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The Nanny Diaries – O Diário de Uma Babá


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A atriz Scarlett Johansson realmente acerta a mão em suas decisões de carreira. Digo isso porque desde que estourou com o filme Lost in Translation (Encontros e Desencontros) essa atriz nova-iorquina evita repetir papéis e tem buscado trabalhar em roteiros interessante. O que é o caso desse filme, The Nanny Diaries. Por mais que alguns o classificam como “filme-família”, esta produção ganha pontos pelo roteiro interessante e, principalmente, pela direção afinada de Shari Springer Berman e Robert Pulcini.

A HISTÓRIA: O filme é baseado no livro homônimo escrito por duas ex-babás norte-americanas que satirizam a classe alta de Manhattan. A história conta a experiência da jovem Annie Braddock (Scarlett Johansson) que, por acidente, vira babá do “pestinha” Grayer (Nicholas Art). Recém-graduada no colegial, ela tenta um emprego “respeitável” mas, ao não conseguir se autodefinir em uma entrevista de trabalho, se vê confundida com uma babá em um parque por Mrs. X (Laura Linney), a mãe de Grayer. Em seguida ela recebe vários convites para trabalhar como babá, mas aceita o de Mrs. X como forma de conseguir um pouco de independência de sua mãe, a enfermeira Judy Braddock (Donna Murphy), assim como um pouco de dinheiro.

VOLTANDO À CRÍTICA: Descontados os chavões, como o fato do menino da família rica ser um verdadeiro pestinha – por que ele não poderia ser apenas um garoto solitário ou necessitado de carinho e atenção? – o filme é bem criativo na maneira de abordar os pontos-de-vista de Annie e a maneira com que ela passa a estudar essa realidade dos ricos de Nova York – uma realidade tão diferente da sua.

Diferente de outros filmes em que o menino que interpreta o personagem infantil principal pode acabar com a diversão em uma interpretação arrastada ou chata – a exemplo do garoto de Halloween (2007) -, aqui Nicholas Art imprime o peso exato na delicadeza, chatice e complexidade de seu personagem. E o roteiro, bem escrito pelos diretores, expõe com precisão a realidade “estudada” e vivenciada por Annie.

O filme conta com quase uma participação especial, de tão pequena, do sempre ótimo Paul Giamatti – aqui como o Mr. X, o pai da família rica e infeliz. Realmente The Nanny Diaries é uma diversão interessante, que faz rir e pensar ao mesmo tempo. A veterana Donna Murphy também faz um papel pequeno, mas como Giamatti dá mais cor a história.

NOTA: 9,5.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Eu gostei do filme especialmente por algo que vivo na pele e que aprendi ao estar em outro país: de como a gente entrando em contato com outras realidades e submergindo em “outros mundos” muda também. Interessante como Annie compara a sua experiência com a de um antropólogo. Acho mesmo que quando entramos em contato com realidades diferentes da nossa aprendemos muito sobre a vida e as pessoas, sobre as diferentes sociedades. E, como descobriu Annie, aprendemos mais sobre nós mesmos, acima de tudo. Gostei muito dessa leitura do filme.

Interessante também como o filme brinca com a idéia de Mary Poppins, um ícone de referência no quesito “babás” e no cuidado amável com as crianças – incluindo os pestinhas. Bem bacana essa referência e homenagem.

Sem contar que Scarlett Johansson realmente está perfeita em seu papel… interpreta de maneira exata uma jovem com sua vontade de aprender e sua “revolta”. Gostei do bonitinho Chris Evans como Harvard Hottie, apesar dele ser o personagem mais “superficial” da história. Laura Linney também está perfeita. As duas atrizes são especialmente responsáveis pela qualidade do filme.

Até o dia 2 de setembro The Nanny Diaries tinha arrecadado US$ 16,7 milhões nas bilheterias dos Estados Unidos… não é muito, mas tenho esperanças que ele ainda vá melhor, já que estreou por ali apenas no final de agosto.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 20 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing e, atualmente, atuo como professora do curso de Jornalismo da FURB (Universidade Regional de Blumenau).

2 respostas em “The Nanny Diaries – O Diário de Uma Babá”

oi eu tenho algumas perguntinhas ta:
qual foi o motivo que levou a Annie a querer ser antropóloga?
qual foi a influencia damãe dela,a escolha profissional de Annie?
por que Annie tinha duvidas em relação a qual profissão seguir sendo que ja é formada num curso superior?

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Oi lisiane!!

Primeiramente, seja bem-vinda por aqui.

Olha, terei que admitir algo: faz muuuuito tempo que eu assisti a este filme. Então não lembro dele em detalhes. Mas acho que a própria produção responder às tuas perguntas… de qualquer forma, vou tentar respondê-las (apelando para a minha lembrança sobre a história).

Annie decidiu ser antropóloga porque ela se interessa pela cultura das diferentes sociedades, pela forma com que elas evoluíram com o tempo. Ela se interessa por estes temas sociais e de desenvolvimento do comportamento humano. A influência da mãe dela… vixe, isso não lembro. Sinto muito.

Agora, ela tinha dúvidas sobre a profissão que deveria seguir porque não sabia, exatamente, se o seu curso superior iria lhe satisfazer na prática. Ou, em outras palavras, o interesse que ela tinha por pessoas poderia ser desenvolvido de outras formas e em outros campos do conhecimento, além daquele que ela já tinha explorado. Por isso suas dúvidas sobre que direção seguir – o que é bastante compreensível.

Bem, não sei se eu te ajudei. Como eu disse, faz muito tempo que assisti a este filme… mas se precisares de respostas mais exatas, posso voltar a vê-lo.

Obrigada por tua visita e pelo teu comentário. Volte mais vezes. Abraços!!

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