Todo e qualquer filme latino-americano me interessa. Ainda que, nem sempre, o que é produzido pelos vizinhos do Brasil seja de qualidade – e esta regra se aplica aos filmes brasileiros também, é claro. Mas geralmente o cinema latino-americano, com filmes de qualidade principalmente da Argentina ou do México, interessa. Na maioria dos casos, o que marca a produção vinda destes países é a qualidade narrativa, histórias interessantes contadas de maneira peculiar, normalmente valorizando as relações humanas, o trabalho dos autores e do diretor, com textos bem escritos e uma “humanidade” que muitas vezes Hollywood parece ter esquecido pelo caminho. Também é interessante perceber o olhar “atento” aos detalhes da maioria dos bons diretores dos países do Mercosul. Mas, como sempre, nem tudo que vem de um país ou de um continente entra no mesmo “balaio”, assume a mesma postura. Este El Búfalo de la Noche, filme mexicano de 2007 com o conhecido Diego Luna no elenco, segue algumas qualidades do cinema latino-americano e, ao mesmo tempo, sofre com alguns deslizes que não são exclusivos de alguma “escola” de cinema ou de alguma corrente de produção, mas sim de uma crise de identidade que tem aparecido em vários filmes há alguns anos. Na verdade, El Búfalo peca por justamente querer ser “hollywoodiano” demais.
A HISTÓRIA: Manuel (Diego Luna) chega na casa de Gregorio (Gabriel González) de uma maneira um pouco furtiva, com uma expressão no rosto que não se entende bem ao princípio, mas que parece de culpa ou medo. Ele é recebido pela irmã de Gregorio, Margarita (Irene Azuela), e por sua mãe (Veronica Lánger) de uma maneira um pouco estranha, fria, consternada. Mas o encontro dos dois amigos parece apagar todas as dúvidas que pairam no ar. Pouco depois, Manuel se encontra com Tania (Liz Gallardo), sua namorada, e lhe conta que encontrou Gregorio. Ela não gosta da notícia. Logo os dois terão a vida radicalmente modificada quando recebem a notícia de que Gregorio se matou. Em permanentes vai-e-vens narrativos, o filme passa a contar a história deste triângulo amoroso envolvendo o esquizofrênico Gregorio, seu melhor amigo Manuel e Tania.
VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta trechos importantes do filme, tão importantes que realmente recomendo que só continue a ler quem JÁ assistiu a O Búfalo da Noite): O filme trata, como se pode concluir com o resumo acima, de basicamente dois temas: amor e loucura. Olhando para ele desta maneira, ele até pode parecer melhor do que realmente acaba sendo. No fundo, ele vai bem até um certo ponto, mas depois se perde em alguns desvios nos quais não consegue mais se encontrar. No final você se pergunta: “E daí?”, a respeito do filme, e encontra um grande ponto de interrogação como resposta. O final, especialmente, é muito fraco. Mas com ele, pelo menos, entendemos que o filme não passou disso, de uma viagem por meio de traições entre amigos, entre amantes, e nada mais. Toda a parte da esquizofrenia, da lealdade que vira simulação, do “búfalo” que sonha com as pessoas e das demais “pílulas” de possível filosofia ou “sentido escondido” no meio da história não passam de fumaça, de enfeite para uma história que é mais simples do que parece.
O começo do filme, embrenhado em um certo suspense, foi bem planejado. Até o primeiro “flashback” (retrocesso) da história, não sabemos se aqueles dois rapazes são apenas amigos ou se existe algo “escondido” naquela relação. Cheguei a pensar, eu juro, pela troca de olhares e de diálogos entre Manuel e Gregorio, que eles poderiam ser um casal gay. hahahahahahahahaha. Nada mais errado. Na verdade são dois bons amigos que tiveram a amizade balançada e corrompida pela paixão por uma mesma mulher, Tania. Mas, como dizia antes, até o primeiro flashback sabemos que há algo de errado no ar, mas não sabemos o quê. Daí vemos as cenas dos amigos e de Gregorio com Tania no colégio e entendemos quase tudo… que os dois eram quase “irmãos”, inseparáveis; que Gregorio sofre com alucinações e que é apaixonado por Tania. Até o final do filme pouca coisa nos explica melhor os personagens principais.
Alguém pode dizer que eu fui um pouco “maligna” ao dizer a última frase, mas é verdade. Vejamos: com o passar do tempo descobrimos que o filme é um bocado machista. Sim, porque Manuel pode ter vários casos e transar com quem bem entender – desde a irmã de Gregorio, Margarita, até a sua amiga Rebeca (Camila Sodi – que, convenhamos, aparece meio “do nada e para parte alguma”, uma personagem totalmente deslocada na trama) -, mas não pode aceitar nenhuma traição de Tania. Ainda que, neste caso, quem traiu primeiro foi ele a seu amigo Gregorio. Agora (NÃO LEIA se não quiser estragar a “grande reviravolta” do filme), quando ele descobre que Tania continuava a se relacionar com Gregorio, durante e depois dele ter ficado internado nas últimas clínicas psiquiátricas, ele fica louco, quer matá-la, etc. Típico machismo latino-americano, não? Achei deplorável.
Com o passar do tempo, também descobrimos que Manuel é aquilo mesmo, um jovem obcecado por Tania e que alimenta uma grande amizade por Gregorio, mas que é incapaz de ser fiel a qualquer pessoa. Ainda assim, claro, como um bom machista, ele exige fidelidade das pessoas ao seu redor. Também interessante as mulheres, desde Margarita até a inexplicada Rebeca, que não se importam em serem “usadas” por Manuel, uma figura que aparentemente não deixará Tania. Das duas, apenas Rebeca toma uma atitude um pouco menos submissa. Também descobrimos, conforme a história se desenvolve, que Gregorio sofria com a sua doença e, se sofria com a traição de Manuel e Tania, sofria calado. Porque em momento algum ele quis se vingar ou ter uma atitude destrutiva a respeito dos dois. Para mim os bilhetes que ele usa para “atormentar” – eu diria mais para informar – Manuel sobre o caráter de Tania através de Jacinto Anaya (Walther Cantú) tem mais a ver com uma demonstração de amor do que de vingança. Até porque ele busca, com suas revelações “desconexas” (e que agregam um certo “suspense” à história), tirar a cortina das mentiras que os amantes usavam um para o outro, revelando a traição de Tania e, ao mesmo tempo, sabendo que essa descoberta faria Manuel se revelar para a namorada. E bingo! Gregorio, o “louco” da história, não poderia estar mais certo.
Agora, algo sem sentido na história: se Gregorio deixou uma caixa como herança para Manuel e cuidou para que o amigo Jacinto enviasse, com certa frequencia, novas “pistas” do que ele queria revelar para Manuel, tudo para “proteger” Tania do amante dela, como Jacinto deixa ocorrer uma cena como a do zoológico? Sim, porque naquele momento o nosso “herói” da história, o protagonista, poderia ter facilmente matado a namorada ao invés do lobo. Algo sem sentido, convenhamos… Depois desta parte o filme descamba para a perseguição policial e o “grand finale” – que, claro, só reafirma o sentido do filme: nenhum. Ou melhor: o único sentido do filme é aquele que falei antes, uma história de amor cheia de traições, culpas e desejos. Nada mais, nada menos. Ah, e antes que me esqueça: também achei totalmente sem sentido os policiais que “cercavam” a casa de Jacinto permitirem que Manuel entrasse e tudo o mais antes de prendê-lo. Afinal, o homem podia ter facilmente matado a Jacinto e a Tania numa boa, ou não? Duvido que na vida real eles esperariam ele entrar no prédio para “ver no que vai dar”. Teriam prendido ele na chegada. Claro. Mas deste filme não se pode pedir algo muito sensato.
Sobre a parte técnica: gostei da direção do venezuelano Jorge Hernandez Aldana. Acho que ele tem um ritmo interessante de câmera e uma boa condução dos atores. As falhas maiores do filme estão, para mim, no roteiro, responsabilidade do escritor Guillermo Arriaga – em parceria com o diretor -, que escreveu também o livro homônimo. Em outras palavras: o que se vê na tela é uma adaptação para o cinema da obra de Arriaga feita por ele mesmo. Ou seja: ninguém pode culpar outra pessoa por uma adaptação com erros. Apenas o próprio escritor pode se culpar. hahahahahhahahahahaha
Direção de fotografia cuidadosa e bem feita por Héctor Ortega, assim como uma boa edição de Alex Marquez. A trilha sonora de Omar Rodriguez-Lopez achei exageradamente “distorcida”, hollywoodiana, desenhada para um filme de ação, praticamente. Podia ter feito algo parecido, mas com uma voltagem um pouco menor. No geral, achei o filme bem feito tecnicamente, mas ruim de roteiro. “Muito barulho” para contar uma história de obsessão amorosa entre jovens e com fortes tintas de machismo. O elenco é competente, foi bem escolhido, com atores bonitos – especialmente importante porque quase todos mostram muito os seus corpos nus – e competentes (mas nada excepcionais). Um filme com cara de “independente”, mas sem a qualidade da maioria das produções do gênero. Ainda que os atores, especialmente Diego Luna, estejam muito bem em seus respectivos papéis.
NOTA: 5,5.
OBS DE PÉ DE PÁGINA: El Búfalo de la Noche começou como um projeto de terceiros. Melhor dizendo, alguns produtores procuraram o escritor Guillermo Arriaga para comprar os direitos autorais de sua obra com a intenção de adaptá-la para o cinema. Ele aceitou, mas depois mudou de idéia e resolveu ele mesmo produzir esta adaptação. Eu acho bacana quando isso ocorre, quando o autor de uma obra resolve ele mesmo assumir a responsabilidade de viabilizar a adaptação de uma obra sua para outro formato. A chance de “desvios de sentido” ocorrerem é menor. Não li o livro de Arriaga, mas espero que ele seja melhor do que a sua adaptação para o cinema. Talvez no livro ele consiga ir além do triângulo amoroso que resume a história do filme.
El Búfalo de la Noche registra a nota 4,8 no IMDb – detalhe: até eu realmente publicar este comentário, estava em dúvida se dava a nota 6 ou 5 para o filme… e juro que não fui influenciada pelo IMDb! heheheheheehe. No final, fiquei com a média entre as duas notas. O filme foi pouco visto pela crítica internacional, tanto que tem apenas três artigos registrados no site Rotten Tomatoes – e todos negativos, diga-se.
Para quem gosta de cenas de sexo e de nu, o filme é uma grande pedida… tem várias para o deleite geral das nações.
Não sei se todos vão passar pela mesma experiência que eu, mas muitas vezes eu vi na atriz Liz Gallardo a espanhola Penélope Cruz. Juro! Tem algumas sequencias, algumas posições de câmera específicas e algumas expressões da atriz que lembram demais a “musa” de Almodóvar – ainda que eu prefira Liz Gallardo que a Penélope Cruz.
O diretor Jorge Hernández Aldana marca a sua estréia em longas-metragens com El Búfalo. Antes ele tinha dirigido o curta Aprendiz, de 2005, e o curta Un Primer Paso Sobre las Nubes, este último que lhe rendeu um voto do produtor Arriaga em um festival em Caracas e, com a lembrança deste voto, o convite para dirigir El Búfalo. Por três anos ele e o escritor trabalharam na adaptação da obra original para um script de cinema.
Lendo as notas de produção sobre o filme descobri que o livro homônimo foi publicado em 1999. Naquele ano, o escritor deu de presente um exemplar para o ator Diego Luna já pensando nele como o ator para interpretar Manuel se um dia a obra fosse adaptada para o cinema. Detalhe: o ator participava, naquele ano, da produção Un Dulce Olor a Muerte, outra adaptação de uma obra de Arriaga – que não esconde que detestou o resultado final. Porém, Luna ainda não tinha ficado conhecido por seu papel em Y Tu Mamá También, que seria lançado apenas em 2001.
Uma curiosidade: Diego Luna teria emagrecido 12 quilos para interpretar Manuel. Com 28 anos de idade, esse ator mexicano já participou de 30 filmes lançados – e de outros quatro em fase de pós ou pré-produção – e de cinco séries para a TV. Em 2007 ele estrou na direção com um documentário sobre a carreira do pugilista mexicano Julio César Chavez.
Diferente da larga experiência de Diego Luna, o outro ator principal do filme, Gabriel González, está estreando no cinema com este papel. Ele concorreu, segundo os produtores do filme, com mais de 3 mil atores para ganhar o papel. Além de ator estreante, ele é o vocalista e compositor da banda Osamenta. Outra estréia no cinema é da atriz Liz Gallardo.
Descobri só depois, e não tenho vergonha de dizer que liguei tarde o “nome à pessoa”, que Guillermo Arriaga foi o responsável pelo roteiro de três grandes filmes: Amores Perros, 21 Gramas e Babel. Ou seja: pelas histórias dos três grandes filmes que consagraram o diretor Alejandro González Iñarritu. Isso comprova que ele é um grande roteirista mas que, infelizmente, não conseguiu acertar a mão com a adaptação de seu próprio livro. De qualquer maneira, pelo menos ele conseguiu o respeito no meio cinematográfico, a ponto de estar filmando The Burning Plain, um roteiro seu que conta com atuações de Charlize Theron, Kim Basinger, Jennifer Lawrence, entre outros.
CONCLUSÃO: Estréia como produtor do escritor e roteirista Guillermo Arriaga (responsável pelos textos dos principais filmes de Alejandro Iñarritu) sobre um livro homônimo de sua autoria, é um filme que tenta ser inovador na técnica e na narrativa e que, no final, parece uma cópia imperfeita e meio “sem sentido” de vários outros filmes que trilharam o mesmo caminho. No fundo, é apenas uma história sobre a busca do amor, sobre traições e sobre um triângulo amoroso. Fraco.
8 respostas em “El Búfalo de la Noche – O Búfalo da Noite”
Olá
O bufalo da Noite, nossa esse filme é um fracasso onde eu trabalho
nem aluga.
Os latinos sabem fazer filmes, tem filmes bons, mas ainda há muito o que aprender.
ATÉ MAIS
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Oi Elizeu!
Que bom te ver por aqui mais uma vez! E desculpa demorar tanto para responder, mas é que o mês de abril para mim passou voando…
Olha, eu acho que nem sempre o fato de um filme não alugar ou ser pouco conhecido significa que ele seja ruim. Tem muitos e muitos filmes “esquecidos” nas locadoras e pelo mundo afora e que são realmente muito, mas muito bons mesmo! Pena que não é o caso deste O Búfalo da Noite… hehehehehehehe
Ainda assim, como eu disse na crítica acima, eu acho que sempre vale a pena ver o que o cinema latinoamericano está produzindo. Afinal, “nuestros hermanos” merecem o mesmo carinho e o mesmo tempo investido que qualquer outro cinema no mundo – e mais que o de Hollywood, eu diria, por uma questão de proximidade geográfica e afetiva.
Discordo um pouco de ti de que os “latinos” tem “muito o que aprender” ainda. Discordo no sentido de colocar todos no mesmo “balaio”. Existem grandes cineastas, roteiristas e diretores no cinema latinoamericano – muitos inclusive “exportados” para Hollywood e para a Europa – fazendo verdadeiras “pérolas”, contando histórias com qualidade e uma sensibilidade que é difícil de encontrar em Hollywood ou em outras partes. Só acho que muitas vezes a maior parte do público brasileiro, para dar um exemplo, não conhece o que é feito ao lado porque os filmes realmente não chegam nas locadoras e muito menos nos cinemas. E mesmo o que chega nas locadoras não é muito divulgado e as pessoas acabam “desprezando” sem assistir… uma pena.
Vale a pena sim arriscar, Elizeu. Começa a buscar filmes dos demais países latinos e você vai encontrar muitas coisas muito boas. Vou tentar ver e comentar mais produções latinoamericanas até para dar uma “incentivada” no pessoal…
Um grande abraço e até logo mais… tentarei não demorar tanto para responder na próxima vez. E valeu por teu comentário, sempre muito bem-vindo!
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El Bufalo de La Noche, deixa estranha sensação. não é um filme ruim (porque nos faz pensar em várias coisas enquanto os enquadramentos são feitos). faz com que busquemos pistas ocultas, metáforas para cartazes, para letras e cores (que muitas vezes não dão em lugar nenhum). diego luna, como sempre… sempre bom. da safra atual, acho que um ótimo ator latino. dá vontade de buscar o livro (isto é excelente, pois às vezes a película é tão fraca que nem o roteiro gostaríamos de ler para ver se foi problema apenas de adaptação). liz é linda (e sim, lembra a penélope e pensei se todas as latinas seriam tão interessantes assim). a caixa de gregório é mágica pura. queria recebê-la pelo correio. não importando o quão escura ela fosse… caberia a mim, desatar os nós, desvendar segredos… Nota 7,0 (onde minha classificação vai de 5 a 10). Não é imperdível, nem inesquecível, nem inimaginável. É apenas, possível e passível de fato.
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Olá Sonia!
Bem-vinda por aqui.
Realmente, El Bufalo deixa uma estranha sensação. Tive, como você, a idéia de que ele muitas vezes não chega a lugar algum… claro que muitos dos cartazes, cores e demais elementos expostos por ali tem o seu significado, mas chega uma hora que eles todos não chegam a lugar algum – junto com o roteiro, na minha opinião.
Agora, concordo plenamente que o Diego Luna é um dos melhores do cinema latino atual. O rapaz realmente é muito bom. Liz é linda, mas adianto que nem todas as mulheres latinas são assim. hehehehehehehehe
Realmente, a caixa do Gregória é maravilhosa. Perfeita também no efeito de fazer mal ao seu destinatário – que merecia, é claro.
Realmente, é um filme passível. E, nos dias atuais, em que muitas vezes se responde ao desamor com violência, em que se responde a carência com traição, um tanto vazio de sentido ou de direção. Bem atual, realmente. E, nem por isso, muito interessante. É o que é, e merece ser visto – ainda que levando em conta que existem outros exemplos mais interessantes na locadora.
Um grande abraço e volte sempre! Gostei muito do teu comentário.
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Oi!
Bom, acabei de ver “El Bufalo de La Noche” e vim procurar algo para me basear na construção de um texto sobre o filme.
Sem analisar o lado machista q vc abordou, creio q o filme sofra, talvez, de uma ncessidade de soar original, em cima deste tema “dos mortos que ‘falam'”. Acho irrelevante isto, até mesmo como noção para avaliar o filme em determinado parâmetro crítico. Não achei q os bilhetes prejudicaram a trama ou o resultado do filme como um todo.
Encarei-o como uma novela, q, fechada em si mesmo, enxerga as coisas e acontecimentos pela ótica do Manuel do Diego Luna. Acho interessante as cenas serem um tanto desconexas justamente pq são fundamentalmente desconexas, já que aquele passado dos protagonistas é mais um jogar de nuvens no relacionamento. Não é algo deveras explicativo. É um filme q se desenrola em um personagem, daí, creio, hajam todas estas ‘falhas’ q vc aponta.
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Oi Ranieri!
Primeiro de tudo, seja muito bem-vindo por aqui!
Dei uma rapidíssima olhada no seu blog – ando em uma correria danada! – mas, devo dizer, gostei do que eu vi. Especialmente porque escreves sobre filmes de arte, muitos clássicos, o que é muito bacana de se ver… sempre é importante ter pessoas que analisam e divulgam filmes bons na rede. Parabéns! Em outro momento quero ler teus textos com calma e comentar alguns…
Olha, concordo contigo que El Búfalo de la Noche está bastante focado na ótica do personagem de Diego Luna mas, ainda assim, não acho que isso justifique tanta desconexão ou “falhas” que eu comentei antes… afinal, o esquizofrênico na história, em teoria, não era ele. heheheheehehehehehe
Não sei, realmente o filme não me convenceu. Além de um grande “e daí?” que aparece no final, me incomodou sim a questão do machismo e de alguns vários problemas de narrativa… mas enfim, sempre podem existir várias leituras sobre filmes que não são de todo óbvios – como é o caso deste.
De qualquer forma, queria agradecer tua visita e teu comentário. Espero que possas visitar este blog muitas vezes ainda e contribuir com tuas opiniões e comentários.
Um grande abraço e sorte com o teu trabalho!
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Bom na moral nada contra as opinões contrarias mas pra mim é o melhor filme latino.
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Olá! Tudo bem?
Não sei se o lado machista do filme pode ser considerado uma crítica. É uma característica da personalidade do personagem, e não significa que que o diretor concorde com ela, apenas que quis retrata-lo desta forma. Existem muitas pessoas assim no mundo e isso faz sentido no contexto da história. Acho o machismo algo deplorável, mas mostra-lo no cinema não pode ser obrigatoriamente algo ruim.
Um grande abraço!
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