Resolvi dar “um tempo” nos filmes sérios e ver algo para me divertir. Wanted é um desses filmes que você sabe exatamente para que ele serve. Cheio de tiroteiros, pancadaria, cenas de ação e alguma piada interessante jogada aqui e ali, ele é feito para você relaxar um pouco dos compromissos cotidianos e dos “papos sérios”. Claro que para as pessoas que não gostam de sangue e nem de violência, ele não serve. Provavelmente para estas pessoas um paralelo no sentido “descompromisso” devem ser os filmes extra-água-com-açúcar. Francamente? Ainda prefiro um filme como Wanted para relaxar. Afinal, ele é bem mais cinema do que os filmes extra-água-com-açúcar. Exige mais talento, técnica, perfeição tecnológica e de equipe para funcionar. E ele funciona.
A HISTÓRIA: Wesley Gibson (James McAvoy) é um administrador contábil que odeia a sua chefe, é traído pela namorada com quem divide um apartamento, Cathy (Kristen Hager), com seu melhor amigo, Barry (Chris Pratt), e precisa tomar remédios para segurar as pontas. Com praticamente nenhum dinheiro no banco e sentindo-se um perdedor, em uma certa noite Wesley vê sua vida mudar radicalmente quando fica no meio de um tiroteio entre Fox (Angelina Jolie) e Cross (Thomas Kretschmann). Sequestrado por Fox, ele é apresentado a Sloan (Morgan Freeman) e a uma organização de assassinos profissionais conhecida como A Fraternidade.
VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Wanted): Antes de mais nada, aviso para as pessoas que não gostam de violência, de pancadaria, de tiros e de cenas impossíveis de serem reproduzidas no mundo real para ficarem longe desse filme. Afinal, ninguém quer ouvir o velho papo de “Ah, mas que filme absurdo!”. Claro que é um filme absurdo. Como a maioria dos filmes de ação do mercado.
Dito isso, vamos ao que interessa: Wanted e suas “gozações”. Sim, porque só pode ser piada dos roteiristas Michael Brandt, Derek Haas e Chris Morgan toda aquela idéia de “sociedade secreta de assassinos” que dependem de uma antiga máquina de tecelagem para criar uma lista de alvos, não é mesmo? Eu achei uma piada e por isso dei risada quando o Sr. Morgan Freeman vai mostrar para o ótimo James McAvoy o “segredo” do grupo. Para mim, foi a maneira dos roteiristas dizerem: “Ei, tanto faz a origem desta lista de alvos, ninguém precisa de algo lógico para fazer um filme de ação”. Como piada, foi uma ótima sacada. Ainda mais porque o “sistema” funciona com o mesmo código binário no qual a alta tecnologia atualmente se baseia – seria, além de tudo, uma crítica a essa “nossa” confiança tão grande nos computadores e demais plataformas tecnológicas? Talvez…
Mas ok, se a “fonte” dos atos da organização é cômica de tão absurda, ela nos revela um pouco também sobre os “alicerces” da maioria das sociedades secretas que existiram e ainda perduram até hoje. A maioria delas (para não dizer que todas) se baseiam muito mais em dogmas, em gestos que viram tradições e são seguidos a risca do que em atitudes realmente válidas ou efetivas nos dias atuais. Existe em seus “modos de atuar” muito tradicionalismo e pouca autocrítica. Mas enfim… certamente este não é um tema do filme – ainda que tenha me feito pensar.
Não sei vocês, mas desde o início eu achei que Wanted não deixa claro quem é o bandido e quem é o mocinho do filme. (SPOILER – não leia se você ainda não assistiu ao filme). Por isso que quando a “máscara cai” e ficamos sabendo que Cross é o mocinho da história e o verdadeiro pai de Wesley, juro que não me surpreendi. Então este filme não é um daqueles que vai te deixar “de cara”, surpreendido, abismado com a reviravolta da história e fascinado com a surpresa final. As cenas de ação valem o filme – e desde a “captura” de Wesley por Fox com o carro, meio que no início do filme, você já sabe que muitas dela serão absurdas, irreais e impossíveis na vida real. Mas quem se importa? O que interessa é que neste filme, sem grandes surpresas e com grandes atores em tela, não faltam tiroteios, socos na cara, tortura, facadas, mais tiroteios, perseguições de carro, mais tiroteios, e por aí segue.
Não foi por acaso que Wanted recebeu duas indicações técnicas no último Oscar – nas categorias de Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som. O filme funciona a perfeição em suas múltiplas cenas de ação. Merecem destaque neste processo os trabalhos do diretor de fotografia Mitchell Amundsen, a excelente trilha sonora de Danny Elfman, o minucioso trabalho do editor David Brenner e, claro, as dezenas de profissionais que trabalharam nos efeitos especiais e de som neste filme.
E merece uma menção especial a direção precisa e inspirada de Timur Bekmambetov (que tem um blog em russo…) – que desde os filmes Nochnoy Dozor e Dnevnoy Dozor (este último comentado aqui no blog), de 2004 e 2006, respectivamente, entrou na lista dos grandes diretores da atualidade. O homem, nascido na antiga União Soviética, merece respeito. Como diretor, Bekmambetov tem talento, criatividade, e um senso apurado para equilibrar ação e dinâmica entre atores. Sem dúvida, é um nome para ficarmos atentos. Levado para Hollywood, além de dirigir Wanted, ele terá financiamento da Fox para terminar a sua trilogia de ficção conhecida como Night Watch (as duas outras partes eu citei anteriormente). Twilight Watch, último capítulo da trilogia, está previsto para ser lançado ainda este ano.
Pessoalmente, não tenho um gosto especial por armas – não tenho nenhuma e nem penso em ter. Mas cá entre nós: que armas lindas que foram escolhidas para esse filme! Só imagino o êxtase da homarada com esse filme… afinal, ele tem cenas de ação geniais, armas incríveis, carros idem e, de quebra, Angelina Jolie. hehehehehehehehehehehe
Mas para não dizer que o filme é perfeito, me cansou um bocado aquela idéia de “Ei cara, você também pode sair da sua vida medíocre e se tornar “O CARA”…”. Certo. Para isso basta ser encontrado por uma organização secreta que tem mil anos de história, passar por seis semanas de treinamento porrada e tudo beleza. Ah, meus amigos, aquela frase final e, principalmente, essa idéia de “qualquer pessoa pode se tornar o máximo” foi totalmente fora de tom, vai. Podíamos ter passado sem essa.
NOTA: 7,7 7.
OBS DE PÉ DE PÁGINA: Como falei anteriormente, Wanted foi indicado a dois Oscar’s – e perdeu ambos. Em sua trajetória por prêmios, ele foi indicado a outros sete, mas não conseguiu abocanhar nenhum. Ainda que seja tecnicamente muito bem acabado, parece que este filme é daqueles para fazer bilheteria – e não para ganhar prêmios.
Achei curioso que Wanted é um filme dirigido por um russo, com elenco de várias partes do mundo e com investimento dos Estados Unidos e da Alemanha. Ainda que seja financiado pelos germânicos, não vou acrescentá-lo na minha lista de filmes alemães da atual safra, ok? 😉
Como sempre acontece com os filmes do diretor Timur Bekmambetov, o material de divulgação do filme é muito bacana. Os cartazes são ótimos.
De crítica o filme não foi muito bem – como quase sempre quando o filme é de ação. Os usuários do site IMDb deram uma nota 6,9 para a produção, enquanto que os críticos do Rotten Tomatoes foram um pouco mais bondosos: dedicaram 135 textos positivos e 52 negativos para o filme, o que lhe garantiu uma aprovação de 72%. Nas bilheterias ele já foi melhor… faturou pouco mais de US$ 134,2 milhões nos Estados Unidos. Saiu bastante no lucro, já que ele teria custado aproximadamente US$ 75 milhões.
Gostei que o diretor levou o protagonista de sua trilogia Night Watch para Wanted. Konstantin Khabenskiy pode ser visto como o “cara da enfermaria”. Seu papel é pequeno e ele não tem muito tempo de mostrar o bom ator que ele é, mas tá valendo. Merecem ser citados ainda os atores Terence Stamp como o fabricante de armamentos Pekwarsky; Common como o “armeiro”; Marc Warren como “o cara dos reparos”; David O’Hara em uma superponta como Mr. X; Dato Bakhtadze como “o açougueiro” (mestre das facas); e Lorna Scott como a insuportável Janice, chefe de Wesley.
Falando no Mr. X, algo que me incomodou um pouco foi a repetição do estilo Nochnoy Dozor neste novo filme do diretor. Ok, o recurso esse pode até ser entendido como uma “marca registrada” de Timur Bekmambetov, mas acho que ele tem que inovar um pouco mais. Do contrário, ele ficará repetitivo e chato muito rapidamente. Também achei desnecessária aquela história da “motivação” da Fox, com um flashback de sua triste história de infância. Enfim, esse último momento e a frase final do filme não o estragam, mas poderiam ter sido cortados, na minha opinião.
E para quem não sabe – eu, ao menos, não sabia – Wanted é mais uma adaptação do universo dos quadrinhos para o cinema. O filme é inspirado livremente – alguns dizem que “bem livremente” – na HQ de Mark Millar e J. G. Jones. Lendo um pouco mais a respeito, percebi melhor o sentido da história ao confirmar uma suspeita: a obra é uma sátira ao universo típico dos superheróis de editoras como Marvel e DC. Justo o que eu comentei antes sem saber… Só gostaria de saber a opinião dos fãs deste HQ sobre a adaptação dele para o cinema. Quem tiver lido os quadrinhos pronunciem-se, por favor.
Mas algo que eu posso adiantar – mesmo sem ter lido os HQ’s de Wanted – é que Mark Millar aprovou algumas mudanças da adaptação de sua obra para os cinemas e desaprovou outras. Segundo esta matéria, ele gostou, por exemplo, de que os personagens não aparecem no filme com uniformes – uma idéia que ele tinha tido para os HQ’s mas que, depois, teria “esquecido”. Por outro lado, ele não aprovou a idéia de transformar os personagens principais em pessoas comuns. Nos quadrinhos o grupo era formado por super-vilões com seus respectivos poderes.
E se alguém ainda tinha dúvidas, agora não existe mais espaço para nenhuma delas no que se refere ao ator James McAvoy: sem dúvida ele é um dos novos queridinhos de Hollywood – com razões, diga-se.
CONCLUSÃO: Um filme de ação dos bons, perfeito tecnicamente falando e com um roteiro que deve ser encarado um pouco como uma “paródia” dos filmes do gênero, brincando com a idéia das sociedades secretas de assassinos e seus métodos. Com um elenco de estrelas e um diretor russo conhecido por suas invenções em filmes de ficção, Wanted deve ser visto sem pretensões. Como outras produções do gênero, ele é absurdo, ignora a física e a lógica, mas quem se importa? Recomendado para quem não se importa com sangue e pancadaria e para os que querem ver algo distante léguas de qualquer filosofia ou “conceito”. Divertido e bem feito, o que um filme do tipo deve ser.
SUGESTÃO DE LEITORES: Na verdade, Wanted poderia ser classificado como “contra-indicado” por leitores. hehehehehehe. É que em agosto de 2008 o Marco citou este filme dizendo que não tinha gostado dele. O classificou como uma mistura pobre entre Matrix e Clube da Luta. 😉 Certo, o filme não é nada assim excepcional, mas achei ele bonzinho. E a Angelina Jolie anoréxica… bem, a mulher se preocupa realmente com a linha. Não lembro dela nunca ter um corpo mais “cheinho” do que esse que ela exibe no filme. Vide Gia (em que ela está ótima) e Girl, Interrupted, entre outros. A mulher é magra assim mesmo, que fazer? (comento isso porque o Marco achou ela anoréxica… hehehehehe).
ATUALIZAÇÃO (15/03): Gente, resolvi dar uma diminuida na nota deste filme (também). É que hoje assisti a um filme do qual falarei em breve e para o qual, logo que terminei de assistí-lo, pensei em uma nota. E eu ia achar injusto dar a nota que estou pensando para ele tendo deixado Wanted com a nota antiga, assim como o último filme alemão que eu vi. Então diminui a nota de ambos para que ficasse tudo mais justo. O povo que achou que eu tinha sido muito generosa agora pode dar um sorrisinho de canto de boca. hehehehehehehe. 😉
16 respostas em “Wanted – O Procurado”
Olá Alessandra!
Incrível a forma como tu disseca os filmes. Teus textos são longos, entretanto leves de se ler. Parabéns! Assisti a Procurado no cinema e não me animei a escrever sobre ele. Se fossse, seria um fiapo de história, rs. Permite-me colocar teu blog na minha lista de favoritos? Se tiver tempo dá uma passada lá no meu: http://blig.ig.com.br/planosequencia/
abs.
Charles
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Oi Ale !
Olha só a situação: você comenta tantos filmes bons e justamente quando fala de Wanted, eu resolvo aparecer!
Eu acho que você foi um pouco generosa na nota do filme, pois eu dificilmente daria mais que um 6, e com muito esforço. Não me entenda mal, eu adoro filmes “esqueça-as-leis-da-física-e-se-divirta”, mas acredito que fui com uma expectativa alta demais para Wanted.
Explico-me, acontece que tinha visto um preview do filme que tinha uns 3 ou 4 minutos de duração e todas as cenas me deixaram boquiabertos e doido para ver logo essa produção. Fiquei triste quando terminei de assistir e percebi que as únicas cenas que prestavam estavam justamente no trailer. Durante a exibição, nenhuma surpresa. Decepcionante, no mínimo.
No entanto, não achei o final ruim, como vi em muitos comentários pela internet, achei que foi exatamente o necessário, se fosse menos que aquilo, ai sim, seria um filme péssimo.
Gostei do McAvoy (Ainda espero vê-lo em Doctor Who!) e do Freeman – até porque esse ai nunca fez um filme ruim – mas Jolie não me convenceu como “musa” do herói. Acho que ela estava sem vontade de estar ali e só aceitou o papel para comprar o leite dos meninos. 😀
Mas o conjunto da obra é um daqueles filmes que não te marcam, que voce só lembra que viu quando alguém comenta com você sobre ele. No mais, eu não recomendaria.
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Prezada Alessandra,
primeiro, quando eu crescer que ser igual a você.
Seu bom gosto sobre cinema e a respectiva perspicácia
sobre o assunto, muito me impressionaram.
Sou apenas um adimirador da sétima arte,
em especial da obra de Wim Wenders…
Má, a pergunto que lhe faço é:
você mora no Brasil? todos esses filmes sobre os quais você realiza comentários pertinentes,
são encontrados aqui em terras tupiniquins ?
Quais cineclubes e videolocadoras você recomenda?
(juro que procurarei por eles, um dia, mesmo não habitando
as grandes metrópoles como Sampa…)
Atenciosamente
Cristóvão Corrêa Soares
(imagético amador)
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Ale! tudo bom? Quanto tempo, você não faz ideia do susto que tomei ao ver a foto do “wanted” no seu blog. kakak
adorei sua critica, apesar que denovo achei você um pouco generosa. Estou anotando os nomes dos ultimos filmes que você postou, me interessei por todos.
Ale, tenho uma indicação pra você: “Surveillance”. Gostei muito desse filme, Dirigido por Jennifer Chambers Lynch a filha do David Lynch, autor de alguns dos filmes que estão na minha lista de 10+
É um prazer ler sua critica.
abraço
Enzo
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Oi Charles!!
Você viu que eu demoro para responder os comentários do meu blog e que, até fazer isso, muitas coisas podem acontecer… como eu visitar o teu blog e indicá-lo para um prêmio. hehehehehehehehehehe
Merecido, viu? Gostei do visual e do tempo que dedicas para a tua página. Bacana.
Fico feliz que tenhas gostado do meu blog e que queiras colocá-lo na tua lista de favoritos. Claro que tens minha permissão. Será um prazer. 😉
Sim, meus textos são longos… mas eu aviso o povo que uma das características do blog é essa mesmo. E quem não gosta de ler tudo, lê apenas umas partes, como “a história”, a nota e a “conclusão”. hehehehehehehehehe
Obrigada mesmo por tua visita e pelo teu comentário. Espero que ambos se repitam muitas vezes ainda. Um abraço!!
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Oi Breno!!
Pois é, menino… você demora tanto para aparecer e tem a sorte de justamente dar de cara com um filme que não gostaste. Talvez eu tenha sido mesmo um pouco generosa com Wanted. Vai ver que é porque eu queria dar um tempo nos filmes “cabeça” e mais pesadinhos e esse filme caiu como uma luva para mim. hehehehehehehehehe
Também já reparei que quando escrevo o texto dos filmes logo depois de vê-los, tenho a tendência a achá-los melhor do que talvez eles seriam. O que foi o caso de Wanted… logo depois de ver o filme, escrevi essa crítica. Mas enfim… vou deixar como está.
Agora, é fato que as altas expectativas fazem um efeito devastador em qualquer filme. Por isso sou do tipo de pessoa que evita assistir aos trailers dos filmes antes de assistí-los… os trailers, normalmente, estragam as melhores surpresas de qualquer história. Algumas vezes chego a calcular uns minutos de atraso para chegar no cinema para não assistir aos trailers – ou fico fazendo algo enquanto eles passam. hehehehehehe. Agora vc já imaginou alguém que não viu o preview que tu havia visto? É o meu caso… para mim, tudo era novo (dentro do possível, claro).
O final foi justo, justíssimo. Não reclamo do final. Eu gostei. Achei bacana. Mas o que eu dispensaria é aquela frase de “qualquer-um-pode-ser-O-CARA”, sabe? No mais, tudo certo.
Os atores estavam bem… e a Angelina Jolie estava ali para desfilar na telona, né? Foi para ganhar seus milhões de dólares, mostrar o corpinho e dar risada da situação. É tudo que ela faz neste filme. 🙂
Agora, certamente não é um filme que nos marca… como 99% dos filmes do gênero, né? Pelo menos eu os vejo assim. Mas ele serve para diversão, nada mais, nada menos.
Um grande abraço e até breve!
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Oi Cristóvão!!
Nossa, obrigada pelo elogio. E por tua visita. Seja bem-vindo por aqui.
Também gosto muito do Wim Wenders. Aliás, quero ver se resgato algum filme dele mais antigo, da época em que ele filmava na Alemanha – mas não podem ser filmes “básicos” de sua carreira, porque estes eu já assisti.
Então Cristóvão, eu moro atualmente no Brasil. Por três anos vivi na Espanha, mas voltei para o Brasil no final do ano passado.
Sobre como conseguir os filmes que eu comento… a verdade é que atualmente existem muitas maneiras. Além dos cinemas e das videolocadoras, cinematecas ou cineclubes, como você bem cita, bibliotecas de universidades, e outros meios. Acho que fica mais fácil eu te indicar algum lugar se me falares a cidade em que você mora. Prometo pesquisar a respeito e depois te dar umas dicas… pode ser?
Um grande abraço e volte sempre!
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Oi Enzo!!!
Tudo certo… tentando, pouco a pouco, colocar parte dos filmes que tenho que ver em dia. hehehehehehehe
Quer dizer que vocês se assustaram com Wanted, hein? Pois então… eu tenho que ver de tudo, rapaz! Inclusive filmes ruins ou, pelo menos, considerados “menores” pela galera. Afinal, para saber o que é bom, é preciso ver o contrário, não é mesmo? E também, francamente, não achei Wanted tão ruim assim…
Agora, talvez eu tenha sido um pouco generosa mesmo… ou eu estava em um dia propício para assistí-lo. O humor afeta muito a opinião da gente dos filmes, deves saber. 😉
Bela dica você me deu… fiquei curiosa agora para ver o que a filha do Lynch, aquele figura adorável, anda aprontando. Anotei aqui para ver esse filme logo que der… Até, com esse argumento dela ser filha de quem ela é, coloquei para trás da lista as tuas outras indicações e vou atrás deste filme primeiro. Logo que der, falo dele por aqui.
Um grande abraço e até a próxima!
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Obrigado por responder.
E, corrigindo a mensagem anterior, onde se lê “que ser” leia-se “quero ser”… rs
Você falou sobre os básicos do Wenders, né? Pois é, caminhando por aí dia desses eu encontrei num Sebo o LP da trilha sonora do “Paris, Texas”, que é instrumental do melhor.
Ah, por outros motivos, prefiro o Herzog ao Wenders… rsrs até porque assiste mais filmes do Zog do que do Wim…
Té mais
(desculpe-me pela demora em retornar…)
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Oi Cristóvao!!
Estás super perdoado sobre demorar para responder… eu sou uma especialista nisto, em demorar para responder. hehehehehehehe. Sem problemas. O importante é que você volte mais vezes por aqui para fazer comentários de filmes e demais achados teus sobre cinema.
Nossa, grande lembrança esta da trilha sonora de Paris, Texas. Tenho impressão que eu também tenho um “bolachão” dela na casa dos meus pais. É que eu sempre fui “rata” de sebos e, há vários anos, encontrei muitos LPs bacanas em um deles. Tenho impressão que Paris, Texas estava no meio. Muito, muito boa a trilha sonora do filme, sim senhor!
Mas falando em Herzog… chegaste a ler o texto que eu escrevi sobre Aguirre? Se já viste este filme, por favor, comenta lá tuas impressões sobre ele.
Agora, diferente de ti, admito que assisti muito mais ao Wender do que ao Herzog. Aliás, isso é algo que tenho que corrigir… 😉
Um grande abraço e inté…
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Olá…
você pode enviar o link do que havia comentado sobre o Aguirre?
Maravilhoso!
Até uma das primeiras cenas, em que o Klaus Kinski (incrível !) tá na canoa caminhando de um lado pro outro e mentendo bronca em geral, que provam uma das minhas teses mirabolantes.
A de que se conhece um bom quando ele fica – interpreta – calado.
Isso lembra mesmo o cinema expressionista alemão ou os primórdios do cinema mudo… má é verdade, não acha?
Enfim, (por falar em trilha, a MIA fez água nos olhos desse mortal durante o “Slumdog Millionaire”, na hora cheguei a torcer pra que o filme se transformasse em road movie de vez….)
É isso,
até a próxima
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Olá Cristóvão!!
Claro que sim. Deixo aqui o link do meu comentário sobre o filme Aguirre – https://moviesense.wordpress.com/2009/06/04/aguirre-der-zorn-gottes-aguirre-a-colera-dos-deuses/
Mas uma dica, para outras vezes que quiseres encontrar algum filme aqui no blog: no canto superior direito da página principal tens como primeira opção um buscador… digitando o nome de um filme, ator, diretor, tema ou o que quiseres em “search”, esse buscador vai procurar o que quiseres no blog. Dá uma testada, para próximas vezes.
Tens toda razão quando comentas que um bom ator se percebe quando ele interpreta calado. Também penso assim. Na hora em que ele precisa, essencialmente, expressar seus sentimentos e reações sem palavras, apenas com a expressão facial ou através de gestos, é que sabemos o quanto ele está “dentro” de seu personagem. Nesta hora, não tem como sermos iludidos.
Kinski realmente dá um show em Aguirre neste quesito. Herzog também dá um show de direção, previlegiando sempre a natureza e seu confronto com o homem invasor, fazendo da história um semi-documental. Muito bacana.
Sim, tens razão sobre a importância da expressão, dos gestos e da interpretação sem a fala dos primórdios do cinema. Acho que falta para as pessoas que curtem filmes das últimas gerações conhecerem melhor o cinema mudo, o expressionismo alemão e tantas outras escolas de cinema que fizeram o cinema chegar aonde chegou.
hahahhahahahahahaha. Achei engraçada a tua mudança de tema para a MIA. Pois sim… aquela música dela é uma das melhores da ótima trilha sonora de Slumdog. Aliás, infelizmente não tenho tempo para fazer isso, mas seria interessante ter uma seção aqui no blog sobre as trilhas sonoras. A de Slumdog seria uma das primeiras indicadas. Depois deste filme, fui atrás de discos da MIA, assim como de vídeos dela no Youtube, e devo dizer que me diverti um bocado. Ela é uma figuraça!
Bem, Cristóvão, fiquei muito feliz com teu comentário. E espero os próximos… um grande abraço e inté!
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Você não sabe, mas sou espectador (esporádico mas não menos cativo) do seu blog …
Ah, na mudança de assunto de ‘cinema mudo’ pra ‘trilha sonora’ me faltou um conectivo…
Aff… mas na edição, faz sentido né?
Eisenstein que o diga… rsrs
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Olá Cristóvão!!
É um prazer ter você como um leitor esporádico do blog… tenha certeza!
Para mim, tudo que disseste faz sentido. Afinal, “nada do que é humano me é estranho”, como diria Terêncio. 😉 E faz parte da nossa condição esses pensamentos fragmentados. 😉
Apareça mais vezes, viu? Inclusive para falar de outros filmes que tenhas assistido e gostado.
Um grande abraço!
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Oi, Alessandra !
tudo bem ?
Caramba, dia desses eu precisei de uma crítica sobre o “Amantes”, em cartaz aqui em Brasília…
Então, procurei pelo seu comentário depois de ler algumas críticas de que desconfio. Afinal,sinopses “críticas” dos jornalistas são tão confiáveis, né não ? rsrs. Exemplo: a Folha de São Paulo avaliou esse longa com 3 estrelinhas; já o Correio Braziliense mandou logo 4. Aff…
Tá certo que se desconfie menos da Folha que do Correio, mas ….
Acho que vou vê-lo em breve, mesmo assim manda ver aí a sua opinião. Pra mim vai ser importante pensar nisso depois.
Tchau !
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Oi Cristóvão!!
Pois é, desta vez fiquei te devendo, hein? Ainda não assisti a Amantes… mas coloquei ele na minha lista agora, depois da tua sugestão.
Ainda estou “enrolada” com os filmes indicados ao Oscar. Mas logo mais vou retomar a lista de filmes sugeridos aqui no blog. Tenho que diminuir o seu tamanho urgentemente. hehehehehe
Olha, há muitos tipos de sinopses críticas de jornalistas… há algumas muito boas, mas outras são bem ruinzinhas, temos que admitir. De qualquer forma, não se esqueça que eu também sou jornalista e escrevo aqui estas minhas análises críticas xaropes. hehehehehe. Certamente há pessoas que devem odiar o que eu escrevo, mas paciência. Há gosto para tudo – ainda bem!
Sugestão anotada, logo que der vou assistir o filme e comentá-lo por aqui. Obrigada pela dica!
Abraços e inté!
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