Aí sim! Finalmente um filme bom nesta temporada com diversas produções medianas. Demorei para assistir a esse Don’t Look Up, é verdade. Mas é que ele fez um “buzz” tão grande que me fez ter uma certa “preguicinha” de assisti-lo – não sou muito chegada em “filmes-fenômenos”. Mas esse merece. Um dos melhores filmes desta temporada, sem sombra de dúvidas. Roteiro inteligente, instigante e que nos faz pensar sobre a vida que levamos e o mundo em que vivemos.
A HISTÓRIA
Barulho de água fervendo. Primeiro o chá, depois o pão. O lanche está pronto. Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) sobee até o seu local de trabalho, digita o ponto que quer observar e o telescópio Subaru responde. Ela observa as imagens na tela e muda o posicionamento do equipamento mais uma vez. Um ponto na nova imagem chama a atenção dela. Kate fala sozinha que existe ali uma cauda.
Ela retorna algumas imagens e tem a revelação. Mais tarde, o professor e mentor de Kate, o professor Dr. Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) comenta sobre a descoberta dela do cometa com um grupo de alunos. Uma outra aluna pergunta sobre a órbita do cometa. Randall começa a calcular a órbita e depois a efeméride, que dará a distância do cometa com a Terra. Kate observa que a distância está diminuindo. Randall para de escrever no quadro e dispensa os alunos, menos Kate. Em breve a descobertas deles vai mudar muita coisa no mundo.
VOLTANDO À CRÍTICA
(SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Don’t Look Up): Gente, como 2022 está passando tão rápido? Não estou conseguindo atualizar o blog por aqui como desejado. Quem me acompanha por aqui há algum tempo tem percebido. Mas hoje, dia 1º de agosto, quando começamos a reta final deste ano, avançando no segundo semestre, quero ver se retomo as publicações por aqui.
Assisti Don’t Look Up faz alguns meses. Preciso dizer isso. Ou seja, parte das minhas impressões sobre o filme já se desvaneceram. Mas lembro do essencial para escrever o “miolo” desta crítica. Primeiro de tudo: me chamou muito a atenção o roteiro de Adam McKay, escrito pelo diretor com base na história original que ele criou junto com David Sirota.
Como vocês sabem, um dos elementos fundamentais – ou O elemento fundamental – de um filme é o seu roteiro. Até podemos nos maravilhar com a técnica, com a direção e com as interpretações dos atores de uma produção. Mas o que vai definir se uma produção é realmente acima da média e que merece ser vista, revista e que irá, ao menos, perdurar na nossa memória como uma ótima experiência é o roteiro.
Pois bem, desta temporada do Oscar 2022 – devo ver ainda alguns filmes que concorreram na premiação, mas não muitos mais -, Don’t Look Up é o que apresenta o melhor roteiro. Ou um dos melhores roteiros da temporada. McKay acerta no tom e na crítica inteligente, com um bocado de sarcasmo, sobre estes tempos estranhos em que vivemos.
Ele não perdoa praticamente ninguém. Seu roteiro olha com crítica e com ironia para os políticos, especialmente para a presidente dos Estados Unidos e sua trupe, com uma Orlean (Meryl Streep) claramente “inspirada” no absurdo e medíocre Donald Trump; para a mídia, especialmente para os programas matinais de notícias e sua miopia de dar as notícias “com leveza”; para o showbusiness, representado pela cantora Riley Bina (Ariana Grande), que divide a atenção das pessoas com assuntos banais enquanto a humanidade está em risco; os megaempresários, representados por Peter Isherwell (Mark Rylance), inspirado em Steve Jobs; chegando até os “cidadãos comuns”, que fazem memes com a situação, radicalizam o tema para defender suas visões políticas, entre outras críticas sobre nossos dias.
O filme acerta ao ir direto ao ponto. Depois de citar Carl Sagan, o protagonista desta produção faz os cálculos sobre o cometa e calcula que ele irá se chocar contra a Terra em seis meses e 14 dias. Quando essa informação chega até o Dr. Teddy Oglethorpe (Rob Morgan), e ele é informado que o cometa tem entre cinco e 10 quilômetros de diâmetro, o representante da NASA para lidar com situações emergenciais percebe a gravidade da situação. Ele manda o professor e a candidata ao doutorado da Universidade de Michigan a viajarem até Washington.
A partir daí, temos um roteiro envolvente até o final. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme ainda). Os desdobramentos da descoberta de Kate conforme o roteiro crítico e sarcástico de McKay nos apresenta, infelizmente, poderia ocorrer de verdade neste mundo em que a apologia da ignorância está se disseminando cada vez mais rápido. As pessoas tem preguiça de sair da ignorância ou tem orgulho dela. O efeito disso é daninho para todos do mundo, porque atitudes erradas são tomadas com base em tanta desinformação e tanta falta de conhecimento sobre tudo.
Temos em Don’t Look Up um estudo interessante sobre os dias atuais e sobre uma possibilidade de desfecho que é absurda mas, infelizmente, um tanto realista para o caso de uma situação de catástrofe como a de um cometa que colocaria a vida na Terra em risco. (SPOILER – não leia… bem, você já sabe). Depois da presidente Orlean dizer que está mais preocupada com a eleição no Congresso americano do que em tomar atitudes para evitar a catástrofe planetária, os protagonistas desta produção fazem o caminho óbvio: procuram a imprensa.
A imprensa mais “séria”, digamos assim, acaba colocando em dúvida o que eles estão dizendo. Então eles acabam indo para um programa de TV matinal que mistura assuntos sérios e futilidades buscando sempre por um tom “bem-humorado” para não tornar o início do dia dos americanos muito pesado. As sequências no programa liderado por Brie Evantee (Cate Blanchett) e Jack Bremmer (Tyler Perry) estão entre os pontos altos do filme.
Quando a cantora Riley perdoa a traição do namorado DJ Chello (Kid Cudi) ao vivo, com ele conectado de forma remota, e aceita o pedido de casamento dele, ficará difícil para o assunto da catástrofe eminente do cometa Dibiasky ser levada à sério. Tanto Kate quanto Randall acabam sendo ignorados e ridicularizados, especialmente ela – sim, o machismo não afeta apenas os brasileiros, como essa produção deixa claro.
Depois que o tema é ignorado porque os protagonistas são considerados “loucos” ou apenas uma piada, a história dá uma virada apenas quando Orlean precisa arranjar uma “causa” contra a qual lutar para tirar o holofote dos escândalos de seu governo. Bem típico, não? As famosas cortinas de fumaça tão conhecidas dos brasileiros e de outros países.
Enquanto a ciência aponta uma direção, os interesses políticos de Orlean e econômicos do megaempresário Peter Isherwell apontam para outra direção. (SPOILER – não leia… bem, você já sabe). O resultado disso é que quando finalmente as pessoas começam a acordar – mas apenas as que tem a coragem de “olhar para cima” e ver o desastre se aproximando com os próprios olhos – e alguns outros governos começam a se mexer, é tarde demais. Nos dias atuais, infelizmente, esse cenário não parece tão absurdo.
O ideal da vida é que esse filme, que causou tanto “frisson”, fizesse as pessoas repensarem o que fazem, o que falam, o que propagam pelas redes sociais e, principalmente, no que elas estão gastando seu tempo. Afinal, como todo “filme catástrofe”, Don’t Look Up trata sobre nossa mortalidade e sobre a finitude, e sobre o que fazemos enquanto não chegamos lá, no ponto final da nossa existência.
Diferente de outras produções, que tratam sobre isso de forma particular, individual, Don’t Look Up aborda o assunto sob uma perspectiva mais coletiva. Ainda assim, McKay acerta ao não ignorar o aspecto individual e particular dos personagens principais da produção. Assim, temos o equilíbrio perfeito entre crítica social e histórias humanas, demasiado humanas em cena. Algo raro de se ver e que torna este filme diferente.
Mas, devo dizer, por muito pouco este filme não é perfeito. Vou apontar duas pequenas questões que me incomodaram um pouco nesta produção. (SPOILER – não leia se você não viu o filme ainda). A primeira envolve o caso que Randall acaba tendo com Brie. Certo que não é raro um homem com o ego inflado, coberto de elogios, se deixar levar pela vaidade e pular a cerca, traindo a mulher e esquecendo dos filhos para se jogar em uma aventura que não faz muito sentido. Mas em meio a uma crise global isso acontecer com facilidade tendo Randall como aquele que se “deixa levar” me pareceu um pouco forçado e incoerente com o personagem. Não é um problema grave, claro, mas achei um lugar-comum bastante óbvio e que não ajuda exatamente a história a se desenvolver.
O outro ponto que me chamou a atenção envolve o empresário Peter Isherwell e seu negócio. (SPOILER – não leia… bem, você já sabe). Ora, pelo que acontece com a presidente Orlean no final, podemos dizer que a tecnologia preditiva de Peter é bastante eficiente e certeira. Então, tendo toda essa capacidade de planejamento e previsões, como ele não conseguiu determinar que a missão capitaneada pela empresa dele daria errado? Também não faria mais sentido terem tentado antes aquela alternativa?
Claro que esta “incongruência” no roteiro pode ser perdoada porque ela serve à história. Sem dúvidas é preferível o desfecho que Don’t Look Up teve do que uma saída “mágica” para toda aquela problemática desenhada pelo roteirista e diretor. Não havia outro final possível para esta produção.
(SPOILER – não leia… bem, você já sabe). Se o filme trabalha com diversos lugares-comuns e com estereótipos, brincando e ironizando com boa parte deles, ele não poderia ser resolvido de forma “romântica” ou otimista. Precisava, de fato, ir até o final para mostrar como a ignorância humana poderá, um dia, nos exterminar para valer. Sobre isso que deveríamos falar após ver este filme. E trabalhar para evitar que o fundo do poço seja nosso destino inevitável.
NOTA
9,8.
OBS DE PÉ DE PÁGINA
A sociedade do espetáculo e da ode à ignorância está presente nesta produção desde o primeiro e até o último minuto. Verdade que este perfil de sociedade não está restrito ao Brasil. Vide Estados Unidos e tantos outros países. Mas acho que nos cabe perguntar, aqui e em outras partes: o que podemos fazer para reduzir este mal que afeta a todos?
Acho que o primeiro passo é pensarmos no que estamos gastando o nosso tempo, que é o nosso artigo mais limitado. Quanto gastamos em atividades que não nos trazem benefício algum, apenas excesso de informação que, no fim das contas, nem faz diferença para o nosso dia a dia? Além disso, quanto do que comunicamos é verdadeiro, checado, comprovável? Estamos contribuindo com a desinformação, com a cultura da violência, do ódio, da divisão? Estamos aprendendo algo todos os dias ou apenas repetindo padrões que outros nos passaram? Enfim, acho que há muito para se pensar – e parte destas reflexões são estimuladas por este filme.
Olha, não vou mentir para vocês. Faz meses que assisti a Don’t Look Up, como comentei antes, e há detalhes do filme que naquele momento me chamaram a atenção e que agora já se perderam da memória. Mas lembro bem do quanto gostei deste filme. Achei ele inteligente, perspicaz, muito bem construído e com um ótimo elenco. Teve os detalhes comentados acima, que me incomodaram um pouco, mas que são apenas detalhes.
Agora, preciso falar sobre algo: está difícil, este ano, de manter este espaço atualizado. Não vejo a hora – mesmo! – de me “livrar” dos filmes do Oscar 2022 e de seguir em frente. Quero ver a outras produções premiadas em outros festivais e latitudes e me jogar em filmes menos óbvios. Tem mais um ou dois filmes ligados ao Oscar que eu gostaria de assistir, para não perder a oportunidade, mas não vejo a hora de olhar para além deste prêmio.
Sobre os aspectos técnicos de Don’t Look Up, o destaque principal vai para o roteiro de Adam McKay. Acho que o diretor e roteirista teve bastante coragem ao mexer em diversos vespeiros. Especialmente neste extremismo político que coloca pessoas em campos totalmente opostos e bélicos nos últimos tempos. Ele mexe com esta questão, com a sociedade do espetáculo e que valoriza a ignorância, ou seja, que despreza a educação, a ciência e a arte. São pessoas que não entendem sobre temas que desconhecem e que tem orgulho de sua própria ignorância. Tratar sobre isso, assim como sobre o despreparo de pessoas que ocupam cargos de liderança importante e sobre a ambição de alguns dos homens mais ricos do mundo não é para qualquer um. E ele faz tudo isso nesse filme.
A metralhadora de McKay acerta muitos alvos. Além dos que eu já comentei, ele também atira na imprensa que valoriza o espetáculo, nos cientistas que não conseguem se comunicar com a maior parte da população, e com a própria população que gasta grande parte do seu tempo consumindo informações e produtos sem pensar a respeito. Enfim, um filme que facilmente pode desagradar a muitas pessoas – especialmente aquelas que acham toda essa discussão “um saco”.
Ainda que McKay tenha se arriscado bastante ao enveredar por um roteiro com esta proposta, acho o texto dele, inteligente e sagaz na maior parte do tempo, o ponto alto do filme. A condução da história, feita pelo diretor, também convence, apresentando um ritmo interessante e que nos deixa na expectativa sobre os próximos passos do drama até o final.
Algumas questões no roteiro me incomodaram um pouco. Dois pontos, já citei acima. Mas tem uma questão que perpassa um destes pontos e que entra em um terceiro que eu não citei antes. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme ainda). Tanto o Dr. Randall ficando conhecido como o “cientista bonitão” quanto Kate sendo chamada de “mulher histérica” são faces da mesma moeda de uma sociedade machista que me incomodaram. São dois exemplos de lugar-comum explorados pelo filme, incomodam quem acha esta simplificação e forma de tachar pessoas absurda mas, infelizmente, ainda é o que temos muito presente nas ações e julgamentos das nossas sociedades – inclusive nas redes sociais. Infelizmente, até hoje, em pleno 2022, homens reverberam mais se forem “bonitos” e mulheres que falam o que pensam e de forma enfática são consideradas “chatas” ou “histéricas”. A mensagem se perde no caminho. O que importa são os pré-conceitos que alguns insistem em ostentar.
Gostei do trabalho de todos os nomes que fazem parte deste elenco. Todos estão bem, mesmo aqueles jogados em papéis um tanto “over”, exagerados, como é o caso de Jonah Hill em seu papel como Jason Orlean, braço-direito da presidente americana, seu filho e assessor direto. O papel, assim como de alguns outros, é um tanto exagero, propositalmente, mas, apesar do desafio de um papel assim, considero que ele e os demais estão bem.
O elenco é estelar. Lideram no quesito atuação, claro, os cientistas e protagonistas vividos por Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence. Cada um com suas características, experiência e forma de atuar, o que traz o respeito do roteirista para as questões geracionais. Os atores sabem viver bem estas diferenças e as semelhanças que os unem.
Além deles, vale citar o ótimo trabalho de Meryl Streep como a quase inominável presidente americana Orlean – impossível não lembrar do abjeto Trump; Cate Blanchett está bem como a jornalista refinada Brie Evantee – e um dos papéis mais estereotipados do filme, mas ela se sai bem apesar disso; Mark Rylance está muito bem como o irritante empresário Peter Isherwell; e Rob Morgan como o Dr. Teddy Oglethorpe, que tem um cargo importante na NASA e que está do lado da ciência e dos protagonistas, para citar os papéis com maior destaque.
Depois desta turma com papéis mais relevantes na produção, temos outros nomes que fazem um bom trabalho e estão bem, mas que aparecem um pouco menos. Neste segundo grupo, vale destacar o trabalho de Tyler Perry como Jack Bremmer, o jornalista companheiro de bancada de Brie; Timothée Chalamet em um papel bem mais secundário como Yule, um rapaz que aparece para dar uns “pegas” na protagonista, em um papel que desperdiça um pouco o talento do ator; Ron Perlman como o ex-militar repugnante Benedict Drask, que tem seus comportamentos absurdos justificados por ele ser de “outra época”; Ariana Grande como Riley Bina, uma cantora celebridade que surfa também no desastre; Melanie Lynskey como June Mindy, esposa do protagonista, para citar os principais deste grupo com papéis menos relevantes.
Entre os aspectos técnicos do filme, além do destaque para o roteiro e a direção de McKay, já citados, vale ressaltar a ótima edição de Hank Corwin; a trilha sonora de Nicholas Britell; a direção de fotografia de Linus Sandgren; o design de produção de Clayton Hartley; a direção de arte de Jared Patrick Gerbig, Elliot Glick, Brad Ricker e Patrick Scalise; a decoração de set de Tara Pavoni e Kyra Friedman Curcio; os figurinos de Susan Matheson e Elaine Perlman; além do trabalho que envolveu dezenas de profissionais no Departamento de Arte, no Departamento de Som e que trabalharam nos Efeitos Visuais da produção.
Don’t Look Up estreou em première em dezembro de 2021 em Nova York. No mesmo mês, o filme estreou de forma limitada nos cinemas de diversos países. Produção da Netflix, o filme foi lançado na internet primeiro no Japão, no dia 10 de dezembro de 2021, sendo liberado nos outros países na véspera do Natal daquele mesmo ano.
O filme foi indicado em quatro categorias do Oscar 2022 (Melhor Filme, Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora e Melhor Roteiro Original), mas saiu de mãos vazias da maior premiação de Hollywood.
Falando em prêmios, Don’t Look Up ganhou 17 prêmios e foi indicado a outros 92 – incluindo as quatro indicações ao Oscar. Entre os prêmios que recebeu, destaque para algumas premiações como melhor roteiro, melhor elenco e melhor filme internacional. Uma curiosidade neste sentido: o filme ter recebido o prêmio de Filme Mais Decepcionante pelo Prêmio do Círculo de Críticos de Cinema de Oklahoma. Não é pra tanto, né? Tantos filmes ruins por aí…
Agora, vale citar uma curiosidade sobre a produção. Perguntaram para McKay se a presidente Orlean seria democrata ou republicana, e o diretor não apontou nenhum dos dois partidos americanos, mas respondeu: “Não acho que nenhum dos partidos tenha muito do que se orgulhar nos últimos 40 anos”. Crítica interessante, mas que não é unanimidade no país dele, com certeza.
Os usuários do site IMDb deram a nota 7,2 para esta produção, enquanto que os críticos que tem os seus textos relacionados no site Rotten Tomatoes dedicaram 163 críticas positivas e 131 negativas para a produção, o que dá para o filme um nível de aprovação de 55% e uma nota média de 6,3. O site Metacritic apresenta um “metascore” 49 para a produção, fruto de 29 críticas medianas, 15 positivas e oito negativas. Um filme bastante controverso, pelo que estes números demonstram.
Lançado de forma limitada nos cinemas, com foco principal no streaming, Don’t Look Up não teve um grande desempenho nos telões. Segundo o site Box Office Mojo, o filme faturou cerca de US$ 792 mil nos cinemas.
Don’t Look Up é uma produção 100% dos Estados Unidos. Assim, este filme entra na lista de produções que atendem a uma votação feita há tempos por aqui.
CONCLUSÃO
Um filme mais que necessário. Que trata de forma acertada e com um bocado de sarcasmo sobre a realidade em que vivemos. Don’t Look Up olha para a vida das pessoas superconectadas, para a mídia, para a ciência e, principalmente, para a política. Desconstrói os filmes “catástrofe” e trata de forma dura um dos possíveis cenários que uma ameaça real ao nosso planeta poderia ter. Deveria nos fazer refletir sobre nossas escolhas e sobre o mundo que estamos construindo. Pena que quem deveria rever suas condutas não vai ver o filme ou, no caso de se “aventurar”, ou não vai entender todas as mensagens ou vai xingar e ignorar a própria desgraça.
Uma resposta em “Don’t Look Up – Não Olhe pra Cima”
[…] Don’t Look Up […]
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