Quando assisti a Night Watch há uns dois anos eu fiquei impressionada. Gostei da inteligência da história e, principalmente, da direção e do cuidado visual do filme. Sem contar que apreciei o fato de ser um filme russo – fazia tempo que não assistia algo daquela país com as qualidades deste Nochnoi Dozor (Night Watch). Por isso estava muito curiosa e atenta para quando conseguisse ver a sua continuação – afinal, estamos falando de uma trilogia. E hoje, finalmente, assisti a Day Watch (também conhecido por Night Watch 2 ou Dnevnoy dozor). Continuo gostando do trabalho do diretor e roteirista Timur Bekmambetov, mas devo dizer que acho essa continuação muito, mas muito mesmo abaixo do primeiro filme. Ok, admito que eu acho que teria gostado mais se tivesse assistido os dois filmes na sequência – algo que recomendo -, mas nada me tira a impressão de que Bekmambetov parece estar em boa parte do filme “enchendo linguiça” e nada mais.
A HISTÓRIA: O filme começa contando a história de Tamerlan (ator não-identificado) e a sua busca pelo Giz do Destino. Depois dessa “introdução” a uma história lendária, que Anton (Konstantin Khabensky) está lendo com Svetlana (Mariya Poroshina), acompanhamos os dois em uma missão para defender uma humana de uma ataque de um dos “seres das trevas”. O problema é que o culpado é o filho de Anton, Yegor (Dimitry Martinov). Pouco depois, o assassinato de uma integrante do grupo das “trevas” cria uma caçada atrás de Anton e movimenta os dois lados da eterna luta.
VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que parte do texto a seguir conta fatos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Day Watch): A verdade é que a segunda parte da trilogia de Timur Bekmambetov continua muito bem em dois quesitos: direção e efeitos especiais. Mas a história… como eu comentei antes, grande parte dela me pareceu uma boa enrolação. Parecia que o diretor tinha vendido a idéia de uma trilogia mas, na verdade, não sabia muito o que contar nela. Ou deixou o melhor para a última parte. Porque essa segunda, a fatia “intermediária” do bolo, me pareceu muito fraca.
Claro que, eu admito, não tenho disponível o filme anterior, Night Watch. Acho, realmente, que o melhor seria ver os dois na sequencia, porque assistindo a esta continuação tanto tempo depois pareceu meio complicado. Lembro do principal do primeiro filme, mas algo me diz que perdi vários detalhes da história por não me lembrar em detalhes do que veio antes. Por isso é altamente recomendado assistir a esse segundo com o primeiro ainda na cabeça.
De qualquer forma, Day Watch me impactou muito menos que seu antecessor. Realmente acho que a história poderia ter mais conteúdo. Os atores continuam bem, mas sem nenhum grande destaque. Além do elenco já citado, vale relembrar o trabalho competente de Vladimir Menshov como Geser, de Galina Tyunina como Olga, de Viktor Verzhbitsky como Zavulon, de Zhanna Friske como Alisa, de Aleksei Chadov como Kostya e de Valeri Zolotukhin como o pai de Kostya.
NOTA: 7.
OBS DE PÉ DE PÁGINA: A nota 7, na verdade, se deve muito mais a um tipo de “homenagem” ao diretor e ao seu trabalho, além do fato de ser um filme vindo da Rússia – que passou por problemas tão grandes nas últimas décadas – do que pelo filme em si ou do efeito que ele me provocou. Se fosse dar uma nota pelo filme mesmo, olhando bem criticamente, é provável que daria uma nota ainda menor. Realmente achei o roteiro muito fraco.
Day Watch custou aproximadamente US$ 4,2 milhões e faturou, somente nos Estados Unidos, pouco mais de US$ 31,9 milhões. É um sucesso de bilheteria, como o seu antecessor.
Um fato impressionante, para mim, é que um filme que tenha custado tão “pouco” para os padrões mundiais – qualquer produçãozinha de Hollywood custa muito mais que isso – consiga uma qualidade tão boa em efeitos especiais e que receba um cuidado tão grande nos detalhes, como nos cartazes do filme. Um é melhor que o outro. Impressionante!
O último filme da trilogia, intitulado Twilight Watch (ou Dusk Watch ou Night Watch 3) tem data prevista para ser lançado em 2009. Lembrando que os três filmes são inspirados na obra do escritor Sergei Lukyanenko.
Os usuários do site IMDb deram a nota 7 para o filme, enquanto os críticos que tem textos relacionados no site Rotten Tomatoes publicaram 53 críticas positivas e 28 negativas.
No Brasil o filme será atração a partir do dia 19 de novembro da Mostra BR de São Paulo segundo o site IMDb.
Uma resposta em “Day Watch – Guardiões do Dia”
Obrigado pela crítica. Night Watch também está no Netflix e assisti ontem. Já finalizaram a trilogia?
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