras que Julia era uma mulher liberal e à frente de seu tempo. Ela acabou publicando mais de um livro e estrelando dois programas televisivos – o The French Chef e o Cooking With Master Chefs.
Outra curiosidade sobre Julia Child: no dia 23 de julho de 2003 ela ganhou, do então presidente George W. Bush, a honraria da Medalha da Liberdade. Ela também se envolveu em duas entidades de culinária, a American Institute of Wine and Food (ao qual ela participou dando suporte) e a International Association of Culinary Professionals (do qual ela foi co-fundadora).
Agora, um fato curioso sobre o filme: a diretora Nora Ephron teve que utilizar uma série de “truques” para tornar Meryl Streep mais alta do que ela realmente é. Isso porque a Julia real era um mulher muito alta. Por isso, algumas partes dos cenários foram reduzidas, para que a atriz parecesse maior, assim como Meryl Streep sempre utilizava saltos altos – e Nora Ephron esbanjou o uso de filmagens em perspectiva.
A trilha sonora do filme é bem gostosinha – mérito do compositor francês Alexandre Desplat. Destaque especial para algumas músicas conhecidas no repertório, entre elas Psycho Killer, interpretado pelo Talking Heads, e o saudosismo de A Bushel and a Peck, por Doris Day – sem contar Time After Time, interpretada por Margaret Whiting.
Tecnicamente, o filme é muito bem feito. Para começar, funciona a fotografia luminosa e com cores geralmente “alegres” de Stephen Goldblatt. Merece destaque ainda o trabalho de direção de arte de Ben Barraud e a decoração de set de Susan Bode, que cuidam de cada detalhe/objeto que aparece em cena. Como sempre, os figurinos de Ann Roth trabalham em função do roteiro para ressaltar épocas e estilos – e diferenciar, especialmente, as protagonistas. Ann Roth, aliás, é um exemplo a ser seguido – ela continua trabalhando, aparentemente de forma incansável, aos 78 anos.
O filme Julie & Julia é uma adaptação da diretora Nora Ephron de dois livros: o homônimo, publicado por Julie Powell, e o autobiográfico My Life in France, de Julie Child com o jornalista Alex Produ’homme.
Os usuários do site IMDb deram a nota 7,5 para Julie & Julia. Por sua vez, os críticos que tem textos linkados no Rotten Tomatoes dedicaram 143 textos positivos e 48 negativos para a produção – o que lhe garante uma aprovação de 75%. Um empate entre a opinião de público e de crítica extremamente incomum.
Nas bilheterias o filme foi bem, muito bem, até o momento. Julie & Julia, que teria custado aproximadamente US$ 40 milhões, arrecadou, apenas até o dia 15 de novembro, na terra do Tio Sam, pouco mais de US$ 93,7 milhões. Ele se pagou e ainda lucrou um bocado. O público foi atraído, certamente, pelo sucesso da bloguera e escritora e, o principal, pela dupla de protagonistas da produção.
Julie & Julia fez sua premiere no dia 30 de julho em Nova York. Depois, o filme estreou no circuito comercial dos Estados Unidos e do Canadá no início de agosto. A produção participou de sete festivais – nenhum de suma importância – até o momento, incluindo os do Rio e de São Paulo.
Para os interessados em saber um pouco mais sobre a “nossa” Ofélia, aqui é possível acessar um texto sobre sua vida e carreira. Saudade da Ofélia!
Ah, e um P.S. final: tenho certeza que a mulherada, em especial, vai discordar de mim sobre este filme. Mas meninas, eu vou avisando: tenham paciência. Mais do que achar um filme bonitinho ou não, eu analiso o contexto em que ele foi feito, seu potencial, e naquilo que ele se tornou. Como este Julie & Julia… pelo que a história rendia, esta produção poderia ter sido bem melhor. Entenderam? Se não entenderem, tudo bem. Só não me joguem pedras. 🙂
CONCLUSÃO: Um filme que tinha tudo para ser incrível e que, nas mãos da diretora e roteirista Nora Ephron se tornou apenas mediano. Para os interessados em histórias de amor que envolvem culinária, pode ser um passatempo curioso – especialmente por trazer a uma Meryl Streep eternamente afiada. Uma pena que o texto irônico e afiado da Julie original ficou de fora do roteiro que exagera no “politicamente correto”. Até mesmo a personagem de Julia foi simplificada. Para meu gosto, com toda a sua simplificação, Julie & Julia acaba se revelando longo demais e, em alguns momentos, um tanto arrastado. Ainda assim, pode valer por curiosidade, especialmente por revelar o êxito de uma garota que morava em Nova York e que se tornou mundialmente conhecida através de seu blog.
PALPITE PARA O OSCAR 2010: Francamente, acho quase impossível esse filme ser indicado a algum prêmio. Mesmo os de melhor atriz ou melhor atriz coadjuvante, serão difíceis de emplacar. Só se os votantes da Academia acharam o ano muito fraco em interpretações para descolar alguma vaguinha para Meryl Streep ou Amy Adams – pelo menos por este filme. As duas atrizes estão simpáticas em seus respectivos papéis, mas não fazem nenhum esforço acima da média – até porque a adaptação de Meryl Streep para um sotaque diferenciado deixou de ser novidade há muito tempo. Julie & Julia está longe de ser indicado como melhor filme ou roteiro adaptado. Para mim, chances zero de indicação. Bem, talvez o filme consiga alguma indicação em categorias técnicas, como direção de arte ou figurino.
9 respostas em “Julie and Julia – Julie & Julia”
Olá Alessandra!
Por motivos que deves compreender, não vou ler para já a tua review, porque ainda não vi o filme, mas QUERO MUITO IR VER. Quando o fizer, passarei por cá. 😀
Tenho quase as certeza que vou gostar…
Beijinhos*
Carla Sousa
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oi! muito boa sua critica, concordo com quase tudo que voce disse! e vi em varios blogues, pessoas que acham q a historia da julia salvou o filme, outras jah gostaram mais da historia da julie…..eu acho que a mescla das duas historias foi o diferencial desse filme…bom é só uma opniao eheh
mas o que eu gostaria de saber mesmo é porque será que a julia criticou a julie! será que ela achou que a julie se aproveitou dela?
fiquei com pena dela…
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[…] Julie & Julia […]
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Oi Carla!!
Entendo completamente… eu também me recuso a ler textos sobre os filmes que eu ainda não vi. Quer dizer, quando sei que o texto é um tanto “raso”, por assim dizer, até posso me aventurar a lê-lo. Do contrário, só leio depois de assitir ao filme – também não assisto a trailer. Manias…
Mas e aí, já assististe a Julie and Julia? Gostou?
Acredito que sim… é um filme gostosinho, leve… só que não sei, eu esperava mais. Por isso que não dei uma nota muito alta para ele, porque achei que o roteiro poderia ter sido melhor.
Beijos e até logo. Ah, e um Feliz 2010. Que tenhas muitos filmes maravilhosos para assistir este ano. 😉
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Olá Renato!!
Obrigada. Fico feliz que tenhas gostado do texto. E espero que, por isso, voltes por aqui mais vezes, para comentar inclusive outros filmes.
Concordo contigo que o diferencial do filme é aliar as duas histórias, contá-las de forma “simultânea”, como vidas diferentes que guardam muitos pontos em comum (e outros distintos, é claro). Achei a história de Julia melhor desenvolvida do que a de Julie, mas ambas tem as suas peculariedades interessantes. Como comentei anteriormente, foi uma pena que o roteiro do filme não tenha explorado melhor a história de Julie, que parece ser uma pessoa/personagem mais interessante do que a vista nos cinemas.
Nunca saberemos a razão exata de Julia não ter aceitado nenhum convite para conhecer Julie. Agora, de fato, fica subentendido que ela não teria gostado da iniciativa de Julie, talvez porque acreditasse que a garota tinha se aproveitado de seu trabalho para conseguir fama. Em um texto escrito posteriormente em seu blog, Julie diz que continuava admirando a Julia e que não se esquentava com essa teoria de que ela teria “se aproveitado” da escritora, porque ela, Julie, sabia as razões de ter feito o que fez. Não fique com pena dela… aparentemente, a Julie real é mais segura de si, independente e sarcástica do que aquela que vimos neste filme. Aliás, ela merece uma visita em seu blog…
Um abraço e volte por aqui mais vezes!
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[…] mas o talento das jovens atrizes superou o dela em seu papel em Julie & Julia (com crítica aqui no blog). De qualquer forma, vocês sabem como o Oscar funciona. Nem sempre a Academia premia a […]
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[…] Melhor atriz: Sandra Bullock por The Blind Side; Helen Mirren por The Last Station; Carey Mulligan por An Education; Gabourey Sidibe por Precious: Based on the Novel Push by Sapphire; Meryl Streep por Julie & Julia. […]
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Achei! Depois de alguns meses… aqui estou eu! Estou para ler essa crítica há tempos e, apesar de não ter assistido o filme AINDA, já tendo a concordar contigo. O que é mais incrível é que, como você sabe, acabei indo parar na Le Cordon Bleu, juro, sem ter noção do que se tratava o filme 🙂 Agora entendo porque absolutamente todo mundo me pergunta se já o assisti! Obrigada pela referência e seja bem vinda a comer em casa quando quiser! Besitos
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Oi Bianca, minha querida amiga!!
Fui modesta nos eligios à você e aos teus dotes culinários porque não queria que começasse a se formar uma fila na porta da tua casa de pessoas interessadas nas tuas iguarias. 😉
Pensei nisso também, nas “coincidências” da vida que fizeram com que tu também fosse parar na Le Cordon Bleu. Chique do último, hein? Muito legal! Na verdade esta história tem muito a ver contigo, ainda que eu ache que o filme deixe a desejar diante do que ele poderia ter explorado, mas paciência.
A referência a ti era simplesmente inevitável. E bem que eu gostaria de comer na tua casa agora, por exemplo, mas como ainda não inventaram o teletransporte… terei que esperar.
Beijos grandes e volte mais vezes, sua sumida! 😉
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