Indicados ao Oscar 2023 – Lista completa e avaliações

Olá, minha gente, muy buenas!

Sim, posso imaginar que vocês estão estranhando esse post sendo publicado apenas agora. Imagino que todos os sites e blogueiros que comentam cinema por aí já trouxeram a lista de indicados ao Oscar 2023. Afinal, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood divulgou esta lista no dia 24 de janeiro, há quase três semanas.

Minha questão é que naquela semana eu estava foram, em uma viagem, e com quase zero de conexão à internet. Depois, teve o aniversário da minha mãe e muito trabalho na sequência… então, me desculpem, mas só hoje eu consegui parar para olhar e comentar a lista dos indicados deste ano.

Esse post, ainda que atrasado, serve para duas finalidades: a primeira, devo dizer, um tanto “egoísta”, que é para me ajudar na cobertura da cerimônia do Oscar… afinal, sempre utilizo o meu post sobre os indicados para escrever o post sobre os premiados (sou boba, nada!); a segunda, tem a ver com um registro sobre as minhas impressões sobre os indicados deste ano e, em geral, sobre a premiação de 2023.

Como vocês também devem saber, o Oscar 2023 será transmitido no dia 12 de março, ou seja, exatamente daqui um mês. O tempo corre contra a gente, que ainda precisa zerar ou ao menos diminuir a lista dos filmes que falta para assistirmos. Serei franca em dizer que não tenho a intenção de zerar esta lista… até porque acho muitos filmes forçados, muitas indicações não me chamam em nada a atenção. Falarei disso em seguida.

Bem, então coloquemos na nossa agenda: a cerimônia do Oscar será no dia 12 de março. Vejamos, agora, os filmes que foram indicados ao prêmio este ano. Sem grandes surpresas na lista – sim, apenas algumas aqui e ali -, temos novamente um filme estrangeiro, feito fora de Hollywood, emplacando também na categoria Melhor Filme, a principal da noite. Algo que acontece de forma consecutiva desde Gisaengchung (Parasita), bem indicado e grande vencedor de 2020.

O anúncio da lista abaixo foi feito pelo ator e produtor Riz Ahmed e pela atriz Allison Williams (eles aparecem na foto que abre este post). Eles divulgaram essa lista no Academy’s Samuel Goldwyn Theater em transmissão que foi feita por diversos canais digitais. Como acontece todos os anos, em 20 categorias são os próprios especialistas em cada área que votam nos finalistas ao Oscar – por exemplo, as categorias de atores são definidas por voto direto dos próprios atores; a categoria dos editores é definida pelos editores; e assim por diante. As categorias Melhor Animação e Melhor Filme Internacional são definidas por comitês formados por profissionais de diferentes áreas que participam da Academia; e a categoria Melhor Filme é definida por todos os participantes ativos da Academia.

Confira os indicados nas 23 categorias do Oscar 2023

Melhor Ator

• Austin Butler (Elvis)
• Colin Farrell (The Banshees of Inisherin)
• Brendan Fraser (The Whale)
• Paul Mescal (Aftersun)
• Bill Nighy (Living)

Avaliação: A partir desta categoria e nas próximas, prometo fazer avaliações curtas, beleza? Para otimizar este post e para ser bem objetiva em cada comentário. O primeiro prêmio a ser entregue pelo Oscar tem um grande favorito e um “azarão” que corre por fora e que pode surpreender. Nesta lista, temos dois veteranos (Brendan Fraser e Colin Farrell) sendo indicados pela primeira vez no Oscar. Farrell é conhecido por alguns trabalhos muito bons, acima da média, mas acho mais raro vermos Fraser neste nível. Apesar disso, é justamente Fraser o favorito deste ano.

Depois, temos dois jovens talentos na disputa, com destaque para Austin Butler, muito elogiado por Elvis – sim, ele é o segundo nome na disputa, segundo as bolsas de apostas. Finalmente, temos Bill Nighy, outro veterano, ator com longa trajetória no cinema, mais conhecido por seus papéis como coadjuvante, sendo indicado pela primeira vez ao Oscar também. Não vi ao trabalho de nenhum deles, então não consigo opinar, mas devo dizer que acho, olhando “de fora”, que a disputa está entre Fraser, Butler e Farrell, nesta ordem de “favoritismo”. Importante dizer que, apesar da categoria ter alguns veteranos, todos os atores desta lista receberam a primeira indicação ao Oscar. Também importante sinalizar que esta é a primeira das nove indicações de The Banshees of Inisherin no Oscar deste ano.

Melhor Ator Coadjuvante

• Brendan Gleeson (The Banshees of Inisherin)
• Brian Tyree Henry (Causeway)
• Judd Hirsch (The Fabelmans)
• Barry Keoghan (The Banshees of Inisherin)
• Ke Huy Quan (Everything Everywhere All at Once)

Avaliação: Temos aqui, novamente, uma boa mescla entre atores veteranos e nomes bem mais jovens. Apesar de The Banshees of Inisherin ter recebido duas indicações nesta categoria, o favoritíssimo é Ke Huy Quan. Entre os indicados, ele é o único que eu vi em cena até o momento. Ele merece ganhar o Oscar? De fato, ele está muito bem no filme. É um dos destaques da produção – mas pelo papel que ele tem na história, sempre fico naquela dúvida se ele não deveria ter sido indicado como Melhor Ator.

Correndo por fora, e bem atrás de Ke Huy Quan nas bolsas de apostas, temos o veterano Brendan Gleeson – que eu amo, devo dizer. Esse ator irlandês normalmente entrega uma performance acima da média e tem, este ano, sua primeira indicação ao Oscar. Outro veterano na lista é Judd Hirsch, mais conhecido por papéis coadjuvantes. Além deles, temos os jovens Barry Keoghan e Brian Tyree Henry. Como vi apenas Quan em cena, não posso opinar se ele, de fato, entrega o melhor trabalho. Pessoalmente, eu ficaria entre ele e Gleeson. Aqui, diferente da categoria anterior, todos os atores, com exceção de Hirsch, receberam a primeira indicação ao Oscar. Hirsch foi indicado, anteriormente, como ator coadjuvante por Ordinary People, filme de 1980. Importante comentar que esta é a primeira das 11 indicações de Everything Everywhere All at Once no Oscar deste ano – filme recordista em indicações.

Melhor Atriz

• Cate Blanchett (Tár)
• Ana de Armas (Blonde)
• Andrea Riseborough (To Leslie)
• Michelle Williams (The Fabelmans)
• Michelle Yeoh (Everything Evywhere All at Once)

Avaliação: Essa categoria, diferente das duas anteriores, tem tudo para marcar uma disputa bem acirrada. Temos na lista três atrizes bem conhecidas e outras duas menos famosas – mas que ganham grande projeção a partir das suas indicações. Não faz muito tempo, tínhamos por aqui uma grande favorita: Michelle Yeoh, ótima atriz, que é o grande nome de Everything Everywhere All at Once.

Mas ela disputa a estatueta com uma gigante: Cate Blanchett, uma das grandes atrizes de todos os tempos. Sou suspeita para falar dela, porque acho seu trabalho perfeito a cada filme. Pois bem, desde que a lista final do Oscar foi anunciada, as bolsas de apostas colocam Blanchett na frente de Yeoh, mas com as duas tendo uma distância pequena entre elas. Ou seja, correriam totalmente por fora, e seria uma grande zebra, se o prêmio fosse para uma das outras indicadas. Yeoh, Ana de Armas e Andrea Riseborough foram indicadas pela primeira vez ao Oscar. Cate Blanchett, por sua vez, recebe aqui sua oitava indicação, tendo recebido, anteriormente, dois Oscar’s – coadjuvante em The Aviator e Melhor Atriz por Blue Jasmine. Michelle Williams está sendo indicada pela quinta vez ao Oscar – ela não ganhou como atriz principal ou coadjuvante até o momento.

Melhor Atriz Coadjuvante

• Angela Bassett (Black Panther: Wakanda Forever)
• Hong Chau (The Whale)
• Kerry Condon (The Banshees of Inisherin)
• Jamie Lee Curtis (Everything Everywhere All at Once)
• Stephanie Hsu (Everything Everywhere All at Once)

Avaliação: Duas veteranas, duas asiáticas menos conhecidas e uma atriz em ascensão figuram nesta lista. Novamente, a exemplo do que vimos antes em Melhor Ator Coadjuvante, podemos ver aqui um filme duplamente indicado, Everything Everywhere All at Once, sair da disputa sem o prêmio. Isso porque, até o momento, as bolsas de apostas colocam Angela Bassett como a favoritíssima na disputa.

Essa atriz, veterana, belíssima, geralmente nos apresenta um trabalho também bem acima da média. Não assisti o segundo filme da grife Black Panther, mas posso imaginar a força da interpretação dela. Honestamente, eu vi o trabalho de Jamie Lee Curtis e de Stephanie Hsu e, apesar delas serem importantes para Everything Everywhere All at Once, e de estarem bem em seus papéis, eu não acho que elas entregam o suficiente para ganharem um Oscar.

Segundo os apostadores, corre por fora e figura em segundo lugar entre as apostas Kerry Condon. Ela é uma bela atriz, bastante competente, e está sendo indicada por um dos filmes mais fortes deste ano. Então, veremos. Mas acredito que Bassett leve. Será bacana, porque esta é a segunda indicação dela ao Oscar. Todas as outras atrizes indicadas estão concorrendo pela primeira vez.

Melhor Animação

• Guillermo del Toro’s Pinocchio
• Marcel The Shell With Shoes On
• Puss In Boots: The Last Wish
• The Sea Beast
• Turning Red

Avaliação: Então, mais uma vez, eis uma categoria sobre a qual tenho dificuldade de falar. Porque há muitos anos eu deixei de acompanhar os filmes de animação – infelizmente. Não assisti a nenhum dos filmes em disputa, mas as bolsas de aposta apontam para um favorito: Pinocchio, dirigido por del Toro. Esse é um gênio, um dos grandes diretores da atualidade. Tenho certeza que o filme dele está acima da média.

É o melhor do ano na categoria? Só quem viu a todos pode falar sobre isso. Não é o meu caso. Hehehehehe. Mas o que me chamou a atenção, nesta categoria, foi ver dois filmes capitaneados pela Netflix (Pinocchio e The Sea Beast) concorrendo com apenas um filme da Disney (Turning Red). Os outros concorrentes são da Universal (Puss in Boots: The Last Wish) e A24 (Marcel the Shell with Shoes On). Nada de Pixar, Studio Ghibli, DreamWorks ou Sony Pictures Animation… interessante, não? Netflix realmente estendendo suas “garras” para todos os lados e dominando diversos segmentos da indústria.

Melhor Fotografia

• All Quiet on the Western Front
• Bardo, False Chronicle of a Handful of Truths
• Elvis
• Empire of Light
• Tár

Avaliação: Essa é uma categoria maravilhosa, uma das minhas favoritas entre os aspectos técnicos de uma produção. Quando um filme destaca-se pela fotografia, temos um espetáculo pela frente. Não vi aos outros indicados desta categoria até o momento, mas posso dizer que All Quiet on the Western Front, sem dúvida alguma, merece esta indicação. Ouso dizer que merece levar a estatueta para casa.

Segundo as bolsas de apostas, o filme alemão, que foi nove vezes indicado ao Oscar deste ano – empatando com The Banshees of Inisherin no número de indicações -, deve levar o Oscar de Melhor Fotografia. Em segundo lugar aparece Elvis.

Melhor Figurino

• Babylon
• Black Panther: Wakanda Forever
• Elvis
• Everything Everywhere All at Once
• Mrs. Harris Goes to Paris

Avaliação: Eis uma categoria técnica complicada de “adivinhar”. Claro que, em alguns anos, um filme acaba se destacando muito nesta categoria. Nestes casos, temos um franco favorito. Mas não acho que isso esteja materializado no Oscar deste ano. Pelo que eu vi de imagens dos filmes, já que, até agora, assisti apenas a Everything Everywhere All at Once, a disputa está um bocado acirrada.

Segundo as bolsas de apostas, duelam pela estatueta, com leve vantagem para o primeiro, Black Panther: Wakanda Forever e Elvis. Depois, viriam bem atrás, os outros concorrentes. Pessoalmente, gosto desta disputa, e tenho leve predileção pelo segundo filme da grife Black Panther. Veremos.

Melhor Direção

• Martin McDonagh (The Banshees of Inisherin)
• Daniel Kwan e Daniel Scheinert (Everything Everywhere All at Once)
• Steven Spielberg (The Fabelmans)
• Todd Field (Tár)
• Ruben Östlund (Triangle of Sadness)

Avaliação: Interessante essa lista. Acho que alguns nomes não surpreenderam ninguém. Mas ao menos um, me surpreendeu – até por ele ter “roubado” a indicação de outra pessoa. Se All Quiet on the Western Front é um dos grandes filmes do ano, acho muito injusto Edward Berger não ter sido indicado nesta categoria. Afinal, ele é o principal responsável pelas qualidades da produção. Os outros indicados, me parece, eram inevitáveis, com exceção de Ruben Östlund, que eu admiro, acho um diretor bastante interessante, mas que, francamente, parece ter entrado quase por acidente nesta lista.

Steven Spielberg, claro, sempre é lembrado pelo Oscar – esta é a nona indicação dele nesta categoria, sendo que ele levou a estatueta para casa duas vezes, por Schindler’s List e Saving Private Ryan. Os demais, são todos estreantes – o que é algo interessante, apesar de eu sentir falta de termos alguma mulher entre as indicadas. Como, até o momento, eu assisti apenas a Everything Everywhere All at Once, considero que seria justo os Daniel’s receberem este prêmio – afinal, eles são os grandes responsáveis pela produção. Segundo as bolsas de apostas, eles são os favoritos – com Spielberg aparecendo, com uma boa distância, no segundo lugar.

Melhor Documentário

• All That Breathes
• All the Beauty and the Bloodshed
• Fire Of Love
• A House Made of Splinters
• Navalny

Avaliação: Essa é a terceira categoria do Oscar que me chama mais a atenção – depois de Melhor Filme Internacional e Melhor Filme. Apesar da minha predileção por essa categoria, não é sempre que eu consigo ver aos filmes indicados a cada ano. Até o momento, por exemplo, não consegui assistir a nenhum dos filmes desta lista. Então fica difícil opinar.

Segundo as bolsas de apostas, o favorito para levar esta estatueta é All the Beauty and the Bloodshed, que narra a história da artista Nan Goldin e que aborda a questão das mortes causadas pela “epidemia de opioides” nos Estados Unidos. Parece interessante. O filme é da produtora Neon, conhecida por documentários. Chama a atenção que duas produções da lista (All That Breathes e Navalny) tem a participação da HBO e que temos uma produção National Geographic (Fire of Love), outra forte produtora de documentários, na disputa, mas que não temos nada da Netflix.

Melhor Curta Documentário

• The Elephant Whisperers
• Haulout
• How Do You Measure a Year?
• The Martha Mitchell Effect
• Stranger at the Gate

Avaliação: Os curtas indicados ao Oscar em três categorias merecem sempre a nossa atenção. Mas, no fim das contas, não é sempre que a gente consegue assistir a estas produções. Mas deveríamos. Porque temos verdadeiras obras de arte e joias entre os curtas indicados. Não consegui ver a nenhum curta em disputa – nem nesta categoria, nem nas outras que irei comentar depois. Então não terei como opinar.

Mas posso falar sobre o curta favorito segundo as bolsas de apostas. Esse curta seria The Elephant Whisperers, uma produção da Netflix que narra a história do casal de indianos Bomman e Bellie. Eles dedicam suas vidas para cuidar de um elefante bebê órfão chamado Raghu. Achei a premissa interessante.

Melhor Edição

• The Banshees of Inisherin
• Elvis
• Everything Everywhere All at Once
• Tár
• Top Gun: Maverick

Avaliação: Dois dos filmes mais indicados do ano em um enfrentamento direto. Assisti apenas a Everything Everywhere All at Once que tem, sem dúvida alguma, a edição como um de seus pontos fortes. As bolsas de apostas indicam que a disputa será acirrada entre esse filme e Top Gun: Maverick, com o filme estrelado por Tom Cruise levando uma certa vantagem e aparecendo na dianteira, mas sem uma grande margem. Apontam que a disputa ficará entre estas duas produções.

Melhor Filme Internacional

• All Quiet on the Western Front (Alemanha)
• Argentina, 1985 (Argentina)
• Close (Bélgica)
• EO (Polônia)
• The Quiet Girl (Irlanda)

Avaliação: A minha categoria favorita do Oscar tem acima os cinco finalistas do ano. Quem me acompanha por aqui sabe que assisti apenas a dois dos cinco filmes, então fica difícil opinar sobre quem é o melhor, de fato. Entre os dois que eu assisti, considero o favoritíssimo do ano, All Quiet on the Western Front como o melhor. Mas ainda quero assistir aos outros três concorrentes – até porque achei uma pena, para dizer o mínimo, Holy Spider ter ficado de fora da disputa.

Com nove indicações ao Oscar deste ano, não preciso nem dizer que seria uma zebra gigantesca se All Quiet on the Western Front não ganhasse esse prêmio, não é mesmo? Nas bolsas de apostas, claro, ele aparece como dominante e favoritíssimo. Em segundo lugar, mas muito, muuuuuito atrás, aparece o filme argentino, única produção de fora da Europa na disputa.

Atualização (em 22/02/23): Agora sim, consegui fechar a lista de filmes indicados nesta categoria. Como sempre, vocês podem acessar as críticas de cada um dos cinco indicados clicando no nome dos filmes, acima. O que posso dizer após assistir a todos os filmes finalistas? Praticamente, repetir o que eu disse antes. Que é evidente o favoritismo de All Quiet on the Western Front. O filme alemão vai levar o Oscar para casa, sem dúvidas. Apesar das bolsas de apostas colocarem Argentina, 1985, como o segundo colocado na disputa, mas bem atrás do filme alemão, eu diria que o melhor filme da lista é o belga Close. Ao menos, como sempre, para o meu gosto. EO e The Quiet Girl correm muito por fora. Apesar de terem qualidades, são filmes com menos força na disputa. Então esse será uma categoria bem previsível.

Melhor Maquiagem e Cabelo

• All Quiet on the Western Front
• The Batman
• Black Panther: Wakanda Forever
• Elvis
• The Whale

Avaliação: Basta ver as fotos de divulgação dos filmes para perceber que existe um favorito nesta disputa. The Whale corre na frente dos outros concorrentes, especialmente pela maquiagem feita no protagonista, Brendan Fraser. O filme é apontado como favorito para receber este Oscar, de fato. Em segundo lugar, mas um bocado atrás, aparece Elvis.

Assisti apenas a All Quiet on the Western Front. Considero que o filme mereceu sua vaga nesta categoria, porque o trabalho de maquiagem é um dos aspectos técnicos que se destacam na produção. Mas fica difícil para um filme estrangeiro concorrer com as produções e os profissionais de Hollywood. Provavelmente vai dar The Whale mesmo.

Melhor Trilha Sonora

• All Quiet on the Western Front
• Babylon
• The Banshees of Inisherin
• Everything Everywhere All at Once
• The Fabelmans

Avaliação: A trilha sonora de um filme, quando primorosa, marca nossa memória para sempre. Quem não tem na memória várias trilhas sonoras fantásticas de filmes que marcaram época e/ou suas vidas? Por ter trabalhos primorosos na memória, devo admitir, me surpreendi por ver as indicações de Everything Everywhere All at Once e All Quiet on the Western Front nesta categoria. Não acho as trilhas destes filmes tão marcantes assim. Como acontece no Oscar algumas vezes, parece que estas indicações foram feitas apenas para os filmes estarem entre os mais indicados do ano.

Enfim… como não vi os outros concorrentes, não vou opinar sobre o favorito. Vou deixar esse papel para as bolsas de apostas. Segundo os apostadores, Babylon é o favoritíssimo nessa categoria. Ele está tão na frente dos demais concorrentes que seria uma zebra ele não levar a estatueta para casa. Em segundo lugar, na lista das apostas, mas muito, muuuuuito atrás, aparece The Fabelmans. Vale comentar que a trilha do filme de Spielberg é assinada pelo gigante, inesquecível, impecável John Williams, vencedor de cinco Oscar’s. A trilha de Babylon é assinada por Justin Hurwitz, que já recebeu duas vezes o Oscar – pela trilha sonora de La La Land e pela música original do mesmo filme, “City of Stars”.

Melhor Canção Original

• “Applause” (Tell It Like a Woman)
• “Hold My Hand” (Top Gun: Maverick)
• “Lift Me Up” (Black Panther: Wakanda Forever)
• “Naatu Naatu” (RRR)
• “This Is Life” (Everything Everywhere All at Once)

Avaliação: Mais uma categoria em que eu não vejo muita justificativa para Everything Everywhere All at Once ganhar uma vaga na disputa. A razão, que o Oscar gosta, volta e meia, é a de dar uma grande visibilidade ao tornar certo filme o mais indicado do ano. Mas bueno… Como não assisti aos demais filmes, novamente, vou apontar aqui qual é o favorito segundo as bolsas de apostas. Lidera a disputa a canção “Naatu Naatu”, do filme RRR, apontado, por muitas e muitas listas dos melhores filmes do ano, como uma das produções mais interessantes de 2022.

“Naatu Naatu” é uma composição de M.M. Keeravaani e Chandrabose. Tomara que os indianos sejam convidados para o Oscar para apresentar a música deles. Estou na torcida por essa música, especialmente por saber que RRR praticamente foi esnobado pelo Oscar – exceto por essa indicação. Ainda quero ver o filme, mas me parece que ele tem tudo para ser bom. Entre os outros indicados, temos nomes muito conhecidos. Vou citar os responsáveis por cada um dos outros concorrentes: “Applause”, composição de Diane Warren, veterana do Oscar; “Hold My Hand” foi composta por Lady Gaga e BloodPop; “Lift Me Up”, composta por Tems, Rihanna, Ryan Coogler e Ludwig Goransson; e “This Is Life” tem composição de Ryan Lott, David Byrne e Mitski.

Melhor Filme

• All Quiet on the Western Front
• Avatar: The Way of Water
• The Banshees of Inisherin
• Elvis
• Everything Everywhere All At Once
• The Fabelmans
• Tár
• Top Gun: Maverick
• Triangle of Sadness
• Women Talking

Avaliação: Eis a lista que nos indicam como a dos melhores filmes do ano. Será mesmo? Há tempos, e não escondo isso por aqui, não acho que a lista do Oscar, de fato, nos aponte para a relação dos melhores filmes do ano. Em 2023, mais uma vez, temos uma lista de produções bem questionável. Há diversos anos, na verdade, vejo essa “derrocada” desta lista. Muitas e muitas vezes vejo apenas filmes medianos dominando entre os indicados – e até alguns filmes ruinzinhos figurando nesta lista. Não é de agora.

Vou ser franca em dizer: tem filmes desta lista que tenho preguiça, muita preguiça de assistir. Respeito quem gosta destes filmes e de seus realizadores, mas tenho preguiça de assistir Top Gun: Maverick, Avatar: The Way of Water e até The Fabelmans. Nada contra o Spielberg, muito pelo contrário. Gosto muito do diretor e reconheço o papel que ele teve para a história do cinema. Mas há tempos eu acho os filmes dele medianos, apenas, e ouvi um burburinho tão ruim sobre esse The Fabelmans que não sei, francamente, se um dia eu vou encarar esta produção.

Top Gun e Avatar… para o meu gosto já foi a época destas produções. Me dá preguiça assistir a essas sequências. All Quiet on the Western Front é um bom filme, mas eu não colocaria ele na lista dos melhores do ano. O mesmo com Everything Everywhere All at Once, que é um filme interessante, bem “maluco”, mas que não entraria na minha lista de melhores. Enfim, complicado. Sobre os demais… ainda preciso conferir o restante da lista para poder opinar. Como ainda não posso fazer isso, vou trazer qual é o filme favorito segundo os apostadores. Na frente, com uma grande dianteira está Everything Everywhere All at Once. Zero surpresa, até porque o filme recebeu 11 indicações, o mais indicado do ano.

Melhor Design de Produção

• All Quiet on the Western Front
• Avatar: The Way of Water
• Babylon
• Elvis
• The Fabelmans

Avaliação: Mais uma categoria técnica interessante, que faz toda a diferença para os filmes – especialmente os de época. Como não assisti a muitos filmes da lista, vou trazer por aqui como andam as bolsas de apostas. Na dianteira, e com uma larga vantagem, aparece Babylon. Depois, beeeeem atrás, está Elvis. Os outros filmes aparecem com poucas chances.

Melhor Curta Animação

• The Boy, The Mole, The Fox and The Horse
• The Flying Sailor
• Ice Merchants
• My Year of Dicks
• An Ostrich Told Me The World Is Fake and I Think I Believe It

Avaliação: Mais uma categoria interessante, que vale ter suas produções conferidas, mas que eu ainda não consegui conferir de perto. Assim, vou trazer quem é o favorito segundo os apostadores. Na dianteira, com larga vantagem, aparece The Boy, The Mole, The Fox and The Horse, curta dirigido por Peter Baynton e Charlie Mackesy, coprodução da Apple com a BBC. O curta é uma adaptação do livro de Charlie Mackesy e conta a história de quatro amigos que descobrem o significado das palavras bondade, coragem e esperança.

Melhor Curta

• An Irish Goodbye
• Ivalu
• Le Pupille
• Night Ride
• The Red Suitcase

Avaliação: Outra categoria interessante e que deveria merecer mais atenção do público. Se eu tiver tempo, logo mais vou tentar conferir este e os outros curtas concorrentes no Oscar deste ano. Como ainda não vi a nenhum destes curtas, vou trazer quem é o favorito segundo as bolsas de apostas. Conforme os apostadores, o franco favorito é o curta Le Pupille. Dirigido por Alice Rohrwacher, o curta produzido pela Disney conta a história da “rebelião” de um grupo de meninas de um internato católico antes do Natal, uma época de guerra e de escassez. O filme é uma produção da Itália, coproduzido pelos Estados Unidos.

Melhor Som

• All Quiet on the Western Front
• Avatar: The Way of Water
• The Batman
• Elvis
• Top Gun: Maverick

Avaliação: Mesmo sem assistir a todos os filmes desta lista, apenas por ter visto trailers e trechos de todas as produções, posso dizer que a relação dos indicados é justa. Todos os filmes que estão aí, sem dúvida alguma, investiram pesado tanto na edição quanto na mixagem de som – aspectos que eram premiados de forma separada e que passaram a render apenas uma estatueta nos últimos anos.

Como não vi a todos os concorrentes, vou repassar por aqui qual é o filme favorito dos apostadores. Segundo eles, Top Gun: Maverick deve levar essa estatueta. O filme aparece muito na frente do segundo colocado, que é All Quiet on the Western Front. Posso imaginar a qualidade técnica do filme neste aspecto. Ainda que o filme alemão seja perfeito neste quesito também. Complexo. Novamente, pode ser que o filme estrangeiro deixe de ganhar simplesmente por não ter os profissionais atuando em Hollywood. Ou não, pode ser mesmo que Top Gun mereça. Só vendo para saber – e acho que não vou passar por essa experiência. Hahahahaha.

Melhores Efeitos Visuais

• All Quiet on the Western Front
• Avatar: The Way of Water
• The Batman
• Black Panther: Wakanda Forever
• Top Gun: Maverick

Avaliação: Aspecto importante para qualquer filme, especialmente os de fantasia e de ação, está é uma categoria que tem fortes concorrentes. Mesmo não tendo assistido a todos esses filmes, mas apenas por trailers e afins, sei que todos mandam muito bem nesse aspecto.

Como não vi a todos os concorrentes, bóra com o que as bolsas de apostas nos apontam? Então, segundo os apostadores, o favorito, com larga vantagem, é Avatar: The Way of Water. Depois, mas com uma distância que quase não dá para visualizar, aparece Top Gun: Maverick. Mas, segundo os apostadores, seria uma grande zebra se Avatar não levar.

Melhor Roteiro Adaptado

• All Quiet on the Western Front
• Glass Onion: A Knives Out Mistery
• Living
• Top Gun: Maverick
• Women Talking

Avaliação: Eis uma categoria que eu gosto de acompanhar. Esta e a categoria seguinte, relacionada também com roteiro. Como vocês sabem, considero o roteiro um ponto fundamental de qualquer filme. É o roteiro que determina as notas que eu dou – junto com outros aspectos, claro, mas ele é o ponto fundamental. Por isso mesmo, depois de Melhor Filme Internacional e Melhor Filme, costumo olhar com carinho para estas categorias de roteiro.

All Quiet on the Western Front é considerado um roteiro adaptado porque Edward Berger, Lesley Paterson e Ian Stokell não olharam para as duas outras adaptações do livro de Erich Maria Remarque para fazer esta produção e sim mergulharam na obra original. Achei o trabalho deles muito bom. É o melhor do ano? Não sei, tenho que ver aos outros concorrentes – menos Top Gun: Maverick, que eu passo.

Tenho uma curiosidade especial por Women Talking, claro, pela história que ela conta e por ser um filme dirigido por Sarah Polley, diretora que eu curto muito. Segundo as bolsas de apostas, o roteiro adaptado por Sarah Polley e por Miriam Toews a partir da obra de Toews é o favorito na disputa. Ele está muito, mas muito mesmo à frente do segundo colocado, que é All Quiet on the Western Front. Veremos.

Melhor Roteiro Original

• The Banshees of Inisherin
• Everything Everywhere All at Once
• The Fabelmans
• Tár
• Triangle of Sadness

Avaliação: Eis outra categoria importante do Oscar – e que eu procuro acompanhar o máximo que eu posso, seja antes ou depois da premiação ter sido entregue. Temos aqui a concorrência direta de dois dos filmes mais indicados do ano. Everything Everywhere All at Once tem no roteiro um dos seus pontos fortes, claro, porque o filme é bastante original e um bocado “maluco”. Ainda assim, como comentei na crítica desta produção, achei o roteiro um tanto simples, no final, quando a história se explica.

Mas ele merece figurar nesta lista, provavelmente. Segundo as bolsas de aposta, o roteiro dos Daniel’s (Daniel Kwan e Daniel Scheinert) é o favorito. Em segundo lugar, um tanto atrás – mas com uma distância que não é tão grande assim -, aparece The Banshees of Inisherin. Admito que esse segundo filme me atrai bastante – estou curiosa por vê-lo. Aqui, não devemos ter uma grande surpresa. A estatueta deve ficar entre esses dois. Mas para opinar sobre esta e outras categorias, tenho muito dever de casa para fazer ainda… muitos filmes para assistir neste próximo mês. Bóra lá!