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Beurokeo – Broker – Broker: Uma Nova Chance


Engravidar e ser mãe não é tão simples quanto a maioria pensa. Quem é ou foi mãe, sabe bem disso. Quem nunca foi, talvez não tenha isso tão claro. Isso vale para mulheres que não engravidaram e para todos os homens do mundo. Broker trata sobre o desafio, o peso e a responsabilidade de ter um filho e colocá-lo no mundo. A história gira em torno de uma mãe e seu filho e do destino que a criança terá. Um filme interessante e que cumpre bem a missão de quebrar alguns preconceitos que existem por aí – e que talvez todos nós tenhamos, em alguma medida.

A HISTÓRIA

Em uma noite especialmente chuvosa, surge no final de uma escadaria e prestes a subir um novo lance grande de escadas uma pessoa. Conforme ela sobe a próxima escadaria, percebemos que trata-se de uma moça. No topo do morro, vemos uma cruz. Ali funciona uma igreja. Depois de subir a rampa que dá acesso ao local, Moon So-young (Ji-eun Lee) deixa um bebê no chão, em frente a uma “caixa de bebês” – criada para que mães deixem os filhos que não podem criar para posterior adoção.

O bebê está bem agasalhado e a cena é observada por alguém que está em um carro próximo. A detetive Su-jin (Bae Doona) comenta que se a garota não podia cuidar da criança, não deveria ter tido ela. Em seguida, ela pede para a detetive Lee (Lee Joo-young) não perder a mãe de vista. Su-jin então se aproxima da criança e coloca o bebê na caixa. A história dessa criança e de sua mãe vai nortear boa parte dessa história.

VOLTANDO PARA A CRÍTICA

(SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importante do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Broker): O tema da maternidade é complexo. Assim como outros temas relacionados, como o desejo e a opção da mulher por não ter filhos e o aborto. Não importa qual destes assuntos a gente comece a debater e qual é a sua corrente filosófica, sua crença religiosa ou o seu gênero, certamente nunca chegaremos a consensos.

Apesar dessa constatação e de Broker tratar destes temas de forma direta, acho importante assistirmos ao filme com um certo distanciamento “ideológico” e de crenças. O que eu quero dizer com isso? Que deveríamos deixar de lado o que acreditamos ou deixamos de acreditar sobre esses assuntos para acompanhar a produção da melhor forma possível.

Só assim, sem pré-julgamentos e sem pré-conceitos estabelecidos, para nos deixarmos envolver por essa história que é cheia de acertos e de falhas. Por isso mesmo, humana, demasiado humana. Temos em cena diversos personagens que não são considerados modelo por ninguém… pelo contrário. Cada um deles é visto com certo desprezo por aquele grupo de pessoas que se acha, no geral, melhores que as outras.

Não importa o quanto você é correto. Não importa o quanto você é justo, o quanto segue os “mandamentos” (ou preceitos que for da religião que for), o quanto procura “fazer o bem”. Desculpe dizer, mas se você realmente professa alguma crença com base na bondade e na misericórdia, você deveria começar pelo princípio da humildade e não acreditar-se melhor que a outra pessoa. Mas quantas pessoas que assistirem a Broker vão conseguir ter essa perspectiva e não sair julgando a protagonista ou algum dos personagens centrais que dividem a cena com ela?

Acho que esse talvez seja o primeiro e grande desafio desta produção. Porque o filme em si tem um bom roteiro e direção de Hirokazu Koreeda, além de um elenco bem afinado, que interage muito bem, que tem sintonia e que nos convence em cada um dos papéis em cena. A premissa é interessante, e alguns debates levantados por Koreeda também. Ainda que, particularmente, eu acho que ele condena – ou parece condenar – um tanto que de forma prematura e sem tanta reflexão quem opta pelo aborto.

(SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Em uma certa cena, Moon So-young discute com a policial Su-jin. A oficial da lei questiona a jovem mãe sobre a razão dela ter abandonado o filho do lado de fora da “roda dos expostos”, colocando a criança em risco. Moon So-young, durante essa discussão, questiona como teria sido “melhor” ela matar a criança antes dela nascer, com um aborto, do que colocar ela no mundo mesmo com o risco dela não sobreviver. Claramente, a meu ver, o diretor e roteirista está defendendo a ideia de que sim, é melhor uma mulher colocar a criança no mundo do que fazer um aborto.

Mesmo isso sendo verbalizado pela protagonista e parecer ser a ideia predominante do filme, considero que nos interessa aqui tudo o mais que a narrativa apresenta. Fica evidente, a meu ver, que não existe opção boa em cena. Por um lado, temos essa verbalização da ideia de “matar a criança no ventre” que alguns relacionam com o aborto. Não vou entrar no debate aqui, mas acho que vale refletirmos sobre quando uma pessoa pode ser considerada como pessoa, detentora de direitos e deveres… ou, em outras palavras, quando há vida? Vale pesquisar um pouco a respeito para ter informações mais precisas a respeito – e calcadas na realidade, não na filosofia ou na religião.

Bem, então, em teoria, segundo o que Broker nos apresenta, o aborto não seria uma boa alternativa. Ok. Mas também não parecem ser boas alternativas abandonar uma criança para ela crescer sem uma família ao ficar em um orfanato ou retirá-la da fila de adoção para vendê-la como quem comercializa uma caixa de leite ou qualquer outra mercadoria. As crianças todas não deveriam receber amor, cuidado, serem amparadas, incentivadas, terem a noção de uma família saudável? Bacana, isso me parece perfeito no mundo das ideias. Mas quantas crianças, realmente, conseguem isso? Quantas crescem em famílias disfuncionais, são abusadas por familiares ou pessoas próximas, são abandonadas de diferentes maneiras, crescem sem valores e referências?

Enfim, acho que Broker mostra como a vida é complexa e como essa questão sobre como lidamos com a maternidade, com a paternidade, com a responsabilidade sobre colocar um ser humano no mundo deveria passar por mais debates e discussões – preferencialmente sem questões religiosas entrando em cena, mas sim a partir da perspectiva de encarar o mundo como ele é e não em como a gente gostaria que fosse. Antes de trabalharmos com o mundo ideal, que tal encararmos a realidade atual? Se, depois de décadas ou séculos, conseguirmos evoluir enquanto espécie para vivermos em um mundo ideal, no qual todos os filhos colocados no mundo terão real condições de crescerem bem e serem felizes, daí sim podemos simplificar esse debate.

Até que isso aconteça, teremos muito do que vemos em Broker acontecendo. Mães jovens divididas entre o que desejam fazer, pressionadas pela culpa que a sociedade coloca nelas ao mesmo tempo em que elas desejam desenvolver uma boa relação com os filhos que tiveram, mesmo sem desejá-los inicialmente; pessoas vivendo de ganhar dinheiro vendendo crianças; pais ausentes ou desconhecidos, alheios ao que fazem com as mulheres e possíveis filhos; pessoas que exercem cargos de liderança julgando as demais com a certeza de que sabem o que é certo ou o que é melhor para os outros mas sem eles próprios vivenciarem aquele drama na pele.

Enfim, acho que Broker apresenta realidades complicadas de maneira franca, assim como algumas linhas de debate interessante. Em paralelo a toda a discussão sobre maternidade e paternidade que o filme levanta, acho especialmente interessante como a produção se concentra em um grupo pequeno de personagens, todos eles à margem da sociedade de alguma forma. Os excluídos, ao fazerem uma longa viagem juntos, acabam sentindo um vislumbre da noção de família que eles nunca tiveram. Percebem como é importante ter alguém com quem contar, com quem conversar, com quem partilhar. Tornam-se mais fortes juntos, mesmo sabendo que aquilo não iria durar para sempre – provavelmente.

Nesse sentido, também precisamos bater palmas para o diretor e roteirista Hirokazu Koreeda. Ele não cede em seguir um caminho fácil -e improvável – de final feliz para todos, ao mesmo tempo que ele não nos apresenta um final totalmente trágico. Não. O que temos pela frente é um desfecho agridoce. Pode não ser perfeito, como a vida também não é, mas ele tem uma boa dose de alegria e de esperança. Acho que podemos ficar satisfeitos com isso. Afinal, os protagonistas ganharam perspectivas, possibilidades, novos caminhos e horizontes, algo muito maior do que o que eles tinham no início da narrativa.

Aliás, antes de encerrar essa crítica, queria fazer uma pequena reflexão sobre a narrativa de Broker. Temos três vertentes conflitantes em cena desde o princípio. Vejamos. Primeiro, a ótica de Moon So-young, uma jovem mãe que não tem, aparentemente, muita saída, pela falta de oportunidades que teve, abusos que sofreu e decisões que tomou, mas que acaba se arrependendo (inicialmente, de forma aparente e, depois, parece que cada vez mais de forma efetiva) de ter abandonado o filho. Ela se agarra a ideia de resgatá-lo para tentar, com isso, dar significado para seus passos seguintes.

Depois, temos a ótica de Ha Sang-hyun (o sempre ótimo Song Kang-ho) e de seu “parceiro no crime”, Dong-soo (Gang Dong-won), que querem ganhar um bom dinheiro com a venda da criança que foi abandonada – afinal, quem sentirá a falta de mais uma criança rejeitada? E, por fim, temos a ótica da “lei e da ordem”, incorporadas pelas policiais Su-jin e Lee (Lee Joo-young). Elas tem a missão de desbaratar o esquema de venda de crianças e prender os responsáveis por esses crimes.

Toda a narrativa de Broker desenvolve essas três óticas em paralelo. O que torna a história envolvente e, conforme Broker avança, temos a certeza que nem todos se sairão bem no seu intento. O interessante do filme é que ele mostra como essas perspectivas e óticas mudam com o tempo e conforme os fatos vão se desenvolvendo. O que comprova que não apenas os temas são complexos mas como, principalmente, as pessoas vão aprendendo novas formas de olhar para o assunto conforme avançam e evoluem – sempre que deixam espaço para mudanças.

No fim, como comentei antes, não tinha como termos um final totalmente feliz para Broker, simplesmente pelo fato de que tínhamos três óticas e demandas muito distintas entre si. Alguém iria perder no processo. Mas, no final, percebemos que é possível todos ganharem, em alguma medida. E nos caso dos “desajustados” e “rejeitados” que protagonizam esta produção, apenas a viagem que eles compartilharam e a amizade que desenvolveram, como uma família, revelaram-se seus maiores ganhos. Belo filme.

NOTA

9.

OBS DE PÉ DE PÁGINA

Minha gente, como o tempo passa rápido! Não sei para vocês, mas para mim esse ano de 2023 está sendo um desafio. Ao menos no tocante a equilibrar todos os aspectos da vida e dar conta de tudo. O tempo está correndo veloz e, quando menos percebi, já estamos em novembro! Uau! E foi então que eu percebi que fiquei desde o final de maio sem conseguir publicar nada por aqui…

Assisti a Broker há muitos meses… acredito que tenha visto o filme em junho ainda… então me perdoem, mas a crítica desta vez foi escrita com um certo “distanciamento” da minha experiência original de assistir ao filme. Mas, em geral, acho que consegui resgatar bem no texto acima as minhas impressões principais sobre essa produção. Me desculpem pela longa ausência. Mas realmente esse ano foi (e está sendo ainda) desafiador! Tentarei aparecer por aqui mais vezes… em breve veremos se terei sucesso. 😉

Quando eu assisti a Broker, e acho importante comentar isso, eu ainda estava na “onda” de ver a filmes que concorreram ao Oscar deste ano. A ideia era ver a filmes que eu perdi daquela temporada da premiação e, ao mesmo tempo, começar a ver aos filmes de destaque de 2023 – e Broker faz parte desta segunda categoria, já que a produção foi bem comentada no decorrer deste ano.

O problema é que o tempo passou rápido e que eu não vi praticamente seis meses do ano passarem pela minha frente… então, agora, termino com Broker de tratar sobre filmes que tiveram destaque na primeira parte de 2023 e começo, em breve, em pensar nos filmes que podem ter chances no Oscar 2024.

Até que a minha vida volte razoavelmente à normalidade e que eu consiga ver a um número razoável de filmes por mês – o que está difícil nesse momento -, eu vou me centrar mais nas premiações de cinema. Enfim, espero um dia voltar ao “velho normal” deste blog. Torçam por mim. hahahahahaha

Agora, voltando a falar sobre Broker. O nome fundamental deste filme é o de seu realizador, o diretor e roteirista Hirokazu Koreeda. Esse cineasta japonês nascido em Tóquio e com 61 anos de idade é um vencedor. Ele tem nada menos que 73 prêmios no currículo e 29 títulos como diretor. Koreeda estreou na direção em 1989 com a série de TV Nonfix. Em 1991, ele dirigiu o primeiro longa: o documentário Mou Hitotsu no Kyouiku – Ina Shogakkou Haru Gumi no Kiroku.

Koreeda começou a ganhar visibilidade a partir de 2013, com o filme Soshite Chichi ni Naru (Pais e Filhos). Depois vieram os conhecidos Umi Yori Mo Mada Fukaku (Depois da Tempestade) e o indicado ao Oscar Manbiki Kazoku (Assunto de Família), comentado aqui no blog. Aliás, pelo que dá para presumir pela nota que dei para o filme dele comentado em 2019, aquela produção é ainda melhor que essa Broker (Beurokeo a partir do título original).

Depois de Broker, Koreeda dirigiu a série de TV Maiko-san chi no Makanai-san (The Makanai – Cooking for the Maiko House ou Makanai: Cozinhando para a Casa Maiko), produção da Netflix, e o longa Kaibutsu (Monster, bem avaliado no IMDb com a nota 8,1). Esse é um diretor interessante, acima da média, e que, com certeza, merece ser acompanhado. Já estou curiosa para assistir a Monster. Gosto da maneira como ele trata de temas atuais e relevantes.

Para além do diretor e do roteirista, o grande responsável pela narrativa de Broker, esse filme destaca-se pelo elenco. O primeiro nome a ser enaltecido é o do grande Song Kang-ho, ator sul-coreano de 57 anos que tem 59 prêmios no currículo e parece um Ricardo Darín do cinema sul-coreano – ou quase, vai. Ele ganhou projeção global – e reconhecimento idem – ao protagonizar Gisaengchung (Parasita), filme vencedor de quatro Oscar’s e comentados neste post aqui no blog. Mais uma vez, ele está ótimo em Broker. Aliás, não consigo imaginar ele fazendo mal um papel – tipo o nosso querido Ricardo Darín. Song Kang-ho novamente faz um belo trabalho nesse filme, sendo um dos líderes da trupe que nos entretém do início ao fim de Broker.

Além dele, vale destacar o belo trabalho dos atores bem mais jovens Gang Dong-won e Lee Ji-eun, que interpretam, respectivamente, o funcionário da organização que recebe crianças deixadas pelas mães, Dong-soo, e que acaba sendo parceiro de crime de Ha Sang-hyun, e Moon So-young, a jovem mãe que deixa o filho no local e que depois volta para tentar pegá-lo de volta. Os dois se aproximam quando ela começa a procurar o filho, e a relação avança conforme a road trip deles junto com Ha Sang-hyun acontece. Acho que os atores fazem um belo trabalho, mostrando carisma e uma evolução coerente dos personagens conforme a narrativa se desenvolve.

A parte central do elenco é completada por Bae Doona como a detetive Su-jin, em um papel ligeiramente mais importante do que sua colega funcional, a detetive Lee, interpretada por Lee Joo-young. As duas fazem um bom trabalho, mas nada que fique na nossa memória – diferente dos atores Song Kang-ho, Gang Dong-won e Lee Ji-eun.

Entre os adultos, os nomes citados é que se destacam na produção. Entre as crianças, o destaque vai para Seung-soo Im, que interpreta Hae-jin, um garoto que não quer saber de orfanato e que deseja encontrar uma nova família ou viver uma grande aventura, o que vier primeiro. Ele acaba embarcando na viagem de Ha Sang-hyun, Dong-soo e Moon So-young e, desde que entra em cena, Seung-soo Im acrescenta graça, inocência e simpatia típicos de uma criança e que fazem diferença para essa história.

Entre os aspectos técnicos da produção, destaque para a direção de Hirokazu Koreeda, que valoriza as cenas do cotidiano e que procura ter sua câmera sempre próxima dos personagens, uma forma clássica de aproximar o público também deles. Também vale destacar a direção de fotografia de Hong Kyung-pyo e a trilha sonora marcante e importante para a narrativa de Jung Jae-il.

Para quem gosta de saber sobre os responsáveis por outros aspectos técnicos da produção, vale comentar que a edição foi feita por Hirokazu Koreeda; e citar o design de produção de Mok-won Lee; e os figurinos de Se-yeon Choi.

Broker estreou em maio de 2022 no Festival de Cinema de Cannes. Depois, em junho, o filme estreou em diversos mercados, incluindo seu país de origem, a Coreia do Sul. Até junho de 2023, o filme participaria, ainda, de impressionantes outros 47 festivais de cinema em diversos países.

Nessa trajetória, o filme ganhou 10 prêmios e foi indicado a outros 29. Entre os prêmios que ganhou, destaque para os prêmios de Melhor Ator para Song Kang-ho e o Prêmio do Júri Ecumênico para Hirokazu Koreeda conferidos no Festival de Cinema de Cannes; e para o prêmio de Melhor Diretor para Hirokazu Koreeda no Asian Film Awards.

O site IMDb apresenta a nota 7,1 para Broker. Quem acompanha o site sabe que uma nota acima de 7 corresponde a uma boa avaliação mas, ainda assim, acho que Broker merecia um pouco mais. O site Rotten Tomatoes, por sua vez, apresenta o nível de aprovação de 94% – fruto de 140 críticas positivas e de nove negativas, com uma nota média de 7,6.

O site Metacritic apresenta o “metascore” 77 para Broker, fruto 28 críticas positivas (90% do total) e de três críticas medianas (10%), além de nota 7,8 segundo os usuários do site.

De acordo com o site Box Office Mojo, Broker faturou cerca de US$ 18,8 milhões nos cinemas pelo mundo – sendo apenas US$ 1 milhão nos cinemas dos Estados Unidos. O mercado onde o filme foi melhor foi a Coreia do Sul, onde ele faturou US$ 9,6 milhões, seguido do Japão, com quase US$ 4,5 milhões. Ou seja, um filme com apelo muito maior no país de origem da produção e do cineasta, e com menos força nos Estados Unidos, apesar dele ter sido pré-indicado ao Oscar.

Broker é uma produção 100% da Coreia do Sul.

Desculpem, mais uma vez, a longa ausência. Como o tempo anda restrito, a partir de agora vou lançar o meu olhar para o próximo Oscar. Até porque pretendo acompanhar a premiação e devo me esforçar, a partir de agora, para estar minimamente preparada para comentar sobre. Então vamos juntos nessa? Conto com vocês para continuarem me acompanhando por aqui e para trocarmos ideias sobre os filmes cotados para a mais conhecida premiação do cinema a nível global. Até breve! (assim espero).

CONCLUSÃO

Um filme bem narrado, com uma construção certeira na medida em que a história vai, pouco a pouco, nos apresentando cada vez mais os personagens centrais. Broker é uma produção com poucos personagens e um tipo de “road movie” diferente do que estamos acostumados a ver. O roteiro busca equilibrar drama, aventura e comédia em doses precisas. Consegue seu intento, nos envolvendo do início ao fim em uma história sobre um pequeno grupo de excluídos que transforma-se em uma família inusitada. Os laços que eles cultivaram prosseguem, e há horizonte para além do beco sem saída que a protagonista vislumbrava. Uma história interessante e que quebra alguns preconceitos. Faz mais do que a maioria.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 25 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing, professora universitária (cursos de graduação e pós-graduação) e, atualmente, atuo como empreendedora após criar a minha própria empresa na área da comunicação.

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