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Human – Humano: Uma Viagem pela Vida


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Pense em um filme perfeito. Irretocável. Inesquecível. Um compêndio de histórias, olhares, sentimentos. Um documento sobre a complexidade e a diversidade do ser humano e todas as suas formas de impactar o mundo. Esse filme existe. O nome dele é Human. Para mim, se não é o melhor filme que eu já vi na vida, certamente está na pequena lista dos melhores. Para quem gosta de cinema, de pessoas e da vida, ele é inevitável. Imprescindível. Se você, como eu, ama esta complexidade e variedade da humanidade, tudo que nos faz “humanos, demasiado humanos”, este filme é fundamental. Altamente recomendado.

A HISTÓRIA: Vários rostos focados em close. Homens e mulheres, adultos, jovens, negros, brancos, com diferentes cores de cabelo e de olhos, distintos traços nos rostos, indumentárias diversificadas. Uma música vigorosa os acompanha, assim como a nossa visão atenta. No final da sequência, uma garota fecha os olhos. A cena seguinte é a de um deserto sendo percorrido por uma caravana de pessoas e animais.

Em seguida, ouvimos a primeira história, ao primeiro depoimento. De um homem que cresceu apanhando do padrasto e que aprendeu que a violência era sinônimo de amor. Mas ele foi conhecer o significado deste sentimento muito tempo depois, após fazer mal para muitas pessoas e ao receber esse amor de alguém totalmente imprevisto. A partir deste depoimento, mergulhamos em diferentes histórias, sentimentos e visões da vida e do mundo, conhecendo interpretações sobre a felicidade, a pobreza e a riqueza, o amor e o sentido da vida, entre outras definições.

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Human): Só tenho um pequeno desabafo para fazer a você que chegou neste blog e nesta crítica: tenho uma grande sorte de ter encontrado pela frente Human. Grande, grande sorte. Esse filme é um presente para qualquer pessoa que goste de ouvir histórias, pontos de vista diferentes, realidades distintas. Para qualquer um que ame a Humanidade e tudo que ela tem de bom e de ruim, de maravilhoso e de abissal. Um deleite para quem gosta de ter outras perspectivas e ver o quadro “mais amplo”. Um filme impagável e inestimável.

Sim, meu caro leitor e leitora, se acostumem a uma enxurrada de elogios. Não tem como eu falar de Human sem rasgar todas as sedas possíveis para esta produção. O que fez com que eu gostasse tanto deste filme? Bem, para início de conversa, ele tem uma proposta muito clara e que é realizada com maestria. O diretor francês Yann Arthus-Bertrand quer nos contar histórias de pessoas de diferentes culturas e realidades e mostrar cenas de manifestação humana em contato com a Natureza.

Este é um contraponto constante de Human que eu achei muito interessante: estamos sempre partindo do individual, das histórias contadas por diferentes pessoas frente a uma câmera (como se elas estivessem falando conosco, com o público), para o coletivo, em cenas que mostram grupos humanos interagindo com o entorno.

É como se a vida fosse sempre isso, um permanente diálogo entre o individual e o coletivo. E as imagens escolhidas por Arthus-Bertrand são incríveis. Todas as vezes que saímos dos depoimentos e caímos nas cenas de locais diferentes que reproduzem costumes humanos distintos temos seleções incríveis de imagens quase sempre acompanhadas por uma trilha minuciosamente pinçada em várias partes do globo. A trilha sonora, magistral, leva a assinatura de Armand Amar.

O filme tem, desta forma, um equilíbrio muito interessante entre conteúdo de qualidade e diversificado, espalhado nos diferentes depoimentos pessoais de humanos retratados na produção, e conteúdo de uma plasticidade fantástica. Esta beleza está presente tanto na valorização das pessoas, colocadas sempre à frente de um fundo negro e neutro, quanto nas cenas de coletivos humanos que tem significado e beleza e que também ajudam a contar um pouco mais sobre diferentes culturas formadas por humanos e suas crenças e tradições mundo afora.

Amei esse filme porque ele não apenas entrega com muita propriedade o que ele promete, mas especialmente porque ele trata do que eu acho mais interessante no mundo: pessoas. Sei que muitos estão desgostosos com a Humanidade e preferem os bichos e os animais do que o ser humano. Mas eu não faço parte deste grupo. Não acho que toda vez que uma crueldade ou ato desumano é praticado por alguém signifique que falimos enquanto espécie. Acho sim que cada um de nós é composto do mesmo material e temos uma grande potencialidade, seja para o bem, seja para o mal.

Human ajuda a mostrar um pouco disso. O filme começa com uma história difícil, mas ela é apenas uma de várias outras que mostram a dor humana e atos absurdos que podem ou não ser perdoados. Com pessoas de diferentes nacionalidades, culturas e idiomas, conhecemos percepções sobre felicidade, morte, guerra, vingança, perdão, seguir em frente, amor, casa, matrimônio, solidão, ser mulher, ser gay, família, imigração, liberdade, aprendizado, e o sentido da vida.

Algumas histórias são mais longas, enquanto outros depoimentos são basicamente desabafos. Não existe uma regra sobre duração de cada fala, e nem preocupação em dar nome para as pessoas ou identificar de que país ou cultura elas fazem parte. Achei essa uma escolha interessante do diretor, porque algumas vezes as pessoas estão muito preocupadas em colocar os outros em certas caixas, etiquetas, e é interessante ouvir histórias por elas mesmas, escutar a sinceridade das pessoas independente de geografia ou etiquetas.

Claro que é possível identificar algumas nacionalidades pelo jeito que as pessoas falam – especialmente os representantes de países da América Latina e do Brasil. Mas essa identificação acaba não mudando o que é mais importante aqui: ouvir as histórias com desprendimento. Como sempre me interessei por pessoas e por suas histórias, este filme apresenta um material diversificado e muito interessante, revelando muitas das nossas capacidades e um pouco da diversidade de realidades que temos no mundo.

É fundamental ouvir tantas histórias de pessoas que tem algo a nos dizer, algo a nos ensinar ou fazer pensar, até para que tenhamos uma perspectiva mais ampla da vida. Algumas vezes focamos demais nos problemas que estão à nossa volta. Claro que não podemos ignorá-los, até porque devemos sempre buscar uma realidade melhor e que tenha, em especial, mais oportunidade para todos e menos desigualdades.

É importante buscarmos um Brasil melhor. Não tenho dúvidas sobre isso. Mas é bom lembrarmos que temos a sorte de vivermos em um país sem guerras ou conflitos. Um dos temas fortes deste filme é o da desigualdade. Ela é horrível, cruel, e deve ser combatida. Mas pior que essa desigualdade de condições e de oportunidades, algo que temos no Brasil, são as situações de guerra e conflito mundo afora. Algumas vezes esquecemos destas realidades, mas este filme nos lembra muito bem do que acontece com pessoas inocentes quando temos um cenário deste. É importante não esquecermos disso.

Pouco a pouco as pessoas que aparecem na nossa frente vão nos fazendo mergulhar em suas histórias e em tudo aquilo que elas acham importante nos contar. Apenas uma pessoa totalmente insensível pode não desenvolver um pouco de seu altruísmo e de sua empatia ao ver Human. Tantas histórias, olhares, sorrisos e choros… como não se colocar na narrativa de tantas daquelas pessoas? Como não ter vontade de se lançar no mundo procurando diminuir um pouco a dor e a desigualdade que existe por aí? Seja quando as pessoas falam sobre felicidade, seja quando falam de outros sentimentos, somos convidados a pensar que algumas vezes o que nos sobra e é simples falta para outras pessoas. A felicidade é algo simples, mas tão difícil de ser alcançada por algumas pessoas…

Antes de assistir a este filme eu já tinha a convicção que a vida só tem sentido quando convivemos com as outras pessoas e compartilhamos com elas o que aprendemos, o que somos. Quando não olhamos para as nossas diferenças, mas para o que nos une e tentamos, cada um contribuindo a sua maneira, fazer a vida ser valorizada e compartilhada. Mas com Human isso se tornou ainda mais claro. Todas as pessoas merecem viver e ter oportunidades de se realizarem, seja no contexto que for.

O diretor Yann Arthus-Bertrand mostra grande sensibilidade ao retratar tantas pessoas e tantas realidades diferentes. Impressiona não apenas do que o ser humano é capaz, seja para o bem, seja para o mal, mas também o efeito que nós temos no mundo no mesmo sentido. Estamos presentes nos lugares mais inóspitos, cultivamos e produzimos em distintas latitudes, mas também ocupamos um espaço que não é nosso e sem o respeito devido.

De forma muito inteligente o diretor vai construindo a sua narrativa sobre a “ocupação humana”, saindo de locais sem a presença humana – como na revoada dos pássaros -, passando por locais com pouca presença de pessoas e chegando até uma grande metrópole. É incrível. Interessante também como ele vai construindo a narrativa com pessoas de diferentes idades (as crianças, muito vezes, são as mais complicadas de ouvir) e realidades, com percepções várias vezes contrastantes sobre diversos temas. Fundamental.

Como comentei no Facebook, Human eu considero o filme da minha vida. Não tenho a complexidade e nem a sabedoria desta coletânea de percepções humanas. Não é por isso. Mas este filme caiu como uma luva para mim tanto pela minha visão de mundo quanto pelo meu momento de maturidade atual. Acho o ser humano maravilhoso, cheio de potencial e de beleza, mas lamento sempre que este mesmo ser humano se perde em seu propósito e causa morte, dor, destruição. Ver um filme que trate da Humanidade com tanta honestidade e franqueza é algo fantástico. Só tenho a agradecer ao realizador. Human é um grande presente.

NOTA: 10.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Vou confidenciar algo para vocês: estou já de olho no Oscar 2017. Fiz uma primeira lista de filmes com potencial para chegar à premiação mais conhecida do cinema mundial e vou, pouco a pouco, assistindo a estas produções. Human não faz parte desta lista mas, honestamente, eu gostaria de que fizesse. Assisti a Human porque ele vai estrear nos cinemas brasileiros na primeira semana de outubro. Como estou de férias no jornal em que eu trabalho e na semana passada eu fiquei fora, sem publicar nada por aqui, e em breve ficarei mais uma semana fora, estou privilegiando os filmes que achei interessantes e que estão chegando aos cinemas. Human foi um caso destes.

Agora, por que eu comentei que Human não faz parte da minha pré-lista do Oscar 2017 mas que eu gostaria que fizesse? Observando quando esta produção estreou nos cinemas, vi que ela estreou na França em setembro de 2015. Não vi ela estreando nos Estados Unidos… então tenho sincera dúvida se o filme poderia estrear lá ainda e ser habilitado para concorrer a uma vaga como Melhor Documentário no Oscar 2017. O critério da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood é observar a data de estreia de um filme no mercado norte-americano. Então, não sei se será o caso de Human, mas eu adoraria ver o filme concorrendo ao Oscar. Nem precisa ganhar, mas ele ser indicado a uma estatueta e, com isso, ganhar outra projeção para o público, já me faria feliz.

Falando em trajetória de Human, após estrear nos cinemas franceses, o filme participou em setembro de 2015 do Festival de Cinema de Veneza. Depois, o filme participaria, ainda, de outros oito festivais de cinema. Nesta trajetória o filme ganhou um prêmio e foi indicado a outros quatro. O único prêmio que ele recebeu foi o de Melhor Documentário no Festival Internacional de Cinema de Beijing.

Para mim, Human merecia uma nota até maior que 10. Se este não fosse o meu limite, eu daria mais, com certeza. Tipo 100. 😉 Mas apesar do filme ser perfeito, sob a minha ótica (e para o meu gosto, é evidente), tenho que fazer duas pequenas observações sobre a produção. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Primeiro que eu gostaria até que o filme tivesse quatro horas de duração ou algo do gênero para eu ouvir a todos os depoimentos. Achei interessante e fiquei curiosa – e talvez essa seja a intenção do diretor – em ver apenas os rostos de várias pessoas e não conhecer as suas histórias ou percepções. Gostaria de ouvir a todos. Outro ponto que eu queria comentar é que senti falta de mais asiáticos na produção. Achei que poucos deles foram retratados. Gostaria de ter ouvido a mais deles.

Foi inevitável não ficar curiosa sobre a trajetória de Yann Arthus-Bertrand. Afinal, este é o primeiro filme que eu vejo do diretor, e fiquei muito impactada com o que ele nos apresentou. Achei Human simplesmente incrível. Procurando mais sobre o diretor, soube que ele nasceu em Paris em 1946. Ou seja, ele completou em março de 2016 os seus 70 anos de idade. Ele tem nove trabalhos como diretor, tendo iniciado a sua trajetória com o documentário para a TV Vu Du Ciel há 20 anos. Toda a trajetória dele é com filmes grandiosos de documentário. Interessante.

Além do diretor e do responsável pela trilha sonora de Human, temos poucos nomes na lista de profissionais envolvidos com o projeto. Vale destacar também o excelente trabalho dos editores Françoise Bernard e Anne-Marie Sangla e o departamento de câmera e elétrico que conta com nomes como Alexandre Westphal e Baptiste Rouget-Luchaire (operadores de câmera), Marine Ottogalli (assistente de câmera), Bruno Cusa (gerente de fotografia aérea), Stéphane Azouze e Léonard Rollin.

Procurei saber um pouco mais sobre Human. No site oficial da produção, encontrei um depoimento muito esclarecedor do diretor Yann Arthus-Bertrand: “Eu sou um homem entre sete bilhões de outros. Nos últimos 40 anos, eu estive fotografando o nosso planeta e a diversidade humana, e eu senti que a humanidade não está fazendo nenhum progresso. Nem sempre nós conseguimos viver juntos. E por que isso acontece? Eu não procurei nenhuma resposta em estatísticas ou análises, mas no próprio homem”.

O diretor mesmo comenta que este filme não é algo aleatório, mas um compêndio de escolhas com engajamento político. Não percebemos isso claramente enquanto assistimos ao filme, ainda que exista uma percepção de preocupação social muito grande enquanto assistimos a produção. Mas ao saber que ele tinha esta proposta, certamente outras leituras de Human podem ser feitas.

Agora, algumas curiosidades e números sobre Human. O filme foi rodado em 60 países (incrível!) durante pouco mais de dois anos (incluindo a finalização, o projeto levou três anos para ser feito) e ouviu nada menos que 2.020 pessoas que foram entrevistadas da forma que nós vemos, olhando diretamente para a câmera. Estas pessoas falam nada menos que 63 idiomas diferentes entre si. Independente do país, da cultura, da idade ou da religião das pessoas, os realizadores fizeram algumas perguntas sobre a condição humana.

Antes de Human, Arthus-Bertrand havia lançado Home, um filme que foi visto por 600 milhões de pessoas e 7 Billion Others, produção assistida por 350 milhões de pessoas.

Segundo o material de divulgação de Human, esta produção tem três vozes: a das pessoas (através dos depoimentos), a da Terra (através das imagens que mostram o efeito do homem no mundo) e a da música. O projeto de Human acabou resultando em 11 produtos. Interessante isso. Primeiro, o filme para o cinema, com 191 minutos de duração. Depois, uma outra versão para o cinema (essa que eu assisti) com 143 minutos de duração. Há ainda uma versão para a TV com 131 minutos.

O trabalho resultou ainda em On the Trail of Human, composto por três documentários com 52 minutos cada um e que mostra as intenções do projeto (o título de cada um dos documentários é o seguinte: The Two Faces of Mankind, At the Crossroads of Two Worlds, e Life: A Search for Meaning); no documentário The Stories of Human, com 80 minutos de duração e longos depoimentos; The Human Adventure: The Making Of com 52 minutos; Human: The Music, com 52 minutos, e que conta como foi feita a composição da trilha sonora de Human; e Human, três filmes com 90 minutos disponíveis gratuitamente no YouTube e que mostra depoimentos e como o filme foi feito. Esse material no YouTube pode ser acessado através deste link.

Fez parte da equipe que permitiu que este filme fosse realizado 16 jornalistas, 20 operadores de câmera, cinco editores e 12 equipes de produção. Agora, ao saber que este projeto é muito maior do que eu imaginava – não se trata de um filme, mas de um trabalho bem mais amplo – tenho o desafio de ver a todo esse projeto. Um bom desafio. 😉

Importante citar que Human só foi realizado graças a duas fundações: a Bettencourt Schueller Foundation e a Goodplanet Foundation.

Esta é uma produção 100% da França.

Os usuários do site IMDb deram a nota 8,7 para esta produção. Uma avaliação muito boa, muito positiva se levarmos em consideração a média de notas do site. Achei bacana e muito justo. Realmente este é um grande, grande filme. O site Rotten Tomatoes tem apenas uma crítica sobre o filme, e ela é positiva. Isso demonstra como um filme que não chegou ainda nos Estados Unidos tem pouca repercussão neste site que é uma das referências de crítica de cinema no mundo. Uma pena, porque muitos filmes acabam não entrando no radar do site.

CONCLUSÃO: Honestamente, acho que esta indicação de Human aqui no blog é a mais importante desde que eu comecei este projeto, este espaço. Todos deveriam assistir a este documentário. Sem pré-julgamentos e tentando estar o máximo possível abertos a entender o próximo – que é justamente a pessoa que estamos vendo na nossa frente na telona. Cada um que aparece, não importa em que país tenha nascido, qual a cor de sua pele, o seu sexo, o seu idioma, a sua história, é feito do mesmo material que eu e você.

Todos tem um começo, um meio e terão um fim. Tudo que nos é humano, não nos deveria ser estranho. E este filme nos apresenta um caleidoscópio importante, que fomenta compreensão, compaixão e múltiplos olhares e reflexões. Perfeito e imprescindível, como eu comentei antes. Simplesmente assista. Desarmado(a) e, preferencialmente, com olhar generoso. Garanto que você não vai se arrepender.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 20 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing e, atualmente, atuo como professora do curso de Jornalismo da FURB (Universidade Regional de Blumenau).

5 respostas em “Human – Humano: Uma Viagem pela Vida”

Oi, Alessandra! Estava procurando críticas a respeito desse filme, e acabei chegando ao seu blog. Vi Humano ontem. Como você, fui impactada pelo poder das histórias das pessoas entrevistadas no filme e pela beleza indescritível das imagens e trilha sonora. Histórias de vida das mais diversas, relatos de miséria, desigualdade, discriminação, ódio, perdão, superação. Não há como sair indiferente depois de assistir a um filme desses. Só se você não tiver sangue nas veias ou se não for Humano. Você se coloca no lugar de cada uma daquelas pessoas e pensa, que direito eu tenho de reclamar de alguma coisa nessa vida? Caramba, o problema que eu tenho, a dificuldade que estou enfrentando não é nada, perto do que muitos ali viveram. Aí você também pensa, e o que eu estou fazendo pra tornar o mundo, um lugar melhor pra se viver? Sem pieguice e sem querer bancar a salvadora da pátria. Longe disso. Um filme político, sem ser panfletário. Mais que recomendado.

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Adorei tua Crítica. Reproduz bem o que sentimos ao ver essa obra magnífica . O filme é realmente tudo isso. E saber que mais pessoas viram e verão e essa onda pode nos ajudar a melhorar o todo, também é algo empolgante. Parabéns! E abraços humanos, vivos e eternos a todos…

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Alessandra : no seu texto diz : “temos a sorte de vivermos em um país sem guerras ou conflitos”. Referia-se ao Brasil. Ora, isto não é verdade, pois o Brasil é um dos países do mundo onde se praticam mais crimes violentos, assassinatos, por
femicídio, homofbia, etc.

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