Toda vez que um filme tenta contar a história de alguém que de fato existiu e faz isso de maneira extremamente correta, me incomodo. Isso porque ninguém tem uma vida assim. Não acredito em trajetórias floridas, edificantes, sem alguns descontroles aqui e ali – sejam eles da natureza que for. Por isso mesmo, admito, me decepcionei um pouco com The Theory of Everything, o filme baseado em parte da vida do físico mundialmente conhecido Stephen Hawking. Esta produção tem uma grande qualidade, mas vários outros defeitos.
A HISTÓRIA: Cenas um tanto borradas dentro de um palácio. Stephen Hawking (Eddie Redmayne) faz círculos sobre um lindo tapete em sua cadeira de rodas. A imagem faz lembrar um relógio no sentido anti-horário. O tempo volta, e o mesmo círculo vemos na roda de uma bicicleta em Cambridge, na Inglaterra, em 1963. Hawking está em uma bicicleta e o amigo Brian (Harry Lloyd) em outra. Os dois competem para ver quem chega mais rápido em uma festa. É lá que Hawking vê pela primeira vez Jane (Felicity Jones), com quem ele começa a namorar tempos depois. Esta é a história dos dois e de como Hawking surpreendeu o mundo por suas teorias e por seu exemplo de vida.
VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso só recomendo que continue a ler quem já assistiu a The Theory of Everything): O nome deste filme é Eddie Redmayne. Ele dá um banho de interpretação em um papel difícil de ser vivenciado. Entra para a lista de grandes atores que já fizeram isso antes – lembro, assim, de pronto de Mathieu Amalric em Le Scaphandre et le Papillon, de Javier Bardem em Mar Adentro e de Marion Cotillard em De Rouille et d’Os, só para citar algumas interpretações marcantes.
Redmayne estudou certamente em detalhes as aparições de Hawking e tentou emular ao máximo o jeito do físico para repassar para o público da melhor forma possível a evolução dele desde a fase de estudante até a de personalidade inglesa recebida pela rainha da Inglaterra. Ele é o melhor do filme, não há dúvida. Outros pontos dignos de elogios são a direção de fotografia de Benoît Delhomme e a trilha sonora de Jóhann Jóhansson. A edição de Jinx Godfrey também é bastante correta, assim como os figurinos de Steven Noble.
Propositalmente eu quis destacar os pontos positivos antes de falar dos negativos. Até porque acho os segundos mais abundantes. Stephen Hawking é um homem extraordinário, que mudou para sempre a forma com que as pessoas veem a física e a ciência. Com a obra Uma Breve História do Tempo, ele tornou estes dois assuntos foco de um bestseller. Quem diria!
E qualquer pessoa que sabe disso, sabe também que ele escreveu a sua obra-prima em uma cadeira de rodas, praticamente imobilizado. Da minha parte, meu conhecimento dele ia um pouco além disso. Eu sabia também que ele é conhecido pelo bom humor e que havia feito algumas aparições na série The Big Bang Theory – uma de diversas que eu acompanho. Pronto, isso era tudo.
Por isso mesmo quando me mostraram o trailer de The Theory of Everything, fiquei fascinada pela premissa do filme. Segundo aquela pílula da história – que, vocês sabem, costumo evitar -, veríamos nesta produção como o amor foi fundamental para Hawking e, consequentemente, para a ciência. Fiquei interessada em conferir este trabalho não apenas por este viés romântico, mas também por conhecer um pouco mais sobre a doença que fez Hawking deixar de ter uma vida normal e também para saber as circunstância que cercaram o seu trabalho científico.
Imaginem que, por tudo isso, eu tinha um bocado de expectativas sobre esta produção. Daí que começo a assistir a The Theory of Everything, e o que me salta aos olhos é o excelente trabalho de Eddie Redmayne. Conforme a história vai se desenvolvendo, espero também que o roteiro de Anthony McCarten faça jus a Hawking. Ledo engano.
Sem dúvida o principal problema deste filme é o roteiro fraco de McCarten. Enquanto assistia à produção e descontando o trabalho de Redmayne, senti falta de um pouco mais de verossimilhança na história. Afinal, sempre me pergunto, se alguém se deu ao trabalho de fazer um filme inspirado em uma história real, o que custa ser o mais fiel possível à essa história? E não precisei de muito para desconfiar do que eu vi em The Theory of Everything.
(SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). A primeira estranheza é que, mesmo considerando que “os tempos eram outros”, parece um pouco forçada a forma com que Jane decide se casar com Stephen mesmo sabendo que ele possivelmente teria apenas dois anos de vida. Certo que ela estava apaixonada por ele, inclusive dizia que o amava, mas me pareceu que a história, pelo menos da forma com que McCarten escreveu, pulou alguns episódios e/ou capítulos. Acho que mais cenas dirigidas por James Marsh deveriam ter mostrado a relação dos dois antes dela tomar uma decisão tão contundente e definitiva.
Depois, é verdade, o prognóstico médico se mostra errôneo, e Hawking não morre após dois anos. Pelo contrário, ele vai piorando pouco a pouco e vive até hoje – no último dia 8 de janeiro, aliás, ele completou 73 anos de vida. Então é louvável a dedicação de Jane para com o marido, mas vai ficando cada vez mais claro que o amor não basta para eles seguirem juntos.
Ela parece ter dificuldade de entender o humor dele, muitas vezes – como na cena em que ele brinca com os filhos -, e certamente eles são filhos de mundos muito diferentes: ele, da ciência, ela, religiosa. Aliás, neste quesito, este filme me fez lembrar a Creation, uma produção bem acabada e que revela um pouco da vida íntima de Charles Darwin – você pode conferir a crítica aqui. Curiosamente, enquanto Darwin também era um homem da ciência, a mulher dele se revelava muito religiosa – e tinha, a exeplo de Jane, dificuldade de entender como o marido não acreditava em Deus. Os dois filmes, por coincidência, tem suas qualidades, mas diversas falhas também.
Mas voltando para The Theory of Everything… Segundo esta produção, é louvável a dedicação de Jane para com o marido. Incentivado por ele, ela acaba entrando no coral comandado por Jonathan Hellyer Jones (o competente Charlie Cox). Logo no início fica evidente uma certa tensão sexual entre os dois, e quando ele passa a frequentar a casa da família, aparentemente sob a anuência de Hawking, esse interesse entre Jane e Jonathan vai ficando mais evidente. Esse é o ponto crucial em que eu desconfiei da história.
Para mim, ficou difícil de acreditar que Hawking decidiu “dar bola” para a enfermeira Elaine Mason (Maxine Peake) como uma forma de terminar com o casamento com Jane para vê-la feliz partindo para uma nova vida com Jonathan. Sério mesmo que depois de Jane trair o marido na noite em que ele foi parar no hospital com pneumonia e os médicos sugerirem que o melhor poderia ser deixar ele morrer que ela iria lutar pela vida de Hawking e imediatamente se distanciar de Jones?
Sim, esse é o conto típico de Hollywood. Ou do cinemão comercial que quer nos contar uma história perfeita, como a dos contos de fada, em que os maus sempre são punidos e nos quais as princesas sempre ficam com os príncipes. A vida real é muito mais complexa que isso. Desta forma, desconfiei do conto de The Theory of Everything. Segundo ele, Jane foi fiel sempre, só pulou a cerca porque foi incentivada por Hawking e, ele sim, tinha uma natureza um tanto “safada” não apenas por não acreditar em Deus, mas porque vivia de risinhos com a enfermeira e porque gostava de revistas de sacanagem.
Oras, meus caros, é preciso ser muito inocente para acreditar nesta fórmula perfeita e de conto de fadas. Desconfiei, não gostei da quase santificação de Jane e nem da história “toda bela” de Hawking. Sempre há algo pode, em algum momento, no reino da Dinamarca. Pois bem, só depois de ver ao filme, que eu resolvi tirar algumas dúvidas a respeito. Foi aí que percebi que The Theory of Everything é baseado no livro Travelling to Infinity: My Life with Stephen escrito por Jane Hawking. Ah sim, daí tudo faz mais sentido.
Se este filme foi baseado no ponto de vista de Jane Hawking, claro que ela deveria parecer uma santa na história, não é mesmo? Evidente. Eu tinha uma vaga lembrança de que o próprio Stephen Hawking havia escrito um livro autobiográfico, e eu fui atrás. Encontrei a obra Minha Breve História (ou My Brief History, do original), lançada em 2013. E lá, meus caros, está o outro lado da moeda.
Hawking dedica um capítulo para os casamentos – porque além de ficar casado grande parte da vida com Jane, ele também se casou com uma de suas enfermeiras, Elaine Mason, no período de 1995 até 2007, quando eles se divorciaram. Desde então, Hawking conta no livro, ele mora sozinho com uma governanta. Pois bem, lá pelas tnatas, ele fala sobre o relacionamento de Jane com Jonathan, e fica sugerido de forma bem clara que os dois tiveram um caso por bastante tempo, com o amante da esposa morando inclusive na casa de Hawking, o que o teria deixado desconfortável lá pelas tantas. Uma versão bem diferente daquela da “santa Jane” que vemos no filme.
Além disso, senti falta de conhecer um Hawking mais brincalhão e menos “abobado”. Sempre soube da ironia refinada dele, mas isso fica bastante à margem da produção. Há falhas graves na história, assim como uma escolha bastante evidente por fazer o “feijão com arroz”, entregar uma história bem filmada, bonitinha, mas sem grandes altos e baixos como a vida de verdade se apresenta. Faltou realidade para um filme que pretende ser autobiográfico. E isso não é nada bom.
ADENDO: Senti, após escrever a crítica do filme e correr para publicá-la ainda no domingo, que faltou falar algo essencial: a história de Stephen Hawking é fantástica. Digna de tirarmos os nossos chapéus e que serve, de fato, como inspiração para muita gente. Em algo The Theory of Everything acerta: em mostrar como esse homem sempre amou a vida e quis/quer vivê-la o máximo possível. Ele, parece, enxerga potencial em todas as pessoas e nos ensina que as nossas dificuldades são fichinhas, na quase totalidade das vezes.
Apesar de vivenciar tantas dificuldades e limitações, ele nunca se sentiu limitado, e sempre guardo um bom sorriso e um olhar generoso. Tudo isso é fantástico e inspirador. O filme mostra um pouco isso, mas senti falta de ser mais legítimo com a história deste gênio. Este desperdício de potencial para fazer um filme verdadeiramente capaz de vencer gerações e continuar sendo importante, como é o caso do homem que inspirou esta produção, é o que acho mais lamentável. Mas a história de Hawking, em si, é digna de aplausos. Só queria acrescentar isso para não ser mal interpretada – não julguei mal o trabalho ou o exemplo de Hawking, mas o filme fraco que fizeram a respeito dele.
NOTA: 7,8.
OBS DE PÉ DE PÁGINA: As qualidades técnicas desta produção eu já destaquei acima. Talvez vale acrescentar ainda o bom trabalho de John Paul Kelly no design de produção; e de Claire Nia Richards na decoração de set. Por outro lado, me incomodou um pouco o trabalho dos nove profissionais da equipe de maquiagem. Senti falta dos personagens, especialmente os protagonistas, envelhecerem mais durante o filme – afinal, muitos anos se passaram entre os primeiros e os últimos fatos, incluindo o miolo da história. Faltou vermos isso visualmente no rosto dos atores.
Dos atores em papéis secundários, sem dúvida alguma Harry Lloyd é o que tem o maior destaque como Brian, grande amigo de Stephen Hawking segundo o filme. Também vale destacar o trabalho de Simon McBurney como Frank Hawking, pai de Stephen; Lucy Chappell em micro-pontas como Mary Hawking, mãe do físico; Adam Godley em uma aparição como o médico que dá o diagnóstico catastrófico, lembrando outra aparições no melhor estilo da finada série Lost; e o sempre ótimo David Thewlis como Dennis Sciama, professor e mentor de Stephen Hawking.
Além dos atores já citados, vale comentar as pontas de Tom Prior como Robert Hawking quando o filho do físico tinha 17 anos; de Sophie Perry quando Lucy Hawking tinha 14 anos; e de Finlay Wright-Stephens quando Timothy Hawking tinha oito anos. Eles aparecem brincando no parque quando Hawking recebe as honras da realeza britânica – e quando ele fala uma das frases mais legais da produção, referindo-se ao maior feitos dos dois, que foi ter gerado e criado aqueles três filhos. Este é um dos momentos importantes da produção, assim como o discurso final de Hawking em que ele ressalta que todo o ser tem um propósito e a sua beleza. Esse ponto, assim como o trabalho de Eddie Redmayne, valem a experiência.
The Theory of Everything estreou em setembro no Festival Internacional de Cinema de Toronto. Depois, o filme participaria ainda de outros cinco festivais. Nesta trajetória, a produção recebeu 12 prêmios e foi indicada a outros 62, incluindo quatro Globos de Ouro. Até o momento – a premiação do Globo de Ouro ainda não chegou na parte boa – o filme recebeu apenas prêmios de menor relevância. Mas ele está indicado aos Globos de Ouro de Melhor Filme – Drama, Melhor Ator – Drama para Eddie Redmayne, Melhor Atriz – Drama para Felicity Jones e Melhor Trilha Sonora. Acredito que apenas Redmayne tem já uma mão na estatueta… veremos se isso se confirma.
De acordo com o site Box Office Mojo, esta produção teria custado cerca de US$ 15 milhões e faturado, apenas nos Estados Unidos, quase US$ 25,9 milhões até hoje, dia 11 de janeiro. No restante dos países em que o filme já estreou ele conseguiu outros US$ 20,3 milhões. Ou seja, está conseguindo se pagar.
Este filme foi totalmente rodado no Reino Unido, incluindo Cambridge – outro erro histórico, já que Hawking morou um tempo importante nos Estados Unidos.
Os usuários do site IMDb deram a nota 7,7 para esta produção. Uma boa avaliação, levando em conta o padrão do site. Os críticos que tem os seus textos linkados no Rotten Tomatoes foram um pouco menos eufóricos, dedicando 157 críticas positivas e 42 negativas para a produção, o que lhe garante uma aprovação de 79% e uma nota média de 7,3 – ainda assim, um bom patamar se levarmos em conta a exigência dos críticos dos site.
Estou correndo para escrever a crítica deste filme e publicá-la antes do final de domingo. Mas prometo que em breve vou acrescentar mais algumas informações por aqui, como curiosidades da produção e o resultado do Globo de Ouro nas categorias em que esta produção está concorrendo.
Esta é uma produção 100% do Reino Unido.
CONCLUSÃO: Algumas histórias verdadeiras são impressionantes. Poucas tanto quanto a de Stephen Hawking. Por isso mesmo, é um tanto frustrante encontrar um filme que não apenas perde a oportunidade de ser legítimo com a história real mas, principalmente, nem consegue ser melhor que os fatos nos quais deveria se basear. The Theory of Everything é uma produção muito “politicamente correta”. Ela tem um grande ator liderando o trabalho e fazendo a experiência valer a pena, mas é só. O roteiro é fraco e a condução do filme um tanto preguiçosa. Faltou tempero por aqui, algo que Hawking sempre conseguiu colocar em seus escritos e participações na cultura pop das últimas décadas. Perderam a oportunidade de fazer um filme melhor sobre ele.
PALPITES PARA O OSCAR 2015: The Theory of Everything, como eu disse acima, recebeu quatro indicações ao Globo de Ouro. O prêmio será entregue neste domingo, nos Estados Unidos. Mas independente se o filme vai receber ou não algum Globo de Ouro, o que nos interessa aqui é o Oscar. As indicações do filme ao prêmio máximo da Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, contudo, pode nos dar uma prévia do que virá aí no próximo dia 15, quando serão conhecidos os indicados ao Oscar.
Para mim, é inevitável a indicação de Eddie Redmayne como Melhor Ator no Oscar 2015. Ele é o que há de melhor nesta produção e, de fato, faz um trabalho memorável, para ser guardado entre os grandes de todos os tempos. Ele será o nome a ser batido este ano – tenho sérias dúvidas se alguém conseguirá fazer isso. Além dele, outras indicações são incertas.
Não me surpreenderia que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood colocasse The Theory of Everything entre os 10 indicados a Melhor Filme do ano. Não acho que o filme mereça, mas sem dúvida é uma forma interessante de reconhecer a figura de Stephen Hawking e, de quebra, agradar aos milhões de fãs dele – incluindo aqueles que seguem a série The Big Bang Theory onde, volta e meia, ele é citado ou faz uma participação. Não seria também surpreendente o filme ser indicado em categorias como Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora.
Para o meu gosto, o único prêmio que esta produção pode merecer é o de Melhor Ator. O restante, seria forçar a barra. Especialmente porque há outros filmes muito melhor acabados e com um desenvolvimento muito mais interessante que este para serem premiados este ano.
4 respostas em “The Theory of Everything – A Teoria de Tudo”
[…] The Theory of Everything […]
CurtirCurtir
[…] do Exército americano. Da mesma forma com que o roteiro de The Theory of Everything (comentado aqui) se mostrou raso, este trabalho de Hall também é unidimensional. O protagonista é o herói, e […]
CurtirCurtir
Estava até gostado do filme, mas quando chegou na parte em que a esposa de Hawking encontra o professor de canto, comecei a desanimar. E quando de repente, o cara começa a fazer parte da família dele como ‘amante assumido’ da esposa perante os filhos e o próprio marido, não tive mais estômago pra continuar assistindo.
Devo confessar que admiro muito o Hawking, mas de fato não sou o público alvo desse filme. Pensei que a trama seria mais voltada para estudiosos e fãs, mas no fundo não passa de uma novela com ‘temas polêmicos’ e clichês que as novelas adoram fazer.
Pode até ser que de fato isso tenha mesmo acontecido na vida dele, mas realmente não consigo ver o filme depois disso.
Eu estava realmente admirado com a namorada de Hawking. Estava vendo que são poucas as mulheres que sacrificariam sua vida por um ideal tão sofrido. E acabo percebendo que de santa ela não tem nada.
Me lembrei daqueles soldados que vão pra guerra defender suas famílias e voltam mutilados e inválidos. E como recompensa pelo sofrimento que eles passaram suas esposas os traem. Triste!
CurtirCurtir
Eu adorei o filme, até a parte que percebo que a esposa dele não é uma santa. Ela estava já cansada de Steven antes mesmo do Jonathan aparecer. Mas quando ele aparece “bum”, acabou tudo. Admito que chorei muito nesse filme, pela trama surpreendente e pela ótima atuação de Eddie Redmayne.
Mas Jane foi péssima, ela que era crente em Deus, começa a flertar com Jonathan e ainda diz que gosta dele mesmo estando casada com Steven! Me subiu o sangue naquele momento.
E no começo ela diz que estará até o final com ele, aham, claro ¬¬
Ela fazia tudo aquilo na frente de Steve e dos filhos, o que foi aquilo?
CurtirCurtir