“Não importa o que as outras pessoas pensam, você sabe o que você fez”. Esta frase de Bridge of Spies representa em boa parte o que este filme quer nos dizer. Lutar pela justiça e pelo que é certo não é algo para todos, mas quem buscou isto sempre serve de inspiração. Justamente porque, infelizmente, justiça e bondade não fazem parte da sociedade – nem antes e nem agora. Bridge of Spies nos leva para a Guerra Fria para contar uma história de espiões nos bastidores.
A HISTÓRIA: Começa em 1957, no “auge da Guerra Fria”. Os Estados Unidos e a União Soviética se estudam com muita cautela e diversos espiões. A contraespionagem está comendo solta, com espiões buscando informações de um país para o outro e sendo caçados. O texto de abertura também comenta que o filme é baseado em fatos reais. Em um quarto, Rudolf Abel (Mark Rylance) olha no espelho e confere como está se saindo com o seu auto-retrato. Toca o telefone. Ele atende, mas não fala nada. Quando ele sai de casa, é seguido por agentes da CIA. Discretamente, enquanto pinta o quadro de uma ponte, ele se abaixa e recolhe uma moeda que guarda uma mensagem. Ele é preso, não admite espionagem, e acaba sendo defendido por um grande advogado, James B. Donovan (Tom Hanks).
VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Bridge of Spies): Filmes de época sempre são fascinantes. Ao menos para mim. E não importa a época. Acho estas produções fascinantes por nos mostrarem momentos da história que não existem mais. Sempre acho que temos o que aprender com eles.
Dito isso, evidente que por ser ambientado no final dos anos 1950 e por ter um grande diretor como Steven Spielberg no comando, Bridge of Spies é uma produção impecável enquanto reconstrução de época. É um verdadeiro deleite, especialmente na cenas iniciais – algumas delas parecem um verdadeiro quadro -, ver como os realizadores deste filme se esmeraram em nos transportar para aquela época e estilo de vida.
Quanto ao roteiro, não deixa de ser curioso assistir a um filme de espiões que tenha pouca ação. Bridge of Spies é muito mais um filme de bastidores da espionagem, com o embate ficando mais no plano das ideias. Por isso mesmo é tão importante que cada linha escrita pelos irmãos Ethan Coen e Joel Coen, junto com Matt Charman, convença. E isso, de fato, acontece.
Para mim é impossível não assistir a este filme e, em especial, à interpretação do sempre ótimo Tom Hanks e não lembrar de grandes atores que vestiram antes as roupas de homens honrados em busca de justiça no cinema. Hanks, para mim, nesta produção, lembra tanto um pouco de James Stewart em Anatomy of a Murder quanto um pouco de Gregory Peck em To Kill a Mockingbird. Na parte inicial da produção, quando está chovendo e Donovan caminha na rua sentindo que está sendo seguido, também me lembrei da cena clássica de Singin’ in the Rain.
Passada estas reminiscências e lembranças que Bridge of Spies despertaram em mim, voltemos ao filme. Como eu disse, ele é uma bela reconstrução de época. E conta uma história ordinária mas, ao mesmo tempo, cheia de significados. Vejamos. Bridge of Spies nos lembra de um tempo em que as pessoas viviam com medo, a exemplo do filho de Donovan que pensa em guardar água e tomar outras atitudes preventivas frente à iminência de uma guerra.
Há pouco mais de 50 anos os Estados Unidos e certamente o povo da União Soviética viviam com este medo constante – alguns mais que outros, evidentemente. Naquele contexto, Donovan é retirado de seus casos normais para ajudar em uma questão muito impopular, que era a defesa de um espião russo preso nos Estados Unidos. E daí vem o primeiro grande ensinamento do filme: não importa o clamor popular ou a sede de justiça da maioria. Toda pessoa merece ter defesa e um julgamento justo.
Donovan sabe que o seu trabalho é impopular, mas ele está preocupado em dar a melhor defesa possível para Abel. Os dois tem claro que há muitas pessoas dos dois lados com a mesma função: espionagem. Se você quer que o seu espião seja bem tratado, em caso de captura, deve tratar bem o espião inimigo, não é mesmo? Esta é a lógica dos dois e, no final dos anos 1950, para a sorte de todos, parecia ser a lógica dos dois regimes em questão. Pena que estes acordos de cavalheiros tenham terminado na era do terrorismo. Agora a racionalidade perdeu todo o terreno para o terror sem argumentação ou negociação.
Inteligente, Donovan procura o juiz Byers (Dakin Matthews) para buscar, mais uma vez, a melhor saída para o seu cliente. Estava em jogo, naquele momento, a pena de morte para ele. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). De forma muito acertada e coerente, Donovan argumentou que era mais inteligente para os Estados Unidos manter o possível espião russo vivo para uma possível troca futura com outro espião americano do que matá-lo e tirar essa possibilidade de negociação do país. Interessante como esta decisão do juiz é contestada pelo público que, como se faz hoje em dia, infelizmente, pediu pela cabeça do condenado – como se esse tipo de “olho por olho” levasse a algum lugar.
No fim das contas Donovan estava certo. Logo no início da produção somos apresentados aos soldados escolhidos pela CIA para voarem com os aviões U-2 e fotografarem os terrenos do inimigo. Um dos pilotos, Francis Gary Powers (Austin Stowell), é atingido enquanto voava e não consegue destruir o avião e a si mesmo antes de cair. Capturado, ele acaba sendo um alvo prioritário de troca para o governo dos Estados Unidos. E é aí que o palpite de Donovan se mostra certeiro.
O filme, claramente, tem dois momentos muito diferentes. Uma fase ambientada nos Estados Unidos, que mostra todo o contexto histórico de temor mas de segurança no país naquela época, e a outra que mostra o mesmo contexto histórico e de mudança radical na Alemanha. Bridge of Spies conta o momento exato em que o Muro de Berlim foi erguido e o que aconteceu logo depois. Donovan descobriria in loco a diferença entre o temor que teve em casa, inclusive com tiros sendo disparados em sua residência, e o que lhe acompanharia durante toda a missão de negociações em Berlim Oriental.
A trilha sonora é fundamental para dar dinâmica e emoção para o filme. Isso acontece, em especial, quando o roteiro não consegue tudo isso sozinho. É o caso de Bridge of Spies. Ainda que seja bem construído, este filme carece de um pouco mais de emoção no desenrolar da história. Sem contar que há diversos trechos do filme que são um pouco forçados – a exemplo das cenas de cativeiro de Powers e a forma com que se dá a prisão de Frederic Pryor (Will Rogers).
O roteiro funciona bem, especialmente quando foram escritas as linhas dos argumentos de Donovan. Tom Hanks e as falas dele, sempre bem construídas, sem dúvida alguma são o ponto forte do roteiro. Além disso, destaco no filme a reconstrução de época, a direção de Spielberg – correta, mas nada inovadora -, e as interpretações de Hanks e de Rylance, muito equilibradas e coerentes. Uma grande produção, sem dúvida. E ainda que valem ser contadas todas as histórias de pessoas comuns que com atos de bravura ajudaram na defesa da justiça e da paz, achei a história de Bridge of Spies um pouco ordinária demais. Ainda assim, ela é válida e tem uma boa mensagem. Vale por isso.
Ah sim, e falando em “moral da história”. Além daquele ponto citado anteriormente, sem dúvida alguma uma outra mensagem deste filme é aquela que advém da frase que abre este post. Não importa a opinião pública, das massas, ou mesmo das pessoas próximas de você. Muitos não entendem o que você faz, fez ou pelo que passou. Mas se você agiu de forma honrada e correta, é isso o que importa. Aja desta forma porque é o certo, não porque alguém vai lhe dar uma medalha ou valorizar o que você fez. Como eu disse antes, o filme vale por isso. Porque não há nenhuma inovação de roteiro, de narrativa ou uma interpretação arrebatadora para tirar a produção da média.
NOTA: 8,5.
OBS DE PÉ DE PÁGINA: Serei franca com vocês. Eu perdi esse filme quando ele estreou nos cinemas brasileiros e só assisti ele agora por causa do Oscar. Por si mesmo, Bridge of Spies não tinha me convencido a vê-lo até então. Gosto do Spielberg e do Hanks, é claro. Mas a história não tinha me atraído até agora. Foi bom ter conferido ele, para estar mais preparada no dia da entrega do Oscar, mas definitivamente este não é um filme que entraria para a minha lista dos melhores do ano passado.
Steven Spielberg, como todos sabem, é um sujeito que entende muito bem do seu ofício de fazer filmes. Ele sabe aonde colocar a câmera em cada segundo para conseguir o melhor efeito dramático para a história. Em Bridge of Spies ele faz isso o tempo todo e, ainda, nos presenteia com algumas cenas que são uma verdadeira pintura. Além do quadro no início do filme, quando vemos Abel caminhando pelas ruas em 1957, destaco as cenas perto do final com Donovan na ponte. Verdadeiras pinturas.
Como eu disse antes, as interpretações de Hanks e de Rylance se destacam nesta produção. Mas não dá para ignorar o elenco de apoio com grandes nomes do cinema – ainda que, serei franca, não achei que ninguém tenha um grande destaque de interpretação. Alan Alda interpreta a Thomas Watters Jr., um dos sócios majoritários da firma na qual Donovan trabalha; Amy Ryan faz a esposa do protagonista, Mary Donovan; Michael Gaston interpreta ao agente Williams, da CIA, que convoca os pilotos para a missão com os novos U-2; Jon Curry interpreta o agente Somner, encarregado da missão de troca entre Abel e Powers; Sebastian Koch interpreta ao advogado alemão Wolfgang Vogel; Jesse Plemons praticamente em uma ponta como o militar recrutado pela CIA e colega de Powers, Joe Murphy; Mikhail Gorevoy como Ivan Schischkin, apontado como diretor da KGB e que negocia na Alemanha com Donovan; e Burghart Klaussner interpreta a Harald Ott em uma ponta como o representante do governo da Alemanha Oriental. Vale citar ainda os atores que interpretam aos filhos de Donovan: Jillian Lebling, Noah Schnapp e Eve Hewson.
Quase ia me esquecendo de outra “moral da história” importante. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Estados Unidos e União Soviética estavam interessados apenas em seus espiões. Mas Donovan insistiu que fizesse parte da troca o jovem e um tanto estúpido estudante Frederic Pryor que estava sendo usado como argumento de pressão pelos alemães. Como Donovan disse, “toda pessoa interessa”. Ele insistiu com isso para que o jovem tivesse um futuro e pudesse voltar para o seu país. As negociações envolvendo ele é o que acabaram sendo o elemento tenso da produção. Mas aí está mais uma boa mensagem: toda pessoa interessa. Todos deveriam ter o direito de viver e de ter oportunidades na vida. Eis algo pelo qual vale batalhar.
Por ser um filme de época, Bridge of Spies tem no trabalho técnico de diversos profissionais e departamentos um ponto crucial. Desta parte técnica, vale destacar a excelente trilha sonora do veterano e premiado Thomas Newman; a direção de fotografia do grande colaborador de Spielberg, Janusz Kaminski; a edição de Michael Kahn; o design de produção de Adam Stockhausen; a direção de arte de Marco Bittner Rosser, Scott Dougan, Kim Jennings e Anja Müller; a decoração de set de Rena DeAngelo e Bernhard Henrich; os figurinos de Kasia Walicka-Maimone; o departamento de arte com nada menos que 68 profissionais envolvidos e o departamento responsável pelos efeitos visuais com outros 108 profissionais envolvidos.
Estes dois últimos números de profissionais que eu citei são impressionantes, não é mesmo? Eles mostram como Hollywood é, realmente, uma indústria. Olhando para toda a equipe envolvida nesta produção, são centenas de pessoas que trabalharam para esta história ser contada. Geração de emprego e muito dinheiro envolvido. Por isso, imagino, o filme acabou sendo reconhecido nas indicações ao Oscar. Ele deve ter sido uma das produções que mais movimentou recursos e empregou gente entre os concorrentes. Como a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood sempre valoriza a indústria do cinema, isso é mais que compreensível.
Bridge of Spies estreou no Festival de Cinema de Nova York em outubro de 2015. Depois, o filme passaria ainda pelos festivais de Hamptons e de Mill Valley, todos nos Estados Unidos. Até o momento esta produção ganhou 15 prêmios e foi indicado a outros 66, incluindo a indicação em seis categorias do Oscar 2016. Entre os prêmios que recebeu, destaque por ter aparecido três vezes na lista dos melhores filmes do ano e por ter recebido sete prêmios de Melhor Ator Coadjuvante para Mark Rylance.
Esta produção, mesmo cheia de tantos detalhes e com tanta gente envolvida, gastou cerca de US$ 40 milhões – menos de um terço do orçamento de The Revenant, que teria custado US$ 135 milhões. Apenas nos Estados Unidos Bridge of Spies fez pouco mais de US$ 70,8 milhões nas bilheterias. Nos outros mercados em que ele estreou ele fez outros US$ 83,5 milhões. Ou seja, ele se pagou tranquilamente.
Para quem gosta de saber aonde os filmes foram rodados, Bridge of Spies foi filmado na Polônia, na Alemanha e nos Estados Unidos, em cidades como Wroclaw, Berlim, Potsdam, Marysville e Nova York.
Agora, algumas curiosidades sobre o filme. Bridge of Spies dá a entender que Donovan era um advogado de seguros e que ele se sente um tanto deslocado da função de negociador e de advogado de defesa. Mas o Donovan real tinha atuado como Conselheiro Geral para o OSS (Escritório de Serviços Estratégicos) dos Estados Unidos, órgão que depois originou a CIA. Ou seja, ele era bem conhecido da comunidade de inteligência e entendia do assunto.
O FBI investigava Rudolph Abel desde 1953, quando ele utilizou uma de suas moedas falsas que escondia mensagens criptografadas para comprar um jornal. O vendedor achou a moeda muito leve e, quando a derrubou no chão, descobriu do que se tratava. Na época, contudo, o FBI não conseguiu desvendar a criptografia da mensagem, o que acabou acontecendo apenas em 1957, quando Reino Häyhänen, um desertor do FBI, entregou a chave para decifrar o código. Em resumo: sim, era certo que Abel era um espião – e ele foi acompanhado por bastante tempo antes de ser preso. Essa história do “nickel oco” foi apresentada antes no filme The FBI Story, estrelado por James Stewart.
De acordo com Steven Spielberg, este filme poderia ter sido feito em 1965. Na época, estava certo que Gregory Peck interpretaria Donovan, Alec Guiness faria Abel e que o roteiro seria escrito por Stirling Silliphant. Mas como o mundo ainda vivia a Guerra Fria, a MGM acabou engavetando o projeto.
Muitas das cenas do filme foram rodadas nos lugares reais em que a história se passou. Mas as cenas em que o Muro de Berlim foi mostrado foram rodadas em Wroclaw, na Polônia, que hoje lembra muito mais a Berlim da época do que a atual cidade alemã.
O pai do diretor Steven Spielberg fez parte de uma missão de engenheiros que foi para a Rússia durante a Guerra Fria, logo após o avião de Powers ter sido abatido. Na época ele pode ver de perto o medo que as duas nações tinham uma da outra, com pessoas apontando para ele e para os outros engenheiros e dizendo “olha o que o seu país está fazendo para nós”, ao se referirem aos destroços do avião abatido.
Este é o primeiro filme de Spielberg desde The Color Purple que não tem a trilha sonora assinada por John Williams. O compositor ficou fora do projeto porque ficou doente em março de 2015 e, por isso, acabou sendo substituído por Thomas Newman.
Como eu imaginava, a banda U2 se inspirou nos aviões mostrados no filme, os U-2, para nomear-se. A filha de Bono Vox, líder da banda, está no elenco – Eve Hewson interpreta a filha mais velha de Donovan.
Mesmo não aparecendo nos créditos do filme, Bridge of Spies foi inspirado nos eventos contados no livro Abel, de Vin Arthey.
A ponte Glienicke, em Berlim, foi realmente usada na troca entre Abel e Powers e em várias outras trocas de espiões durante a Guerra Fria.
Esta é uma coprodução dos Estados Unidos com a Alemanha e a Índia.
Os usuários do site IMDb deram a nota 7,8 para esta produção, enquanto os críticos que tem os seus textos linkados no Rotten Tomatoes dedicaram 218 críticas positivas e outras 21 negativas para a produção, o que lhe garantiu uma aprovação de 91% e uma nota média de 7,8. Uma coincidência rara de avaliações e notas.
CONCLUSÃO: Como todo filme dirigido por Steven Spielberg, Bridge of Spies é um filme bem acabado, com uma trilha sonora perfeita e com uma condução impecável. Além disso, esta produção parece lembrar alguns grandes filmes da história. Mas ela não vai além disso. É um bom filme, mas um tanto “ordinário”. Com isso quero dizer que chega a ser surpreendente o quanto ele foi indicado ao Oscar – isso se não soubéssemos que esta premiação leva muito em conta, além de outros fatores, o lobby de produtores e figurões por trás dos filmes. Apesar de ter uma boa história e uma mensagem bacana, não é um filme para ficar na memória por muito tempo. Achei mediano apenas.
PALPITES PARA O OSCAR 2016: Bridge of Spies foi indicado em nada menos que seis categorias do Oscar. Ele concorre como Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Mark Rylance), Melhor Roteiro Original, Melhor Design de Produção, Melhor Trilha Sonora e Melhor Mixagem de Som.
Eleito como um dos melhores filmes do ano passado em importantes listas como da AFI e do National Board of Review, entendo porque ele chegou com esse peso no Oscar. Ainda que, volto a dizer, me dou ao direito de discordar que ele seja um dos melhores filmes de 2015. Bridge of Spies é uma bela produção, muito bem realizado e conduzido, mas não é arrebatador e nem ficará para a história.
Dito isso, voltemos ao Oscar. Não vejo chances dele ganhar como Melhor Filme e nem como Melhor Mixagem de Som. Estão na frente na concorrência pela primeira categoria The Revenant (comentado aqui) e Spotlight (com crítica neste link) e, na segunda, vejo grandes chances para Mad Max: Fury Road (com crítica aqui), Star Wars: The Force Awakens ou The Revenant.
Parece que Sylvester Stallone tem vantagem na categoria Melhor Ator Coadjuvante. Mas, honestamente, meu voto iria para Christian Bale. Ainda assim, não seria uma zebra completa Mark Rylance ganhar, apesar de que vejo que ele corre por fora apesar dos prêmios que já recebeu por este papel em Bridge of Spies. A trilha sonora do filme é ótima, mas ele tem pela frente The Hateful Eight, premiado no Globo de Ouro, e o excelente trabalho de Carol. Preciso ainda ver aos outros filmes, mas entre Carol (comentado aqui) e Bridge of Spies, prefiro ainda a trilha sonora do primeiro.
Agora, analisemos Melhor Design de Produção. Parada dura aqui. Bridge of Spies, que tem um excelente design de produção, concorre com trabalhos bem diferentes como Mad Max: Fury Road e The Revenant. Pessoalmente, apesar de um filme de época exigir muito neste quesito, eu votaria na ousadia de Mad Max: Fury Road. Acho que a categoria será decidida entre ele e The Revenant. E, finalmente, temos a categoria Melhor Roteiro Original. Preciso assistir ainda aos outros concorrentes, mas sem dúvida alguma acho que Spotlight leva vantagem aqui.
Para resumir, não será nenhuma surpresa se Bridge of Spies sair da noite de entrega do Oscar de mãos abanando. Se for para receber alguma estatueta, eu diria que ele tem alguma chance em Melhor Ator Coadjuvante ou em Melhor Design de Produção. Ainda que, francamente, acho que estas chances são muito, muito pequenas.
5 respostas em “Bridge of Spies – Ponte dos Espiões”
[…] Bridge of Spies […]
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[…] Coadjuvante no Oscar. Com isso não quero dizer que Mark Rylance (de Bridge of Spies, comentado aqui), Christian Bale (de The Big Short, com crítica neste link), Mark Ruffalo (de Spotlight, com texto […]
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[…] concorrem nesta categoria, mas vi a Spotlight (comentado aqui) e a Bridge of Spies (com crítica neste link). Esse último, para mim, não tem chance nenhuma. Para o meu gosto, ainda que o roteiro de Inside […]
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