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American Sniper – Sniper Americano


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Dois elementos fazem parte do orgulho do povo dos Estados Unidos: a bandeira do país e as mortes em campos de batalha. Ok, nem todos tem orgulho destes dois elementos. Mas acredito que a maioria, me arriscaria a dizer que a população perto da totalidade, tenha. Sou fã de Clint Eastwood, mas acho que ele perdeu uma boa oportunidade de dedicar o talento dele para outra história que não esta de American Sniper. Ainda assim, admito, dá para entender o porquê do filme estar fazendo tanto sucesso em solo americano. Ele fala de “patriotismo” de um herói do país que virou referência em um passado recente. Tudo que eles adoram, junto com muitas cenas de guerra e de virilidade.

A HISTÓRIA: Um tanque avança. Perto dele, outro veículo blindado e homens fardados, bem armados e atentos. Dando cobertura para o avanço da tropa está o franco-atirador Chris Kyle (Bradley Cooper). Ele reclama que o local sobre o que ele e o colega estão está quente demais. Os soldados vão entrando nas casas dando chute nas portas enquanto Chris acompanha tudo sem piscar. Ele vê um homem em um terraço usando o celular, mas não atira.

Só quando uma mulher sai com um menino de uma casa e passa para ele uma granada russa AKG é que ele deve decidir se atira ou não. Corta. Voltamos no tempo e vemos Chris quando ele era um garoto (interpretado por Cole Konis) e estava aprendendo a atirar com o pai, Wayne (Ben Reed). Naquela época é que ele aprende a nunca largar a arma e que ele deveria ser valente para proteger o irmão – e quem mais precisasse. O filme conta a história dele.

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso só recomendo que continue a ler quem já assistiu a American Sniper): Tem muitos filmes como este que começam promissor e depois… Não sei vocês, mas eu achei o começo de American Sniper muito interessante. Aquele atirador de elite com um menino na mira e tendo que decidir se puxaria o gatilho e não. Era praticamente certo que ele puxaria, e começar o filme assim forte seria interessante.

Mas aí o roteirista Jason Hall decidiu dar uma quebrada na narrativa, e nos explicar mais sobre aquele sujeito que estava com o dedo no gatilho. A ideia de voltar no tempo e fazer isso, vocês sabem, não é nada nova. Aqui, para a nossa sorte, a “contextualização” sobre o protagonista não demora muito para acontecer. Voltamos para a infância, inicialmente, que é quando as pessoas são formadas. Vemos como Chris Kyle foi “treinado”, a exemplo do irmão mais novo, Jeff (interpretado por Luke Sunshine quando criança e por Keir O’Donnell quando adulto), a não ser nem uma ovelha e nem um lobo. Os dois deveriam ser cães pastores.

Essa formação, dada de forma contundente pelo pai dos garotos, Wayne, foi bem aprendida por Chris Kyle. Tanto que o sujeito do interior dos Estados Unidos que gostava da ideia de ser cowboy mudou de ideia quando viu o país dele sendo “atacado” – quando do atentado na embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi, no Quênia. Ele fica mexido ao ver aquela notícia na TV e resolve que vai servir ao seu país, defendendo a nação e tudo o que ela representa para ele e para os demais dos inimigos externos.

Saído do Texas, ele vai procurar informações sobre como melhor poderia prestar serviços, e acaba sendo orientado a entrar no “grupo de elite”, os SEALS. Ele faz o duro treinamento, que é mostrado rapidamente – afinal, este não é o foco de Hall ou de Eastwood. Quando termina a preparação, ao comemorar em um bar com os colegas de uniforme, ele encontra Taya (Sienna Miller), com quem ele tem uma troca de diálogos surpreendentemente honesta. Daí que ela contraria a própria regra de namorar um SEAL e os dois acabam se casando.

Em uma bela manhã, destas em que você acorda e nem desconfia que tudo vai mudar por causa de um fato, o casal vê o atentado contra as Torres Gêmeas pela TV. Assim que Chris vai parar no Iraque em sua primeira missão. Bem aquela em que ele deve decidir entre atirar ou não em um menino. A partir daí, meus caros amigos(as), o que se segue são inúmeras missões de combate no Iraque. Como o filme tenta resumir, mas de maneira ligeira e superficial, cada vez que Chris voltou para casa ele não se sentiu totalmente “em casa”.

Como muito bem explorado e de forma mais competente em outras produções, este “herói” de guerra simplesmente não conseguiu desconectar dos tiros e das explosões. Não conseguia encontrar tanta graça na vida familiar, com mulher e dois filhos, quanto no calor da batalha em que ele tinha altas doses de adrenalina todos os dias. E onde ele era considerado “uma lenda”, onde ele era considerado o melhor.

O pequeno problema, pelo menos ao meu ver, nesta filosofia de Chris Kyle, é que ele era o melhor em matar gente. Pessoas que tinham as suas casas e de seus familiares invadidas quando desse na telha dos americanos. Pessoas que viram as suas realidades mudarem brutalmente porque alguns terroristas mataram milhares de americanos em diversos ataques.

Um dos pontos que me deixou mais perplexa na história de Chris é que a forma com que a narrativa é tratada dá a entender que por pouco aquele sujeito não teria sido um baita cowboy, e teria ficado feliz com aquilo. Por acaso ele parou na posição de “sniper” e acabou sendo muito bom naquilo também. Ao invés de montar touros, ele virou o recordista em matar gente – ele é o franco-atirador mais “letal” da história do Exército dos Estados Unidos.

Certo. Enquanto o filme ia avançando, e após aquela primeira cena promissora de impacto sobre a morte do garoto ter esvaziado – a volta atrás na história de Chris acaba tendo este efeito de minimizar a tensão a quase zero -, fiquei o tempo todo esperando que o filme melhorasse. Eu pensava: “ok, em algum momento esta história tem que mostrar a que veio”. Fiquei esperando, acompanhando a narrativa, esperando… e nada.

O filme era aquele mesmo. Uma “cinebiografia” do franco-atirador que mais matou gente na história do Exército americano. Da mesma forma com que o roteiro de The Theory of Everything (comentado aqui) se mostrou raso, este trabalho de Hall também é unidimensional. O protagonista é o herói, e nada pode questionar isso. Nem ninguém. Do início ao fim ele é um “cara comum” do Texas que é “bem criado” a defender os valores do país e cuidar “de seus irmãos” que acaba sendo um ótimo pai de família – depois de vencer a dura tarefa de retornar para a vida comum – e um militar exemplar. Em todas as missões no Iraque ele deu de tudo para proteger os colegas.

Lá pelas tantas, mais na reta final do filme, ele acaba falando para um psicólogo que não se arrepende de nenhuma morte, e sim de não ter protegido mais os seus colegas de Exército. Em American Sniper não existe espaço para dúvida. Nem para refletir se tanta morte nos levou a algum lugar. O mundo está mais seguro hoje? Adiantou Chris ter matado tanta gente no Iraque? Essas são perguntas que passam ao largo deste filme.

Chris é um herói, e o filme mantém e propaga esta ideia. A parte desta limitação do roteiro, Eastwood segue firme na direção. Ele faz um excelente trabalho, especialmente nas cenas de ação. Fora a promissora sequência inicial envolvendo a morte do garoto, gostei muito da sequência final da tempestade de areia. Impossível não ficar tenso ou torcer para o “herói” naquele sprint final. Pura técnica do Sr. Eastwood.

O maior problema mesmo, para mim, é o filme ser tão fiel ao livro de Chris – ele lançou a obra American Sniper em janeiro de 2012. Nela, evidentemente, ele narra não apenas as suas quatro missões, mas também defende aquela visão de mundo de “todas as mortes foram justificadas”. Os Estados Unidos é o melhor país do mundo e vale tudo para defendê-lo. Os outros são os outros.

Complicada essa mensagem, não? Entendo os americanos adorarem o filme. Mas qualquer outra nação ter a mesma leitura é quase impossível. É admirável a autoestima e a valorização dos símbolos e da cultura nacional que os Estados Unidos tem. Mas muitas vezes isso tudo transpassa a barreira do razoável e vira arrogância, soberba, violência não importa contra quem. Estes, para mim, são os problemas deste filme. Não dá para analisar apenas os aspectos técnicos, como ele é bem feito, sem pensar na mensagem. E esta, meus amigos, é muito rasa e incomoda.

Por tudo isso, não consigo enxergar American Sniper como um dos grandes filmes de 2014. Se o meu voto valesse algo, ele não teria sido indicado a Melhor Filme no Oscar. Acredito que a força dos nomes envolvidos no projeto, inclusive os produtores, fez com que ele fosse selecionado. Mas ele está longe de ser o melhor do ano passado ou de ser marcante ao ponto de ser lembrado por muito tempo. Há filmes sobre guerra muito melhores.

NOTA: 7.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Além da direção firme de Clint Eastwood, este filme tem pelo menos mais uma qualidade: a entrega de Bradley Cooper. Todas as mulheres, acredito, sempre acharam ele gato. Bem vestido, interessante, sempre com aquele sorriso desconcertante. Mas em American Sniper, pela primeira vez, ele parece ter amadurecido como ator. Esqueça comédias bobocas e filmes em que ele é o galã. Aqui ele tomou corpo – para valer – em todos os sentidos. Ele está mais concentrado, mais focado, e encontrou um papel de adulto, saindo-se muito bem na missão. Para mim, é o papel de amadurecimento do ator. Ainda assim, devo dizer, não acho que era para tanto dele ser indicado ao Oscar. De qualquer forma, como vocês lerão abaixo, acho que ele não tem chances de ganhar.

Por ser um filme com muitas cenas de invasão de casas, tiroteios e ação, claro que diversos aspectos técnicos se destacam. Para começar, um ótimo trabalho o de Tom Stern na direção de fotografia. Depois, destaque para a edição de Joel Cox e Gary Roach; para a maquiagem do grupo de 11 profissionais liderados por Luisa Abel e Patricia DeHaney; para os 33 profissionais envolvidos no departamento de som; para os nove que, coordenados por Brendon O’Dell, responderam pelos efeitos especiais, e para as dezenas de profissionais (cansei de contar a longa lista) responsáveis pelos efeitos visuais.

O destaque do filme é realmente Bradley Cooper. Mas gostei muito, também, da atriz Sienna Miller – ela fica totalmente diferente morena. Nem a reconheci. Mas ela está ótima. Além deles, merecem ser citados, em papéis secundários: Reynaldo Gallegos como Tony; Kevin Lacz como Dauber; Jake McDorman como Biggles; Eric Ladin como Squirrel; Luke Grimes como Mark Lee; Tim Griffin como o coronel Gronski; Luis Jose Lopez como Sanchez; Brian Hallisay como capitão Gillespie; Erik Aude como Thompson – todos desta sequência/listas como colegas de farda de Chris; Sammy Sheik como Mustafa, o franco-atirador do lado inimigo e alvo a ser batido por Chris; Navid Negahban como o sheik Al-Obodi; e Mido Hamada como The Butcher/O Açougueiro.

O roteiro de Jason Hall foi baseado no livro American Sniper escrito por Chris Kyle, Scott McEwen e James Defelice. Neste caso, o roteirista escolheu ficar centrado totalmente no livro, sem adicionar muitas outras informações ou pontos de vista que surgiram após o lançamento da obra.

American Sniper estreou em novembro no AFI Fest. Até o momento esta produção não participou de nenhum festival. Apesar disso, ela tem no currículo seis prêmios e 23 indicações – incluindo seis indicações ao Oscar 2015. Entre os prêmios que recebeu, destaque para o de Melhor Diretor para Clint Eastwood no National Board of Review, que também colocou American Sniper como um dos 10 melhores filmes de 2014.

Esta produção foi rodada no Marrocos e em diferentes lugares da Califórnia, como Los Angeles, Oceanside (o pier onde Chris anda com Taya na parte inicial do filme) e o O’Malleys Pub, em Seal Beach.

Agora, aquelas curiosidades clássicas sobre o filme. Como dá para suspeitar vendo Bradley Cooper em cena, o ator ganhou 18 quilos para fazer este papel. Para isso, ele chegou a consumir 8.000 calorias por dia. Para ganhar musculatura, ele trabalhou com um treinador quatro horas por dia por diversos meses. A preparação incluiu também aulas duas vezes por dia com um treinador vocal, para que ele falasse parecido com Chris. Para utilizar bem um rifle, ele teve aulas com Kevin Lacz, um Navy SEAL que serviu com Chris e que foi consultor do filme.

Cooper ficou obcecado com parecer fisicamente com o retratado. Tanto que ele passou a levantar peso – aquela cena em que ele trabalha com pesos fortes é real.

Antes de Eastwood ficar com o filme, os diretores David O. Russell e Steven Spielberg foram cogitados para dirigir o projeto.

Durante o filme, tive uma sensação estranha. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Há uma cena em que Chris segura o bebê no colo ao conversar com a mulher e eu pensei: “Essa criança está parecendo demais um boneco? Eles realmente usaram um boneco no filme?”. Pois sim, meus amigos. E isso, aparentemente, rendeu muitos comentários nos Estados Unidos. Os produtores justificaram a cena dizendo que dois bebês tinham sido escalados para aquela gravação, mas um estava doente e o outro não apareceu. Daí eles optaram pelo boneco.

No primeiro final de semana de estreia de American Sniper nos cinemas dos Estados Unidos o filme bateu um recorde para um final de semana de estreia em janeiro, conseguindo US$ 105 milhões. Impressionante.

Bradley Cooper teria falado uma vez com Chris Kyle por telefone antes do ex-militar ser morto. A conversa teria durado dois minutos. Para fazer jus ao “herói” americano, Cooper dedicou oito meses de preparação para o papel.

No melhor estilo “velho oeste”, resgatando a própria tradição de filmes western, Eastwood preparou uma cena de duelo entre os snipers Chris Kyle e Mustafa. Mas ainda editado de maneira que pareça um duelo, na verdade o confronto não teve essa lógica. Afinal, Chris tinha Mustafa na mira, muitos e muitos metros a distância, enquanto o inimigo não tinha a mesma oportunidade/visão.

Clint Eastwood deu uma de Hitchcock em uma breve cena deste filme. Após a cena no bosque, em que Chris ainda criança acerta um veado, o diretor faz uma aparição ao entrar na igreja em que está a família do protagonista. Bonitinho!

O assassino de Chris Kyle justificou o crime porque ele estaria passando por uma grave PTSD (transtorno de estresse postraumático) após ter lutado no Iraque. Mas a viúva de Chris não admite esta justificativa. Segundo este texto do Daily Mail inglês, Eddie Ray Routh, que teria matado Chris em um campo de treino, teria afirmado para a irmã que havia “trocado a sua alma por um caminhão novo”.

American Sniper teria custado US$ 58,8 milhões e faturado, apenas nas bilheterias dos Estados Unidos, pouco mais de US$ 154 milhões. Nos outros países em que já estreou o filme fez mais US$ 26,5 milhões.

Os usuários do site IMDb deram a nota 7,7 para esta produção, enquanto que os críticos que tem os seus textos linkados no Rotten Tomatoes dedicaram 147 críticas positivas e 56 negativas para o filme, o que lhe garante aprovação de 72% e uma nota média de 6,9.

Fiquei curiosa para saber um pouco mais sobre o protagonista deste filme. Encontrei este artigo interessante de Dorrit Harazim sobre Chris Kyle, que teria matado pelo menos 160 iraquianos – colegas dele estimam algo em torno de 255 mortes. Concordo com ele na leitura de que este herói americano não entendeu nada. Também interessante este texto do Men’s Journal sobre o Chris Kyle controverso, que teve vários atos questionáveis – e não apenas exemplares como o filme quer nos fazer acreditar.

Como dá para imaginar, esta é uma produção 100% dos Estados Unidos. Por isso mesmo, ela entra na lista de filmes deste país que aparecem como resposta a uma votação feita aqui no blog. 🙂

CONCLUSÃO: Francamente, eu esperava muito mais de American Sniper. Não apenas porque ele é dirigido pelo veterano Clint Eastwood. Que esse sim entende de cinema. Mas porque acho que desde The Hurt Locker a guerra não deveria mais ser vista da forma tradicional. Aqui, infelizmente, ela é. E isso é frustrante. Para este filme de Clint, existe claramente um lado bom, um lado justo e que faz sentido, enquanto o outro lado não tem voz e nem argumento. Visão simplista, mais uma vez. Uma pena. Minha nota, se fosse outro diretor por trás de American Sniper, seria ainda menor. Mas respeito demais o Clint para dar-lhe menos que 7. De qualquer forma, para mim, este filme está longe de ser um dos melhores de 2014. Bem feito, verdade. Mas tantos outros filmes vazios são bem feitos… Dá para dispensá-lo sem culpa.

PALPITES PARA O OSCAR 2015: Como American Sniper teve fôlego de chegar a ser indicado ao Oscar, eu acreditava que veria algo diferente na telona. Mas não. Antes de assistir ao filme, até achava que ele poderia ter alguma chance aqui e ali. Agora, se ganhar, será muito mais por lobby do que por mérito.

Esta produção está indicada em seis categorias do Oscar: Melhor Filme, Melhor Ator para Bradley Cooper, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som. Sem dúvida alguma que nas três primeiras categorias o filme tem chance alguma. Pelo menos se o Oscar deste ano fizer alguma justiça. Esta não é a melhor produção de 2014, como eu comentei antes. Bradley Cooper também não é páreo para Eddie Redmayne, que acredito ser o favorito, Michael Keaton ou Benedict Cumberbatch, os únicos que podem tirar a estatueta de Redmayne.

Na categoria de Melhor Roteiro Adaptado, sem dúvida The Imitation Game é muito melhor. Mesmo The Theory of Everything, com a sua leitura relativa da história de Stephen Hawking, é um trabalho mais encorpado. Ainda não assisti a Inherent Vice e Whiplash para poder opinar sobre estes dois. As únicas categorias em que American Sniper tem alguma chance seriam nas três técnicas. Mas em Melhor Edição, meu voto ficaria entre Boyhood e The Grand Budapest Hotel. Não é aí que American Sniper ganharia.

Em Melhor Edição de Som, a parada é dura. Não vi a Interstellar, mas imagino que esta deve ser uma qualidade da produção. Das que assisti, acho The Hobbit: The Battle of the Five Armies melhor que American Sniper. E em melhor Mixagem de Som, meu voto iria para Unbroken. Bem, amigos, para os meus critérios, está difícil para o filme de Clint. Para mim, ele é a zebra do ano.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 20 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing e, atualmente, atuo como professora do curso de Jornalismo da FURB (Universidade Regional de Blumenau).

6 respostas em “American Sniper – Sniper Americano”

O ator Seth Rogen “twittou” que American Sniper lembrou a cena do filme Bastardos Inglórios, quando é exibido o filme alemão com um famoso sniper nazista, mas após sofrer diversos insultos virtuais Rogen se desculpou por tal declaração.
Concordo com você, e de fato American Sniper é totalmente dispensável. E na minha opinião não alcança nada além da observação de Rogen citada acima.
Apesar do roteiro não ser dele, não esperava que a direção de Clint caminhasse para essa proposta do mocinho x bandido, inclusive tendo um sniper rival, que embora baseado no ex-atleta olímpico da síria, é apenas citado em um paragrafo da biografia de Kyle. E falando no cine biografado, Cooper faz um competente trabalho, mas como toda produção muito longe de ser um dos melhores do ano.
Alguns filmes recentes trouxeram algumas histórias da guerra dos EUA contra o “terrorismo”, como você bem escreveu, a produção de Kathryn Bigelow em The Hurt Locker, e ainda acrescento Zero Dark Thirty ainda trazem um tipo de reflexão e interrogações sobre essa guerra, bem diferente de American Sniper que reproduz apenas o espírito do cinema western americano.
Grande abraço

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