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Still Alice – Para Sempre Alice


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Você acredita que tem a sua vida sob controle e, sem nenhum aviso, essa segurança se esvai. Não gostamos de lembrar disso, mas a verdade é que todos nós estamos sujeitos a mudanças radicais de nossos planos de uma hora para a outra. Somos mortais, e podemos desaparecer da face da Terra sem o menor aviso. Still Alice fala da fragilidade da vida, das escolhas que fazemos e de como as pessoas ao nosso redor reagem quando toda aquela fortaleza que parecemos ter é abalada. Filme sensível, com ótimas atuações e com um roteiro irretocável. Faz lembrar muito a vida real, suas nuances, fragilidades e lições.

A HISTÓRIA: Alice Howland (Juliane Moore) comemora o aniversário com o marido e os filhos em um restaurante. A filha mais velha, Anna Howland-Jones (Kate Bosworth) é a primeira a entregar para a aniversariante o presente. O marido de Anna, Charlie (Shane McRae) comenta que a sogra não parece ter 40 anos, muito menos 50. Ela agradece, educada, assim como diz ter amado o presente, e cumprimenta o filho que chegou atrasado, Tom (Hunter Parrish). Ele diz que esqueceu o presente no hospital, e começa a contar para o pai, John (Alec Baldwin), e os demais sobre a última ocorrência no trabalho. O clima é bom, mas fica no ar que Anna gosta de competir com os irmãos. Corta.

Alice é convidada para dar uma palestra em Los Angeles, e no meio da apresentação, esquece da sequência do que estava falando. Ela brinca que não deveria ter tomado uma champagne. Sem fazer alarde ou comentar com alguém da família, contudo, ela procura ajuda médica porque está tendo diversos esquecimentos. A partir desta ponto, a vida dela e da família muda definitivamente e de forma muito rápida.

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER –  aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Still Alice): Não há tempo a perder. Nem na vida, nem neste filme dirigido e escrito por Richard Glatzer e Wash Westmoreland. Os desavisados podem até perder as primeiras interações da família central desta produção porque os realizadores abriram mão daqueles tradicionais créditos iniciais para entrar logo na ação.

Não é por acaso aquela cena inicial. E vamos entendê-la melhor conforme a história vai se desenvolvendo. No restaurante, no aniversário de Alice, todos estão felizes. Afinal, é mais uma volta ao Sol concluída da matriarca a ser comemorada. Mais um presente, mais um brinde, mais um atraso e um esquecimento com pedido de desculpas. Tudo parece se somar, como se colocássemos mais uma colherada de açúcar no café. De fato, a vida é uma soma de dias, de ações e de decisões e suas consequências. E ninguém pode adivinhar quando tudo isso vai por terra.

Então, de forma precisa e brilhante, Glatzer e Westmoreland, baseados na obra de Lisa Genova, entram na vida de Alice com pressa, mostram as relações familiares dela para, pouco a pouco, ir nos mostrando que há algo de errado na aparente normalidade. Na comemoração do aniversário, totalmente “do nada”, Alice confunde uma brincadeira feita pelo genro, Charlie, com a esposa, Anna, ao ironizar a rivalidade da irmã mais velha com a mais nova, a ausente naquela comemoração Lydia (Kristen Stewart), com a própria relação dela com a irmã falecida.

O equívoco, que poderia ser normal para qualquer pessoa, logo se soma a outros. Como a perda da linha de raciocínio quando ela se apresenta em Los Angeles, a convite de Frederic Johnson (Seth Gilliam). Inteligente também como, da cena do restaurante, quando percebemos o clima familiar da família Howland, logo entramos no ambiente universitário, a segunda prioridade na vida de Alice – ela é centrada na família e na carreira, essencialmente. Através de Johnson, ficamos sabendo que Alice não é uma professora ou pesquisadora qualquer. Ela é uma doutora em sua área, e foi a mais jovem professora de linguística na Universidade de Columbia.

Ela é uma mulher impressionante. Escreveu um livro que posteriormente seria usado como referência na área de linguística enquanto criava três filhos. Em casa, ela não era a única centrada no trabalho. Aparentemente o marido dela, John, era tão ou mais obcecado pela carreira. Ela é centrada, objetiva e competitiva.

Por isso mesmo, por achar que a vida depende muito do esforço próprio de cada indivíduo, ela fica incomodada com a filha mais nova em uma carreira tão instável quanto a do teatro. As duas tem um certo conflito quando se encontram após a palestra de Alice em Los Angeles. Mas nada que signifique rompimento ou situações mais constrangedoras – apenas a tradicional diferença de visões de quem está começando a fazer a carreira e de quem já tem mais vivência.

Pois bem, há alguns elementos lançados por Glatzer e Westmoreland que nos fazem duvidar sobre o fluxo da rotina de Alice, mas a dúvida maior surge mesmo quando ela se perde no meio de uma corrida. Como o filme não enrola, pelo contrário, costuma ir direto ao ponto, a exemplo da protagonista, o suspense logo vai ao solo. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Alice procura um neurologista para tentar entender o que está acontecendo. Ela diz que começou se esquecendo de algumas palavras mas que, agora, já vive momentos em que se sente totalmente perdida.

Sem apressar o passo, mas sem enrolar muito, o médico vai progressivamente descartando opções até que surge o diagnóstico: alzheimer precoce. Um tipo muito raro, genético. Perto do diagnóstico, Alice envolve o marido. Entre a primeira consulta e aquela com o veredicto, ela aguenta tudo sozinha. Tem medo, parece, de falar em alto e bom som que talvez ela tenha que parar de fazer o que sempre fez. Compreensível.

A pior parte do diagnóstico, contudo, surge quando o médico Dr. Benjamin (Stephen Kunken) afirma que são grandes as probabilidades dos três filhos de Alice também serem portadores da doença. Julianne Moore, uma das grandes da sua geração – ou talvez a maior -, representa muito bem toda a aflição e a dor pré e pós-diagnóstico. Ela realmente está mortificada pelos filhos talvez terem a mesma doença. No fim das contas, uma tem, outro não, e a terceira resolve que não quer fazer o teste.

A progressão da doença, seus sintomas e dificuldades é muito rápida. De acordo com o médico, em tipos raros de alzheimer como aquele, e em pessoas mais intelectualizadas, a evolução da doença costuma ser mais rápida. É isso o que acontece. Mas o filme não foca apenas na tragédia, nas perdas que Alice vai sofrendo – de memória, de foco, de consciência de si mesma e dos demais. Still Alice tem a honradez de, especialmente, mostrar a batalha desta mulher por seguir tendo uma vida digna.

Um elemento adicional interessante e que é lançado logo após o diagnóstico, ao comunicado consequente para toda a família e às críticas que vão surgindo por parte dos alunos para o trabalho de Alice – a primeira de muitas partes cruéis mas bem realistas do filme -, é como a protagonista, sempre tão racional, procura controlar o próprio fim.

Primeiro, de forma muito corajosa, ela vai sozinha pesquisar um local em que ela poderia ficar internada quando a doença avançasse. Claramente ela não se sente confortável com o que vê, e decide deixar um vídeo para si mesma, para que ela assista quando não conseguir mais responder a algumas perguntas básicas sobre ela própria, sugerindo um final extremo e solitário. Mas, com aquele final planejado, ela terá mantido o controle – algo que para ela sempre foi importante – e não terá sido um “fardo” para ninguém.

De arrepiar a cena em que ela grava a mensagem para si mesma. O interessante deste recurso narrativo é que o espectador sabe daquele “perigo”, mas vai mergulhando na história de Alice até que o tema volta à tona. E de forma dramática. Mais um acerto do roteiro. Alice vai piorando, e o marido, a pessoa mais próxima dela, não reage como esperamos. Pelo contrário. Ele é frio, distante, e decide seguir a vida como se nada tivesse acontecido. John segue muito focado no trabalho, talvez até mais que antes.

Os filhos mais próximos de Alice também não se envolvem muito com ela. Anna está mais preocupada em engravidar e buscar, através da Medicina, minimizar as chances dos filhos dela terem o mesmo gene da doença precoce de Alzheimer. Tom é uma figura que parece refletir o pai, muito ocupado também com o trabalho. Lydia, mesmo em outra cidade, é a única que acaba sendo mais próxima. Volta e meia ela fala com a mãe pelo Skype e, quando está perto dela, realmente se importa e pergunta como está a mãe, o que ela está sentindo e passando.

Claro que na vida real muitas pessoas agem daquela forma. Elas parecem não se importar porque estão em processo de negação do problema. Mas eu considero que isso é compreensível por alguns dias, talvez um par de semanas, mas que depois as pessoas saem do círculo egoísta da autopreservação para olharem com maior generosidade e delicadeza para aquela pessoa que elas dizem amar. Por isso mesmo, por mais que as atitudes de Anna, Tom e John sejam reflexo de atitudes reais de pessoas muito centradas no êxito e no sucesso e pouco afeitas aos problemas e ao “fracasso”, fica difícil de engolir que eles agiram de forma tão egoísta por tanto tempo.

Essa é a única parte do filme com a qual eu tenho um pouco de ressalvas. Porque certo que Lydia era a mais próxima da mãe e, com veia artística, a mais sensível da família. Ainda assim, parece um pouco forçado os outros três entes próximos de Alice agirem de forma tão cretina e egoísta – especialmente John. Eu já não vou muito com a cara do ator Alec Baldwin e ainda ele faz um papel tão repugnante! Impossível não ficar indignada com ele durante o filme. Por grande parte da produção achei que ele poderia ter uma amante, e ter continuado com ela apesar da doença de Alice, mas acho que isso não aconteceu porque nada é mostrado na produção.

De qualquer forma, e voltando para o argumento anterior, achei que ficou um pouco forçado os três serem uns cretinos para que fosse ainda mais valorizado o bom exemplo de Lydia. Acho que um dos outros filhos, ao menos, Anna ou Tom, poderiam ter se aproximado mais, em algum momento, para tornar a história um pouco mais crível. Mas assim, este é um pequeno detalhe.

Há cenas cruéis na produção, como a falta de compreensão, paciência e generosidade com Alice por parte de seus familiares, mesmo com ela estando em uma doença tão difícil. Depois, acredito que poucas enfermidades sejam tão complicadas quanto o alzheimer. Uma pessoa perder a lucidez completamente é uma situação. Mas alguém inteligente e capaz viver em uma gangorra, tendo dias de quase normalidade e dias em que a pessoa se sente completamente perdida, deve ser terrível. Acho difícil alguém não conseguir se colocar no lugar de Alice – mérito da ótima atriz Julianne Moore que consegue, em mais este filme, nos aproximar muito da personagem que ela está interpretando.

Racional, Alice faz um discurso quase científico quando é convidada para falar sobre a doença em um congresso. Lydia a questiona, sugerindo que ela escreva um discurso mais pessoal. Afinal, as pessoas querem saber o que uma pessoa enfrenta ao ter uma doença como aquela.

No início, Alice se aborrece, porque passou um trabalhão para conseguir escrever aquele texto. Mas para nossa surpresa, ela acaba cedendo ao que a filha disse – e faz um discurso inesquecível, um libelo à vida, à luta que ela estava travando e a tudo que importa. Um dos grandes momentos do filme. Outro grande momento é o final. Não imagino outro desfecho tão perfeito. Afinal, Still Alice é um filme sobre amor. À vida e às relações que vamos construindo passo após passo. Lindo.

NOTA: 9,5.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Julianne Moore é uma atriz divina. Ela estrelou pelo menos dois dos meus filmes favoritos de todos os tempos: Magnolia e The Hours. Mas não é porque ela tem talento acima da média, que ela faz só papéis bons. Não. Volta e meia ela entra em algum filme de segunda categoria. Isso porque ela trabalha, e muito.

Aos 54 anos – fará 55 em dezembro -, ela tem 76 produções no currículo (sendo que duas estão em fase de pós-produção e uma em pré-produção). Apenas no ano passado, para vocês terem uma ideia, ela esteve envolvida em cinco filmes. Foi, sem dúvida, um dos anos mais produtivos da atriz – apenas em 1999 e em 1997 ela tinha feito outras cinco produções em cada ano. Em muitos outros anos a média dela de trabalho é de quatro filmes.

Sem dúvida ela dá um show em Still Alice. Impressionante ver como ela começa e termina a produção. Sempre firme na interpretação, convencendo em cada momento. Julianne Moore conquistou, até o momento, 97 prêmios na carreira, e foi indicada a outros 103 prêmios – incluindo a indicação a cinco Oscar’s. Talvez, este ano, ela finalmente leve uma estatueta para casa. Seria muito, mas muito merecido. Minha torcida, desde já, é por ela.

Apenas uma outra atriz, acredito, seja mais deslumbrante que Julianne Moore: a imbatível Meryl Streep. A atriz estará, mais uma vez, no Oscar deste ano, sendo indicada e, provavelmente, “zoada” com as tradicionais piadas sobre ela estar concorrendo mais uma vez. Meryl Streep tem impressionantes 167 prêmios no currículo – incluindo três Oscar’s – e foi indicada a outros 242 prêmios. Uma mulher formidável e atriz espantosa.

Mas voltemos para Still Alice. 🙂 Além de Julianne Moore, o outro nome de destaque da produção é Kristen Stewart. No início, ela parece encarnar mais um papel de “garota estranha”. Olhar quase sempre para baixo, jeito meio de bicho acuado. Mas daí, pouco a pouco, ela parece que vai se soltando. E no final, faz uma dobradinha muito bacana com Julianne Moore. A garota se sai bem, e tem potencial para crescer ainda mais na interpretação nos próximos anos.

Da parte técnica do filme, sem dúvida alguma os principais elogios vão para o ótimo roteiro e para a direção fluída e muito acertada da dupla Richard Glatzer e Wash Westmoreland. Eles acertam na cadência da história e em não fazer os espectadores perderem tempo. Não existe tédio e nem momento de fluxo mais lento na história. E mesmo quando o silêncio predomina, é para que a interpretação de quem está em cena aflore com todo o seu esplendor. Como diretores, eles tem o cuidado de acompanhar de perto sempre os atores, sem esquecer de mostrar o contexto em que eles estão inseridos. Belo trabalho.

Outros elementos interessantes da produção são a direção de fotografia de Denis Lenoir e a trilha sonora pontual e emotiva de Ilan Eshkeri. Também gostei do trabalho de edição de Nicolas Chaudeurge, muito preciso e detalhista. O tom realista é reforçado pelas ótimas escolhas de Susan Perlman na decoração de set e de Tommaso Ortino no design de produção.

Para ajudar a mostrar a mudança rápida e marcante de Julianne Moore, muito importante o trabalho da equipe de sete profissionais envolvidos com o cabelo e a maquiagem.

Still Alice estreou em setembro de 2014 no Festival Internacional de Cinema de Toronto. Depois, o filme participaria ainda de outros oito festivais. Três estão na agenda ainda para acontecer: Festival de Cinema de Glasgow, no dia 21 de fevereiro – véspera do Oscar -; Festival de Cinema de Kamloops e Festival de Cinema de Belgrado, ambos em março deste ano. Nesta trajetória o filme ganhou 24 prêmios e foi indicado a outros 15 – incluindo um Oscar.

Destes 24 prêmios, 15 foram para a atuação de Julianne Moore. Alguns destes prêmios que a atriz recebeu são bem importantes, como o Globo de Ouro de Melhor Atriz – Drama; Melhor Atriz no Prêmio BAFTA; Melhor Atriz pelo Screen Actors Guild Awards; e Melhor Atriz pelo National Board of Review.

Still Alice foi totalmente rodado em Nova York.

Pequena consideração adicional sobre esta produção. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Há quem argumente que o marido de Alice seguiu levando uma vida normal e “alienada” aos problemas da mulher por culpa dela. Ou seja, que por ela ser uma mulher tão independente, inteligente e autossuficiente, ela acaba afastando as pessoas. Gente que, como John, não sabia que a mulher também era frágil e precisava ser amada e cuidada. Ah, por favor! Sério mesmo que uma mulher independente assusta e engana tanto assim? Vamos e venhamos, somos todos humanos. Logo, frágeis, mortais, passíveis de acertos e de erros. E todos nós gostamos de ser respeitados, cuidados e, principalmente, amados. Nada justifica a frieza, a crueldade e a covardia de John. Ainda que dê “para entender”, como quase dá para entender tudo nesse mundo. Outra coisa é aceitar.

Agora, algumas curiosidades sobre o filme: o diretor Richard Glatzer sofre de ALS (Amyotrophic Lateral Sclerosis ou, na tradução, Esclerose Lateral Amiotrófica) e, por causa disso, não pode falar. Para se comunicar durante as filmagens, ele utilizou um aplicativo “text to speech” – destes que converte texto em voz – do iPad.

Foi Julianne Moore que sugeriu que o papel de John fosse feito por Alec Baldwin. Isso porque os dois atores queriam trabalhar novamente. Desculpe a atriz, mas eu preferia outro ator em cena. 🙂

Still Alice foi rodado durante 23 dias e fora da ordem cronológica.

De acordo com a autora do livro no qual o filme é inspirado, Lisa Genova, antes de Alice ser interpretado por Julianne Moore, o papel foi oferecido para Michelle Pfeiffer, Julia Roberts, Diane Lane e Nicole Kidman, mas todas acabaram recusando o papel. Ainda bem que Julianne Moore o aceitou. Ficou em excelentes mãos!

Richard Glatzer tem apenas cinco trabalhos como diretor – ele estreou no ofício em 1993, com Grife. Depois, ele voltaria a dirigir um longa apenas em 2001, com The Fluffer. Até o momento ele ganhou oito prêmios e foi indicado a outros dois. Wash Westmoreland soma mais filmes no currículo como diretor: 18 no total. Ele começou com o curta em vídeo Squishy Does Porno, de 1995, e faria o primeiro longa em 2001. Justamente The Fluffer, junto com Glatzer. Certamente o trabalho mais conhecido da dupla antes de Still Alice foi o filme Quinceañera, de 2006.

Não encontrei informações sobre os custos estimados de Still Alice. Mas vi que até o dia 16 de janeiro o filme tinha feito pouco menos de US$ 2,6 milhões nas bilheterias dos Estados Unidos. Uma miséria. Infelizmente. Espero que no resto do mundo o filme se saia melhor – ou mesmo com a possível vitória no Oscar 2015.

Os usuários do site IMDb deram a nota 7,5 para o filme. Uma boa nota, levando em conta a média do site, mas assim eu acho que a avaliação poderia ter sido melhor. Os críticos que tem os seus textos linkados no Rotten Tomatoes dedicaram 91 textos positivos e 11 negativos para o filme, o que lhe garante uma aprovação de 89% – e uma nota média de 7,5. Um raro empate entre a avaliação de público e crítica.

Still Alice é uma coprodução dos Estados Unidos com a França.

CONCLUSÃO: O tema da fragilidade humana já foi explorado por diversos filmes. E será explorado por muito tempo ainda. Talvez por ser um dos temas mais importantes e fascinantes que existem, já que ele é carregado de ensinamentos. Mas diferente de outros filmes do gênero, Still Alice nos remete a uma doença assustadora, e fala muito sobre o preparo que alguns tem e outros não para enfrentar a fragilidade de alguém próximo – e, consequentemente, perceber a própria mortalidade. Tocante, atencioso nos detalhes, com duas grandes atrizes encabeçando o elenco, Still Alice é uma destas produções que faz pensar. E que emociona, de maneira singela e com alguns grandes momentos. Um filme que vale a pena conferir e pensar sobre ele.

PALPITES PARA O OSCAR 2015: Still Alice foi indicado a apenas um Oscar, o de Melhor Atriz para Julianne Moore. Para muitos, ela é a favorita. Até porque recebeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz – Drama. Ela recebeu, como eu comentei acima, nada menos que 15 prêmios por este papel. De fato, ela está divina. Como Meryl Streep, mas claro que dois degraus atrás da recordista em indicações ao Oscar, Moore está um patamar acima da média das atrizes de sua geração e, possivelmente, de outras gerações também. Ela é divina e, certamente, merece um Oscar.

Ainda preciso assistir às outras atrizes que estão concorrendo nesta categoria este ano. Vi apenas a Felicity Jones, por The Theory of Everything e, sem dúvida, em um embate entre as duas, Moore leva vantagem. Mas desconfio que Marion Cotillard esteja ótima em seu papel em Deux Jours, Une Nuite. Minha aposta neste momento seria de que Moore é favorita, mas que apenas Cotillard poderia tirar uma estatueta dela. Ainda estão na disputa Rosamund Pike e Reese Witherspoon. Inicialmente, não vejo chance para elas. Veremos…

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 20 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing e, atualmente, atuo como professora do curso de Jornalismo da FURB (Universidade Regional de Blumenau).

3 respostas em “Still Alice – Para Sempre Alice”

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