O que as pessoas são por trás da aparência? Até que ponto elas podem chegar para alcançar novos patamares na vida ou para manter o status alcançado? Essas são algumas questões que surgem após refletirmos sobre Parasite, um filme que tem a assinatura do seu realizador, o diretor Bong Joon Ho.
Como sempre, ele nos apresenta uma história que não é óbvia e que tem diversos momentos surpreendentes. Além disso, Parasite se revela diferenciado ao tratar de questões sociais com uma boa dose de humor e violência. Um filme instigante, interessante e que fará você pensar.
A HISTÓRIA: Algumas meias penduradas e uma janela no nível da rua. Carros, pessoas à pé e de bicicleta passam em frente ao vidro fechado. Dentro da casa, Kim Ki-woo (Woo-sik Choi) está digitando no celular. Ele coloca uma senha para tentar conectar na internet, mas não consegue. Ki-woo reclama que não tem mais wi-fi grátis. Ele pergunta para a irmã, Kim Ki-jung (So-dam Park), se ela sabe a senha da tia que mora acima. A mãe dele, Kim Chung-sook (Hye-jin Jang), acorda o marido, Kim Ki-taek (Kang-ho Song) e pede para ele fazer algo, já que o telefone “está morto” e o wi-fi não funciona.
Ki-taek apenas orienta o filho a procurar por sinal de internet em todos os cantos. Ele consegue se conectar no banheiro, pegando a rede de um novo café na vizinhança. Chung-sook pergunta se há alguma mensagem nova, que a Pizza Places disse que entraria em contato. De fato, há uma mensagem da empresa. Em seguida, a família começa a montar caixas de pizza para conseguir algum dinheiro. Eles estão sempre em busca de alguma oportunidade que possa lhes ajudar a pagar as contas e sobreviver.
VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes deste filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Parasite): O diretor Bong Joon Ho nunca decepciona. Ao menos, até agora, os filmes que eu assisti dele, sempre são interessantes. Não pesquisei nada sobre Parasite antes de assisti-lo, mas relembrando de Madeo (comentado aqui), fiquei esperando que eu veria algo de suspense e/ou de terror em cena.
Não me decepcionei neste quesito. Mas encontrei em Parasite muito mais do que eu tinha imaginado. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Um elemento fortíssimo nessa produção e que, para mim, foi bastante surpreendente, é como Parasite explora a questão da desigualdade social e o abismo que separa ricos e pobres. Esse é um tema universal, mas que ganha um aspecto totalmente único já que o filme mergulha na cultura e na forma de viver dos coreanos.
Além de apresentar um roteiro envolvente, que explora muito bem tanto o ambiente da família Kim quanto o da família Park, o filme logo se destaca pelo trabalho dos atores. Um elenco relativamente pequeno mas muito talentoso. Com atores já conhecidos para quem assiste ao cinema coreano – como Kang-ho Song, ator que estrelou dezenas de filme, sendo um deles Bakjwi, comentado neste link.
Roteiro, atores e direção se destacam desde a primeira cena. Bong Joon Ho explora, algumas vezes com planos diferenciados ou com movimentos de câmera fluídos, tanto o ótimo trabalho do seu elenco quanto os espaços que fazem parte da realidade das duas famílias – algo importante para a história, já que o status dos Kim e dos Park são elementos importantes para o desenrolar da trama.
Como é típico de Bong Joon Ho, o filme tem algumas pílulas de surpresa, espalhadas no desenrolar da história, assim como apresenta também um “grande momento” de reviravolta na trama. Algo fundamental neste filme é como os roteiristas Jin Won Han e Bong Joon Ho trabalham com a desconstrução de conceitos e com a revelação gradativa do que está por trás das aparências.
(SPOILER – não leia… bem, você já sabe). Por indicação de um primo, Ki-woo é o primeiro da família Kim a se aproximar dos ricos da família Park. Inteligente e bastante “safo”, ele logo enxerga na extravagância e no esnobismo dos Park uma chance de emplacar outras pessoas da família naquela realidade.
Para isso, basta eles “encenarem” o que os ricos desejam “consumir”. A ironia vai desde técnicas “inovadoras” de ensino dos irmãos Ki-woo e Ki-jung até um voluntarismo educado do novo motorista da família Park, Ki-taek. No início, Ki-woo emplaca a irmã apenas comentando que conhece uma garota que pode dar aulas de arte para o garoto. A jovem seria uma conhecida de um primo dele e que, apesar de cara, ela poderá ajudar no desenvolvimento de Da-song (Hyun-jung Jung).
Enquanto isso, Ki-woo segue no seu trabalho de dar aulas de inglês e de seduzir a carente Da-hye (Ji-so Jung). Conforme os irmãos conseguem os seus empregos, a família já começa a se alimentar melhor e a pagar as contas básicas da casa. Mas eles não param por aí. Eles veem nos Park a família rica perfeita para eles “darem o golpe”.
Nesse ponto é que os Kim começam a se perder. Primeiro, Ki-jung arma para cima do motorista da família, Min (Seo-joon Park). Depois dele ser demitido, Ki-jung indica o pai para o emprego, alegando que ele é um bom motorista e que ela o conhece desde criança porque ele sempre trabalhou para o seu tio.
Ki-taek começa a trabalhar para Dong-ig Park (Sun-kyun Lee), que aprova a destreza do motorista logo no primeiro dia. Em seguida, os Kim trabalham para emplacar Chung-sook no cargo de governanta da casa.
Essa última tarefa acaba sendo mais difícil, já que a governanta da família, Moon-gwang (Jeong-eun Lee) está na casa antes mesmo dos Park morarem lá. Alérgica a pêssegos, ela acaba ficando doente por causa de uma técnica refinada dos Kim de provocarem a sua alergia. Assim, a família inteira consegue se empregar na residência dos Park.
Inicialmente, parece que Dong-ik e a esposa, Yeon-kyo (Yeo-jeong Jo), são do tipo rico-padrão. Ou seja, tem tanto dinheiro que vivem um bocado fora da realidade. Yeon-kyo parece ser desconfiada e, ao mesmo tempo, apegada a umas ideias fantasiosas. Ou seja, pode ser facilmente manipulada. Dong-ik está à frente de uma grande empresa de tecnologia e fica mais fora do que dentro de casa.
Assim, a parte inicial do filme é divertida ao mostrar como a família Kim consegue dar a volta por cima ao se aproximar e “conquistar” os Park. Mas, lá pelas tantas, o filme dá uma reviravolta. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Isso acontece quando, certa noite, os Park saem de casa para um acampamento do filho e os Kim fazem uma festa no local.
Durante a noite, depois de esbaldarem em bebida e comida, o interfone toca sem parar. Chung-sook acaba atendendo e deixa a ex-governanta da casa, Moon-gwang entrar. Ela está desesperada e pede ajuda para acessar a um cômodo secreto da residência. Lá, ela mantém há anos o marido, Geun-se (Myeong-hoon Park). Ou seja, a exemplo dos Kim, eles também enganaram a família rica para sobreviver.
Ao invés dos pobres se unirem e dos Kim serem solidários com Moon-gwang, e vice-versa, quando uns descobrem a verdade sobre os outros, a competição entre eles toma uma outra proporção. Parasite entra então em um “salve-se quem puder”. Quando os Park avisam que estão voltando para casa, porque o acampamento estava alagado, toda a resolução tem que ser apressada. O desespero, com certa dose de violência, entra em cena.
As escolhas dos Kim acabam levando para uma escalada de violência que termina de forma visceral. Perto do “grand finale”, Dong-ik acaba revelando uma faceta de desprezo que até então era bem disfarçada. Isso contribui para o desfecho trágico. E reforça o trabalho de Bong Joon Ho de revelar o que está escondido e que vem à tona quando os ricos acham que estão sozinhos.
Algo interessante de Parasite é que ele revela, na verdade, o que todos parecem se esforçar em esconder. A família Kim é esforçada, mas acaba mostrando muita frieza e crueldade quando é pressionada. No melhor estilo “farinha pouca, meu pirão primeiro”, eles não pensam duas vezes em descartar o casal que os ameaça.
Pessoas com fome ou em dificuldades podem adotar gestos desesperados. Mas não são apena eles que se revelam um pouco diferente do que vemos inicialmente. O casal Park também não é aquela “bondade toda” ou têm toda a ingenuidade que inicialmente eles parecem demonstrar.
Quando Dong-ik fala do cheiro característico de Ki-taek, ele demonstra todo o seu desprezo por estas pessoas do “povo” – isso fica claro quando ele diz que o cheiro do novo motorista é como o das pessoas do metrô. Yeon-kyo também não se mostra tão boazinha e inocente ao compartilhar dos comentários do marido.
Moon-gwang que, inicialmente, chamou Chung-sook de irmã porque precisava da ajuda e da compreensão dela, rapidamente muda de postura quando descobre a verdade sobre a família de “golpistas”. Ela acaba zombando deles e os ameaçando, e quando eles tem pouco tempo para resolver as desavenças, Moon-gwang e Geun-se levam a pior.
Parasite parece mostrar que ninguém é inteiramente bom ou inteiramente mau. Esses extremos podem se revelar dependendo da ocasião. Ter dinheiro não significa ser generoso, assim como ter passado dificuldades na vida não significa, necessariamente, ter empatia por pessoas que passaram pelo mesmo.
De forma inteligente, Bong Joon Ho ainda questiona e/ou brinca com um dos gêneros de terror clássicos do cinema. Para ele, fantasmas não existem. O mal está nos atos humanos, motivados por cobiça, ganância e pela loucura. O terror vem daí, assim como da falta de empatia e da incapacidade dos ricos em enxergarem o que não faz parte do seu mundo.
Tudo isso, mais uma direção perfeita, um roteiro impecável e um elenco talentoso fazem deste filme uma produção muito acima da média. Para não dizer que o filme é perfeito, acho que ele tem alguns exageros aqui e ali. Os ricos são um tanto estereotipados demais, especialmente Dong-ik.
Além disso, há sequências, como a inundação da casa dos Kim, ou o rompante que Ki-taek tem perto do final, que parecem um tanto fora de contexto e/ou exageradas. Mas são pequenos detalhes em um filme que tem muito mais qualidades que defeitos.
NOTA: 9,5.
OBS DE PÉ DE PÁGINA: Bong Joon Ho é um dos nomes mais interessantes do cinema recente da Coreia do Sul. Ele tem um cinema diferenciado. De sua filmografia, The Host, sem dúvida, é um de seus filmes mais conhecidos. Acabei não assistindo a essa produção quando ela foi lançada e virou sensação, mas assisti a outros filmes de Bong.
O diretor iniciou a sua carreira em 1994 com o curta Peureimsogui Gieokdeul. Depois, ele faria outros dois curtas antes de lançar o primeiro longa, no ano 2000, Flandersui Gae. Em seguida veio Salinui Chueok, em 2003, seguido de três curtas antes de The Host, de 2006. Dele, assisti a sua parte da história de Tokyo! (filme comentado aqui) e Madeo. Eis um diretor que merece ser acompanhado.
A direção de Bong em Parasite é um dos pontos fortes do filme. Ele sabe conduzir muito bem essa história, com algumas sequências realmente interessantes, uma dinâmica de câmera que prende a atenção dos espectadores e um talento irretocável para tirar o melhor de seu elenco.
O roteiro escrito por ele, juntamente com Jin Won Han, também é um ponto forte da produção. A história tem um desenvolvimento até a metade do filme e outro bem diferente a partir daí. No início, temos muito mais comédia na produção. Depois, ela faz uma virada inteligente para o drama, o suspense e o terror. Como os melhores filmes do gênero, o terror não vem de algo de fora, mas da própria atitude dos personagens.
Entre os elementos técnicos do filme, destaque para a trilha sonora marcante de Jaeil Jung; para a ótima direção de fotografia de Kyung-pyo Hong; para a também ótima edição de Jinmo Yang; para o design de produção de Ha-jun Lee; para os figurinos de Se-yeon Choi; e para a maquiagem de Hyo-kyun Hwang, Tae-Yong Kwak, Hee Eun Lee e Young Kim Seo.
Pensando aqui sobre a inundação da casa dos Kim, acho que percebi que aquela sequência é mais simbólica do que qualquer outra coisa. Vejamos (SPOILER – não leia… bem, você já sabe). Primeiro, é como se tivesse entrado água em todos os planos dos Kim. Depois, aquele fato torna ainda mais claro o abismo entre a família de empregados e seus empregadores, além de abrir a porta para medidas extremas, especialmente de Ki-taek.
Todos os atores principais são ótimos. Esses filme não teria a força que tem sem o excelente trabalho de Kang-ho Song como Ki-taek, pai da família suburbana; Hye-jin Jang como a sua esposa, Chung-sook; Woo-sik Choi ótimo como o jovem talentoso que se deixa levar pela ilusão do dinheiro, Ki-woo; So-dam Park como a bela e inteligente Ki-jung; Sun-kyun Lee como o pai da outra família, dos ricos, Dong-ik; e Yeo-jeong Jo ótima como a esposa dele, Yeon-kyo.
Além deles, vale comentar o bom trabalho de Ji-so Jung como Da-hye, a adolescente que rapidamente se apaixona pelo professor de inglês; Hyun-jun Jung como Da-song, o irmão caçula dela; Jeong-eun Lee como Moon-gwang, a governanta que trabalha na casa antes mesmo da entrada dos Park; Keun-rok Park como Yoon, primo de Ki-woo; Myeong-hoon Park como Geun-se, marido “fora da casinha” de Moon-gwang; e Seo-joon Park como Min, motorista da família antes do “golpe” dos Kim.
Parasite estreou em maio de 2019 no Festival de Cinema de Cannes. Depois, o filme estrearia, ainda, em outros 14 festivais em diversos países. Em sua trajetória, o filme ganhou três prêmios e foi indicado a outros dois. Os prêmios que ele recebeu foram a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes, o prêmio de Melhor Diretor dado pelo International Cinephile Society Awards e o de Melhor Filme no Festival de Cinema de Sydney.
De acordo com o site IMDb, Parasite foi o primeiro filme coreano a ganhar a Palma de Ouro em Cannes.
Esse é o primeiro filme coreano de Bong desde Madeo. Interessante.
Segundo o site IMDb, Parasite é o filme indicado pela Coreia do Sul para o Oscar 2020. Opa! Que bacana. Sem querer, acabei estreando, com este filme, a minha “corrida” pelo Oscar do próximo ano. Claro que tenho muitos filmes para assistir ainda, mas admito que já estou na torcida para Parasite levar Bong longe. Espero que o filme fique pelo menos entre os semi-finalistas.
Bong falou sobre a sua experiência de filmar em uma casa coreana de hiper-ricos. Ele disse que chegou a ficar com a mão tremendo quando devolveu uma lata de lixo que usa alta tecnologia e que é silenciosa mesmo quando tem a tampa fechada. Só essa lata de lixo custaria US$ 2,5 mil. Ele também disse que escolheu o personagem de Ki-woo para conduzir a história porque ele, como tutor da filha do casal rico, simbolizaria o tipo de trabalho que, hoje, permite que famílias dos extremos da sociedade da Coreia do Sul possam ter os seus caminhos cruzados de forma convincente.
Parasite apresenta a nota 8,5 no site IMDb. Os críticos que tem os seus textos linkados no Rotten Tomatoes dedicaram 75 críticas positivas para o filme, o que lhe rende uma rara aprovação de 100% e uma nota média de 8,98 – bastante alta para os padrões do site. O site Metacritic apresenta um “metascore” 89 – fruto de 16 críticas positivas – para esta produção, assim como o selo “Metacritic must-see”.
CONCLUSÃO: Eu estava sentindo falta de um bom filme de suspense e/ou terror. Então, nesta missão de retomar aos poucos ao blog, relembrei de outro filme de Bong Joon Ho, Mother. Decidi voltar para o diretor e achei esse Parasite. Que filme instigante! Uma produção que faz pensar sobre as diferenças sociais, sobre família, status social, papel do indivíduo na sociedade e a nossa real capacidade de sermos livres e de sonhar.
Um filme acima da média, sem dúvidas, e que reforça o talento de Bong Joon Ho de contar histórias. Envolvente, bem narrado e dosando bem drama e humor antes de cair na parte mais “tenebrosa” da história, Parasite é uma bela peça de cinema que, além de nos proporcionar momentos de entretenimento, também causa impacto e faz pensar. Sem dúvida alguma, recomendo. Era exatamente o que eu estava precisando assistir. 😉
PALPITES PARA O OSCAR 2020: Parasite está na lista dos nove filmes que avançaram na disputa da rebatizada categoria Melhor Filme Internacional (antes Melhor Filme em Língua Estrangeira). Para mim, pelo andar da carruagem, é certo que ele estará entre os cinco finalistas. Além disso, a julgar pelas três indicações do filme no Globo de Ouro 2020, não seria impossível essa produção emplacar mais alguma indicação no Oscar.
No Globo de Ouro o filme concorre em Melhor Diretor, para Bong Joon Ho; Melhor Roteiro, para Bong Joon Ho e Melhor Filme – Língua Estrangeira. Acho que no Oscar o diretor e roteirista pode ser indicado também – especialmente em roteiro. Agora, para saber se o filme vai ganhar como Melhor Filme Internacional, é preciso “zerar” a lista dos indicados. Neste momento, acho que ele leva vantagem. Se fosse apostar em algum título, apostaria nele.
6 respostas em “Gisaengchung – Parasite – Parasita”
Obrigada pelo seu trabalho exaustivo mas muito bem exposto. A sua escrita não cansa e ajuda-me a tomar decisões e ficar a par do bom cinema. Bem haja.
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[…] Parasite (Coreia do Sul) […]
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[…] neste link), Les Misérables, Dolor y Gloria (com crítica disponível aqui) e Parasite (comentado neste post). Quem acompanhou o Oscar ou este blog no início do ano sabe que Parasite ganhou nesta categoria e […]
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[…] filmes já comentados e o link para vocês acessarem as críticas deles: Honeyland, Dolor y Gloria, Parasite e Corpus Christi. Aliás, falando apenas dos últimos posts aqui no blog, entre Corpus Christi e […]
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[…] Diversos elementos favorecem esta produção. Primeiro que ela vem após o sucesso arrebatador de Parasite. Ou seja, a Coreia do Sul está em alta. Depois, trata de uma questão política sensível para os […]
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[…] exemplo de Gisaengchung (Parasita), que fez história no Oscar 2020 (produção comentada por aqui), acredito que nunca mais o Oscar vai limitar as categorias principais apenas para filmes feitos […]
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