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Oscar 2024

E o Oscar 2024 foi para… (cobertura on-line e a lista com todos os premiados)


Olá, minha gente!

Hoje o Oscar vai começar antes, então a minha correria por aqui será maior. Diferente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, que pode mudar seu principal evento do ano numa boa, eu tenho menos possibilidades de alterar as rotinas da minha família… hahahahaha.

Então me desculpem, mas desta vez eu quase não consegui ver nada do tapete vermelho antes de começar a cobertura da entrega do Oscar. Mas o lado positivo é que eu consegui chegar em casa a tempo de acompanhar o Oscar, algo que eu não imaginava conseguir fazer há poucas semanas atrás… então já me vejo no lucro.

Como vi pouco da chegada das celebridades, não posso falar de muitas delas ou citar quem está mais bem vestido. Mas das pessoas que eu vi chegar, sem dúvida alguma a Florence Pugh é um nome a ser destacado. Depois procurem fotos e vídeos dela chegando para o Oscar. Ela é linda por natureza, mas está esplêndida em um vestido prateado bem diferente e estilo. Amei.

Bem, sobre o Oscar, o que devemos ver esta noite é a consagração de Oppenheimer, filme que recebeu 13 indicações para a cerimônia desta noite e que deve levar, além do Oscar de Melhor Filme, outras sete estatuetas para casa. Algo nesse estilo.

Outros filmes que devem ser premiados nesta noite, mas com um destaque muito menor, serão Barbie, que pode levar duas estatuetas para casa, e The Zone of Interest, que deve ser consagrado como o Melhor Filme Internacional do ano – minha categoria preferida do Oscar, com quem acompanha o blog há algum tempo já sabe.

A apresentação do Oscar será, mais uma vez, feita por Jimmy Kimmel. A tendência da cerimônia neste ano, como tem sido nos últimos, deve ser de termos menos espaço para piadas (algumas vezes engraçadas, outras vezes nem tanto) do apresentador do Oscar e mais espaço para apresentações musicais e outras dinâmicas que devem deixar a cerimônia um pouco mais veloz e ao gosto da galera que curte vídeos curtos – a Academia sempre procura renovar seus costumes.

O que eu espero é que neste ano tenhamos menos cortes nos discursos – até porque devemos ter alguns discursos interessantes durante o Oscar, até por causa das temáticas de muitos dos filmes em disputa.

Com alguns minutos de atraso, a cerimônia do Oscar começou por volta de 20h05 com aquele clássico clipe de alguns dos principais filmes do ano. O clipe terminou com Barbie “dialogando” com Jimmy Kimmel, que após receber o elogio de que “estava muito lindo”, disse que não come há semanas e que precisava ir embora para apresentar o Oscar.

Além de comentar que eles iniciaram a cerimônia com cinco minutos de atraso, Kimmel começou falando sobre alguns dos principais filmes do ano. O apresentador iniciou o discurso com Barbie, a maior bilheteria dos cinemas em 2023. Kimmel comentou que o filme resgatou uma boneca “caída” e que o grande mérito disso foi o trabalho de Greta Gerwig, que deveria ter sido indicada na categoria Melhor Direção.

E sim, ele tem razão. Kimmel brincou que as pessoas no teatro não deveriam aplaudir o que ele falou porque eles tinham culpa disso. Hahahahaha. Achei justo. Depois ele falou de Oppenheimer e de Poor Things. Kimmel seguiu brincando com diversas pessoas, incluindo Jodie Foster e Steven Spielberg. O discurso dele foi bastante longo, e tive a impressão que havia algum problema técnico nos bastidores para justificar uma apresentação tão longa, fora do padrão dos últimos anos.

Além de citar que o Oscar em breve terá a categoria de Melhor Elenco, Kimmel falou sobre a greve que abalou a indústria recentemente e pediu aplausos para as pessoas que trabalham nos bastidores. A galera se levantou para aplaudir quem preencheu o palco. Em seguida, Kimmel comentou que todas as categorias que seriam entregues a partir daí seriam apresentadas por cinco pessoas.

Gostei da forma como eles organizaram a apresentação das categorias neste ano. A primeira categoria entregue na noite, de Melhor Atriz Coadjuvante, teve cinco atrizes falando sobre cada uma das colegas indicadas nesta categoria. Foram lindas as apresentações de Jodie Foster, Emily Blunt, Da’Vine Joy Randolph, America Ferrara e Danielle Brooks. Pela primeira vez, deu vontade de ver e rever essas apresentações, com atrizes que já ganharam o Oscar falando sobre o trabalho e algumas características pessoais das indicadas.

E o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante foi para… Da’Vine Joy Randolph, intérprete de The Holdovers. Da’Vine, emocionada, começou dizendo que não se imaginava como atriz, porque a área dela era a música, mas que foi a mãe que a incentivou a ir para o teatro. No seu discurso, ela falou sobre aceitação. Discurso potente e emocionado. Ela era a favorita, e esse deve ser o único prêmio de The Holdovers na noite. Estou curiosa para assistir esse filme.

Infelizmente a transmissão da TNT, único canal que passou o Oscar neste ano, falhou demais na transmissão… demoraram horrores para voltar e, quando voltaram, já entrou os indicados na categoria Melhor Animação. E o Oscar foi para… The Boy and the Heron.

O filme dirigido por Hayao Miyazaki, um dos grandes nomes da história dos filmes de animação, desbancou o favorito Spider-Man: Across the Spider-Verse. A entrega foi rápida porque Miyazaki não se fez presente na premiação.

No retorno da transmissão do Oscar, Kimmel brincou com as ausências de representantes de The Boy and the Heron e comentou sobre as próximas categorias que seriam entregues, relacionadas com os roteiros dos filmes. A primeira categoria entregue foi a de Melhor Roteiro Original. E o Oscar foi para… Anatomy of a Fall.

Esse é o filme que eu não assisti ainda e sobre o qual eu estou mais curiosa, eu admito. Sou suspeita para falar, porque eu amo Past Lives e eu vou sempre torcer por ele. Mas eu sabia que ele não ganharia o Oscar. Espero que quando eu assistir a Anatomy of a Fall, eu não fique com raiva e ache que ele mereceu vencer.

De qualquer forma, gostei muito de ver pessoas de fora de Hollywood ganhando por Melhor Roteiro Original. Muito bacana também o discurso de Justine Triet e Arthur Harari, que falaram sobre o trabalho louco de construção do roteiro do filme enquanto eles estavam com as crianças trancados em casa durante a pandemia de Covid-19.

Em seguida, apresentaram os indicados na categoria Melhor Roteiro Adaptado. E o Oscar foi para… American Fiction. E não é que as bolsas de apostas acertaram nas duas categorias de roteiro? Sim, era previsto que Oppenheimer perdesse a estatueta dourada de roteiro para American Fiction. Outro filme que estou curiosa para ver.

O roteirista e diretor Cord Jefferson arrasou no discurso ao pedir que a indústria invista cada vez mais em filmes de baixo ou médio orçamento, pedindo que façam menos produções que custem US$ 200 milhões e, no lugar delas, 10 filmes que custem US$ 20 milhões. Sou suspeita para falar, porque penso exatamente assim. Tranquilamente eu abriria mão de ver super, mega produções para ver a mais filmes independentes. Eles fazem muito bem para o cinema e para quem gosta de ótimos filmes.

Na sequência, vimos Billie Eilish em sua apresentação de “What Was I Made For?”, música de Barbie que é a favorita da noite na categoria Melhor Canção Original. Linda a música e impecável a apresentação dela no Oscar. Ao lado dela, o irmão e outro compositor da música, Finneas O’Connell.

No retorno de mais um intervalo, assistimos com um pouco de atraso, por causa da transmissão super falha da TNT, apenas uma parte do clipe de Past Lives, um dos melhores filmes do ano. Na sequência, a cerimônia apresentou os indicados na categoria Melhor Maquiagem e Cabelo. E o Oscar foi para… Poor Things.

Agora, pela primeira vez, as bolsas de apostas falharam. Todos apostaram em Maestro, mas o filme ficou a ver navios. Particularmente, fiquei feliz por Poor Things, porque achei que o filme, o segundo mais indicado do Oscar deste ano, poderia ir para casa com apenas uma estatueta dourada… agora, ela pode ir com duas. Muito bom!

Subiram ao palco, com pouco espaço para falarem, Nadia Stacey, Mark Coulier e Josh Weston. Em seguida, foram apresentados os indicados na categoria Melhor Design de Produção. E o Oscar foi para… Poor Things. Subiram ao palco James Price e Shona Heath, que agradeceram pessoas da equipe e familiares. Junto com eles, foi lembrada nos créditos do prêmio Zsuzsa Mihalek, responsável pela decoração de set do filme.

Em seguida, fizeram uma piada com o aniversário de um momento marcante do Oscar, quando um homem apareceu nu correndo atrás do apresentador para fazer um protesto. Ele foi chamado novamente para repetir a cena, mas ele se recusou e foi intimado para apresentar a categoria Melhor Figurino. E o Oscar foi para… Poor Things.

Que massa! Fiquei feliz. Os figurinos de Poor Things realmente são fantásticos. E subiu ao palco Holly Waddington, que agradeceu pelo prêmio e citou os demais indicados da noite. Holly disse que Yorgos Lanthimos deu para ela uma rara oportunidade de ser criativa e artística. Ela agradeceu o elenco, especialmente Emma Stone, e sua equipe. Uma ótima surpresa o filme e esse trabalho ter sido premiado. Gostei!

Mais uma vez, as bolsas de apostas perderam em mais uma categoria. O favorito deles era Barbie. Que, pelo andar da carruagem, deve ganhar apenas um Oscar, o de Melhor Canção Original. Fico feliz por Poor Things, que é realmente um filme incrível por seus aspectos técnicos e por sua inventividade. Gostei que ele recebeu três estatuetas douradas e já começou surpreendendo quem esperava que ele pudesse ganhar um ou dois prêmios apenas.

No retorno do intervalo, vimos a um trailer de apresentação de Killers of the Flower Moon. A música “Wahzhazhe (A Song For My People)”, indicada na categoria Melhor Canção Original, foi apresentada no palco por Scott George, juntamente com músicos, cantores e dançarinos osages. Muito bacana ver eles sobre o palco, aplaudidos de pé por todos os presentes no teatro.

Na sequência, foram apresentados os indicados na categoria Melhor Filme Internacional. E o Oscar foi para… The Zone of Interest. Essa possivelmente foi a bola mais cantada da noite. Fiquei feliz, porque este é um dos melhores filmes do ano, sem nenhuma margem para dúvida. Jonathan Glazer agradeceu as palmas e pediu licença para ler seu discurso. Ele falou sobre desumanização citando o Holocausto e outros fatos, incluindo o que está acontecendo em Gaza. No final, homenageou a menina que ele já homenageia no filme.

Em seguida, Emily Blunt e Ryan Gosling subiram ao palco para falar sobre a “rivalidade” entre Oppenheimer e Barbie. Brincaram sobre qual filme foi maior, citando prêmios e resultado nas bilheterias, para então chamar um clipe que fez uma homenagem aos dublês, peças fundamentais em diversas produções.

No retorno do intervalo, Kimmel brincou sobre a mudança no horário da premiação, dizendo que tiveram pessoas que reclamaram e que eles deveriam começar novamente daquele ponto, mesmo 1h30 após o início. Em seguida, cinco atores subiram ao palco para apresentar os indicados na categoria Melhor Ator Coadjuvante.

Foram homenageados, nesta sequência, os atores Sterling K. Brown, Robert Downey Jr., Robert De Niro, Ryan Gosling e Mark Ruffalo. E o Oscar foi para… Robert Downey Jr. Sim, eis um Oscar mega cantado. Subindo ao palco, Robert foi aplaudido por todos os presentes de pé. Ele começou o discurso agradecendo por sua infância terrível e a Academia, nesta ordem, ele brincou, e agradeceu a esposa, que o resgatou.

Em seguida, ele agradeceu e homenageou o elenco, citando diversos nomes, assim como pessoas da equipe técnica. Robert também agradeceu o advogado, brincando que ele passou grande parte da vida tirando ele da prisão ou conseguindo um seguro pra ele.

Então, sabíamos que ele iria vencer, mas para mim ele não é o melhor do ano. Prefiro, de longe, o trabalho de Mark Ruffalo. Mas ok, para quem gosta do ator, é importante ver Robert Downey Jr. ganhando seu primeiro Oscar.

No retorno de mais um intervalo, assistimos ao trailer de apresentação de Anatomy of a Fall. Em seguida, Danny DeVito e Arnold Schwarzenegger subiram ao palco para apresentar os indicados na categoria Melhores Efeitos Visuais. Muito interessante ver os dois atores veteranos, um tanto “esquecidos”, subirem ao palco brincando que eles estão juntos porque foram derrotados pelo Batman.

E o Oscar foi para… Godzilla Minus One. O filme era o favorito, segundo as bolsas de apostas, e conseguiu levar um Oscar para a franquia Godzilla pela primeira vez. Muito bacana ver um filme independente ganhando mais um Oscar, para variar um pouco.

No discurso, o diretor Takashi Yamazaki homenageou diversos filmes que inspiraram eles e comentou que sim, todos tem oportunidade de chegar e de ganhar um Oscar. Eles terem ganho o prêmio mostra isso. Muito bacana o discurso deles.

Em seguida, DeVito e Schwarzenneger apresentaram os indicados na categoria Melhor Edição. E o Oscar foi para… Oppenheimer. Jennifer Lame subiu ao palco para agradecer ao prêmio. Que bacana ver uma mulher ganhar o Oscar em edição, para variar! Ela começou agradecendo a produtora e o diretor do filme. Em um discurso rápido, ela agradeceu ainda o marido e os dois filhos. Bem rápida e direta.

Em seguida, Jon Batiste apresentou a canção “It Never Went Away”, do filme American Symphony, indicado na categoria Melhor Canção Original. Ótima apresentação de voz e piano.

Após um novo intervalo, fomos apresentados a um trailer de Maestro, mais um dos filmes indicados na categoria principal do Oscar deste ano. Kimmel aproveitou para homenagear o maestro da cerimônia de premiação. Após uma piada meio sem graça sobre todos tomando uma dose de tequila na plateia, apresentaram os indicados na categoria Melhor Curta Documentário.

E o Oscar foi para… The Last Repair Shop. Os diretores Kris Bowers e Ben Proudfoot subiram ao palco para receber o Oscar. Ao lado deles, uma aluna de música de Los Angeles, uma experiência que Bowers disse que teve, enaltecendo a importância da música para criar seres humanos incríveis. Muito bacana ver diretores tão jovens sendo premiados pelo Oscar.

Em seguida, foram apresentados os indicados na categoria Melhor Documentário. E o Oscar foi para… 20 Days in Mariupol. O diretor Mstyslav Chernov subiu ao palco com várias pessoas que ajudaram ele a fazer o filme. Ele começou comentando que esse é o primeiro Oscar da história da Ucrânia, mas que ele queria nunca ter subido ao palco para receber o prêmio porque queria não ter feito o filme. Muito importante e contundente o discurso dele. Mesmo sem poder mudar o passado, ele pediu para que a verdade prevaleça e que as pessoas que morreram na Ucrânia nunca sejam esquecidas.

No retorno do intervalo, o Oscar apresentou um trailer de The Zone of Interest, outro indicado na categoria principal. Zendaya então subiu ao palco para apresenta os indicados em Melhor Fotografia. E o Oscar foi para… Oppenheimer. Hoyte van Hoytema subiu ao palco e leu seu discurso, brincando que filmar com os velhos equipamentos analógicos é mais fácil do que parece para quem está estudando cinema agora. Ele agradeceu várias pessoas que fazem parte da produção e foi isso. Discurso rápido e objetivo.

Na sequência, foram apresentados os indicados na categoria Melhor Curta. E o Oscar foi para… The Wonderful Story of Henry Sugar. Como o diretor Wes Anderson não compareceu à cerimônia do Oscar, o ator Ramy Youssef, que apresentou o prêmio, aceitou a estatueta por ele e brincou que todos sabem que Anderson faz ótimos filmes longos, mas que ele apresentou também um belo curta.

Na sequência, Becky G apresentou a música “The Fire Inside”, do filme Flamin’ Hot, indicada na categoria Melhor Canção Original.

No retorno do intervalo, a Academia apresentou o trailer de apresentação de American Fiction, outra produção indicada na categoria Melhor Filme. Kimmel surgiu novamente dando os parabéns para Wes Anderson pelo seu primeiro Oscar. Em seguida, foram apresentados os indicados em Melhor Som. E o Oscar foi para… The Zone of Interest.

Uhuuuuulll!! Que ótimo! Fiquei muito feliz com esse Oscar porque o som deste filme é algo espetacular. Johnnie Burn e Tarn Willers subiram ao palco para receber o Oscar. Maravilhosos! Eles também ficaram surpresos, aparentemente. Johnnie brincou que a mãe dele não entendia muito bem a importância do som nos filmes porque para ela o som é algo tranquilo e ok. Agradeceram pelo prêmio e foram objetivos no discurso.

Na sequência, Ryan Gosling apresentou a música “I’m Just Ken”, do filme Barbie. Ele começou cantando no lugar dele na plateia, atrás de Margot Robbie. A atriz não parava de rir. Mas Ryan segurou bem a onda e fez a melhor performance da noite. Para além do vocal dele, que foi muito bom, a apresentação em si e a performance do ator chamaram a atenção. Momento alto da noite até então, ao menos em termos de apresentações.

Após mais um intervalo, o Oscar apresentou o clipe de Oppenheimer, o favorito para levar o principal prêmio da noite. Após mais uma piadinha sem graça de Kimmel sobre ele ter “roubado” a calça cor-de-rosa de Ryan Gosling, foram apresentados os indicados na categoria Melhor Trilha Sonora. E o Oscar foi para… Oppenheimer.

Ludwig Göransson subiu ao palco para agradecer pelo prêmio e começou agradecendo Christopher Nolan. Ele agradeceu também a esposa e os pais. Na sequência, de uma forma muito breve, anunciaram a vencedora de Melhor Canção Original. E o Oscar foi para… “What Was I Made For?”, do filme Barbie. Billie Eilish subiu ao palco e fez uma piada estranha de que teve um pesadelo sobre isso. Ela e o irmão agradeceram as pessoas responsáveis pelo filme e Billie ainda fez piadas sobre o tempo da escola. Foi ok o discurso, mas nada demais.

No retorno de mais um intervalo, fomos apresentados a um trecho de Navalny, documentário vencedor do Oscar sobre o político russo que foi morto enquanto estava preso. Essa foi a deixa para o clipe de homenagem aos atores e artistas mortos no último ano, desde que o último Oscar foi entregue.

Pequeno adendo aos comentários que fiz sobre a premiação até aqui. Estava imaginando que aquela babada da TNT, que falhou no início da transmissão do Oscar, tinha feito com que eu perdesse algum premiado da noite. E não deu outra. Enquanto eles não voltavam com a transmissão, a Academia entregou o Oscar de Melhor Curta Animação. E o Oscar foi para… Wars is Over! Inspired by the Music of John & Yoko. Infelizmente não posso falar sobre os discursos, se é que eles foram feitos, porque simplesmente não transmitiram essa entrega. Enfim…

Retornando após mais um intervalo, Kimmel voltou ao palco brincando que faltavam poucas categorias, mas que isso não queria dizer que faltava pouco… ainda iria demorar um bocado para terminar. Como a categoria seguinte foi a de Melhor Ator, o Oscar voltou a nos apresentar cinco atores que já venceram o Oscar para falar de seus colegas e seus trabalhos.

Foram apresentados e comentados, na sequência, os atores Jeffrey Wright, Paul Giamatti, Bradley Cooper, Cillian Murphy e Colman Domingo. E o Oscar foi para… Cillian Murphy, de Oppenheimer. Oscar bem previsível. Não posso falar se foi justo ou injusto, porque ainda preciso assistir aos outros atores. Sei sim que ele está ótimo em Oppenheimer, mas não sei… como quem acompanha o blog sabe, acho esse filme supervalorizado. Basicamente acho que isso se explica porque é um filme que, querendo ou não, enaltece os EUA… então já viu. Mas enfim.

Cillian Murphy agradeceu a família, colegas, e falou sobre o filme. Ele disse que fizeram um filme sobre o homem que criou a bomba atômica e que para o bem e para o mal estamos vivendo no mundo dele. Murphy finalizou agradecendo os pacifistas do mundo. Amém!

Em seguida, Steven Spielberg, bastante lembrado em diversas brincadeiras durante a premiação, subiu ao palco para anunciar os indicados em Melhor Direção. E o Oscar foi para… Christopher Nolan, de Oppenheimer. E é isso, Oppenheimer vai levar quase todas as categorias nesta reta final do Oscar.

Nolan subiu ao palco e começou agradecendo diversas pessoas que permitiram ele chegar naquele local. Falou dos atores e da equipe. Enalteceu a si mesmo dizendo que se sente honrado de ser uma parte “significativa” da história de pouco mais de 100 anos do cinema. Então… nem vou falar nada. Sim, eis um ótimo diretor. Mas se eu fosse ele eu não me colocaria em um patamar tão alto. Mas ok. É o Oscar enaltecendo alguns, nem sempre os que mais merecem.

No retorno de mais um intervalo, cinco atrizes subiram no palco para apresentar as colegas indicadas na categoria Melhor Atriz. Na sequência, foram apresentadas as atrizes Sandra Hüller, Emma Stone, Lily Gladstone, Annette Bening e Carey Mulligan. Que atrizes! Todas fantásticas.

E o Oscar foi para… Emma Stone! Uhuuuullll. Sério, devo dizer, mega merecido. Claro que Lily Gladstone também merecia, mas Emma Stone merece muito! Ela está genial em Poor Things. Ela começou brincando que o vestido dela soltou, e que ela tem certeza que foi durante a performance de “I’m Just Ken”. Ela falou das outras indicadas e disse que compartilha o prêmio com Lily Gladstone.

O discurso dela foi lindo. Ela estava visivelmente nervosa e brincou que a voz dela estava terminando. Disse que outro dia ficou nervosa em pensar que poderia ganhar o prêmio, e então Yorgos disse para ela ficar tranquila porque isso era resultado do trabalho de uma equipe. Emma disse que isso era o maravilhoso do trabalho dela. Agradeceu também o marido, citou a filha e brincou para não olharem para o vestido dela no final. Maravilhosa! Gostei dessa surpresa.

No retorno, Kimmel disse que eles estavam com tempo livre e então ele aproveitou para ler uma crítica negativa ao trabalho dele. Ele brincou dizendo que a crítica era do ex-presidente Trump e perguntou se já não tinha passado da hora dele ser preso. A maior parte da galera do teatro riu com a piada.

Finalizando a sequência de premiações do ano, Al Pacino subiu no palco para anunciar os indicados em Melhor Filme. Após ser aplaudido de pé pela plateia, o ator veterano anunciou o vencedor. E o Oscar foi para… Oppenheimer. Achei um pouco estranha essa entrega, assim como a de Melhor Canção Original, sem a cerimônia de entrega “relembrar” todos os indicados e só depois anunciar o vencedor.

Emma Thomas, produtora de Oppenheimer e esposa de Nolan, começou agradecendo pelo Oscar. Ela disse que sempre desejou chegar nesse momento, mas disse que a cabeça dela estava em branco. Após essa fala, ela agradeceu a Nolan e equipe. Falou dos filhos, da mãe, da sogra e, no final, agradeceu a Academia. Charles Roven esfriou um pouco o discurso depois, mas falou, entre outras questões, sobre ele ter levado o livro para Emma e Nolan e que eles trabalham juntos há 20 anos.

Então é isso, minha gente. Como esperado, Oppenheimer foi o maior vencedor da noite, não apenas por ter vencido em Melhor Filme, mas por ter recebido sete prêmios no total. Foi uma grata surpresa Poor Things ter recebido quatro prêmios e The Zone of Interest ter recebido dois. Gostei. Bom não ter um filme “arrasa-quarteirão” em termos de prêmios… mais de um filme bom ter sido reconhecido.

Era esperado, mas acho uma pena Past Lives, para mim o melhor ou um dos melhores filmes do ano, ter saído de mãos abanando do Oscar. Mas faz parte. Acontece. O que nos resta agora é tentar zerar a lista de filmes premiados e, principalmente, assistir ao máximo de indicados, porque tenho certeza que há ótimos filmes “escondidos” entre os que não foram premiados.

Obrigada por quem se interessou em acompanhar o Oscar por aqui também. Estamos juntos! Tentarei atualizar o blog mais vezes neste ano. Torçam por mim. Hahahahaha. Até a próxima crítica!

Confira a lista com todos os premiados do Oscar 2024:

  • Melhor Filme: Oppenheimer
  • Melhor Ator: Cillian Murphy (Oppenheimer)
  • Melhor Atriz: Emma Stone (Poor Things)
  • Melhor Ator Coadjuvante: Robert Downey Jr. (Oppenheimer)
  • Melhor Atriz Coadjuvante: Da’Vine Joy Randolph (The Holdovers)
  • Melhor Direção: Christopher Nolan (Oppenheimer)
  • Melhor Animação: The Boy and the Heron
  • Melhor Documentário: 20 Days in Mariupol
  • Melhor Filme Internacional: The Zone of Interest
  • Melhor Roteiro Adaptado: American Fiction
  • Melhor Roteiro Original: Anatomy of a Fall
  • Melhor Fotografia: Oppenheimer
  • Melhor Figurino: Poor Things
  • Melhor Edição: Oppenheimer
  • Melhor Design de Produção: Poor Things
  • Melhor Maquiagem e Cabelo: Poor Things
  • Melhor Som: The Zone of Interest
  • Melhores Efeitos Visuais: Godzilla Minus One
  • Melhor Trilha Sonora: Oppenheimer
  • Melhor Canção Original: “What Was I Made For?” (Barbie)
  • Melhor Curta: The Wonderful Story of Henry Sugar
  • Melhor Curta Documentário: The Last Repair Shop
  • Melhor Curta Animação: War is Over! Inspired by the Music of John & Yoko

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 25 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing, professora universitária (cursos de graduação e pós-graduação) e, atualmente, atuo como empreendedora após criar a minha própria empresa na área da comunicação.

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