Categorias
Oscar 2023

E o Oscar 2023 foi para… (cobertura on-line e a lista com todos os premiados)


Olá, minha gente, buenas noches (o buenos días o buenas tardes, dependendo do país em que você esteja)!

Tudo na santa paz?

Pois bem, começamos, neste momento, a resgatar uma tradição que mantemos por aqui no blog desde 2009. Desde aquele ano, acompanho com meus fieis escudeiros e escudeiras aqui do blog a cerimônia de entrega dos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood por aqui.

Claro que a minha história com o Oscar é muito, mas muito mais antiga. Assisto a premiação mais importante de Hollywood desde que eu era criança. Sempre amei o cinema, por isso gostava de acompanhar a entrega do prêmio mais badalado da área. Depois, com o tempo, cursei e me formei em Jornalismo, passei a escrever críticas de cinema em diversos meios e fui ampliando os meus conhecimentos da área e meus gostos sobre diferentes escolas e modos de fazer cinema.

Pois bem, a partir de agora, vivenciamos mais esta experiência juntos. O que podemos esperar desta noite de entrega do Oscar 2023? Como sempre, teremos alguns prêmios mais do que previstos – quase inevitáveis, bolas mais que cantadas – e algumas surpresas aqui e ali.

Como sempre, e isso vocês devem estar cansados(as) de saber, o Oscar nem sempre premia, de fato, os melhores do ano. Há muitas questões em jogo, incluindo os interesses da indústria cinematográfica, os famosos lobbies; os artistas que estão em alta e que a indústria quer premiar para ganhar audiência; nomes que foram ignorados, esquecidos ou deixaram de ganhar o prêmio quando mereciam e que acabam sendo premiados agora; enfim, várias variáveis que ajudam a explicar algumas “injustiças” da vez.

Começo agora, 19h42 deste domingo, dia 12 de março de 2023, a acompanhar o “tapete vermelho” com as celebridades que estão chegando para a premiação.

A primeira pessoa que eu vejo no tapete vermelho é a atriz Danai Gurira, uma das estrelas de Black Panther: Wakanda Forever e que falou sobre a admiração que ela tem de Angela Bassett, colega dela no filme e um dos nomes cotados para ganhar o Oscar nesta noite como Melhor Atriz Coadjuvante. Danai Gurira está linda. Curiosa para vê-la em cena e hoje, especificamente, sobre o palco como uma das apresentadoras do Oscar.

Minha expectativa com o Oscar hoje é que o filme mais indicado do ano, Everything Everywhere All at Once, saia como a produção mais premiada, levando para casa seis prêmios – lembrando que ele foi indicado 11 vezes. Entre outros prêmios, ele deve emplacar os de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Roteiro Original. Sucesso nas bilheterias e entre os críticos, o filme consagra o “novo” cinema americano e diretores jovens que estão trazendo novos ventos para Hollywood.

Também espero ver a consagração do alemão Im Westen Nichts Neues, um filme potente contra os absurdos da guerra e que recebeu nada menos que nove indicações neste Oscar – algo incrível para um filme feito fora de Hollywood. Esse é o lado positivo da evolução do Oscar na última década, dar cada vez mais espaço para filmes feitos fora dos Estados Unidos.

Outras pessoas que passaram pelo tapete vermelho foram a ótima atriz Kerry Condon, um dos destaques de The Banshees of Inisherin, filme indicado nove vezes ao Oscar deste ano. Em seguida, a cubana Ana de Armas comentou sobre a “presença” de Marylin Monroe em Blonde – filme que quero assistir ainda, mas que rendeu a primeira indicação ao Oscar para a atriz.

Em seguida, apareceu em cena uma das minhas atrizes favoritas de sua geração: Jennifer Connelly. Como sempre, ela estava deslumbrante. Além de linda, ela é uma atriz fantástica. Ela será uma das apresentadoras da noite. Em seguida, Angela Bassett em cena. Ela é uma das favoritas na categoria Melhor Atriz Coadjuvante, mas há quem diga que ela pode perder a estatueta para Kerry Condon. Logo saberemos.

Neste ano, teremos o apresentador de talk show e produtor Jimmy Kimmel retornando para o palco do Dolby Theatre em Ovation Hollywood para apresentar o Oscar. Espero que ele apresente piadas mais “moderadas”, digamos assim, e que ele apareça em cena menos do que os apresentadores do passado – até porque a lista de astros e estrelas convocadas para aparecer no palco esta noite é bastante grande. Também esperamos um controle bem maior da Academia para que a lamentável cena de tapa na cara do Oscar passado não se repita neste ano.

No tapete vermelho, há pouco, apareceu o ator Austin Butler, estrela de Elvis e único nome que pode ameaçar o favorito da noite na categoria Melhor Ator. Tudo aponta para que Brendan Fraser consiga o primeiro Oscar da carreira – se alguém pode tirar o prêmio dele, dizem as bolsas de apostas, esse alguém é Austin Butler. Ainda preciso assistir aos filmes estrelados pelos dois para poder opinar. Acho que ambos devem merecer, ao menos pelo comentário geral sobre seus desempenhos.

Entre os modelitos no tapete vermelho até o momento, Ana de Armas e Jessica Chastain estão entre os destaques – com estilos muito diferentes, é verdade, mas ambas chamando a atenção.

Voltando para as expectativas para a cerimônia do Oscar. Além de podermos esperar por uma cerimônia recheada de nomes como “coapresentadores”, naquele estilo mais dinâmico de apresentação que a Academia procurou imprimir nos últimos anos, teremos algumas apresentações musicais mais que esperadas, com destaque para Rihanna, David Byrne e, na sequência, com expectativa um pouco menor, Sofia Carson e Diane Warren, Stephanie Hsu e Son Lux.

Faltando 15 minutos para a cerimônia do Oscar começar, vemos em cena dois atores geniais e que estão simplesmente ótimos em The Banshees of Inisherin: Colin Farrell e Brendan Gleeson. Infelizmente nenhum deles vai levar um Oscar para casa hoje, mas eles são exemplo de como o Oscar deve ser visto como uma vitrine de bons filmes – nem sempre os melhores ganham, como vocês já sabem. Na entrevista breve que deu para a equipe brasileira, Farrell falou do prazer de ser amigo de Gleeson e de como ele ajudou o ator a ter outra visão sobre o roteiro do filme.

E o show começou fazendo, claro, uma homenagem ao cinema, com diversas cenas de todos os filmes indicados neste ano, incluindo curtas e longas. A noite do entretenimento liderado por Jimmy Kimmel. De maneira bastante manjada, devo dizer. Depois dele aparecer “interagindo” com o Tom Cruise de Top Gun: Maverick, e de simularem que os caças que vemos no filme passaram sobre o teatro, ele “desceu de paraquedas” no palco – novidade zero, algo que acredito que veremos um bocado nesta noite.

Depois de fazer uma piada feijão-com-arroz com Nicole Kidman, dizendo que está feliz por ela ter sido finalmente libertada, me chamou a atenção Jessica Chastain, que estava atrás de Nicole, ser a única com máscara. Jimmy Kimmel destacou os atores e atrizes que chegaram ao Oscar 2023 com a primeira indicação em suas carreiras.

Fez piada com Steven Spielberg e com Seth Rogen, que estavam próximos um do outro, e destacou que Spielberg foi o primeiro diretor da história a ser indicado em seis décadas diferentes. Interessante essa observação. De fato, Spielberg foi indicado em todas as décadas desde os anos 1970. Impressionante. Em seguida, ele destacou o gigante, fantástico, brilhante John Williams, compositor de trilhas sonoras maravilhosas e clássicas no cinema e o indicado mais velho na história do Oscar.

E o Oscar voltou para aquela longa apresentação inicial… modelo antigo de apresentação, que tinha dado lugar para apresentações mais dinâmicas nos últimos anos. Isso vai sinalizar uma noite diferente da que tivemos nos últimos tempos ou teremos mais do mesmo? Ainda em sua apresentação longa, Kimmel brincou com o fato do Oscar não ter indicado – mais uma vez – uma diretora na categoria Melhor Direção. Citou também outros esquecidos no Oscar deste ano. Isso achei bacana.

Kimmel também brincou que as pessoas que mais trabalharam para a audiência ir nos cinemas no ano passado, James Cameron e Tom Cruise, não foram para a apresentação do Oscar. Depois de falar das ausências, ele destacou quem estava presente, como Rihanna, Lady Gaga e “Elvis” – citando Austin Butler. O apresentador também brincou que o Oscar vai voltar a apresentar as 23 categorias da noite ao vivo – diferente do que foi feito no ano passado.

Depois de uma longa apresentação, inclusive brincando que os discursos longos não teriam o áudio cortado, mas que entraria em cena um grupo de dançarinos do filme RRR, os atores Emily Blunt e Dwayne Johnson apresentaram a categoria Melhor Animação. E o Oscar foi para… Guillermo Del Toro’s Pinocchio. Primeira bola super cantada deste ano que confirmou o favoritismo.

O diretor mexicano Guillermo del Toro, um dos melhores de sua geração, fez um discurso breve, mas comovente, comentando que filmes de animação são cinema e que não são feitos apenas para criança. Pediram para as pessoas assistirem aos filmes de animação e agradeceu à esposa; aos pais, que não estão mais vivos, mas que estão sempre com ele. Concordo com ele… filmes de animação são incríveis e devem ser mais vistos. Eu mesma preciso corrigir isso, já que nos últimos anos não dei a devida importância para estas produções no Oscar – e em geral aqui no blog.

No retorno do intervalo, a cerimônia do Oscar apresentou o primeiro candidato à Melhor Filme, que foi Avatar: The Way of Water. Para apresentar as categorias de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Atriz Coadjuvante, subiram ao palco os atores Troy Kotsur e Ariana DeBose, os vencedores nestas categorias no Oscar 2022. Muito bacana ver os dois em cena, exemplos de inclusão de parte da diversidade no cinema.

As entregas começaram com a categoria Melhor Ator Coadjuvante. E o Oscar foi para… Ke Huy Quan, de Everything Everywhere All at Once. Mais um favorito que leva seu prêmio para casa. O ator, nascido no Vietnã, tem 15 filmes no currículo. Só hoje, incrível isso, me dei conta que ele era o garotinho dos filmes Indiana Jones and the Temple of Doom e The Goonies, dois clássicos dos anos 1980 que são incríveis, dois dos meus filmes favoritos de sempre.

A premiação dele foi incrível. Ele chorou muito, começou agradecendo e saudando a mãe, que tem 84 anos e que está vendo ele pela TV. Comentou que a história dele começou como um refugiado em um barco, e que sua história parece realmente algo retirado de um filme. Muito bacana vê-lo ganhando esse prêmio pelo que sua vitória simboliza. De fato, ele faz um trabalho excelente no filme favorito do ano – e ele receber a estatueta dourada pode inspirar muitas outras pessoas, então palmas pra ele.

Em seguida, fomos apresentados para as indicadas em Melhor Atriz Coadjuvante. E o Oscar foi para… Jamie Lee Curtis, de Everything Everywhere All at Once. Certo. Agora sim, tivemos a primeira surpresa da noite. A favorita, até então, era Angela Bassett. Mas não vou mentir, é muito bacana ver Jamie Lee Curtis, a eterna estrela de Halloween, ganhar um Oscar. Fiquei de cara! Em seu discurso, muito bacana quando ela comentou que os pais delas foram indicados ao Oscar, mas nunca ganharam, e que esse prêmio era para eles também.

Em seguida, o Oscar abriu espaço para a primeira apresentação musical da noite, com Sofia Carson e Diane Warren. A primeira, arrasando no vocal e a segunda, uma das mais indicadas e premiadas compositoras da história da premiação, mandando ver no piano. Elas apresentaram a música “Applause”, indicada na categoria Melhor Canção Original pelo filme Tell It Like a Woman.

Olha, com essa premiação dupla de Everything Everywhere All at Once nas categorias dos intérpretes em papéis coadjuvantes, podemos ter uma ideia de como o filme sairá arrasador do Oscar deste ano. Pelos premiados, Ke Huy Quan e Jamie Lee Curtis, também fiquei com uma sensação de déjà-vu dos anos 1980, não? Não é todo dia que temos astros de filmes daquela década sendo premiados quarenta anos depois… 😉

No retorno do intervalo, o Oscar nos apresentou um clipe de Tár, indicado como Melhor Filme. Novamente, Kimmel retornou para piadas rápidas antes de chamar os apresentadores da próxima categoria do Oscar. O ator Riz Ahmed e o diretor Questlove subiram ao palco para apresentar os indicados na categoria Melhor Documentário. Categoria bem disputada neste ano. E o Oscar foi para… Navalny.

Aqui, novamente, a vitória do favorito. O diretor canadense Daniel Roher subiu ao palco começando o discurso enaltecendo os outros concorrentes da categoria e seguiu agradecendo o trabalho de jornalismo investigativo de Christo Grozev e Maria Pevchikh. Em seguida, agradeceu a família de Alexei Navalny, com a esposa e os dois filhos dele presentes no palco. Muito emocionante o discurso de Yulia Navalnaya sobre o caso do marido e quando ela se refere diretamente a ele, pedindo para ele seguir forte – mesmo estando preso e isolado de forma arbitrária e sem visitas.

Em seguida, Riz Ahmed e Questlove apresentaram os indicados na categoria Melhor Curta. E o Oscar foi para… An Irish Goodbye. Os diretores do curta, Tom Berkeley e Ross White subiram ao palco, agradecerem ao prêmio e tiveram um gesto muito bacana, que foi chamar o ator James Martin, que estrela a produção e que estava fazendo aniversário hoje, a receber os parabéns da plateia. Simpáticos.

Até o momento, a única surpresa da noite foi Jamie Lee Curtis. Os demais premiados já eram previstos. Ou seja, estamos na média do Oscar, que sempre consagra os premiados em festivais e círculos de críticos de cinema, além de nos surpreender de forma pontual aqui e ali.

No retorno do intervalo, o Oscar nos apresenta o clipe de All Quiet on the Western Front. Em seguida, sobem ao palco os atores Michael B. Jordan e Jonathan Majors para apresentar os indicados na categoria Melhor Fotografia. Muito bacana como os atores apresentaram a importância da fotografia para os filmes – e como este item é fundamental para inovações no cinema. E o Oscar foi para… James Friend, diretor de fotografia de All Quiet on the Western Front.

Mais um favorito que está levando seu Oscar para casa. E, neste caso, mais, muito mais do que merecido. James Friend realmente faz um trabalho impecável neste filme dificílimo de filmar e que tem na fotografia um de seus pontos de destaque. Em seguida, o ator e produtor Donnie Yen subiu ao palco para chamar a próxima apresentação musical, feita por Stephanie Hsu e David Byrne, ao lado de Son Lux, interpretando a música “This Is a Life”, do filme Everything Everywhere All at Once, indicada na categoria Melhor Canção Original. Apresentação comédia, meio esquisita, como o filme. Momento bacana da cerimônia.

No retorno do intervalo, fomos apresentados ao clipe de Women Talking. Em seguida, o ator Samuel L. Jackson e a atriz Jennifer Connelly subiram ao palco para apresentar os indicados na categoria Melhor Maquiagem e Cabelo. E o Oscar foi para… The Whale, com o prêmio sendo recebido por Adrien Morot, Judy Chin e Annemarie Bradley.

O trabalho deles era o favorito da noite. Estou curiosa para assistir esse filme. Eis o primeiro discurso que cortaram no meio – deixaram apenas Adrien Morot falar um pouco, mas Judy Chin foi cortada logo no início. Ficou estranho – achei desnecessário. Seria melhor cortar um pouco do discurso de abertura de Kimmel do que fazer isso. Mas é o Oscar sendo Oscar… para o bem e para o mal, infelizmente – há coisas que demoram mais para mudar.

No retorno de mais um intervalo, o Oscar apresentou o clipe do filme de The Banshees of Inisherin. Esse sim, um dos melhores do ano – junto com Women Talking e Tár, só para falar dos indicados na categoria principal. E então Kimmel sobre ao palco com uma asna, fazendo alusão a uma personagem importante do filme.

Em seguida, vemos os atores Julia Louis-Dreyfus e Paul Dano apresentando os filmes indicados na categoria Melhor Figurino. E o Oscar foi para… Black Panther: Wakanda Forever. O prêmio foi entregue para Ruth Carter, que já havia ganho um Oscar pelo primeiro Black Panther, em 2019. Ruth começa agradecendo a Academia por premiar o trabalho de uma mulher e enalteceu diversas outras mulheres. Uma mulher preta ganhando um prêmio na noite de hoje é algo importantíssimo, até pela pouca presença de mulheres e de pretos em diversas categorias da premiação neste ano.

Na sequência, a atriz Deepika Padukone apresenta o fenômeno musical – ao menos segundo a apresentação do Oscar – da música “Naatu Naatu”, do filme RRR – uma das produções esquecidas na premiação deste ano. Segundo Deepika, esta é a primeira canção indiana que concorre no Oscar. A apresentação foi linda, com muita coreografia em cena e vocais de Rahul Sipligunj e Kaala Bhairava.

Depois de mais uma intervenção meio sem graça de Kimmel, fazendo “piada” com a equipe técnica responsável pelo som, subiram ao palco a atriz Eva Longoria e a presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, Janet Yang. Elas destacam o Museu da Academia, e somos apresentados a um clipe sobre o local.

Na sequência, subiram ao palco os atores Salma Hayek Pinault e Antonio Banderas para apresentar os indicados na categoria Melhor Filme Internacional. A melhor categoria do Oscar, em qualquer ano. E o Oscar foi para… All Quiet on the Western Front. Olha, se rolasse outro premiado aqui, depois do filme ganhar nove indicações ao Oscar, daí sim, a casa iria cair e todos iriam perder suas apostas. Hehehehehe.

É o melhor filme do ano nesta categoria? Olha, não dá para criticar All Quiet on the Western Front ou dizer que o filme não mereceu o prêmio. O filme é um espetáculo, se analisado pelos aspectos técnicos, e tem ótimas interpretações. Mas os roteiros de Close e de EO me parecem muito mais inovadores, interessantes e envolventes. Mas foi bacana ver o diretor Edward Berger receber esse prêmio. Sem dúvidas, ele mereceu, com seu trabalho excepcional na direção. Bacana que Berger ressaltou, entre outros pontos, os dois atores que estavam com ele sobre o palco: Albrecht Schuch e Felix Kammerer, enaltecendo, em especial, Kammerer, dizendo que esse foi seu primeiro filme e que ele foi um dos grandes responsáveis pelo sucesso da produção. Verdade.

No retorno de mais um intervalo, o Oscar apresenta o clipe de The Fabelmans. Kimmel pergunta se todos estão bem, porque temos muitos prêmios para serem entregues ainda, e chama os atores Cara Delevigne e Pedro Pascal para apresentarem os indicados na categoria Melhor Curta Documentário. E o Oscar foi para… The Elephant Whisperers. O prêmio foi entregue para as diretoras Kartiki Gonsalves e Guneet Monga. Como é bom ver um pouco de diversidade sobre o palco entre os premiados! Mas, infelizmente, deixaram Kartiki discursar e cortaram a fala de Guneet logo no início. Mais uma cena lamentável.

Em seguida, os atores apresentaram os indicados na categoria Melhor Curta Animação. E o Oscar foi para… The Boy, The Mole, The Fox and The Horse. Receberam o prêmio Matthew Freud e Charlie Mackesy. Desta vez, não cortaram o discurso deles – dois homens brancos, ingleses… será que deixaram ele falar por ter ficado feio antes ou tem alguma outra razão para o tratamento desigual durante a premiação?

Em seguida, para surpresa geral da nação, já que ela não tinha sido divulgada como uma das pessoas a se apresentar na noite do Oscar, Lady Gaga faz um depoimento pessoal sobre a música que ela apresentou na sequência: “Hold My Hand”, do filme Top Gun: Maverick. Apresentação de arrepiar, totalmente intimista, feita de forma “simples”. Uma das partes mais bonitas e ao mesmo tempo surpreendentes do Oscar até então.

No retorno de mais um intervalo, o Oscar nos apresenta o clipe de Triangle of Sadness. Em seguida, os atores Hugh Grant e Andie MacDowell subiram ao palco para apresentar os filmes indicados na categoria Melhor Design de Produção. E o Oscar foi para… All Quiet on the Western Front. Subiram ao palco os responsáveis por essa parte importante do filme: Christian M. Goldbeck e Ernestine Hipper; ele, liderando o design de produção, e ela, a decoração de set. Desta vez, deixaram os dois discursarem. Menos mal. De seus discursos, destaque por comentarem que o Oscar foi um trabalho de equipe.

Em seguida, os atores John Cho e Mindy Kaling apresentaram as qualidades das trilhas sonoras e fomos apresentados aos filmes indicados na categoria Melhor Trilha Sonora. E o Oscar foi para… All Quiet on the Western Front. Quem recebeu o prêmio foi o compositor Volker Bertelmann, que disse que lembrou muito da mãe quando trabalhou na composição do filme. Bertelmann comentou que a mãe dizia que era fundamental, para mudar o mundo, ter empatia, e começar com o próprio exemplo. Bela menção. E a trilha sonora do filme alemão realmente é marcante. Merecido.

Na sequência, fomos apresentados a um clipe sobre diversos prêmios que são entregues pela Academia durante o ano. No Oscar 2023 eles estão caprichando no merchandising, não? Curioso.

No retorno do intervalo, o Oscar apresentou o clipe de Elvis, indicado na categoria Melhor Filme. Em seguida, a atriz Elizabeth Banks e uma figura vestida de urso apareceram no palco para brincar com a categoria Melhores Efeitos Visuais. Depois de sermos apresentados para os filmes concorrentes nesta categoria no Oscar 2023, o Oscar foi para… Avatar: The Way of Water. Receberam o prêmio Joe Letteri, Richard Baneham, Eric Saindon e Daniel Barrett, responsáveis, juntamente com James Cameron, pelo visual da produção.

Novamente, a segunda pessoa que iria discursar após receberem o prêmio foi cortada – mas, desta vez, até a plateia no teatro não disfarçou o constrangimento com o corte. Ficou feio, realmente. Acho que o Oscar deve rever esses cortes – melhor cortar as piadinhas ridículas do apresentador do que o discurso da galera. Aliás, bem patética a aparição seguinte de Kimmel, fazendo perguntas idiotas para parte da plateia.

Em seguida, a atriz Danai Gurira apareceu em cena para homenagear o ator Chadwick Boseman, que morreu em 2020, e para chamar ao palco a fantástica, gigante Rihanna, que apresentou a música “Lift Me Up”, do filme Black Panther: Wakanda Forever, indicada na categoria Melhor Canção Original. Mais um dos grandes momentos do Oscar 2023.

No retorno do intervalo, o Oscar apresentou o clipe de Everything Everywhere All at Once, o filme mais indicado do ano – e, pelo que tudo indica, o que será o mais premiado. Em seguida, os atores Florence Pugh e Andrew Garfield subiram ao palco para apresentar os filmes indicados na categoria Melhor Roteiro Original. E o Oscar foi para… Everything Everywhere All at Once.

Então, o Oscar realmente quer consagrar o filme dirigido e com roteiro de Daniel Kwan e Daniel Scheinert. Pessoalmente, nesta categoria, acho o roteiro de The Banshees of Inisherin e, em seguida, de Tár, melhores. Mas ok, o ano é do filme dos Daniels. Parabéns para eles. Conseguiram chegar no Oscar como uma patrola.

Na sequência, Florence Pugh e Andrew Garfield apresentaram os indicados na categoria Melhor Roteiro Adaptado. E o Oscar foi para… Women Talking. Ai sim! Finalmente, um dos grandes filmes do ano sendo premiados! Genial também ver a excelente Sarah Polley, uma das minhas diretoras e roteiristas preferidas a subir no palco. Ela é maravilhosa! Em seu discurso, ela ressalta a força da obra que a inspirou, que mostra que mulheres que pensam diferente podem sentar, conversar e chegar na melhor solução para todas, e que é importante que a história de próximas gerações seja diferente, melhor. Maravilhosa, sem mais!

Bem, até o momento, tivemos sim alguns dos melhores filmes do ano sendo premiados: Women Talking, All Quiet on the Western Front e Navalny. Parece que um dos belos filmes do ano, The Banshees of Inisherin, poderá sair de mãos vazias da premiação. Veremos. Sobre o filme que será o mais premiado, Everything Everywhere All at Once, acho bacana um filme com “baixo” orçamento chegar tão longe. Essa é a parte bacana dele ser tão premiado. Mas acho que ele está longe de ser tão bom quanto essa avalanche de estatuetas que ele está recebendo.

Achei curioso também que o Oscar mudou bastante a ordem das categorias entregues durante a premiação. Pessoalmente, não gostei da mudança. Ok, deixam algumas das categorias principais para o final, mas acho que faz mais sentido dividir essa entrega durante a noite.

No retorno do intervalo, o Oscar nos apresentou o clipe do filme Top Gun: Maverick. Depois de mais uma aparição desnecessária de Kimmel, subiram ao palco as atrizes Kate Hudson e Janelle Monáe para apresentar os filmes indicados na categoria Melhor Som. E o Oscar foi para… Top Gun: Maverick. O prêmio foi entregue para Mark Weingarten, James H. Mather, Al Nelson, Chris Burdon e Mark Taylor.

Na sequência, Janelle Monáe e Kate Hudson relembraram o público sobre as músicas indicadas na categoria Melhor Canção Original. E o Oscar foi para… “Naatu Naatu”, do filme RRR. Quem subiu ao palco para receber o prêmio foi M.M. Keeravaani e Chandrabose. Keeravaani comentou que cresceu ouvindo Carpenters, citou o trecho de uma música e, para finalizar, Chandrabose apenas disse Namastê. Menos mal que não cortaram eles desta vez.

Em seguida, John Travolta subiu ao palco para começar a homenagem para os artistas que morreram no último ano. O “In Memoriam” teve uma apresentação de Lenny Kravitz, em mais um momento emocionante da noite – como não poderia deixar de ser.

No retorno de mais um intervalo, as atrizes Sigourney Weaver e Zoe Saldaña subiram ao palco para apresentarem os filmes indicados na categoria Melhor Edição. E o Oscar foi para… Everything Everywhere All at Once. O prêmio foi para o editor Paul Rogers, muito celebrado, especialmente pela equipe do filme. Segundo Rogers, esse é apenas o seu segundo filme. Uau! O discurso dele foi longo mas, claro, não cortaram a fala dele porque ele estava no filme mais premiado do ano, não é? Enfim, ele agradeceu todos da equipe, vários de forma nominal, e a família.

Na sequência, após mais uma fala dispensável de Kimmel, subiram ao palco os atores Nicole Kidman e Idris Elba. Eles apresentaram os indicados na categoria Melhor Direção. E o Oscar foi para… Daniel Kwan e Daniel Scheinert, de Everything Everywhere All at Once. Surpresa alguma porque eles eram os favoritos e, pelas entregas até aqui, está evidente que esse filme iria ganhar quase tudo. Daniel Scheinert agradeceu, em especial, os pais, e Daniel Kwan ressalta que a genialidade de um filme está no grupo, em quem veio antes do que ele, falou bastante de sua família, dos amigos e de todos os que fazem parte do filme.

Depois de mais um intervalo, Kimmel aparece com suas intervenções xaropes antes de dar lugar para Jessica Chastain e Halle Berry para apresentar os indicados na categoria Melhor Ator. E o Oscar foi para… Brendan Fraser, de The Whale. Ele estava emocionado antes de subir ao palco e seguiu assim depois. Fraser começou brincando que agora sim ele entendia o que era estar no “metaverso”. Nunca imaginei ver Brendan Fraser ganhar um Oscar, o que só demonstra como um ator pode se superar e mostrar um trabalho impressionante (imagino) quando atinge a maturidade e ganha o papel certo. Estou curiosa para ver esse filme.

Agora, devemos ver Everything Everywhere All at Once ganhando mais dois Oscar’s, não? Tudo indica. Mas vamos lá. Jessica Chastain e Halle Berry anunciaram as indicadas na categoria Melhor Atriz. E o Oscar foi para… Michelle Yeoh. Sim, ela é uma ótima atriz. Nascida na Malásia, ela tem uma carreira gigante, com 59 trabalhos como atriz no currículo – o filme dela que eu destaco seria Wo Hu Can Long, do grande Ang Lee.

Em seu discurso, Michelle Yeoh falou para todas as meninas, em especial para aquelas que já passaram de uma “certa idade”. A atriz falou de forma emocionada, dedicando o prêmio para sua mãe e para todas as mães, porque elas são as verdadeiras heroínas. Nisso, tenho que concordar totalmente com ela. A atriz também citou que a mãe dela tem 84 anos e que está assistindo ela na Malásia junto com seus familiares e amigos. Finalmente, agradeceu a Academia e disse que a história está sendo feita.

Para finalizar a noite, o ator Harrison Ford entrou em cena para apresentar as produções indicadas na categoria Melhor Filme. E o Oscar foi para… Everything Everywhere All at Once. Evidente, não? Com essa última vitória, o filme dos Daniels consagrou-se com sete prêmios na noite de hoje. Um prêmio a mais do que eu estava esperando. Ficou dentro do previsto, mas dentro do melhor cenário possível para a produção, sem dúvidas. O segundo filme mais premiado da noite foi o alemão All Quiet on the Western Front, que recebeu quatro prêmios – outro feito para uma produção feita fora de Hollywood.

Então é isso, minha gente. A mensagem que eu posso deixar para quem assistiu Everything Everywhere All at Once e que não gostou tanto do filme assim, é que existem filmes melhores entre os indicados deste ano. E o melhor da premiação é que ela sempre nos apresenta filmes interessantes. Todos merecem ser vistos, até para aprendermos um pouco mais sobre cinema e ampliarmos nossa visão sobre diversos temas. Nossa missão agora é seguir zerando ou avançando na lista dos indicados – porque sim, temos o direito de ignorar alguns dos filmes, se quisermos.

Gente, é isso. Termino por aqui o trabalho de “cobertura” da entrega do Oscar 2023. Abaixo, a lista de todos os premiados da noite. Até mais!

Confira a lista com todos os premiados do Oscar 2023:

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 20 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing e, atualmente, atuo como professora do curso de Jornalismo da FURB (Universidade Regional de Blumenau).

Deixe uma resposta

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.