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Oscar 2021

E o Oscar 2021 foi para… (cobertura online e lista com todos os premiados)


Olá pessoal, buenas noches!

Vamos manter a tradição aqui do blog de acompanhar, a cada novo ano, a premiação da Academia de Arte e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

Em 2021, como não poderia deixar de ser, devido à pandemia de COVID-19 que mudou a rotina do mundo há pouco mais de um ano, teremos uma premiação diferente. Para começar, teremos apenas parte da premiação sendo entregue e/ou apresentada no tradicional Dolby Theatre do Hollywood & Highland Center, em Hollywood. Uma parte importante da premiação, inclusive o tapete vermelho, será feita na Union Station Los Angeles.

Além destes dois espaços físicos, em que parte da premiação será desenrolada, teremos diversas “locações” internacionais que serão conectadas via satélite para que vejamos indicados e, possivelmente, premiados na cerimônia desta noite ouvindo seus nomes e recebendo seus prêmios. Como audiência do programa, teremos pessoas de 225 países – incluindo a gente aqui no Brasil – acompanhando a cerimônia.

Diferente de outros anos, também tivemos uma divulgação prévia do que teremos na noite de premiação maior. Por exemplo, já sabemos todos que veremos em cena entre os apresentadores – normalmente eram divulgados apenas alguns nomes, deixando algumas aparições como surpresa. Neste ano não, sabemos todos que veremos apresentando alguma categoria ou momento da cerimônia.

Vejamos, então, os nomes que veremos em cena da lista de apresentadores: Riz Ahmed, Angela Bassett, Halle Berry, Bong Joon Ho, Don Cheadle, Bryan Cranston, Viola Davis, Laura Dern, Harrison Ford, Regina King, Marlee Matlin, Rita Moreno, Joaquin Phoenix, Brad Pitt, Reese Whiterspoon, Steven Yeun, Renée Zellweger e Zendaya.

Além dos apresentadores da cerimônia, já sabemos também quais serão as apresentações musicais da noite. Confiram: Celeste, H.E.R., Leslie Odom Jr., Laura Pausini, Daniel Pemberton, Molly Sandén e Diane Warren. Todos eles irão apresentar as cinco músicas que estão concorrendo na categoria Melhor Canção Original no Oscar 2021. Dentre todos estes nomes, certamente a apresentação de Laura Pausini é uma das que mais promete. Veremos quem mais vai se destacar.

Segundo os produtores do Oscar, uma performance será apresentada de forma remota, a partir de Húsavík, na Islândia, e as outro quatro serão apresentadas no Dolby Family Terrace que faz parte do Academy Museum of Motion Pictures em Los Angeles.

Comecei a acompanhar o tapete vermelho do Oscar a partir das 20h45 desta noite. Quem diria que, ainda em meio à loucura da pandemia de COVID-19, assistiríamos novamente ao tapete vermelho do Oscar e tudo o que ele significa. Grandes atores e atrizes, diretores e roteiristas, desfilando na frente das câmeras (este ano menos que em edições anteriores) com seus modelitos de grandes estilistas.

Segundo a galerinha que estava acompanhando o desfile das celebridades no tapete vermelho, a cor da noite, vejam só, foi o vermelho! 😉 Uma cor quente para enfrentar estes tempos gélidos e que nos dão esperança apenas pela vacina. Ainda, infelizmente, disponível para uma pequena parte da humanidade.

O que eu espero da noite de hoje? Bem, que a gente volte a lembrar um pouco dos “bons tempos”, quando a gente não tinha um vírus mortífero circulando por aí e matando uma parte importante da população. Que a gente veja muita gente bacana e que tenhamos alguns discursos idem. E, claro, que alguns dos grandes filmes do ano sejam reconhecidos. Vamos juntos acompanhar esse Oscar, um tanto atrasado e um bocado diferente? Bóra lá!

Da minha parte, mesmo assistindo a poucos filmes indicados neste ano, acredito que eu tenha visto a dois dos principais premiados. Aposto minhas fichas em Nomadland como Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado. E aposto em Druk como Melhor Filme Internacional. Para quem me acompanha há bastante tempo, sabe que estas são, para mim, as principais categorias de cada Oscar. Veremos se estou certa ou não sobre os premiados desta noite nas “categorias principais” (sob minha ótica).

Como sempre fazemos a cada ano, vou acompanhando a premiação e atualizando este post na medida em que os prêmios vão sendo divulgados, beleza? Interessante a abertura do Oscar 2021. Fizeram uma “abertura” do evento como se fosse a abertura de um filme, apresentando quem fará parte da cerimônia desta noite.

Regina King abriu a noite com seu discurso interessante, falando que muitos “desliga a TV quando parece que Hollywood está os doutrinando” para falar sobre a importância de manterem a premiação e, mais que isso, o amor pelo cinema pulsando.

Ela chamou a atenção para o fato que todos que estavam no mesmo ambiente, com mesas separadas, estavam sem máscara. Regina King citou que estão assim seguindo todos os protocolos, que incluem todos vacinados ou testados, e que fora do momento de gravação, todos usam máscara e seguem os demais cuidados indicados.

Na sequência, achei muito bacana que Regina King começou a apresentar a todos os roteiristas indicados da noite na categoria Melhor Roteiro Original. Uma das minhas categorias preferidas de todos os anos. E o Oscar de Melhor Roteiro Original foi para… Promising Young Woman.

Estou bem curiosa para assistir a esse filme, favorito para levar na categoria Melhor Atriz nesta noite também. Emerald Fennell subiu ao palco dizendo que não estava preparada para isso. Com sotaque escancaradamente inglês, ela disse que ingleses não choram e agradeceu a todos que participaram do projeto, dando destaque para o talento de Carey Mulligan – que pode ganhar sua própria estatueta logo mais.

Em seguida, Regina King destacou todos os roteiristas indicados na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. A cada indicado, a atriz e diretora destacava a trajetória dos roteiristas e os desafios pelos quais eles passaram. Vida real para todos. E o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado foi para… The Father.

Interessante, hein? Primeiro prêmio da noite perdido por Nomadland. Estou louca para assistir a The Father. Desconfio que o filme vai me desmontar. (Por favor, não me deem spoilers sobre ele). Mas achei muito bacana o filme ganhar este Oscar. Na verdade, os dois primeiros premiados da noite me parecem merecidos, mesmo sem ter assistido aos filmes, só pelo que ouvi falar deles.

Muito bacana o discurso do roteirista Florian Zeller. Além de agradecer a todos que fizeram o roteiro acontecer, ele fez uma homenagem linda a Anthony Hopkins, afirmando que ele é o melhor ator vivo na opinião de Zeller. Que lindo! Gostei demais do discurso dele. Fiquei com vontade de ver o que ele fez antes e, principalmente, de conferir The Father.

Florian Zeller, charmoso e com um belo discurso e, quase melhor que tudo isso, ele é francês! Admito que o cinema francês é um dos meus preferidos. Eles tem um olhar diferenciado. Estava vendo aqui que Zeller tem outros 13 prêmios no currículo e oito trabalhos como roteirista. Ainda que seus reconhecimentos tenham sido feitos com The Father, quero ver a algum dos seus filmes anteriores.

Na volta do intervalo, Laura Dern seguiu com a apresentação do Oscar 2021. Ela falou sobre a sua experiência na infância de ter assistido a um Filme Internacional. Na sequência, vimos trechos das produções indicadas nesta categoria neste ano. Minha categoria favorita de cada ano. Doida para assistir aos três filmes deste ano nesta categoria que eu ainda não assisti. O favorito da noite, sem dúvida, é Druk. E o Oscar de Melhor Filme Internacional foi para… Druk.

Sou suspeita para falar porque amo esse figura chamado Thomas Vinterberg. Grande diretor e roteirista. Vinterberg, em seu discurso, fala que sempre pensou no discurso que poderia fazer neste momento. Comentou também como Druk fala sobre não termos controle da nossa vida. Ele pode falar bem sobre isso, até porque perdeu a filha pouco antes de começar a rodar a Druk.

Que exemplo que este homem nos dá sobre a importância da arte e de seguir em frente, não importa o tamanho da dor e da perda. Uma mensagem importante para estes dias em que tantos estão perdendo tanto. Entre os agradecimentos feitos por Vinterberg, ele destacou os quatro astros do filme e, em especial, o gigante Mads Mikkelsen, que fez a interpretação da vida, segundo o diretor, não apenas na opinião dele, mas porque ele se dedicou pela filha de Vinterberg. Então ele começa a falar sobre a filha, Aida, e como ela faz parte do milagre chamado ele ter recebido um Oscar. Amo esse homem, sério!

Em seguida, Laura Dern apresentou a categoria Melhor Ator Coadjuvante. Ela comenta que a tradição de cada Oscar não será seguida porque, nesta categoria, assim como em todas de interpretação, o ganhador do ano anterior é quem apresentava esta categoria. Mesmo sem esta mudança de apresentadores, achei incrível a forma com que apresentaram os indicados, de uma forma muito mais intimista e pessoal. Muito bacana!

Até o momento, tenho achado a premiação desta noite surpreendente. Uma mudança de tom muito bacana e importante. Nos levando para perto dos roteiristas e dos atores, de cada realizador que faz o cinema existir. Uma pegada diferente e muito bacana. A cada indicado na categoria Melhor Ator Coadjuvante, o texto lido e comentado por Laura Dern trazia características importantes e interessantes dos indicados.

Dos cinco indicados da noite, apenas Sacha Baron Cohen estava de forma remota, a partir do estúdio de Boston. E o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante foi para… Daniel Kaluuya. Mais um que eu amo de paixão! Que lindo Daniel Kaluuya ganhando um Oscar tão jovem. Ele merece. Uma das grandes revelações dos últimos anos.

Daniel começou agradecendo a Deus e, depois, agradeceu a mãe. O discurso dele foi bastante emotivo. Ele seguiu agradecendo a quem permitiu que o filme acontecesse, fazendo uma menção especial a Lakeith Stanfield. Judas and the Black Messiah é outro filme que estou muito curiosa para ver. Em seu discurso, ele fez uma menção linda ao Panteras Negras e disse que o trabalho por mudas as coisas deve ser de todos. Daniel falou ainda que todos estarem ali, vivos, é algo incrível. E que ele voltará a trabalhar na terça-feira porque vai comemorar muito hoje. 😉

Na volta do intervalo, Don Cheadle comentou sobre a importância do trabalho de maquiagem e cabelo e apresentou os indicados na categoria Melhor Maquiagem e Cabelo. E o Oscar foi para… Ma Rainey’s Black Bottom. Super favorito nesta categoria. Assim como Druk na sua categoria e Daniel Kaluuya em Ator Coadjuvante. Até agora, poucas surpresas na premiação.

Na sequência, Don Cheadle apresentou os desafios e algumas características dos indicados em Melhor Figurino. Muito bacana esta contextualização apresentada pelo Oscar deste ano. Para quem ama o cinema entender melhor como os filmes são feitos e o trabalho que cada produção exige em cada mínimo detalhe. E o Oscar de Melhor Figurino foi para… Ma Rainey’s Black Bottom.

Dois prêmios para um dos poucos filmes que eu consegui assistir nesta temporada. De fato, tanto Maquiagem e Cabelo quanto Figurino são dois pontos altos do filme. Outra categoria na qual a produção deve se consagrar nesta noite é a de Melhor Ator, com um Oscar póstumo para Chadwick Boseman. Veremos se o previsto se concretiza.

Na volta de mais um intervalo, o grande Bryan Cranston apareceu em cena no Dolby Theater para apresentar o Prêmio Humanitário da noite. Ele falou sobre como tantas vidas foram destruídas e sobre a importância de unir forças para seguir em frente. O ano era 1921, e ele fala sobre o surgimento de uma fundação que foi criada para ajudar pessoas da indústria que precisassem de ajuda.

Em 2021, com a pandemia de COVID-19 desafiando o mundo novamente, a MPTF (The Motion Picture & Television Fund) estava preparada para agir e apoiar quem precisava mais uma vez. Muito bacana o discurso de apresentação e a escolha do MPTF – que fiquei conhecendo na noite de hoje. Como quem recebeu o prêmio mesmo comentou, esta foi a primeira vez que uma organização, e não uma pessoa, recebeu o Prêmio Humanitário Jean Hersholt entregue pela Academia. Bacana abrirem espaço na premiação para mostrar um dos prêmios menos conhecidos e dar espaço para outras causas serem mostradas nesta noite tão celebrada.

Na sequência, Bryan Cranston comenta sobre o Oscar de 2020, que fez história com Parasite. Chamando Bong Joon Ho direto de Seul, acompanhamos o grande diretor apresentando a categoria de Melhor Direção. Ele comenta que é difícil dar uma resposta curta para a pergunta sobre “o que é ser um diretor”.

Interessante a dinâmica que veio na sequência. Bong Joon Ho disse que perguntou para os cinco indicados como eles responderiam o que é ser diretor em 20 segundos caso uma criança tivesse lhes perguntado isso. Então vimos as respostas pessoais de cada um dos indicados desta noite. Que tesão essa dinâmica do Oscar! Muito especial, realmente.

Será que o Oscar nesta categoria irá para o favorito? Ou seja, para Nomadland? Veremos… E o Oscar de Melhor Direção foi para… Chloé Zhao, de Nomadland. Vivaaaaaa! Ela merece. E muito! Que lindo uma mulher diretora recebendo o Oscar. Uma das poucas da história. O trabalho dela é realmente incrível em Nomadland. Linda!

Chloé Zhao disse que tem pensado em como ela segue em frente quando as coisas ficam difíceis. Ela disse que cresceu na China e que memoriza histórias quando era criança. Ela então citou uma destas histórias em algumas frases, e comenta que ela sempre encontra bondade em todas as pessoas que encontrou pelo mundo. Então ela dedicou o Oscar a todas as pessoas que, por mais difícil que seja, sempre buscam a bondade em si mesmas e nas outras pessoas que elas encontram pela frente. Ah, que linda!

Um Oscar realmente especial até o momento. Estou encantada! Estão conseguindo recriar a premiação de uma forma incrível, muito mais intimista e conceitual, resgatando o que há de melhor no cinema, que são as pessoas e seus talentos, nesta premiação. Muito bacana!

Retornando de mais um intervalo, o ator Riz Ahmed apresentou os indicados na categoria Melhor Som. Ele apresenta sobre sua experiência em ter aprendido a língua de sinais para o filme Sound of Metal. Outra produção que estou bem interessada em assistir. E logo. E o Oscar de Melhor Som foi para… Sound of Metal.

Nicolas Becker falou em nome da equipe. Mais uma participação de forma remota – tivemos alguns indicados apresentados desta forma, mas este é o segundo a ser premiado estando fora dos ambientes de premiação. Ele citou Fellini em seu discurso e comentou sobre a mágica que acontece quando as pessoas se reúnem para trabalharem juntas em uma produção. Citar Fellini é sempre maravilhoso.

Riz Ahmed perguntou para quem estava presente sobre quantos começaram suas carreiras em curtas-metragens. Muitos levantaram as mãos. Bacana ele falar sobre isso porque, de fato, muitos talentos surgem neste formato. Na sequência, ele apresentou os indicados em Melhor Curta. E o Oscar foi para… Two Distant Strangers.

O roteirista e diretor Travon Free começou o seu discurso de forma muito, mas muito potente. Comentando que hoje os policiais vão matar três pessoas. E amanhã, outras três. E que a maioria destas pessoas são pretas. Free pediu que as pessoas não sejam indiferentes a esta dor. O que mais dizer a este respeito? Minha nossa!

Estou muito curiosa para assistir a este curta que conta, justamente, sobre como um preto é morto por um policial branco de diferentes maneiras – todas, pelo que o comentarista do Oscar afirmou, reproduzindo uma morte que realmente aconteceu nos EUA. Que curta necessário! Quero ver! Logo! E que mensagem do Travon Free!

O Oscar até o momento tem sido perfeito. Realmente diferenciada a premiação deste ano. No retorno de mais um intervalo, Reese Whiterspoon apresentou os indicados na categoria Melhor Curta Animação. Ela destacou a inspiração de cada uma das produções indicadas da noite e de seus realizadores. E o Oscar de Melhor Curta Animação foi para… If Anything Happens I Love You.

Michael Govier, um dos diretores e roteiristas começou agradecendo a Academia e brincando que achou que nunca diria isso. Na sequência, o também diretor e roteirista Will McCormack foi rápido nos agradecimentos e disse que dedica o filme a todas as pessoas que perderam alguém pela violência de uma arma de fogo. Comentou que o país deles precisa enfrentar esse tema. Está certíssimo. E o Brasil não deveria ir por esse mesmo caminho desastroso.

Na sequência, Reese Whiterspoon falou sobre o encantamento dos filmes de animação e comentou que dois indicados estavam conectados de longe, de Londres e da Islândia. O favoritíssimo da noite é Soul. E o Oscar de Melhor Animação foi para… Soul.

O diretor e roteirista Pete Docter subiu ao palco para dizer o quanto o jazz inspirou e ensinou a todos. Ele agradeceu a diversas pessoas da equipe e pessoas que contribuíram para o filme. Comentou sobre a parceria da Pixar com a Disney para o filme que busca tratar sobre o propósito da vida. Têm sido difícil para mim assistir a filmes de animação, mas acho que este eu deveria correr atrás. Pete agradeceu ainda aos professores de música e a todos os demais professores, além de citar os músicos de jazz e sua vontade de transformar o que fazem em algo lindo.

No retorno do intervalo, Marlee Matlin nos apresentou, com a língua de sinais, aos indicados da categoria Melhor Curta Documentário. Novamente, fomos apresentados para a motivação de cada produção. E o Oscar foi para… Colette. O roteirista Richard Glatzer subiu ao palco e falou sobre Colette, seu aniversário e sobre o poder dos documentários, não apenas para a história pessoal de Colette, homenageada com seu curta, mas também para a preservação de todas as histórias contadas pelos outros indicados. Muito bacana o discurso dele. A também diretora Rebecca Lenkiewicz falou então sobre como o prêmio é uma homenagem à todas as mulheres do mundo que estão buscando por justiça e por espaço.

Na sequência, fomos apresentados aos indicados na categoria Melhor Documentário. Mais uma das minhas categorias preferidas de cada Oscar. Infelizmente este ano estou atrasada em assistir a estes indicados. Mas ainda vou tirar esse atraso… E o Oscar de Melhor Documentário foi para… My Octopus Teacher.

A diretora Pippa Ehrlich subiu ao palco para agradecer a todos que ajudaram o filme a acontecer, uma produção que levou três anos para ser feita. Mais um nome a ser acompanhado – adoro acompanhar a trajetória das grandes diretoras que temos pelo mundo e que deveriam ser mais valorizadas. Ela fala com os sul-africanos que estão acordados para assistir ao Oscar e a premiação que eles receberam, destacando como o filme trata sobre a relação entre outros seres e os humanos. Agora fiquei com curiosidade para assistir a esta produção.

O codiretor do filme, James Reed, que estava nervoso por falar, elogiou todas as produções concorrentes na categoria, falou que uma produção como a deles precisa de muitas pessoas, mas agradeceu especialmente a Craig Foster, que acreditou nesta história e que o filme só existe por causa dele. Quero assistir. Acho que vou me surpreender.

No retorno de mais um intervalo (sim, vocês sabem que o Oscar tem váaaaarios deles), o querido e talentoso Steven Yeun falou sobre sua experiência de assistir a The Terminator quando era criança. Isso para então apresentar os indicados a Melhores Efeitos Visuais. E o Oscar foi para… Tenet. Um dos filmes que foram sensação no ano passado, eu sei, mas que eu também não assisti (ainda). Snif!

Em seguida, depois de um discurso curto de um dos premiados em Melhores Efeitos Visuais, aquela beldade chamada Brad Pitt surgiu em cena para apresentar as indicadas em Melhor Atriz Coadjuvante. E o Oscar foi para… Yuh-Jung Youn. Que lindo! Ao subir no palco, Yuh-Jung Youn foi maravilhosa ao brincar com Brad Pitt dizendo que “finalmente” estava conhecendo ele e que era um prazer, além de perguntar onde ele estava quando eles estavam filmando.

Na sequência ela brinca que não acredita que está no Oscar recebendo um prêmio, já que sempre viu a premiação pela televisão. Muito bom ver a mais uma atriz de fora dos Estados Unidos sendo reconhecida. Estou louca para ver Minari, e agora eu tenho mais uma razão para isso. Lindo o discurso dela.

Ela agradeceu, em especial, pelo trabalho do diretor Lee Isaac Chung e homenageou as outras indicadas. Disse que todas foram premiadas e que não era concorrentes e que, talvez, ela só teve um pouco mais que sorte que as demais. Disse que foi beneficiada pela hospitalidade americana, talvez, e pelos seus “meninos” que fazem ela sair para trabalhar todos os dias. Uma linda! E com um discurso cheio de ironia. Me conquistou!

No retorno do intervalo, Halle Berry falou dos indicados na categoria Melhor Design de Produção. E o Oscar foi para… Mank. Na sequência, Halle Berry apresentou os indicados na categoria Melhor Direção de Fotografia. E o Oscar foi para… Mank. Fotografia em preto e branco sempre é algo incrível, mas esperava que Nomadland recebesse desta vez.

Quero ver ainda o trabalho de Erik Messerschmidt em Mank. Acredito que seu trabalho deve ser incrível. Ele começou comentando que gostaria de dividir a estatueta em cinco para compartilhar com os outros indicados. Na sequência ele agradeceu ao diretor, ao elenco e a equipe que trabalhou junta para o resultado final de Mank.

Na sequência, vimos a um trecho da performance de H.E.R. com a música “Fight For You”, indicada na categoria Melhor Canção. Curioso vermos apenas um trecho. No retorno de mais um intervalo, o grande Harrison Ford surgiu para brincar com algumas anotações sobre edição de um dos filmes que ele já fez. Piadas envolvendo Blade Runner antes de apresentar os indicados na categoria Melhor Edição.

Sobre o trabalho do editor, ele comenta que ele trabalha com milhares de possibilidades para transformar o filme na melhor versão que ele pode ser. E o Oscar foi para… Sound of Metal. Sobre o palco, o editor Mikkel E.G. Nielsen falou que vem da Dinamarca e falou sobre o seu país, de como ele dá recursos para os estudantes de cinema poderem desenvolver os seus talentos e criatividade.

Muito bacana o discurso dele sobre isso e sobre como a comunidade surda lhe deu o privilégio de fazer este filme. Agradeceu os pais, a esposa, os filhos e falou sobre o seu amor, que é a edição. Falou sobre o trabalho do diretor Darius Marder e como ele foi fundamental para o seu prêmio.

Na sequência, a grande Viola Davis surgiu para anunciar o segundo Prêmio Humanitário Jean Hersholt da noite para o ator Tyler Perry. Ela falou sobre as diversas ações que ele teve durante a pandemia de COVID-19 e antes da pandemia aparecer. Depois de apresentar o premiado, Viola Davis deu espaço para um vídeo no qual Tyler Perry homenageou a mãe e o exemplo que ela deu de sempre ajudar alguém. Ele falou sobre a The Perry Foundation, que ajuda as pessoas em muitas frentes. Muito legal! Que belos exemplos o Oscar trouxe para esta noite. Precisamos deles!

Sobre o palco, Tyler Perry falou sobre uma vez em que uma mulher lhe pediu ajuda. Ele ia oferecer dinheiro para ela, mas ela lhe pediu um sapato. Na hora ele entendeu o porquê dela pedir isso, já que ele conhecia bem a exclusão e o medo. Comentou como a mãe dele lhe ensinou a não odiar. Ninguém. Nem mexicanos, nem policiais, nem asiáticos. Perry disse que aceitava o prêmio em nome das pessoas que querem incluir as demais, sem aceitar o ódio e as generalizações. O que dizer? Incrível!

No retorno do intervalo, Zendaya apresenta os indicados na categoria Melhor Trilha Sonora. E o Oscar foi para… Soul. Na sequência, fomos apresentados aos indicados na categoria Melhor Canção Original. Desta vez, ouvimos aos indicados em alguns clipes curtos. E o Oscar foi para… “Fight for You”, do filme Judas and the Black Messiah. Interpretada por H.E.R., a música foi composta por D’Mile e Tiara Thomas.

Então o Oscar teve um momento “descontração” com uma enquete sobre músicas conhecidas que teriam ou não sido indicadas ou saído ganhadoras do Oscar. Momento descontração que achei meio viagem, mas ok.

No retorno de mais um intervalo, Angela Bassett apresentou o In Memoriam do Oscar 2021. Ela citou os milhões que morreram no mundo por causa da COVID-19 em 2020, mas citou que era importante lembrar daqueles que morreram por causa da violência, do racismo e da pobreza. Depois de seu discurso, assistimos a um vídeo com todos da indústria do cinema que partiram desde o último Oscar. Muitos nomes conhecidos, incluindo Sean Connery e Chadwick Boseman.

Após mais um intervalo, vejam que interessante… Rita Moreno subiu ao placo para apresentar a categoria principal da noite, Melhor Filme. Pois sim, a categoria principal não ficou como a última. Ela nos apresentou os trechos dos indicados na categoria Melhor Filme, começando com The Father, seguido por Judas and the Black Messiah, Mank, Minari, Nomadland, Promising Young Woman, Sound of Metal e The Trial of the Chicago 7.

E o Oscar de Melhor Filme foi para… Nomadland. Uhuuuuulllll! Sim, ainda não assisti a grande parte da lista que foi indicada neste ano. Mas acho Nomadland genial. Simplesmente. Deve ser visto, com calma, para entender todas suas nuances e camadas. Fiquei feliz! Chloé Zhao, de quem eu já sou fã, subiu ao placo para agradecer por todos que fizeram o filme ser possível. Entre outros que ela citou, a grande Frances McDormand.

Sobre o palco, a grande atriz pediu para todos assistirem a Nomadland nos cinemas e para que, logo que for possível, todos os demais concorrentes sejam assistidos neste local. Ai, de fato, que saudade de uma sala de cinema! Mas faz parte. Vamos ficar longe destes espaços por enquanto, mas quando a vacina for uma realidade para a maioria da população, merecemos ver aos grandes filmes neste espaço especial.

E vai ficar para o final da premiação as categorias de Melhor Atriz e Melhor Ator. Provavelmente teremos um Oscar póstumo. Veremos.

Retornando de mais um intervalo, Renée Zellweger aparece em cena para apresentar as indicadas na categoria Melhor Atriz. Bacana como ela apresenta cada candidata deste ano, falando de seus trabalhos, de suas entregas e um pouco da sua trajetória. E o Oscar de Melhor Atriz foi para… Frances McDormand! Uhhhuuuuulll! Amei! Ela não era mais considerada a favorita, mas devo dizer para vocês que ela mereceu.

Ela faz um trabalho incrível em Nomadland. Ela é uma figura. Todo discurso dela é um capítulo à parte. Ela comentou que sua voz é sua espada e que ela ama trabalhar. E agradeceu ao Oscar. Rápida, sucinta, uma figura! Fechando a noite, Joaquin Phoenix subiu ao palco para apresentar os indicados da noite em Melhor Ator.

Phoenix diz que não pode falar sobre o trabalho de ator, mas que se sentiu inspirado por cada interpretação que ele iria citar na sequência. E o Oscar de Melhor Ator foi para… Anthony Hopkins. Uau! Essa foi uma surpresa da noite, porque todos esperavam o Oscar póstumo para Chadwick Boseman. Hopkins não se fez presente, por isso não tivemos discurso final.

Apesar de eu amar Boseman, devo dizer que Hopkins é um gigante do cinema. Tipo Meryl Streep, não é mesmo? Então é difícil alguém ganhar destas figuras. Preciso assistir The Father, sem dúvidas. Amo o Hopkins e saber que ele recebeu este Oscar me deixa feliz. Porque o Oscar nunca é 100% justo. Não é a primeira e não será a última vez em que um Oscar deveria ser entregue para mais de uma pessoa. Mas achei bacana estas “zebras” finais, com Frances e Anthony recebendo duas estatuetas. Porque eles são fantásticos.

Então é isso, minha gente. Mais um Oscar para a conta. Honestamente? Gostei muito da cerimônia deste ano. Acho que 95% da cerimônia foi genial, só ficou faltando as apresentações musicais, a brincadeirinha com músicas premiadas ou não ficou meio fora do esquadro e colocarem Melhor Filme antes de Melhor Atriz e Melhor Ator achei estranho. Fora estes detalhes, achei a premiação muito bacana.

Agora, tenho que colocar a lista dos premiados – e de diversos dos indicados – em dia. Espero que vocês façam o mesmo – caso alguém esteja tão atrasado quanto eu. Obrigada para quem acompanhou mais este Oscar comigo. Até o próximo! Abraços e se cuidem! 🙂

Confira a lista com todos os premiados do Oscar 2021:

  • Melhor Filme: Nomadland
  • Melhor Ator: Anthony Hopkins (The Father)
  • Melhor Atriz: Frances McDormand (Nomadland)
  • Melhor Ator Coadjuvante: Daniel Kaluuya (Judas and the Black Messiah)
  • Melhor Atriz Coadjuvante: Yuh-Jung Youn (Minari)
  • Melhor Direção: Chloé Zhao (Nomadland)
  • Melhor Animação: Soul
  • Melhor Filme Internacional: Druk
  • Melhor Documentário: My Octopus Teacher
  • Melhor Roteiro Adaptado: The Father
  • Melhor Roteiro Original: Promising Young Woman
  • Melhor Direção de Fotografia: Mank
  • Melhor Figurino: Ma Rainey’s Black Bottom
  • Melhor Edição: Sound of Metal
  • Melhor Design de Produção: Mank
  • Melhor Maquiagem e Cabelo: Ma Rainey’s Black Bottom
  • Melhor Som: Sound of Metal
  • Melhores Efeitos Visuais: Tenet
  • Melhor Trilha Sonora: Soul
  • Melhor Canção Original: “Fight for You” (Judas and the Black Messiah)
  • Melhor Curta: Two Distant Strangers
  • Melhor Curta Documentário: Colette
  • Melhor Curta Animação: If Anything Happens I Love You

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 20 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing e, atualmente, atuo como professora do curso de Jornalismo da FURB (Universidade Regional de Blumenau).

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