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Oscar 2022

E o Oscar 2022 foi para… (cobertura on-line e lista com todos os premiados)


Olá, minha gente, boa noite!

Seguimos firmes por aqui com nossa tradição do Oscar. A cada ano, como vocês que me acompanham sabem, vocês tem por aqui a cobertura sobre a entrega da premiação máxima da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

Neste ano, consegui assistir a mais indicados ao Oscar do que no ano passado. Já foi um avanço. Claro que teve edições do Oscar em que eu tinha me saído melhor, tendo assistido, por exemplo, a todos os indicados de Melhor Filme Internacional e Melhor Filme. Neste ano, quase zerei a lista da minha categoria favorita da premiação e assisti aos principais concorrentes da categoria central da premiação. Já é algo.

O que podemos esperar na noite de hoje? Provavelmente, poucas surpresas. Muitos discursos emocionados, especialmente porque teremos uma boa dose de diversidade em cena, entre os premiados e, principalmente, por voltarmos a um evento presencial depois da maior pandemia em mais de um século ter nos privado disso e de milhões de vidas mundo afora. Emoção não deve faltar nos discursos hoje.

Muito bom termos um Oscar presencial, com todos os cuidados de exigir vacina e testes dos participantes antes do evento, para termos aquele gostinho de que as coisas começam a voltar um pouco ao normal se seguirmos com todos os cuidados necessários.

Também teremos uma noite divertida de apresentações musicais. Particularmente, estou na expectativa pela apresentação da Billie Eilish, artista que eu acho fantástica e admiro e que tem grandes chances de hoje levar um Oscar para casa. Também estou curiosa, claro, pela apresentação de Beyoncé e de Van Morrison. Na parte musical, será uma das melhores edições do Oscar dos últimos tempos.

Se teremos emoções interessantes nos discursos, entre os premiados e nas apresentações musicais, não podemos dizer que a emoção esteja em alto nível neste ano entre os mais indicados do Oscar. Achei esta temporada, esta safra, bem mediana, devo dizer. Claro que temos excelentes filmes entre os indicados, principalmente em Melhor Filme Internacional, como sempre. Mas o que eu vi da categoria Melhor Filme… apenas CODA me convenceu. Os demais, achei muito medianos.

Mas eu acho o Oscar fascinante pelo conjunto da obra. Não apenas pelos filmes que a premiação destaca e nos apresenta, mas pelos discursos do evento, pelos shows e pelo espetáculo do tapete vermelho e dos bastidores. Tudo compõem o Oscar, essa premiação que Hollywood sabe vender e promocionar tão bem a cada ano.

Gente, o que eu vi do tapete vermelho até agora, devo dizer que estão caprichando nos looks deste ano. Uma atriz mais linda que a outra. Kristen Stewart e Penélope Cruz são dois dos destaques da noite. Belíssimas!

Não acredito que teremos muitas surpresas na noite de hoje. Boa parte dos favoritos, dos filmes e nomes mais cotados, devem, de fato, levar suas estatuetas para casa. Não teremos surpresa em Melhor Filme Internacional. O ano será de Drive My Car, sem dúvidas. Gostei muito do filme, apesar dele não ser o meu favorito do ano. Mas entendo ele ser premiado, e acho muito bacana, porque é uma produção artística e ousada pela narrativa e pela construção da história, por seus princípios.

Melhor Filme está com a disputa entre CODA e The Power of the Dog, com o primeiro ganhando vantagem nas últimas semanas nas bolsas de apostas. Tudo indica que CODA, filme independente e sem o poder financeiro da Netflix por trás, foi ganhando espaço pouco a pouco conforme os votantes do Oscar começaram a assisti-lo.

Veremos se, de fato, ele teve tempo de virar a roda do favoritismo a seu favor. Quem me acompanha aqui no blog sabe que eu prefiro CODA do que The Power of the Dog. Sem dúvidas sobre isso. Então eu vou ficar feliz se ele, de fato, “surpreender” e ganhar do filme mais indicado da noite.

Este ano teremos algo interessante também, que é o fato da premiação ter três apresentadoras: Regina Hall, Wanda Sykes e Amy Schumer. Estou curiosa para ver as atrizes e a comediante Wanda Sykes em cena. Acho que elas vão marcar uma mudança importante no estilo de apresentação do Oscar. Durante a premiação, além de atores, atrizes e diretores incríveis, teremos a presença de astros dos esportes como o skatista Tony Hawk, o surfista Kelly Slater e o snowboarder Shaun White.

E o Oscar começou especial, com as irmãs Williams apresentando o clipe da música do filme sobre a carreira e o pai delas, King Richard, com a maravilhosa Beyoncé dando um show com “Be Alive”. Incrível. Não temos o vigor da apresentação ao vivo no palco do Oscar, mas igualmente foi um espetáculo o clipe produzido especialmente para a cerimônia. Começamos bem.

Vendo aqui as fotos do tapete vermelho, devo dizer: Jamie Lee Curtis é sempre um nome acima da média, hein? Incrível! Que mulher! Após a Beyoncé, a premiação trouxe as apresentadoras da noite. Amy Schumer começou dando nos dedos sobre a desigualdade de salários em Hollywood brincando que neste ano contrataram três mulheres para apresentar o Oscar porque sai mais barato do que contratar um homem.

Wanda Sykes, Regina Hall e Amy Schumer seguiram tirando sarro da indústria, da falta de igualdade racial, de outras premiações – tiraram sarro do Globo de Ouro – e de vários colegas presentes. Depois do texto cheio de “tiração de sarro” clássico que abre o Oscar, fomos apresentados a uma lista gigantesca de astros, estrelas e de nomes famosos que subirão ao palco da premiação hoje.

No retorno após o clipe, Amy Schumer apareceu brincando com seu próprio papel no Oscar e parabenizou os presentes por terem feitos filmes que ela não viu durante a pandemia de Covid-19. Entre as piadas, uma das mais cretinas brincou com Leonardo DiCaprio e como ele trabalhou para preservar o planeta para as namoradas mais jovens dele. Hahahahaha. Foi terrível.

Na sequência, subiram ao palco H.E.R. e Daniel Kaluuya para apresentar os indicados em Melhor Atriz Coadjuvante. E o Oscar foi para… Ariana DeBose, de West Side Story. Ela era a favoritíssima da noite e conseguiu emplacar o primeiro Oscar entre os favoritos da noite. Em seu discurso, Ariana ressaltou sobre as oportunidades, apesar das dificuldades e, entre os agradecimentos, citou Steven Spielberg, diretor do filme, e Rita Moreno, que a inspirou por fazer o mesmo papel na versão original da produção.

No retorno do intervalo, apresentaram o clipe de Belfast. Regina Hall retornou brincando que alguns testes de Covid-19 foram extraviados e que algumas pessoas teriam que refazer seus testes. Ela chamou diversos nomes, brincou com eles e, finalmente, subiram ao palco Jason Momoa e Josh Brolin, que foram “apalpados” por ela como “zoação”.

Brolin então brincou com Momoa sobre ele ter sido indicado a algum Oscar. Na sequência, fomos apresentados aos indicados na categoria Melhor Som. E o Oscar foi para… Dune. A categoria já tinha sido entregue, então assistimos a uma reprise do discurso de agradecimento dos premiados. Muitos agradecimentos para quem fez parte de Dune, mas sem nenhuma fala para destacar.

Na sequência, vimos o primeiro clipe de um filme homenageado na noite: White Men Can’t Jump, que foi lançado há 30 anos. Bacana essa ideia do Oscar deste ano. Na sequência, subiram ao palco os astros do filme, Wesley Snipes, Rosie Perez e Woody Harrelson. Eles apresentaram os indicados na categoria Melhor Fotografia. E o Oscar foi para… Dune.

Chamando a atenção até agora o ritmo da premiação, intercalada com diversos recursos, e os discursos bastante breves. Parece que o Oscar deste ano está bem “coreografado”. No retorno de mais um intervalo, fomos apresentados aos indicados em Melhor Curta Documentário. E o Oscar foi para… The Queen of Basketball. O Oscar tinha sido apresentado anteriormente e, por isso, assistimos apenas ao discurso feito anteriormente.

Na sequência, o Oscar apresentou o clipe de CODA. Meu favorito da noite. Em seguida, fomos apresentados aos indicados em Melhores Efeitos Visuais. E o Oscar foi para… Dune. Terceiro Oscar para o filme que, como esperado, era o grande candidato para levar as estatuetas nas categorias técnicas da premiação. Sem surpresas até aqui. E já dá para dizermos que Dune será um dos grandes premiados da noite – poucos títulos tem chances de receber três ou quatro estatuetas hoje.

Após um discurso cortado – muita gente sobre o palco -, apareceram em cena Tony Hawk, Kelly Slater e Shaun White para homenagear a franquia 007, ou seja, James Bond. A homenagem foi feita porque a franquia está completando 60 anos em 2022. Assistimos a um clipe com as produções que fazem parte deste “legado”.

No retorno de mais um intervalo, assistimos ao clipe do filme Don’t Look Up. Depois, a apresentação de outro concorrente na categoria Melhor Canção Original. Agora sim, ao vivo no palco do Dolby Theatre, assistimos a Sebastián Yatra apresentando a linda canção “Dos Oruguitas”, composta por Lin-Manuel Miranda. Linda a apresentação dele, dos músicos e do casal de dançarinos. Amei ouvir uma música em espanhol como forte concorrente – mas não a favorita – da noite.

Na sequência, três atrizes que já viveram – ou vão viver – princesas da Disney apresentaram os filmes indicados em Melhor Animação. E o Oscar foi para… Encanto. No discurso, enalteceram como a história do filme trata sobre diversidade, e como as pessoas estão se identificando com ele. Destacaram também a trilha sonora e agradeceram a Colômbia. Simpáticos. E deixaram eles falarem sem cortarem com música. Ufa! 😉

Depois vimos a um clipe do Top 5 pela votação do público pelo Twitter. A lista foi composta por The Matrix, Dreamgirls, Avengers: Endgame, Spider-Man: No Way Home e Zack Snyder’s Justice League. Curiosa essa busca da premiação em fomentar a repercussão do Oscar no Twitter.

Até agora, entre os premiados, tudo previsto e esperado. O que me chama mais a atenção no novo “formato” do Oscar é como a premiação está se preocupando em ser mais dinâmica, com mais quadros “rápidos” na sequência e com a busca de colocar mais pessoas sobre o palco.

Após mais um intervalo, fomos apresentados aos indicados na categoria Melhor Curta Animação. E o Oscar foi para… The Windshield Wiper. No discurso, destacaram como os curtas de animação podem – e são – cada vez mais para adultos. Na sequência, assistimos ao vídeo de apresentação de Drive My Car.

Wanda Sykes retornou apresentando a banda da premiação e, finalmente, o Museu da Academia. Fomos apresentados a este espaço planejado para ser mais um ponto turístico relacionado com o cinema. O Oscar também faz merchandising, claro. Em seguida, subiu ao palco Yuh-Jung Youn para apresentar os indicados na categoria Melhor Ator Coadjuvante. E o Oscar foi para… Troy Kotsur. Yeeeesssssss!!

Sou suspeita para falar, mas Troy Kotsur está divino em CODA. E o Oscar para ele está fazendo história, já que ele é o primeiro ator surdo a ser indicado e a ganhar um Oscar. Foi lindo o gesto de Yuh-Jung Youn antes de falar o nome do ator. E ele ficou emocionado. Foi lindo. Que demais. Ele falou na língua de sinais e foi traduzido para os ouvintes.

Kotsur começou dizendo estar emocionado pela premiação e comentou que está fascinado em como o filme foi recebido bem em todos os lugares, inclusive na Casa Branca. Agradeceu também a todos os teatros para surdos onde ele pode desenvolver sua arte. Ele falou sobre a diretora Sian Heder e comentou como ela foi uma ponte entre surdos e aqueles que ouvem. Mandou uma saudação especial para os pescadores e brincou para eles não esquecerem de comer espinafre.

A homenagem dele para o pai, que sofreu um acidente e ficou paralisado do pescoço pra baixo, foi linda e emocionante. Para finalizar, Kotsur disse que ele estava dedicando o Oscar para todos os surdos, os filhos dos surdos e para todos que tenham alguma deficiência. Gente, foi maravilhoso. Sério! Lindo, lindo. Emocionante. E mais que merecido. Só pelo Oscar dele já valeu a noite!

No retorno de mais um intervalo, foram apresentados os finalistas da categoria Melhor Filme Internacional. Minha categoria favorita a cada ano do Oscar. E o Oscar foi para… Drive My Car. Filme japonês que encantou o público e a crítica por onde passou. Achei uma das ótimas produções do ano. Não seria o meu favorito, mas admito que a produção tem muitas qualidades para ganhar a estatueta. Não foi uma injustiça.

O diretor Ryûsuke Hamaguchi subiu ao palco e se esforçou para agradecer a Academia pelo prêmio e quem garantiu que o filme fosse distribuído. Colocaram a música interrompendo o discurso dele, mas o diretor pediu um minuto e seguiu. Achei mais que justo. Ele nomeou os atores que estavam presentes e os ausentes. Queria falar mais, mas foi “incentivado” a deixar o palco.

Na sequência, Reba McEntire subiu ao palco para apresentar a canção “Somehow You Do”, indicada em Melhor Canção Original e representando o filme Four Good Days. Bela apresentação, mas achei menos emocionante que a anterior feita ao vivo no palco. Podiam ter dado um pouco mais de tempo para Ryûsuke Hamaguchi.

Em seguida, o Oscar pediu um momento de silêncio pela tragédia que está acontecendo na Ucrânia com a invasão russa. Breve momento de posicionamento político da Academia.

Depois de mais um intervalo, fomos apresentados aos indicados em Melhor Curta. E o Oscar foi para… The Long Goodbye. Na sequência, vimos ao clipe de apresentação de Dune. Em seguida, subiram ao palco a atriz Lupita Nyong’o e a figurinista Ruth E. Carter para apresentar os indicados em Melhor Figurino. E o Oscar foi para… Cruella.

Jenny Beavan subiu ao palco para agradecer a família, disse que sente saudades do genro, e explicou as roupas e acessórios que estava usando, comentando que as escolhas foram feitas para homenagear a Cruella que está dentro dela.

Jenny agradeceu sua equipe e ao diretor Craig Gillespie, que a convenceu a embarcar na produção quando ela achou que não teria tempo para isso. Comentou também que um dos destaques da sua carreira foi trabalhar com Emma Stone. E a música interrompeu o discurso, que já foi maior que o diretor do japonês Drive My Car.

Na sequência, o ator John Leguizamo subiu ao palco para homenagear os latinos, mexicanos, antes de chamar mais uma apresentação musical. A apresentação foi feita por diversos artistas que andaram e dançaram em meio ao público do teatro. Entre outros artistas que celebraram a “latinidade” e diversidade, estava Luis Fonsi. Ok, interessante, mas entre essa apresentação e deixar as pessoas discursarem até o final, eu preferia a segunda opção.

Após mais um intervalo, vimos um vídeo do BTS comentando sobre filmes da Disney. Oscar buscando surfar neste fenômeno global também. Em seguida, fomos apresentados ao clipe de King Richard. Em seguida, as apresentadoras da noite entraram como personagens de King Richard, The Eyes of Tammy Faye e Spider-Man.

Na sequência, outra homenagem a um filme que marcou época: June, que está completando 15 anos. Subiram ao palco três pessoas fundamentais para aquela produção: Elliot Page, J.K. Simmons e Jennifer Garner. Eles apresentaram os indicados em Melhor Roteiro Original. E o Oscar foi para… Belfast.

Kenneth Branagh subiu ao palco para receber o Oscar. Entre Belfast e Licorice Pizza, até há pouco apontado como favorito, sem dúvidas ainda prefiro Belfast. Ainda que The Worst Person in the World seja melhor, ao menos para o meu gosto. Branagh homenageou a cidade dele, Belfast, e pessoas que foram perdidas pelos conflitos que ele aborda no filme.

Na sequência, fomos apresentados aos indicados na categoria Melhor Roteiro Adaptado. E o Oscar foi para… CODA. Eeeeebaaaaaa. Que massa. Essa categoria estava super disputada, com filmes muito bons e bem indicados nesta temporada. Estou sentindo que o Oscar de Melhor Filme poderá vir para CODA, hein? Seria massa, para dar mais visibilidade para esta produção.

A maravilhosa Sian Heder subiu ao palco e começou brincando que foi bom ela ter se vestido como uma bola de discoteca. Ela estava lindíssima – e ousada. Agradeceu muitas pessoas que ajudaram ela a fazer esse filme independente. E, que legal, levou uma intérprete em linguagem de sinais para traduzir o discurso dela. Linda demais. Deu um abração na intérprete depois que foi lindo. Amei!

Parte do elenco de CODA junto com a diretora e roteirista Sian Heder

No retorno de mais um intervalo, fomos apresentados aos indicados em Melhor Trilha Sonora. E o Oscar foi para… Dune. Hans Zimmer, gigante da indústria, levou mais um Oscar para casa – mas não pode se fazer presente na premiação por uma questão de agenda. Em seguida, apresentaram o clipe de Licorice Pizza.

Depois, Rami Malek apareceu em cena para chamar a apresentação musical mais esperada da noite – ao menos por mim: Billie Eilish e o irmão Finneas O’Connell apresentando “No Time To Die”, que concorre na categoria Melhor Canção Original. Billie arrasa, minha gente. E foi bem aplaudida pela plateia. Ela tem tudo para levar a estatueta nesta categoria hoje à noite. Veremos.

Após mais um intervalo, fomos apresentados aos indicados em Melhor Edição. E o Oscar foi para… Dune. Ainda que previsto, o fato de Dune realmente ganhar todos os prêmios técnicos aos quais ele concorreu vão me levar a assistir a esse filme. Antes tarde do que nunca, não é mesmo? Em seguida, fomos apresentados ao clipe de Nightmare Alley.

Depois, mais algumas gracinhas das apresentadoras do Oscar antes de Chris Rock subir ao palco para fazer brincadeiras com Denzel Washington, Javier Bardem e Will Smith. A brincadeira com Smith ficou bastante estranha. O clima azedou e ficamos na dúvida se aquilo foi brincadeira e encenado ou não, com Smith encenando um tapa em Rock e gritando com ele. Estranho.

Em seguida, vimos os indicados em Melhor Documentário. E o Oscar foi para… Summer of Soul (…Or, When the Revolution Could Not Be Televised). O diretor Questlove subiu ao palco e falou de forma emocionada sobre o filme, a mãe e o pai e sobre as pessoas marginalizadas de Harlem. Outro momento incrível da premiação de hoje. Esse já era um documentário que eu queria assistir. Agora, tenho que ver ele o mais breve possível. Assim como Flee. Estou curiosa por ambos.

Na sequência, fomos apresentados a uma homenagem para a trilogia The Godfather, que está completando 50 anos. Depois do clipe de homenagem, temos sobre o palco os gigantes Francis Ford Coppola, Al Pacino e Robert De Niro. Nossa, vivi para ver isso. Eles foram aplaudidos de pé pela plateia do teatro por um bom tempo.

Coppola agradeceu a alguns nomes sobre os quais poucos falam e que ele não chegou a agradecer e finalizou o discurso com “Viva Ucrânia”.

No retorno de mais um intervalo, começamos as homenagens aos que morreram no último ano com Sidney Poitier. Diversos nomes famosos vieram na sequência, nos lembrando tantos talentos e pessoas incríveis que perdemos no cinema desde o Oscar 2021. Entre outros nomes, Ivan Reitman foi citado nominalmente, a exemplo de Poitier e de Betty White.

Após mais um intervalo, fomos apresentados aos indicados na categoria Melhor Design de Produção. E o Oscar foi para… Dune. Uau! Filme mais premiado da noite, sem dúvidas. Não somente até este ponto da premiação, mas será o mais premiado sem ter outro concorrente para batê-lo nos números de estatuetas abocanhadas.

Em seguida, somos apresentados a um clipe sobre The Power of the Dog, o mais indicado do ano e o filme que mais vezes ficará a ver navios até o final da premiação. Na sequência, Zoë Kravitz e Jake Gyllenhaal subiram ao palco para apresentar os indicados na categoria Melhor Canção Original. E o Oscar foi para… Billie Eilish e Finneas O’Connell por “No Time To Die”, canção do filme homônimo.

Achei muito fofo como Billie Eilish ficou emocionada e feliz, dando diversos pulinhos e abraçando todos ao redor quando saiu o resultado. Os irmãos foram muito fofos no palco e agradeceram diversas pessoas, com Finneas agradecendo especialmente aos pais. Mais um grande momento do Oscar deste ano.

Em seguida, Kevin Costner subiu ao palco para divulgar os indicados na categoria Melhor Direção. Achei bacana como ele relembrou a primeira experiência dele em um filme “adulto” na vida, quando tinha sete anos de idade e foi ver um filme de faroeste. Foi muito bacana o discurso dele sobre uma lembrança de 60 anos atrás. Ele aproveitou esse discurso para falar sobre o trabalho de quem assume a direção de um filme. Bacana.

E o Oscar foi para… Jane Campion. Que massa! Não achei o filme dela brilhante, mas ela é uma grande, grande diretora. A primeira na história a ser indicada duas vezes na categoria Melhor Direção. E uma das poucas mulheres a ganhar o prêmio até hoje. A diretora de CODA poderia estar indicada neste ano também. Como agora temos, finalmente, mais pretos e pretas indicados em diversas categorias, acho que chegou a hora de termos mais mulheres indicadas em Melhor Direção. Temos ótimas diretoras no mercado, mas poucas vezes lembradas no Oscar.

Jane começou agradecendo e homenageando o elenco, depois outras pessoas que permitiram que o filme fosse feito, inclusive citando a Netflix. Ela leu o discurso, preparado com antecedência – afinal, ela era a favorita da noite. Jane finalizou dizendo que o Oscar é a honraria de uma vida. E, assim, nos encaminhamos para a reta final da premiação.

Caso o soco (ou tabefe?) de Will Smith em Chris Rock, seguido dos berros de Smith para o apresentador do Oscar não falar da mulher dele não tenham sido parte do script, e mesmo a “piada” feita por Rock tendo sido reprovável, acho triste pensar que este será um dos principais assuntos da entrega das estatuetas desta noite. CODA e Dune, certamente, não mereciam ser eclipsados por algo tão babaca. Mas ok, seguimos…

Em seguida, na volta do intervalo, assistimos a uma homenagem pelos 28 anos de Pulp Fiction. Apareceram sobre o palco John Travolta, Uma Thurman e Samuel L. Jackson. Momento muito bacana do Oscar, com o trio sendo aplaudido de pé enquanto Uma e John brincavam de dançar.

O trio de atores apresentou os indicados na categoria Melhor Ator. E o Oscar foi para… Will Smith. Ele foi bem aplaudido pela plateia. Em seu discurso, Will começa falando sobre o personagem, como ele era um grande defensor da família. Chorando no discurso, ele comentou que pode proteger as três atrizes que estiveram com ele em cena.

Disse que sente que está respondendo um chamado de Deus de proteger as pessoas e de ser um “rio” para o seu povo. Deu para ver que ele estava sentindo o que tinha feito antes e disse, nas entrelinhas, que deveria ter ouvido a brincadeira sem revidar. Comentou que quer ser replicador de amor, de cuidado e de preocupação.

Em seguida, pediu desculpas para a Academia, para todos os colegas indicados e falou que aquele era um momento lindo e que estava chorando não pelo prêmio, mas para poder trazer luz para o elenco, a família Williams e outros pretos que precisam de inspiração. Will disse que se tornou um “pai louco”, mas que o amor faz coisas.

Achei especial quando ele disse que Denzel Washington comentou com ele minutos antes de que ele deveria cuidar porque quando se está no alto é que a tentação chega. No final, Will pediu desculpas novamente para a Academia e disse que espera ser convidado em outras vezes.

Enfim, foi um belo discurso, de alguém que percebeu como o que ele fez na cerimônia de hoje iria repercutir muito mal – para ele e para a premiação. Se alguém tinha ficado em dúvida se o que ele fez ao agredir fisicamente e verbalmente Chris Rock fazia parte do script, o pedido de desculpas deixou claro que não, aquilo não estava previsto e foi real.

Depois do último intervalo da noite, fomos apresentados para os indicados na categoria Melhor Cabelo e Maquiagem. E o Oscar foi para… The Eyes of Tammy Faye. Novamente tivemos uma versão curta da entrega da estatueta, que tinha sido feita antes. Finalmente, fomos apresentados para o clipe do último indicado a Melhor Filme do ano, West Side Story.

Depois de mais uma sequência com Amy Schumer fazendo piadas, Vemos ao grande Anthony Hopkins entrando em cena e sendo aplaudido pela plateia do teatro. Hopkins citou Will Smith e disse que ele falou tudo, já que deveriam falar de paz e amor. Hopkins falou sobre o trabalho de suas colegas antes de apresentar as indicadas na categoria Melhor Atriz.

E o Oscar foi para… Jessica Chastain. Gosto muito dela. Mas, neste ano, não vi a nenhum dos trabalhos concorrentes. Então fica difícil de opinar por aqui. Só posso dizer que Jessica é sempre ótima. Vale comentar também que não tivemos surpresas até aqui, especialmente entre os intérpretes. Jessica foi muito aplaudida pelos colegas.

No discurso, Jessica agradeceu a Academia e as pessoas que ajudaram ela a ter uma carreira. Depois, homenageou as outras atrizes indicadas no ano, o diretor Michael Showalter, os produtores, pessoal da maquiagem e cabelo, o parceiro de cena Andrew Garfield, entre outros.

Até que ela entrou na melhor parte da fala quando disse que muitos estão sofrendo neste momento, falou sobre o suicídio, sobre as divisões nos EUA e sobre a compaixão e os atos de amor da personagem dela, Tammy. Ela pediu para que os que se sentem sozinhos e sem esperança saibam que são amados pelo que eles são. Achei linda, um grande momento da noite também.

Finalizando a noite, Lady Gaga e Liza Minnelli apareceram em cena. Elas foram muito aplaudidas. Em uma cadeira de rodas, Liza foi homenageada e tentou dizer algumas linhas do discurso antes de serem apresentados os indicados na categoria Melhor Filme. E o Oscar foi para… CODA. Que demais! Liza é quem revelou o grande vencedor do ano.

Que lindo! Todos da plateia dando os parabéns com as mãos. Que momento histórico! E que demais CODA ter ganho do favorito até algumas semanas atrás. Não tenho nem um pingo de dúvidas que CODA é muito maior e mais interessante do que o mais indicado deste ano, The Power of the Dog. Se você não assistiu esse filme ainda, vejam. Sem um caminhão de expectativas, mas de coração aberto.

Olha, pelo conjunto da obra, gostei muito do Oscar deste ano. Fora o discurso cortado do diretor de Dirve My Car, o restante foi todo maravilhoso. Especialmente os prêmios de CODA, um dos grandes filmes do ano – junto com boa parte das produções estrangeiras. Fico muito feliz por um filme independente ter chegado tão longe.

Vivemos um novo tempo, em que uma produção distribuída pela Apple ganhou de um filme da Netflix. Que bom que os serviços de streaming vem ajudando o cinema a se renovar. Muito bom!

O grande vencedor da noite foi CODA, juntamente com Dune – o primeiro, pela importância dos prêmios; o segundo, pela quantidade de estatuetas que levou para casa. O grande derrotado da noite foi The Power of the Dog, que levou apenas uma estatueta para casa. Enquanto Belfast garantiu uma estatueta, Licorice Pizza saiu de mãos abanando. E é isso. Preciso ver Dune, mas sei que CODA mereceu cada prêmio.

Muito bacana acompanhar mais esse Oscar. Agora, é esperar pelo próximo. Até lá, tenho alguns filmes desta edição para assistir ainda. Obrigada para quem me acompanhou em mais esta edição. Abraços e até o próximo Oscar! Abraços e sigam se cuidando! 😉

Confira a lista com todos os premiados do Oscar 2022:

  • Melhor Filme: CODA
  • Melhor Ator: Will Smith (King Richard)
  • Melhor Atriz: Jessica Chastain (The Eyes of Tammy Faye)
  • Melhor Ator Coadjuvante: Troy Kotsur (CODA)
  • Melhor Atriz Coadjuvante: Ariana DeBose (West Side Story)
  • Melhor Direção: Jane Campion (The Power of the Dog)
  • Melhor Animação: Encanto
  • Melhor Filme Internacional: Drive My Car
  • Melhor Documentário: Summer of Soul (…Or, When the Revolution Could Not Be Televised)
  • Melhor Roteiro Adaptado: CODA
  • Melhor Roteiro Original: Belfast
  • Melhor Fotografia: Dune
  • Melhor Figurino: Cruella
  • Melhor Edição: Dune
  • Melhor Design de Produção: Dune
  • Melhor Maquiagem e Cabelo: The Eyes of Tammy Faye
  • Melhor Som: Dune
  • Melhores Efeitos Visuais: Dune
  • Melhor Trilha Sonora: Dune
  • Melhor Canção Original: “No Time to Die”, de Billie Eilish e Finneas O’Connell (No Time to Die)
  • Melhor Curta: The Long Goodbye
  • Melhor Curta Documentário: The Queen of Basketball
  • Melhor Curta Animação: The Windshield Wiper

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 20 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing e, atualmente, atuo como professora do curso de Jornalismo da FURB (Universidade Regional de Blumenau).

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