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The Tree of Life – A Árvore da Vida


Alguns filmes exigem do espectador uma dose extra de paciência. Pedem boa vontade. Tudo bem quando o resultado final para isso é um projeto inovador, comovente ou que, pelo menos, convença. The Tree of Life exige uma dose super extra de paciência. O problema é que ele não nos leva muito além. Seu principal mérito é a direção de fotografia. Imagens belíssimas. Mas fora toda aquela beleza, descontada a forma, sobra pouco. Quase nada. Em outras palavras, o filme exige muito do espectador, e entrega pouco como prêmio.

A HISTÓRIA: Começa com uma citação da Bíblia: “Onde estavas tu, quando Eu lançava os fundamentos da terra?… Quando as estrelas cantavam juntas pela manhã, e todos os filhos de Deus bradavam de júbilo?”. Em seguida, o breu dá lugar a uma luz alaranjada. Alguém pergunta pelo irmão, chama pela mãe, e diz que foram eles que o guiaram até uma determinada porta. Corta. Aparece uma menina na janela. Uma voz feminina diz que o coração de um homem tem duas formas de encarar a vida. A forma da Natureza, e a forma da Graça. A mesma voz diz que nós devemos escolher a qual delas seguir. A partir daí, o filme mergulha em um redemoinho de reflexões sobre estes dois caminhos, o que eles significam e que retorno eles nos trazem. Trata de família, de perdas e de escolhas e, todo o momento, sobre a Criação e o entendimento do homem sobre Deus.

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso eu recomendo que só continue a ler quem já assistiu a The Tree of Life): Tenho certeza que muitos de vocês vão discordar de mim. Paciência. Opiniões existem para isso mesmo, para alguns concordarem, para muitos discordarem. Mas The Tree of Life foi, para mim, uma das grandes decepções dos últimos tempos. Ele entrou naquela minha lista de “muito barulho por nada”. Achei pretensioso, maçante, enrolado.

O visual é maravilhoso. Não há espaço para discutir isso. A direção de fotografia do mexicano Emmanuel Lubezki é o que o filme tem de melhor. O diretor Terrence Malick também acerta em muitas escolhas, em ângulos de câmera diferenciados e em várias sequências de puro lirismo. Ok, tudo isso é verdadeiro e torna este filme diferenciado. O problema dele é que Malick não se contém e exagera na dose. Parece que ele primeiro fez algumas cenas focando a Natureza espetaculares e, depois, construiu um filme para tentar justificar aquelas imagens.

Porque a história, o roteiro, é sofrível demais. The Tree of Life começa tão, mas tão bem! Adorei aquela reflexão inicial da mãe, Sra. O’Brien (a fantástica Jessica Chastain). Ela resume o filme e sua “filosofia”. As cenas iniciais também são primorosas. Depois, entra em cena o personagem vivido por Sean Penn, Jack, já adulto. Ele olha para aquele mundo cheio de aço e vidro, arranha-céus e dinheiro, e não se reconhece. Parece estar preso em um lugar que ele odeia. Que valia à pena por um tempo, mas que esse tempo já passou.

Esse começo não é fenomenal? Certamente. Uma discussão filosófica profunda – entre formas conflitantes e primárias de enxergar o mundo e a vida – que valia para quando Jack era criança, no Texas dos anos 1950, e que continua valendo agora, nos tempos “pós-modernos”. O problema é que esta boa premissa inicial se perde completamente no caminho. Passados aqueles 20 minutos iniciais, quando são lançadas aquelas ideias iniciais, mais uma boa introdução para a dor, a perda e o quase óbvio questionamento de Deus, o filme mergulha em um transe difícil de engolir.

Primeiro, me desculpe quem adorou aquela parte, mas eu achei irritante tantas cenas sobre o cosmos, o universo e diferentes ângulos da Natureza. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Meu queixo caiu quando The Tree of Life retornou para a origem da vida e avançou até o surgimento dos dinossauros. Não, demorei pra acreditar. Achei que estava alucinando quando vi o primeiro dinossauro na praia. Sério? Pra quê, meus amigos? Para mostrar como as dores e questionamentos humanos são pequenos, irrelevantes? Tá, disso tudo nós já sabemos. Que por maior e mais magnifíco que seja um cenário, ele um dia teve um início e, um dia, terá um fim? Tá, tá… nesta hora, devo confessar, eu entendi porque alguns cinemas “VIP” servem champanhe para os espectadores. Eu gostaria tanto de ter assistido a esse filme, especialmente a partir do minuto 20, bebendo várias taças de champanhe… teria sido menos difícil de engolí-lo.

Depois de cerca de 15 minutos desta sequência que eu achei uma verdadeira “viagem”, e sem isso ser positivo, mergulhamos novamente na rotina da infância de Jack. Na verdade, acompanhamos a vida do casal O’Brien (Brad Pitt e a já citada Jessica Chastain) desde antes, quando ela fica grávida de Jack e, depois, dos outros filhos. A partir daí, é aquela velha história das relações humanas. O primogênito que tem que lidar com o ciúme da “concorrência” do outro irmão, até que ele cresce um pouco mais e vive a clássica hostilidade/rivalidade com o pai, vendo na mãe o carinho e o afago que não encontra em outra parte. Freud já tratou muito disto, não falarei mais que o óbvio.

Lá pelas tantas, Jack começa a revoltar-se contra o pai. Até chegar naquele momento em que percebe que tudo o que ele deseja é o reconhecimento do progenitor. Enquanto isso, ele admira a mãe, mas a vê muito frágil. Indeciso sobre que caminho daqueles dois seguir, o garoto fica dividido. No futuro, essa mesma divisão vai tomar corpo novamente. É a velha ciranda da vida, com momentos de formação da personalidade, outros de confrontar as origens, depois consolidar-se na sociedade e, lá pelas tantas, questionar tudo isso novamente. Histórias cíclicas. The Tree of Life trata disso, mas de uma maneira muito arrastada e sem linhas de roteiro interessantes. As imagens sim, fazem a diferença, mas não é o suficiente para tornar o filme atrativo ou mesmo fora da curva.

Ah sim, há outros temas imersos nesta história. Todos clássicos, também – não há inovação por aqui, pelo menos não no conteúdo, apenas na forma. Por exemplo: o pai frustrado, que não conseguiu ser o músico brilhante que gostaria e que imaginava ter potencial para tornar-se, e que pega pesado com os filhos. Ele é cruel, duro, exigente. Deixa os garotos com medo. Em alguns momentos, achei que o filme sugeriu que o abuso dele pudesse ter ido além… mas nada comprovou isso, então acho que não aconteceu. De qualquer forma, o pai durão provoca dor, medo, repúdio e fascínio nos filhos. A mulher, que acredita em outra forma de atuar, que tenta ressaltar sempre a importância do amor e da amizade para os filhos, não levanta a voz ou combate o marido. Submissa, outro clássico.

E nestas bases o filme se desenvolve. A história de Jack, o narrador deste filme, mostra como um garoto vai perdendo a sua inocência. Mostra aquele momento em que ele vê os pais sem filtros. Que os julga, tira conclusões e resiste ao que vê. No futuro, ele revê aquele momento com outros olhos, e pede desculpas para o pai. Percebe que acertou em algumas ações, mas que foi infantil em outras. O que acontece com todos nós, em um ou outro momento da vida. E este é o filme. Nada novo, apenas um olhar “poético” sobre estas obviedades.

Bem, The Tree of Life também trata daquela velha discussão sobre a importância ou desimportância do ser humano para Deus. Discussão perdida, devo dizer. Porque ou as pessoas acreditam em Deus, e tem a resposta para isto, ou não acreditam e jamais vão entender a outra versão. Quer dizer, jamais talvez seja um pouco pesado. Mas dificilmente entenderiam.

Achei cansativo e desnecessário todo aquele questionamento de Deus que o filme suscinta. De qualquer forma, há um momento em que este tema chega a um argumento razoável: quando o padre comenta que as pessoas boas também sofrem perdas, e que elas não devem lembrar de Deus apenas nestes momentos, mas quando recebem algo bom também. Ainda que o filme fale muito de Deus, meus amigos, não tratarei deste tema por aqui. Especialmente por causa de outras produções que levantaram discussões similares. E este não é um espaço para isto. Aqui tratamos de cinema. E este filme, como obra cinematográfica, achei longo demais, chato, arrastado e pretensioso. Outros filmes trataram de temas similares e de forma muito mais interessante.

NOTA: 5.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Grande parte desta produção é narrada pelo jovem Jack. Por isso, Sean Penn aparece pouco. No lugar dele, vivendo o seu personagem quando criança/pré-adolescente, está o ator Hunter McCracken. Ele faz um bom trabalho, mas algumas vezes ele parece ser incapaz de mudar a fisionomia. O que irrita um pouco.

Brad Pitt, que também é produtor de The Tree of Life, faz um pai durão. Ele fala com a boca sempre meio fechada, caminha com segurança, mesmo quando é derrotado. Está bem, mas nada fora do comum. Jessica Chastain sim, dá um show. Parte frágil da história, ela se rende tão bem aos momentos de tristeza quanto aos de alegria e suavidade. Está linda, solta, entregue à personagem. Junto com a direção de fotografia, é um ponto forte da produção.

Ao lado de Jack, brilham na produção como os irmãos do personagem os atores mirins Laramie Eppler como R.L. e Tye Sheridan como Steve.

Na parte técnica, além da direção de fotografia primorosa, vale a pena citar a trilha sonora de Alexandre Desplat e a edição feita por cinco profissionais: Hank Corwin, Jay Rabinowitz, Daniel Rezende, Billy Weber e Mark Yoshikawa.

The Tree of Life estreou em maio de 2011 no Festival de Cannes. Depois, ele participou de outros oito festivais, incluindo o Karlovy Vary e o Donostia, de San Sebastián. Em sua trajetória, o filme conquistou 58 prêmios e foi indicado a outros 40. O principal deles foi a Palma de Ouro no Festival de Cannes do ano passado. A vitória era considerada anunciada, porque o festival teria esperado dois ou três anos para que o filme ficasse pronto, segundo esta matéria. Ainda assim, metade do público vaiou o resultado.

Esta produção, com direção e roteiro de Terrence Malick, teria custado aproximadamente US$ 32 milhões. E foi mal nas bilheterias – o que não me surpreende. Apenas nos Estados Unidos, até o dia 23 de outubro do ano passado, quando ele saiu de cartaz, The Tree of Life tinha arrecadado pouco mais de US$ 13,3 milhões nas bilheterias. Mas no resto do mundo ele foi bem melhor: arrecadou pouco mais de US$ 54,3 milhões até o dia 27 de outubro. Somados, os resultados mostram que ele faturou pouco mais que o dobro do custo original. Não está mal, mas também está longe de ser um sucesso.

Os usuários do site IMDb deram a nota 7,1 para o filme. Os críticos que tem seus textos linkados no Rotten Tomatoes foram mais generosos: dedicaram 201 críticas positivas e apenas 37 negativas para a produção, o que lhe garante uma aprovação de 84% e uma nota média de 8,1. Bastante boas, pois. Eu teria me somado ao grupo minoritário. 🙂

CONCLUSÃO: Um filme com alta carga simbólica e que tenta mergulhar fundo em questões filosóficas e religiosas. The Tree of Life está carregado de pretensões. Chega a fazer um retrocesso na história de todos os tempos, mas fica a maior parte do tempo centrado nas relações de uma família. As linhas iniciais, que tratam sobre a simplificação do caminho que o Homem pode escolher, poderiam resumir toda a história. Podemos, segundo o filme, escolher entre o caminho da Natureza e o da Graça. Depois de alguns momentos de imersão nos devaneios do diretor, Terrence Malick, nos debruçamos nas relações de uma família, dividida entre estas duas visões de mundo. A história é contada por um dos filhos, que cansa. Se o protagonista cansa, e se Malick devaneia demais, a experiência de The Tree of Life é arrastada, difícil de aguentar. E não porque filmes cheios de simbologia e filosofia não sejam interessantes. Não. Mas no fima destas histórias, buscamos algo além do óbvio. Não é isso o que acontece aqui. A frase “só o amor é o que importa” resumiria tudo. E, para chegar a ela, não precisaríamos de tanta firula. Não gostei.

PALPITE PARA O OSCAR 2012: The Tree of Life está concorrendo em três categorias do Oscar deste ano. Como Melhor Filme, Melhor Direção de Fotografia e Melhor Diretor. Destas, sem dúvidas, ele merece a indicação e ganhar na categoria de Melhor Fotografia. Se o filme não é um verdadeiro desperdício, muito disto se deve à fotografia. E àqueles 20 minutos iniciais – se o filme tivesse terminado ali ou se o restante tivesse sido editado em 40 minutos, talvez o resultado tivesse sido muito melhor.

Não vejo nenhuma possibilidade de The Tree of Life ganhar como Melhor Filme. Para o meu gosto, ele está anos-luz distante de The Artist e, em segundo lugar, de Midnight in Paris. Mesmo The Descendants e Hugo mereciam ganhar a estatueta mais do que ele. E cá entre nós, se o Oscar não tivesse 10 candidatos, duvido muito que The Tree of Life chegasse a ser finalista entre os cinco que antes eram indicados.

O mesmo em relação a Melhor Diretor. Seria uma grande injustiça premiar Malick e deixar para trás Michel Hazanavicius (The Artist), Martin Scorsese (Hugo) ou Woody Allen (Midnight in Paris). Mesmo Alexander Payne (The Descendants) ganharia o meu voto antes de Malick.

Em melhor Direção de Fotografia The Tree of Life tem chances. Ainda que concorrem com ele, de igual para igual, The Artist e Hugo. Não assisti aos outros concorrentes, mas imagino que a fotografia do veterano Janusz Kaminski em War Horse seja de tirar o chapéu também. Ele pode ganhar nesta categoria, mas terá que, para isso, vencer a grandes concorrentes. Logo mais saberemos se ele será capaz.

SUGESTÕES DE LEITORES: Eu sabia! Nesta correria de muito trabalho e de concentração reforçada para o Oscar deste ano, esqueci de fazer uma menção fundamental: que The Tree of Life foi indicado aqui no blog há muito tempo pelo Lorenzo Lavati. Querido leitor, o Lorenzo pediu um comentário do filme no já distante dia 25 de setembro do ano passado. Eis aqui a crítica, Lorenzo. E aí, o que você achou do filme e do comentário acima? Abraços e obrigada por esta recomendação. Ah sim, e agora eu vi que o Mangabeira, fiel leitor do blog, também recomendou The Tree of Life, mas no início deste ano, no dia 2 de janeiro, para ser mais precisa. Mangabeira, como acabo de comentar na resposta para a tua recomendação, notei que você não gostou desta minha crítica… mas paciência. Inevitavelmente um dia isso acontecer. Afinal, impossível as pessoas concordarem sempre. Abraços e obrigada pela dica também.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 20 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing e, atualmente, atuo como professora do curso de Jornalismo da FURB (Universidade Regional de Blumenau).

20 respostas em “The Tree of Life – A Árvore da Vida”

me surpreendeu o premio em cannes para tree of live, que mesmo que tenha dado para boonmee, são muito diferentes na experiencia transcendental.

não escrevi nada sobre a árvore da vida por se restringir apenas a metafisica, cristã. nisso o filme é só exito. até mesmo belo. não diz mais nada.

coisa que também não vou discutir se tratando de cinema.

queria agradecer por seu site, gostei tanto de tantas coisas que vi aqui, que recentemente iniciei um projeto que tinha em mente: http://www.rispido.com

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Oi charles!

Pois então, vai entender, não é mesmo?
O que eu sei é que há alguns cineastas que se tornaram, realmente, “queridinhos” de premiações e da maioria da crítica. Não, necessariamente, do público. O Terrence Mallick vai nesta levada.

O Boonmee é uma pendência que eu tenho… ainda não assisti. Mas vou.

A ideia é justamente essa. Eu discuto cinema, mas me recuso a discutir religião ou fé. Cada um com a sua – ou com nenhuma.

Fico feliz que você goste do blog e dos textos que vou publicando nele. E fiquei muito contente em saber que também iniciaste o teu. Vida longa para ele e um ótimo trabalho pra ti.

Espero que nos “vejamos” por aqui outras vezes.

Abraços e inté!

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Sinceramente, fiquei egoísticamente esperando a sua resenha, para economizar uma ida ao psiquiatra. Agora fiquei mais sossegado, não sou só eu que penso o que você escreveu. Aliás você escreveu muito melhor do que eu pensei! Não precisamos ser internados! Ou talvez mereçamos? Se fosse concurso de menor resenha, eu tentava concorrer com “foi uma tentativa de mesclar Cinema e Discovery Channel – e ficou chato”. Cordiais saudações!!!!

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Oi Denis!

hehehehehe

Achei a tua mensagem muito divertida. Dei boas risadas com ela – quando publicaste a agora, ao respondê-la.

Olha, não sei se precisamos ou não ser internados. Ainda não consegui responder a esta pergunta. Mas algo é fato: este filme divide as pessoas naquelas categorias clássicas de “ame-o” ou “deixe-o”. Não há meio termo.

Adorei a tua super-micro-resenha. Uma boa forma de resumir o espírito deste filme. 🙂

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui mais vezes.

Um grande abraço e inté!

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Concordo em gênero número e grau com sua crítica: chato, arrastado e, acima de tudo, extremamente pretensioso, “A Árvore da Vida” faltou dizer a que veio.
Achei estranho você não comentar a respeito da morte do irmão de Jack na guerra, razão maior do sofrimento da Sra. O’Brien.
Fica a impressão que Terrence Malick tenha tentado falar de tudo o que acontece no universo desde o Big Bang e não teve perna pra tanto,,,

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Oi Cláudia!

Pois então, exatamente isso. Muito, muito pretensioso. E dispensável, eu diria. Toda aquela “reflexão” com levada psicológica já foi feita antes por outros filmes, e melhor.

Então, a morte do irmão realmente foi algo importante para o filme. Mas não me chamou a atenção. Como outras partes. Simplesmente deixei pra lá. 🙂

Sim, ele tentou resumir o mundo, a vida e a morte, todas as relações humanas inseridas no meio neste filme. Ai, ai… obviamente pretensioso e frustrante.

Obrigada por mais esta tua visita e comentário. E volte sempre!

Abraços e inté!

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Oi Mangabeira!

Pois então, como eu disse em outra resposta que te dei, eu sabia que esse dia ia chegar. Quando a gente discordasse da leitura de algum filme.

Obrigada por citar o Villaça. Ele é bacana, sem dúvida. Mas discordamos desta vez. E haverá outras, sem dúvida.

Obrigada por mais esta tua visita e comentário.

Abraços e inté!

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discordo de parte da critica. os filmes não existem para explicar nada e pura e simplesmente uma arte. nem para entreter o publico. ja alguma vez viste um filme assim? eu não. é original? para mim é. ate acho que o filme nos faz pensar em muita coisa, tem bastante substancia´, é pena para os alienados é que não é gratuita… em 1968 aconteceu algo semelhante… odisseia no espaço tambem foi vaiado. respeito a tua opinião, mas não concordo.

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Oi edgar!

Então, de fato os filmes não existem para explicar nada ou para entreter o público. Eles existem para uma coisa, ou outra, ou para, como falaste, apenas “ser” arte.

O problema é que a falta de critério torna tudo arte. Até uma galinha morta e empalhada pode ser chamada de arte.

Esta é uma forma de enxergar as coisas. Não é a forma com que eu e, ouso dizer, grandes mestres do cinema encaram o fazer cinema. Hitchcock, Chaplin, Almodóvar, Tarantino, Kubrick, só para citar cineastas de diferentes origens e épocas, que digam sobre isso…

Respeito a tua opinião. Mas algo básico, devo te dizer, para qualquer pessoa inteligente, é saber respeitar as opiniões contrárias. Pode ser difícil, meu caro edgar, mas é fundamental.

Kubrick é Kubrick. Um diretor genial. Do diretor de The Tree of Life não se pode dizer o mesmo, me perdoe.

Ah sim, não pareceu que você respeitou a minha opinião. Do contrário, não teria sugerido que ela é oriunda de alguém alienada. Não te acho alienado, nem burro, só uma pessoa com dificuldade para aceitar opiniões diferentes da tua. Uma pena.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário.

Abraços e inté!

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“… em 1968 aconteceu algo semelhante … odisseia no espaço tambem foi vaiado”.
Perfeito comentário!
Kubric é Kubric, infelizmente resume o pensamento limitado da blogueira.

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Olá Richard!

Antes de mais nada, seja bem-vindo por aqui.

Evidente que Kubrick (com K no final) é Kubrick. Graças a Deus! E não, eu não compararia os dois diretores. Até porque se for comparar todo mundo que já teve a sua obra vaiada… teremos comparações bem piores.

Obrigada também por comentar que tenho o “pensamento limitado”. Eu não falaria isso de ti, apenas por discordares de mim. Aliás, seria bem interessante começares a aprender a respeitar as opiniões divergentes. Te fará bem.

De qualquer forma, obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. E se fores capaz de apreciar textos de alguém com “pensamento limitado”, serás bem-vindo em outras ocasiões.

Abraços e inté!

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Oi Marcelo!

hehehehehehehe

Te entendo. Perfeitamente.

Depois de escrever este texto, já falei com várias pessoas que não conseguiram assistí-lo até o final. A paciência delas não durou tanto tempo.

Eu me obrigo a assistir a qualquer produção até o final, mesmo que eu ache ela chata ou intragável. Mas entendo quem não se dispõe a tanto… 🙂

Obrigada por mais esta visita e comentário. Abraços e inté!

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Oi Abraa!

Tudo bem contigo?

Primeiramente, como você sabe o que eu entendi ou deixei de entender?
Segundo: não sei se você já percebeu, mas o cinema, como outras formas de arte, está aberto à interpretação.
Sendo assim, não existe apenas “uma forma de ver” ou de entender. Se você entendeu de uma forma e gostou do filme, ótimo. Eu talvez tenha entendido de outra (não sei, porque você não se deu ao trabalho de explicar o que entendeu para que eu possa saber se percebemos coisas diferentes) e não gostei.

Simples assim. Como tens o direito de gostar, eu tenho o direito de não gostar. Entendeu?

Que bom. E fica uma dica: tente ser menos extremista e desenvolver a capacidade de aceitar opiniões diferentes. Vai te fazer bem.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário, ainda que tenhas sido um bocado infeliz com ele.

Abraços e inté!

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[…] Gostei daquele filme. Ele me parecia uma volta à melhor fase do cinema de guerra, como quando lançaram Apocalipse Now. Havia poesia em cena, e não apenas tiroteios, mortes e gente jovem passando o tempo ao flertar com a morte. Mas diferente de outros apreciadores do cinema, eu não vi o mesmo potencial nos outros filmes de Mallick lançados desde então. The Tree of Life, em especial, para mim foi uma experiência muito entediante – como vocês puderam ler nesta crítica. […]

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Tudo bem, Alessandra?

Faz pouco tempo que comecei a ler críticas dos filmes logo depois de assisti-los. Sinto que essa é uma forma interessante discutir as ideias apresentadas nos filmes e aprofundar um pouco mais o entendimento sobre assunto.

Penso o mesmo sobre a área de comentários das críticas. Infelizmente na maior parte dos comentários dos usuários não existe muita possibilidade de construção de diálogo. Normalmente as pessoas se atacam simplesmente por discordarem da interpretação de alguns pontos do filme. E simplesmente adorei a sua área de comentários justamente por você se esforçar muito para dialogar com cada um dos comentários feitos. Parabéns!!!! Quando vi seus comentários percebi que tenho muito a aprender com você, principalmente no que se refere ao seu esforço para manter um diálogo civilizado com pessoas que de uma forma ou de outra te ofendem.

Não concordo muito com sua crítica ao filme. Concordo na parte de ele ser pretensioso. Mas acredito que você poderia ter sido um pouco mais bondosa com o filme :). Acredito que ele realizou uma discussão muito interessante. Mas admito que sou novo no mundo do cinema e não possuo muitas outras referências. A discussão apresentada no filme foi algo novo para mim. Se eu tivesse assistido a outros filmes que tenham discutido a mesma temática de forma mais aprofundada ou cuidadosa, talvez minha visão sobre este filme poderia ser diferente. Você poderia me indicar outros filmes semelhantes a esse?

Bom, fico feliz em dizer que vou acompanhar seu blog a partir de agora.

Abraços!

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