Nós somos apenas uma pequena parte de tudo que existe. Mas, na maioria das vezes e na maior parte do tempo, nos acreditamos muito maiores do que somos. Ao nosso redor, há muita vida. Diversa, múltipla, minúscula ou maior. Não importa. Há vida por todas as partes, mas muitas vezes ignoramos boa parte desta vida. Ou simplesmente matamos ou contribuímos para a morte destas outras vidas. All That Breathes é um filme impressionante, por sua delicadeza, pela visão diferenciada do diretor e por tudo que ele nos provoca a refletir.
A HISTÓRIA
Começa à noite, mostrando luzes de alguns postes e, pouco a pouco, o entorno. Vemos luzes de carros, ouvimos latidos de cães, vemos um cachorro em um terreno e, um pouco mais distante, uma pessoa e um veículo passando. Então vemos um rato. E logo mais, muitos ratos. Eles percorrem todo o terreno, que está cheio deles. Corta. No céu, uma única ave plaina sob um fundo branco. Um narrador começa a falar daquela ave específica. Ele diz que, enquanto outros pássaros voam, eles demonstram seu esforço. Mas que o milhafre, que está aparecendo em cena, não faz esforço algum. Ele flutua no céu. Nesse filme, vamos acompanhar a história de um projeto que busca salvar esse tipo de ave.
VOLTANDO À CRÍTICA
(SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a All That Breathes): Um filme lento, é verdade, mas muito interessante e cheio de detalhes. Essa produção tem diversas camadas e aborda temáticas também diversas, ainda que o propósito da produção seja muito claro: valorizar uma história específica, focada no trabalho de uma família de protetores de aves de rapina, sendo uma delas especial, ao mesmo tempo em que a produção incentiva o questionamento sobre nosso comportamento no mundo. Afinal, que papel desempenhamos ou queremos desempenhar no planeta?
Primeiro, vamos falar sobre a questão óbvia deste filme. O diretor Shaunak Sen foca em uma história específica, interessante e envolvente, corajosa e talvez até polêmica, para com ela abordar questões universais. Vejamos. Este filme conta a história dos irmãos Mohammad Saud e Nadeem Shehzad, fundadores da ONG Wildlife Rescue. Eles trabalham de forma incansável para resgatar e ajudar a curar aves de rapina como águias e corujas na cidade de Délhi, capital da populosa Índia.
Este é o mote central da produção, mas a partir dele, nos aprofundamos em diversas outras temáticas. Uma personagem importante nesta história, claro, é a própria capital indiana. Certamente All That Breathes bate diferente no público da Índia e na audiência de outros países.
Porque quem nunca morou na Índia ou mesmo visitou o país, ficará um tanto surpreso com o que vê em cena. Sim, ainda que saibamos que a Índia é um dos países mais populosos do mundo – em 2022, segundo esta reportagem da BBC, a Índia tinha 1,4 bilhão de habitantes, sendo a segunda nação mais populosa do planeta, atrás apenas da China -, não deixa de surpreender ver tantos fatores que ligamos à miséria em cena.
Primeiro, a falta de esgoto e a quantidade de lixo espalhado em diversos locais da cidade. Depois, e isso é uma questão muito cultural, certamente, a diferença dos indianos no tratamento e no convívio com os animais. No Brasil e em diversos outros países, podemos ver cães e gatos nas ruas. Mas isso é tudo. Na Índia, ao menos pelo que vemos em All That Breathes, podemos encontrar cavalos, porcos, bois e vacas andando pelas ruas.
Certamente a maneira como os indianos lidam com os animais de diferentes portes é diferente do que a forma como outras populações convivem com esses mesmos animais em seus países. Então a primeira questão interessante de All That Breathes é nos mostrar de perto essa forma diferente como os indianos, ao menos os da capital, convivem com animais de todos os tipos e tamanhos. Chama a atenção, em especial, como as lentes de Sen parece estarem sempre atentas aos bichos. Quando menos esperamos, aparece algum inseto ou animal em cena.
Essa atenção diferenciada do diretor para os animais que convivem com os indianos nos ajuda a refletir sobre como nós também somos, ainda que muitas vezes nos esqueçamos disso, também parte deste universo que respira – como bem sugere o título da produção. Também temos algo de instinto animal e carregamos no nosso DNA evolutivo algumas características que não são estranhas a outros animais mais desenvolvidos.
Apesar de circularem pela cidade, os animais que vemos em cena não parece que são muito cuidados. A sensação que temos é que as pessoas tratam eles como outros seres que tem o direito de conviver no mesmo espaço, mas sem grande zelo, afeto ou cuidado. Ao menos, não vemos isso em cena quando as lentes de Sen focam em cães, cavalos e afins. Isso muda de figura quando a produção aborda o projeto dos irmãos Saud e Shehzad. Eles fazem todos os esforços para resgatar e tentar salvar aves feridas. Tanto que viraram referência na cidade sobre o assunto e são chamados para socorrer pessoas que se sentem ameaçadas por esses animais.
A partir da história dos irmãos e de Salik Rehman, que trabalha também de forma incansável no resgate e no tratamento das aves de rapina, diversas outras questões podem ser levantadas. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). A primeira e mais evidente, e que volta e meia aparece em debates aqui e ali, é de como aquela ONG pode gastar tantos recursos, inclusive sempre indo atrás de doações de sobras de carne, enquanto existe tanta gente passando fome em Délhi e na Índia?
Com respeito a quem levanta esse tipo de questão, mas eu não acho – e não é de agora – que o debate seja esse. Sim, devemos lutar contra a desigualdade social e contra a miséria que leva pessoas, incluindo aí idosos, adultos e crianças, a passarem fome. Isso é um absurdo e deveria ser combatido por todos. Nem por isso devemos fechar os olhos para a miséria e a carência dos animais, não importa se eles são cães, gatos ou aves de rapina. Acho que esta é uma das ideias mais bacanas do filme.
Afinal, algumas pessoas, vendo as cenas de All That Breathes, podem pensar: “Nossa, mas tem tantas aves naquela cidade. Que diferença vai fazer algumas morrerem por acidente ou por ataque de alguém? Ainda assim vão sobrar dezenas ou centenas no céu da cidade”. A questão é que existem menos milhafres, que é a espécie preferida dos irmãos no projeto para serem resgatados, do que antes. E mesmo que o número destes animais fosse o mesmo de anos atrás, por que eles não mereceriam ser cuidados e serem resgatados?
All That Breathes defende, através de sua narrativa, que todos os seres vivos merecem ser cuidados ou, ao menos, respeitados. Todos deveriam ter o direito de viver e/ou sobreviver. Mas será que estamos dando as condições mínimas para isso? As cenas de poluição, os lixões e até os conflitos sociais que vemos em cena nesta produção nos mostram que não, infelizmente não estamos dando condições mínimas para muitos seres viverem nas nossas cidades e no planeta em geral.
Assim, de forma muito natural, All That Breathes nos faz refletir sobre o impacto que o ser humano está causando no planeta. Quantas espécies já não existem mais por nossa causa? Quantas ainda vão sumir, desaparecer, por causa dos nossos atos? Todas essas perguntas são fundamentais e deveriam importar para todas as pessoas, mas não é isso que acontece.
Outra reflexão importante deste filme e que fica muito evidente conforme a narrativa se desenvolve é que infelizmente o trabalho de Saud, Shehzad e Rehman é a exceção. Ainda que eles recebam algum apoio, aqui e ali, claramente eles estão sozinhos na jornada de salvar aqueles animais. A maioria das pessoas estão indo para cá e para lá e recheiam seus dias de mil atividades mas não tem olhos para ver o que está acontecendo com aquelas aves ou com outros seres vivos que estão ao seu redor.
A impressão que a gente tem vendo esse filme é que todas as outras pessoas estão ocupadas demais com as atividades do dia a dia e com correr para cá e para lá e não conseguem olhar para o lado, não conseguem fazer um gesto de ajuda para os animais que estão sofrendo com a “civilização”.
É fato que a modernidade e a pós-modernidade afastaram as pessoas cada vez mais do contato com as diferentes expressões da natureza e, consequentemente, reduziram o nível de informação e de respeito que as pessoas possam ter com os outros seres que coabitam os espaços com a gente. Sinal maléfico dos tempos. Diagnóstico feito, deveríamos tentar reverter esse descaso com a realidade e com uma visão mais ampla da vida. Afinal, fica mais difícil alguém se importar ou mesmo cuidar do que não conhece, de seres que ignora ou com os quais nunca teve contato. Como já diria uma certa letra de música: “a ignorância é vizinha da maldade”.
Reverter o quadro ruim que vemos em cena é o que os protagonistas de All That Breathes tentam fazer. Eles colocaram como um dos propósitos da vida deles defender os milhafres e outras aves de rapina. Para isso, eles vivem de forma humilde, lutando para pagar as contas básicas de suas casas sem perder de vista a ideia de ampliar e de profissionalizar o projeto da ONG que eles criaram. Apesar das dificuldades, eles conseguem projeção após uma reportagem sobre o projeto publicada pelo The New York Times e, finalmente, conseguem o apoio que precisavam para consolidar o projeto de resgate das aves.
Assim, All That Breathes apresenta uma história fascinante e surpreendente, por nos apresentar uma realidade diferente, uma cultura única, ainda que, ao mesmo tempo, essa história seja universal. Porque, certamente, em todas as partes do mundo, temos animais que precisariam de projetos de resgate ou de proteção similar. O que nos traz um pouco de alívio é pensar que em diversas partes também é possível encontrar pessoas generosas e que colocaram como propósito de suas existências salvar essas vidas ameaçadas.
Para além da narrativa central da produção, que tem a ver com diversas vidas coabitando em uma cidade superpopulosa, temos algumas outras questões sociais importantes em cena. Como Sen foca sua narrativa em contar um pouco do cotidiano dos protagonistas e do projeto que eles criaram para salvar aves de rapina, ele não ignora o que está acontecendo em Délhi. Além de cenas de desigualdade social e de pobreza, conferimos imagens de intolerância religiosa, com conflitos sociais violentos nas ruas e bastante insegurança para quem é muçulmano – como é o caso dos protagonistas.
Novamente, surge aquela questão: quem são mais animais, no fim das contas? Como pode, até hoje, pessoas se matarem por questões religiosas? Uns matarem os outros porque não compartilham da mesma fé, da mesma crença? Esse é um verdadeiro absurdo e que segue ocorrendo em diversas partes do mundo – em países e economias com maior ou menor desenvolvimento, não importa. Infelizmente, pelo que este filme e outros fatos variados demonstram, os muçulmanos são mal compreendidos.
Não importa, francamente, qual religião a pessoa adota – ou mesmo se ela adota alguma religião. O que importa mesmo é o que a pessoa faz, seus atos cotidianos, e o que ela defende. Atos valem mais que palavras, discursos, joelho no chão para uma prece qualquer. Saud, Shehzad e Rehman são mais generosos e fazem mais doação no dia a dia do que muitos e muitos que defendem a perseguição de muçulmanos como eles. Afinal, a intolerância religiosa e o ódio proveniente dela são cegos, não fazem distinção sobre a índole ou os atos de quem está sendo perseguido.
Estas questões não podem ser ignoradas em All That Breathes e, mais uma vez, fazem pensar. Não só sobre o lema de que somos “seres racionais” – até que ponto? -, mas sobre o impacto que nossas vidas tem no nosso entorno. Estamos pregando a defesa da vida, não importa se a vida salva nos dará algo em troca ou não, ou estamos destilando o ódio, a exclusão ou, no extremo, até a eliminação de outras vidas? Temos a capacidade de ajudar, em muitos momentos, mas fazemos isso sempre que possível? Damos apenas o que nos sobra ou chegamos a sacrificar alguns dos nossos “luxos” ou abrir mão de alguns dos nossos sonhos para ajudar?
Enfim, All That Breathes nos traz diversas reflexões, nos apresenta uma realidade diferente, múltipla e interessante e, ao mesmo tempo, nos apresenta uma história bonita, com um final cheio de esperança, trazendo um alento para uma possível visão de mundo caótico e conturbado. Há pessoas bacanas, que doam seu tempo e seus recursos para causas importantes e com a qual poucos se importam. Se há muitos perigos para os milhafres por aí, também há quem olhe por eles. Que tenhamos mais histórias como essa para serem contadas e para conhecermos!
Antes de terminar essa crítica, para além do que All That Breathes nos conta e das reflexões que ele provoca, este é um filme com uma narrativa simples, direta e singela. O diretor Shaunak Sen foca na realidade do projeto Wildlife Rescue depois que a iniciativa recebeu atenção da mídia após a reportagem do The New York Times e antes deles melhorarem a sede com o financiamento que conseguem conquistar.
Como o diretor acompanha esta fase do projeto, ele mostra o trabalho de resgate dos protagonistas e um pouco da realidade deles para além do projeto – vemos cenas de Saud e Shehzad em casa, com seus familiares, além de vermos de perto a estrutura que eles tem para o projeto e para viver. Também vemos o contexto em que eles estão inseridos, acompanhando parte da realidade de Délhi em um momento de ampliação dos conflitos sociais com fundo religioso. A narrativa, em si, não surpreende. O que chama a atenção, além da história, é o olhar apurado de Sen para focalizar diferentes espécies e vidas que dividem o espaço em
NOTA
9,2.
OBS DE PÉ DE PÁGINA
Tentei lembrar de todas as questões que me chamaram a atenção quando eu assisti a All That Breathes. Mas devo admitir que não foi algo simples. Explico. Vi esse filme há umas duas semanas, ou um pouco mais… logo após a cerimônia de premiação do Oscar. Mas daí veio pela frente uma montanha de trabalho e, só hoje, finalmente, consegui finalizar esse texto. Comecei a escrever sobre o filme ontem e terminei agora. Algo deve ter se perdido no caminho, passados cerca de 20 dias – ou quase isso – desde que eu vi o filme, mas acho que o essencial está acima. Me perdoem se eu esqueci algo importante… faz parte. 😉
Para quem ficou interessado(a) em conhecer um pouco mais sobre o projeto Wildlife Rescue, sugiro começar fazendo uma visita ao site da iniciativa. Ele é simples, mas bem esclarecedor sobre o trabalho que eles desenvolvem em Délhi e sobre o papel de cada integrante da ONG.
Uma reportagem que eu considero fundamental para quem deseja saber mais sobre essa história é a matéria do The New York Times assinada por Oliver Whang e que aparece na parede dos irmãos Saud e Shehzad. Essa reportagem mudou a realidade deles e do projeto de salvamento das aves de rapina. Uma outra reportagem que eu achei interessante e que traz outra perspectiva sobre o projeto é esta do India Times, assinada por Shweta Sengar. Recomendo a leitura de ambas.
Durante a minha crítica, comentei sobre a população gigante da Índia, segundo país mais populoso do mundo em 2022. Segundo esta reportagem da BBC, existe uma projeção que aponta a Índia como o país mais populoso do mundo em 2050 – se essa projeção for confirmada, o país terá quase 1,7 bilhão de pessoas naquele ano, ultrapassando a China, que teria 1,3 bilhão.
Sobre algumas cenas de conflitos urbanos que vemos em All That Breathes, sugiro a leitura dessa reportagem da Reuters publicada pelo G1 de fevereiro de 2020. Segundo aquela notícia, pelo menos 32 pessoas tinham sido mortas em conflitos entre hindus e muçulmanos em Délhi naqueles dias.
Existe uma certa sugestão, em All That Breathes, que os milhafres salvos pelo projeto seriam “especiais” porque eles teriam um “apelo” religioso. Procurando um pouco a respeito, até porque, serei franca em dizer, até assistir a All That Breathes eu não lembrava de ter alguma vez ouvido falar dos milhafres, encontrei que eles são citados no Levítico da Bíblia. Deixo aqui esse link sobre o capítulo em que aparece a citação do milhafre com um dos animais que seriam “impuros” e que não poderiam ter sua carne comida pelas pessoas. A questão é que os protagonista do filme são muçulmanos, então eles seguem o Alcorão… não encontrei uma citação sobre os milhafres pesquisando sobre eles no Alcorão. Se alguém souber se há alguma ligação, agradeço. 😉
All That Breathes é apenas o segundo filme dirigido por Shaunak Sen. Ele estreou na direção de longas em 2015 com Cities of Sleep, documentário também ambientado em Délhi. Algo me diz que veremos ele sendo premiado muitas vezes ainda… ao menos ele teve um começo muito promissor. Não é todo mundo que é indicado ao Oscar já no seu segundo filme.
O destaque desta produção, claro, está no olhar atento e cuidadoso em cada detalhe do diretor Shaunak Sen. Ele dá o ritmo para o filme, nos apresenta Délhi, os protagonistas da história e valoriza cada ser vivo que aparece em cena – ou busca por esses seres em toda a parte. Essa questão torna esse filme diferenciado, sem dúvida.
Além de Sen, vale comentar o belo trabalho de Ben Bernhard, Riju Das e Saumyananda Sahi na direção de fotografia; a edição competente de Charlotte Munch Bengtsen e Vedant Joshi; a trilha sonora de Roger Goula; o bom trabalho dos assistentes de direção Rohan Ranganathan e Siraj Sharma; e o trabalho complementar e certamente importante do trio Sundarram Arjun, Raju Biswas e Salim Khan como assistentes de câmera.
All That Breathes estreou em janeiro de 2022 no Festival de Cinema de Sundance. Depois o filme participaria, ainda, de outros 45 festivais e mostras de cinema em diversos países, incluindo nesta lista o Festival de Cinema de Cannes e os festivais de Sydney, Melbourne, Hong Kong, Zurique, Hamburgo, Vancouver, Roma, Valladolid e Estocolmo.
Agora, vale citar duas curiosidades sobre esta produção. O título do filme foi sugerido por um dos produtores depois que ele ouviu a frase sendo dita por um dos irmãos protagonistas da história.
Segundo o diretor Shaunak Sen, a intenção dele com o filme não foi fazer um documentário “clássico” sobre vida selvagem. Ele quis construir uma narrativa sobre essa história e aproximar-se mais de “um filme de alta arte”. Para isso, segundo Sen, ele esteve muito atento a cada detalhe da “gramática visual” da produção. De fato, esta é uma produção que foge do padrão dos filmes que retratam a natureza ou a vida selvagem. Ainda que ele também faça isso, All That Breathes vai além.
Em sua trajetória, All That Breathes ganhou 23 prêmios e foi indicados a outros 40 – sendo a indicação mais importante, sem dúvida, a de Melhor Documentário no Oscar 2023. Entre os prêmios que o filme recebeu, destaque para o Golden Eye conferido para Shaunak Sen no Festival de Cinema de Cannes; para o de Melhor Documentário no Gotham Independent Film Award do Prêmio Gotham; para o de Melhor Documentário no Festival Internacional de Cinema de Hong Kong; para o de Melhor Documentário no Festival de Cinema de Londres; para o prêmio World Cinema – Documentary no Festival de Cinema de Sundance; e para os de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Edição conferidos pela International Documentary Association.
Os usuários do site IMDb deram a nota 7 para All That Breathes, enquanto que os críticos que tem os seus textos linkados no site Rotten Tomatoes dedicaram 83 críticas positivas e uma negativa para essa produção, o que significa um nível de aprovação de 99% e uma nota média de 8,3. O site Metacritic apresenta o “metascore” 87 para All That Breathes, fruto de 19 críticas positivas, além do selo “Metacritic Must-see”.
Segundo o site Box Office Mojo, All That Breathes faturou quase US$ 90,8 mil nas bilheterias dos cinemas dos Estados Unidos. Falta informação sobre o resultado que o filme teve em outros mercados, como a Índia.
All That Breathes é uma coprodução do Reino Unido com a Índia e os Estados Unidos.
CONCLUSÃO
Um filme potente, que trata sobre diversos temas, mas que se destaca, em especial, por mostrar como os humanos são cretinos. Quase todos, ao menos. O que estamos realmente fazendo com o planeta e com outros seres vivos? Sejam eles nossos semelhantes ou sejam eles muito diferentes, ao menos em teoria, do que nós. All That Breathes é um filme crítico, cheio de observação, com ritmo lento a maior parte do tempo, mas que mostra uma história linda. Irmãos que resolveram fazer a diferença no local em que eles vivem ajudando na preservação de um tipo de ave. Procuram contribuir com o seu grão de areia, em um movimento que parece isolado e perdido em meio ao caos. Bem construído, com uma narrativa interessante, uma bela pedida desta temporada do Oscar.
Uma resposta em “All That Breathes – Tudo o que Respira”
[…] All That Breathes […]
CurtirCurtir