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Carancho – Abutres


Muitos temas unem brasileiros e argentinos. E não falo de futebol. Vizinhos, colonizados, com uma história que envolve ditaduras militares, épocas de “euforia” e queda econômica, entre tantos outros fatores, a verdade é que compartilhamos de mais semelhanças do que gostaríamos algumas vezes de admitir. Contamos também com alguns grandes filmes em nossas histórias ainda que, a cada ano que passe, fica mais evidente que o cinema brasileiro está ficando para trás. Cada vez mais. Carancho, filme que representa a Argentina no próximo Oscar, torna isto ainda mais evidente. E também mostra como há sempre espaço para a criatividade e a inovação no cinema. O diretor Pablo Trapero, ao lado de outros três roteiristas, mostra como um tema “corriqueiro” e tratado com certo descaso pelas pessoas pode render uma grande, impactante e envolvente história. O grande cinema argentino, mais uma vez, mostra as suas armas – e torço, desde já, para que este filme esteja entre os cinco finalistas ao prêmio de Hollywood.

A HISTÓRIA: Fotos em preto e branco de um acidente. Pequenos pedaços de uma tragédia. Cinco linhas de texto revelam o tamanho do problema dos acidentes de trânsito na Argentina. Por ano, 8 mil pessoas morrem, em média, no país devido a este tipo de ocorrência. No final do texto, comenta-se que esta realidade sustenta no país um negócio milionário de indenizações. Um homem leva uma surra de outro dois. Corta. Uma pessoa aplica uma injeção em um pé. Esta pessoa é Luján (Martina Gusman), uma médica que dobra os horários de trabalho em um hospital e no socorro de emergências. Lentamente, o homem ferido se levanta. Ele vai até um carro e sai dirigindo. Pouco depois, Luján encontra ele na cena de um acidente. Neste momento, ela conhece a Sosa (Ricardo Darín), um advogado que trabalha representando vítimas e familiares de vítimas de acidentes de trânsito.

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à  seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Carancho): O ritmo certo, os melhores atores, um roteiro envolvente, o cuidado de destacar o essencial de forma diferenciada e, para arrematar, uma história que pode ser entendida por diferentes camadas. Este é o grande cinema visto em Carancho. Mais uma vez, termino de assistir a um filme argentino e me pergunto: como eles são tão bons?

Parece quase uma senha. Quando Ricardo Darín está em uma produção, isto é praticamente sinônimo de um grande filme. Não gostei muito – e quem acompanha o blog sabe disto – de El Secreto de Sus Ojos (comentado aqui) ter ganho o último Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Não porque o filme não seja bom. Mas porque eu acho que outros concorrentes da última edição do prêmio são melhores que o filme que acabou sendo premiado. Mas enfim, sempre é merecido premiar ao cinema dos nossos vizinhos. Porque eles realmente tem uma produção de filmes admirável. Acho improvável que Carancho consiga abocanhar outro prêmio, assim seguido. Também admito que ainda não assisti a nenhum dos outros concorrentes. Mas, como falei antes, torço para que ele esteja entre os finalistas.

Bato palmas para todo filme que demonstra que a criatividade é uma qualidade infinita. Não importa o quanto falamos de amor, morte, traições, disputas e um longo etcétera desde o início dos tempos. O quanto os temas se repetem desde os primeiros e grandes clássicos da literatura e do teatro. Há sempre algo novo para falar, um olhar diferenciado sobre o óbvio. Carancho faz isso. Pega um tema “corriqueiro” nas páginas de qualquer jornal de qualquer país, como é o extermínio de pessoas no trânsito das grandes urbes, e o transforma em uma trama deliciosa.

Nesta produção há romance, intriga, uma levada policial, crimes e uma boa dose de realidade inquietante. O cinema argentino não tem medo de tocar em feridas. Diferente do nosso que, na maioria das vezes, prefere concentrar-se apenas em histórias “edificantes”. Aqui a violência do trânsito é desbravada em duas frentes: a da médica socorrista e a do advogado “carancho”. Aliás, este é um bom momento para comentar sobre o título do filme – que é, também, o “apelido” do protagonista. Carancho é uma ave de rapina comum na Argentina. Ela se alimenta de animais mortos – uma interessante alusão ao que Sosa faz – insetos e répteis. Por ser uma espécie de gavião, o carancho é ao mesmo tempo visto como um símbolo de força, de caça, como de bicho solitário e “aproveitador”. Aqui algumas informações, em espanhol, sobre o termo.

Desde o princípio, o roteiro de Trapero, Alejandro Fadel, Martín Mauregui e Santiago Mitre deixa claro que haverá um romance entre Sosa e Luján. Sem forçar a barra, os quatro roteiristas nos poupam tempo e “expectativa”. Afinal, Carancho não tem muito tempo a perder com rodeios. Com precisão cirúrgica a história vai, pouco a pouco, mergulhando no cotidiano complicado de cada um dos protagonistas. Os dois, cada um a sua maneira, parecem ser prisioneiros de uma realidade para a qual eles não encontram muita saída. E esta realidade é dura, injusta e se torna, cada vez mais, cruel.

O tema dos acidentes ganha uma complexidade social muito maior. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Por um lado, vemos aos socorristas e médicos do sistema de saúde sendo explorados por cargas de trabalho absurdas. Por outro lado, somos apresentados a uma máfia de advogados que vive da exploração de pessoas desinformadas e fragilizadas pela perda de parentes ou por serem vítimas, elas próprias, da violência do trânsito. Carancho não alivia na crítica a estas duas formas de exploração e coloca os dedos todos nas feridas. Denuncia, ao mesmo tempo em que não faz discursos. Produz e apresenta, isso sim, um roteiro envolvente e uma direção que consegue transformar grandes ideias em imagens precisas.

Não há sobras neste filme. E nem falta nada para a história. Pablo Trapero tem o cuidado de buscar o ângulo certo para cada cena. Focando o trabalho exemplar dos atores, ele também tem o cuidado de explorar o entorno, revelando a crueza da cidade, de suas ruas; uma certa “falta de esperança” nos hospitais e nas salas dos advogados e repartições públicas. A direção de fotografia de Julián Apezteguia, que utiliza lentes para tornar ainda mais evidentes as cores duras e cruas da realidade, tem um grande papel neste belo desempenho do diretor. Filmado grande parte de noite, Carancho evidencia os contraste das cores de emergência, especialmente, com o escuro de uma permanente sensação de “falta de esperança”.

(SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Como em outras produções, Carancho segue uma ladeira abaixo que deixa o espectador com a permanente sensação de que o pior ainda está por vir. E realmente está. Como em outros filmes, também, nesta produção há pequenos momentos de “paz e deleite”. Mas o espectador com um pouco de experiência sabe que isto não deve durar muito. E os roteiristas, por sua vez, sabem que este tipo de “armadilha” prende a atenção e faz com que as pessoas torçam pelos protagonistas. Ainda que – e especialmente se – eles não sejam santos. Luján é uma drogada – encontrou nas agulhas uma forma de ter alívio em uma rotina de exploração absurda. Sosa é um aproveitador que usa como muleta o fato de ter perdido a licença para trabalhar por conta própria como advogado. E ainda assim, por serem tão explorados e vítimas, torcemos por eles.

Mesmo com um roteiro brilhante, uma dupla de protagonistas de primeira grandeza e tantos outros acertos técnicos, Carancho tem um ou dois problemas. (SPOILER – não leia… bem, você já sabe). Primeiro, ele não explica alguns detalhes que seriam importantes para a história. Como a razão que fez Sosa perder a sua licença para trabalhar como advogado. Depois, comete um ou dois deslizes de continuidade. Como na cena em que Sosa é golpeado por Casal. O chefe do protagonista não chega nem perto de golpeá-lo na cabeça com a garrafa – e, ainda assim, Sosa aparece com um corte profundo depois. Mas francamente? Nenhum destes pequenos “pecados” faz a história perder a força, o ritmo ou as diferentes camadas de leitura.

Sem artifícios, Carancho não evita o drama e nem a crítica. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Expõe as dores de quem perdeu ou continua perdendo com a violência no trânsito. Revela os abusos de poder e a forma com que a cobiça pelo dinheiro levam para longe da virtude hospitais e “fundações” que acabam burlando a lei para conseguir mais dinheiro dos seguros. E o melhor de tudo é que Carancho explora a antiga história de “redenção” de maneira diferenciada, fazendo com que o espectador torça pelos protagonistas porque eles estão, mais que nada, tentando libertar-se de uma realidade pela qual eles não exatamente escolheram. Existe uma diferença gigante entre escolher uma profissão e se tornar prisioneiro de práticas infames de conduta para sobreviver. Além disso, existe a história de amor. A velha promessa deste sentimento como saída para pessoas perdidas. Por tudo isso, Carancho é este grande filme.

NOTA: 10.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Saudade de assistir a um filme que me convencesse do início até o final. E não porque ele trate de assuntos novos. Mas porque tem o respeito de tornar velhos temas como atrativos. Depois de uma sequência de filmes que repetiram velhos padrões e ideias, nada como encontrar uma bela produção argentina com seus ventos inovadores.

O ritmo de Carancho é acelerado. E toda a aura que lhe acompanha casa bem com esta “jovialidade”. Uma prova disto é a trilha sonora, sempre no último volume. Algumas vezes, inclusive, a música e o som ambiente acabam dificultando para entender as falas dos personagens. Pequenos “erros” que não tiram o brilho da produção.

Gostaria, aliás, de saber de quem é a trilha sonora do filme. Assim como conseguir identificar os atores com seus respectivos personagens. Mas, infelizmente, nem o site oficial de Carancho e nem a “bíblia” do IMDb trazem estas informações.

De qualquer forma, vale comentar o trabalho dos atores. Além de Ricardo Darín, que está incrível – só para não variar – e demonstra, mais uma vez, que é um “monstro” como intérprete, um dos grandes nomes do cinema argentino e, quem sabe, do mundo, vale tirar o chapéu para Martina Gusman. A atriz faz um par perfeito com Darín. Cada olhar que eles trocam, cada momento em que ela está sozinha e com dor, sono, apreensão, valem o filme. Ouvi falar muito bem de Leonera, filme protagonizado por ela e dirigido, também, por Trapero. Mas ainda não o assisti. Agora, fiquei ainda mais curiosa. Porque a atriz é grande, e está fantástica e precisa em Carancho.

Infelizmente não consigo linkar cada ator com cada personagem, mas devo dizer que a equipe inteira de Carancho faz um belo trabalho. Destaco, em especial, aos intérpretes de Casal, Rinaldi, Pico e o vendedor dos carros de ferro-velho para o protagonista. Consegui identificar alguns pelos créditos finais do filme: Carlos Weber interpreta Pico; José Luis Arias a Casal; e Roberto Maciel a Rinaldi.

Merece uma menção a parte também o belo trabalho de edição feito pelo diretor ao lado de Ezequiel Borovinsky. Sem dúvida os dois conseguem o ritmo exato para a produção e escolhem bem os recursos para narrar de forma diferenciada esta história.

Carancho estreou na Argentina em maio. No mesmo mês, o filme participou do Festival de Cannes. Depois, esteve ainda nos festivais de Toronto, San Sebastian, Rio de Janeiro e, agora em outubro, em Hamburgo e Londres. Mesmo com todas as suas qualidades, o filme ainda não abocanhou nenhum prêmio. O que já sinaliza poucas chances para que ele chegue com força para o próximo Oscar.

Co-produzido pela Argentina, pelo Chile e pela França – contando ainda com dinheiro coreano -, Carancho foi todo filmado na cidade de Buenos Aires.

Antes deste filme, Pablo Trapero dirigiu outras seis produções. Com Leonera, de 2008, o diretor conquistou 16 prêmios e 27 indicações. Ele foi responsável, ainda, pelo roteiro de 10 de seus trabalhos, incluindo sete longas e três curtas. Um diretor que, sem dúvida, merece ser melhor conhecido – sim, este foi um momento “mea culpa”. 🙂

Os usuários do site IMDb deram a nota 7,1 para Carancho. O filme praticamente não foi comentado pela imprensa internacional. Tanto que o site Rotten Tomatoes – literalmente um termômetro neste sentido – apresenta apenas uma crítica: a de Enrique Buchichio, do Uruguay Total. Neste texto, Buchichio afirma que a produção de Trapero é um “thriller urbano escuro, denso, pessimista, com grandes destaques técnicos (especialmente fotografia, som e montagem) e um retrato hiperrealista de ambientes e personagens que fecham em uma história de amor. Muito bom cinema, apesar de alguma superficialidade”.

O crítico comenta ainda que Carancho é uma das produções “mais notáveis” que chegou da Argentina em seu país – o Uruguai. Ele afirma que, para sorte do espectador, o filme não cai na “denúncia social”. Ainda que o filme não fuja de uma certa denúncia, para Buchichio ele se revela, basicamente, “uma história de amor entre dois perdedores que estão tratando de sobreviver”. Concordo com ele, ainda que eu ache que Carancho é, ao mesmo tempo, estas duas coisas e mais. Curioso que Buchichio afirma que falta química entre os protagonistas. Não percebi isso. Até porque uma certa “estranheza” entre eles se justifica pelo tipo de ambiente e relações com os quais eles estão acostumados. Percebe-se, com um bocado de esforço, o quanto o tempo vai fazendo eles quebrarem as armaduras e se aproximarem realmente – especialmente Luján.

O crítico reconhece uma levada noir no filme. Com toda a razão. Eu não tinha observado isso antes, mas é bem verdade. Seja pelo tipo de história, pelos personagens ou pelos rumos que o roteiro vai tendo, assim como a violência e a levada embebida na urbe, tudo isso faz de Carancho um exemplar que segue a escola noir. Buchichio afirma que Carancho só não é melhor por alguns deslizes do elenco, inclusive citando a Martina Gusman que, segundo ele, repete no filme alguns vícios vistos anteriormente – não tenho esse conhecimento para concordar ou discordar.

Através da crítica do uruguaio é que fiquei sabendo que a protagonista de Carancho é a esposa do diretor.

CONCLUSÃO: A violência do trânsito vista de uma maneira diferenciada. Não apenas as colisões são violentas, mas todo o cenário que envolve as cenas de batidas e atropelamentos. Pessoas morrem, outras ficam incapacitadas. E ao redor delas, gira muito dinheiro. Seja através da estrutura de socorro, de ambulâncias até hospitais, seja por fundações e profissionais que correm atrás de indenizações para as vítimas e seus familiares. Adicione-se aí as seguradoras e seus interesses. Carancho, novo filme do diretor e roteirista argentino Pablo Trapero, apresenta uma história intricada, violenta, cheia de nuances, sordidez e algo de romance e esperança. Pessoas aprisionadas em estilos de vida que não gostam acabam se encontrando e buscando saídas. E ainda que o horizonte pareça cada vez mais complicado, o espectador segue com elas na busca por uma alternativa. Com um ritmo ágil, um roteiro bem amarrado e uma direção atenta aos melhores ângulos, Carancho revela mais um grande trabalho dos atores Ricardo Darín e Martina Gusman. O elenco de apoio também se sai muito bem, em uma produção essencialmente urbana e que segue a desesperança do cinema noir. Mais um grande exemplo do cinema da Argentina.

PALPITE PARA O OSCAR 2011: Comentei anteriormente que estou na torcida por este filme. E isso porque ele é o primeiro da lista de pré-selecionados para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro que eu assisti. hehehehehe. Mas vocês que acompanham este blog acho que já me conhecem: sou assim mesmo, meio “passional”. Quando um filme me convence, porque tem ao mesmo tempo criatividade, qualidade técnica, bom roteiro, elenco e direção, abraço a causa, dou nota máxima e torço para que ele se dê bem nas premiações. Mas fora o meu lado passional, sou realista. Até o momento, Carancho não ganhou prêmio algum nos festivais pelos quais passou. Além disso, a crítica internacional tem falado pouco ou quase nada dele. Estes são dois bons termômetros para saber sobre as chances de uma produção estrangeira para o Oscar. Assim, sendo, acho que Carancho pode até chegar, com um pouco de sorte e um tanto de lobby, a figurar entre os cinco finalistas ao prêmio. Mas dificilmente – e também porque a Argentina acaba de sair de um Oscar vencedora – ele terá chances de levar a estatueta. Ainda assim, é um belo filme que merece ser visto.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 20 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing e, atualmente, atuo como professora do curso de Jornalismo da FURB (Universidade Regional de Blumenau).

15 respostas em “Carancho – Abutres”

Uau! Um 10!!! Raro ver isto pelo crivo inteligente, seletivo e oportuno desta que nos escreve.
Mas, me ocorreu uma coisa: A impressão que tenho que o cinema argentino se limita a Darín, pois os bons filmes que tenho visto daquele país, tem este ator no elenco. Certamente pode ser impressão minha, mas, caso não seja, não é bom a produção de um país depender de uma única estrela, por melhor que seja.

Logo vou assistir e volto para postar minhas impressões. Nem vou ler o texto todo, fui direto na nota e prefiro não ter influência.

No mais, outro abraço para tí Alessandra, nos brindando com deliciosas análises que tornam nossa vida, sem exagero, melhores.

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Olá Reinaldo!!

Grande garoto! Meu interlocutor de Twitter. 🙂

Pois sim, um 10… Carancho merece. Foi o primeiro grande filme pré-candidato ao Oscar que eu assisti. Estou sedenta para ver outros tão bons quanto este, mas está difícil. Vou esperar uma nova fornada chegar até nós… hehehehehe

Obrigadíssimo por teu incentivo de sempre. Você sabe, já te disse isso antes, que éres uma das pessoas que mais me incentiva a continuar. Obrigada, de coração.

Olha, não acho que o cinema argentino se limita a Darín. Prova disso é que há tantos filmes maravilhosos dos nossos vizinhos que não tem este ator no elenco. O que acontece é que a maioria dos títulos que chegam até a gente são estrelados por ele… e há, digamos assim, uma familiaridade maior do público brasileiro com ele. Sem contar que o ator, normalmente ótimo, está realmente em muitos filmes de destaque. Mas ele não é o único.

Comentei por aqui alguns filmes argentinos que não tem o Darín no elenco. Dê uma procurada – há uma seção específica sobre cinema argentino, ainda que eu ache que criei ela depois de ter publicado sobre algum filme de lá no blog, mas tudo bem. Quero ver se, passado o Oscar, falo de mais filmes da Argentina – para demonstrar isso que comentei que muitos deles não dependem do Darín.

Agora, espero você assistir ao filme e vir aqui falar das tuas impressões… promessa é dívida. hehehehe

Muito obrigada, mais uma vez. E até logo mais. Abraços!!

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Nossa que filmão. Cinama agressivo que toca nas feridas mais profundas e pouco exploradas na maioria dos roteiros. E eu querendo ver tropa de elite….rsss.
Pirei nessa trilha sonora, uma batida meio metal/meio funk. Tentei ver informações sobre, no site oficial, mas não tem nada de soundtrack lá. Se souber alguma informação dessa banda, posta aqui pra gente. Obrigado por mais essa dica genial!

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Oi Mangabeira!!

Filmão, realmente.

E tens razão – como sempre: a trilha sonora é algo de fantástico. Não encontrei muitas informações a respeito. Na verdade, apenas uma: a de que a banda Las Pelotas faz parte da trilha sonora com a música Orugas. As outras composições da trilha sonora ainda não desvendei. Mas quando souber algo mais, comento por aqui.

Obrigada a você pelo incentivo e a presença de sempre.

Abraços grandes!

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Oi Película Criativa!!

Obrigada. Fico feliz que tenhas gostado do blog.

O cinema argentino é fantástico. Claro que há, aqui e ali, algum filme menos interessante. Mas, no geral, o cinema dos nossos vizinhos é muito bom. Acima da média. E Carancho merece sim ser conferido.

Espero que voltes por aqui para falar sobre este filme, depois de assistí-lo, assim como de outras produções que vou comentando.

Abraços e obrigada pela visita e comentário.

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Bom ,sou um amante de cinema e principalmente de produções alternativas,independentes e tal…Gostaria de conhecer melhor a produção Argentina e detalhes deste grande filme, pelo menos é o burburinho que anda por ae. Algempode me dizer como consigo uma cópia ou acesso ao filme
pois a cidade onde estou ainda não consegui..

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Oi Geraldo!

Primeiro de tudo, seja bem vindo por aqui!

Então, imagino que tantos meses depois destes teus dois comentários, já deves ter conseguido assistir a Carancho, certo?
Sei que o filme já saiu em DVD. Sem contar que ele andou passando em alguns cinemas em várias cidades.

Também gosto de produções alternativas e do cinema independente. Assim como eu gosto de boas ideias que às vezes aparecem no cinemão comercial. Gosto de todo o tipo de cinema, desde que ele seja bom. hehehehehe

O cinema argentino tem algumas produções realmente fantásticas. Tenho críticas de algumas delas espalhadas pelo blog. Se quiseres dar uma olhada nestes textos, podes ir na opção “Categorias do blog” e lá você vai encontrar a opção de “Cinema argentino”. Ainda preciso assistir a vários outros filmes e comentá-los por aqui mas, pouco a pouco, vou fazendo isso.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui mais vezes.

Abraços e inté!

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No cinema como no rock de altíssima qualidade, a Argentina é imbatível! Temos muito a desfrutar nas artes com eles. Em tempo, o temas Orugas é do disco Máscaras de Sal de 1994!!!, da excelente banda Las Pelotas.Atualíssimo, como toda boa arte e atemporal. Esqueçam Tropa de Elite…ok?

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Oi Rita!

Pois é, tenho que concordar contigo. Não sei se eu usaria o mesmo termo, “imbatível”, mas devo dizer que a Argentina sabe produzir peças de arte – cinema, música, teatro, etc – e outros produtos tantos de altíssima qualidade.

Atualmente, disso não tenho dúvidas, em uma média geral, eles sem dúvida fazem cinema muito melhor do que nós.

Agora, Tropa de Elite tem o seu mérito… claro que não é um filme no estilo de Carancho. Mas no cinema há espaço para todos os tipos de filmes. Então acho que um filme não elimina o outro. Apenas são bem diferentes – e sim, prefiro Carancho.

Obrigada pela dica do disco. Eu vou atrás. E obrigada também pela tua visita e comentário. Espero que voltes por aqui mais vezes, inclusive para falar de outros filmes.

Abraços e inté!

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Filme envolvente e muito bem feito; destaco roteiro, direçao e elenco afiadissimo. Consulto seu blog antes de me aventurar a ver qq filme. Acredite. Vc escreve muito bem e confio na sua critica. Grato e sucesso sempre.

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Oi julio!

Grande filme, não é mesmo?
Também gostei muito. Ele é bem acabado nos detalhes, e tem nos elementos que você citou alguns de seus pontos fortes.

Fico feliz, honrada e ao mesmo tempo vejo como uma grande responsabilidade o fato de levares tão a sério este blog. Mas nunca esqueça que ele é apenas um espaço de discussão e de conversa sobre cinema. Dou aqui os meus pitacos, nada mais. 🙂 E fico feliz que, fazendo isso, consigo apresentar alguns filmes bons para você e os demais leitores deste espaço.

Abraços e volte sempre. Inté!

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