Um dos filmes mais “malucos” e criativos que eu vi nos últimos tempos. Isso até que Everything Everywhere All at Once caminha para o final e percebemos que ela trata de assuntos universais de uma forma bem diferente do tradicional. O ponto de destaque é como os realizadores trabalham para brincar, tirar sarro e ao mesmo descontruir algumas fórmulas conhecidas envolvendo ficção científica e artes marciais. O filme é uma salada de referências ao mesmo tempo que mostra muita originalidade.
A HISTÓRIA
Através de um espelho redondo, vemos pais e filha cantando juntos. Em certo momento, a mãe, Evelyn Wang (Michelle Yeoh), tampa a boca da filha, Joy (Stephanie Hsu). Evelyn e o marido, Waymond (Ke Huy Quan) seguem cantando. Logo Evelyn tira a mão da boca da filha. Eles somem do espelho. Quando uma porta bate, o espelho abaixo e vemos uma mesa cheia de papéis. Evelyn senta na mesa e tenta se entender com tantos recibos, notas fiscais e papéis.
Waymond chega com alguns papéis e tira uma nota da mão de Evelyn. Ela pede para ele parar de brincar, e Waymond pergunta se aquele é um bom momento para falarem de outra coisa. Evelyn diz que precisa terminar o levantamento que está fazendo antes do pai dela, Gong Gong (James Hong) acordar. Ela e o marido conversam sobre diversos temas na sequência de forma acelerada, como parece ser a rotina do casal.
VOLTANDO À CRÍTICA
(SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Everything Everywhere All at Once): Esse filme começa com um turbilhão de diálogos e segue em tom com certo exagero, mas em diversos aspectos, até o final. Por boa parte do tempo, talvez você fique se perguntando “Afinal, que história é essa? Para onde ela vai?”.
O primeiro aspecto interessante de Everything Everywhere All at Once é como o filme começa com um tom bastante realista e, depois, parece abrir mão de tudo isso para mergulhar em um misto de ficção científica, fantasia e paródia destes aspectos. O realismo dá espaço para fantasia com nonsense, com sequências sem fim de lutas e de queda-de-braço entre mãe e filha, viagens no espaço e uma ou outra interação entre a protagonista e o marido – ou uma das diversas versões deles.
Apenas perto do final entendemos qual é o sentido de tudo aquilo. Mas antes de falar deste sentido, vamos falar sobre a proposta da produção e seu desenvolvimento. Everything Everywhere All at Once começa focando em uma protagonista assoberbada, cheia de contas para pagar e de problemas para resolver, puxando para si toda a responsabilidade do equilíbrio familiar. Evelyn parece não ter tempo para nada – e quase para ninguém.
Além disso, claramente ela tem uma cobrança forte de si mesma, com uma pressão incontida pela simples presença do pai. Como ela já teve conflitos com ele antes, inclusive por ele não aprovar o casamento dela com Waymond – o que é um clássico, convenhamos -, Evelyn tem dificuldade de mostrar qualquer sinal de “problema” para Gong Gong. Neste processo, ela acaba tendo dificuldade em aceitar verdadeiramente a filha – seja pelo fato de Joy ter um jeito “diferente”, seja por ela ser lésbica e Evelyn, aparentemente, ter dificuldade de falar sobre isso com o pai.
Até aqui, apresentei o resumo inicial do que a história nos apresenta. Bastante “vida real”, não é mesmo? Perto do momento em que Everlyn vai enfrentar um risco importante para a família, que é a prestação de contas da empresa para uma auditora do IRS (Internal Revenue Service, a agência de arrecadação de impostos dos Estados Unidos), a história muda totalmente de figura.
No elevador que levava Evelyn, o marido e o pai para o encontro com a auditora Deirdre Beaubeirdre (Jamie Lee Curtis), algo muito estranho acontece. Waymond muda de atitude totalmente e dá algumas instruções para a surpresa Evelyn. A partir deste ponto, Everything Everywhere All at Once entra em uma sequência quase infinita de viagens para “universos paralelos”.
Segundo essa versão de Waymond, que viajou primeiro entre um destes universos até a realidade da Evelyn dona de uma lavanderia, cada micro decisão diferente que a protagonista tomou na vida criou um universo em que ela teve uma trajetória diferente. Assim, Everything Everywhere All at Once potencializa ao máximo a teoria dos universos paralelos. A partir daquele momento de grande estresse, Evelyn é apresentada para esta questão dos universos paralelos e da possibilidade de viagem entre eles.
Waymond aparece para pedir a ajuda de Evelyn contra uma entidade que, segundo ele, quer acabar com tudo. Ele já viajou bastante no tempo e no espaço e todas as outras versões de Evelyn que ele procurou morreram no processo. Mas ele acredita que, agora, será diferente. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). A partir daí, muitas lutas acontecem até que o filme apresenta a grande ameaçada da história: Jobu Tupaki, uma versão de Joy Wang originada em um universo paralelo.
No fim das contas, o grande embate desse filme é um clássico conflito entre mãe e filha ou, sob outra perspectiva, entre duas formas diferentes de enxergar e de lidar com a realidade. Ao mesmo tempo em que luta contra a mãe, Jobu quer a aprovação dela para o passo seguinte que irá dar – o que é um pouco estranho, convenhamos, para alguém que não vê sentido em nada e que quer destruir tudo. No fim, o que ela quer é apenas a aprovação da mãe? Curioso…
Enfim, o filme dá mil voltas e nos apresenta a dezenas de pulos espaciais e buscas por novas habilidades para lutas infinitas apenas para, no final, nos apresentar para a situação de uma filha que quer a aprovação e o amor da mãe, assim como encontrar o seu lugar no mundo. Uma outra forma de encarar o filme é ver as descobertas de Evelyn sobre si mesma.
Frente a uma fase importante de sua vida – não apenas pelo risco de perder o negócio familiar, que sustenta a todos em casa, mas também por causa do risco do marido pedir o divórcio – Evelyn percorrer diversos universos para ver a si mesma em distintas possibilidades de vida. Ela chega a ficar encantada com uma destas versões, na qual ela é uma atriz famosa – mas que está sozinha, porque não se casou com Waymond e muito menos teve Joy -, mas logo percebe que aquela realidade não a faria tão feliz.
Assim, depois de tanta inventividade, Everything Everywhere All at Once termina de uma maneira um bocado “sentimental” e lugar-comum, com a filha fazendo as pazes com a mãe e com a protagonista passando a olhar melhor para o lado, para o que ela tinha de bom – que era a família -, valorizando isso mais do que encarando apenas seus problemas. O filme tem algumas mensagens interessantes, claro, que fazem pensar, apesar de 90% da produção utilizar diversos artifícios para fazer rir e para apresentar puro entretenimento. Apenas o início e o fim apresenta essa reflexão maior.
Claro que nem todo filme precisa nos fazer pensar ou repassar alguma mensagem que perdure. Produções podem sim ser puro entretenimento. Só acho que Everything Everywhere All at Once acaba se perdendo um pouco ao apostar grande parte do tempo no entretenimento puro e, em dois momentos, investir também nesta reflexão que, no fim das contas, acaba ficando bastante rasa. Um pouco mais de equilíbrio entre estas duas vertentes ou uma aposta declarada no entretenimento puro e simples teria feito mais sentido, me parece.
Apesar desta questão, achei o trabalho dos realizadores, Dan Kwan e Daniel Scheinert muito interessante. Eles potencializam até o escatológico a questão da viagem espacial, tirando sarro do mecanismo que permite a migração dos personagens entre os diferentes universos paralelos, além de apresentarem um domínio técnico e de linguagem visual sem necessidade de retoques. Essencialmente, Everything Everywhere All at Once é um filme de puro entretenimento. Por isso mesmo, o início e o final um tanto “reflexivos” parecem não combinar muito com o resto.
Sobre as temáticas tratadas pelo filme, há diversas camadas interessantes que podemos comentar rapidamente. Primeiro, o desafio dos imigrantes – neste caso, chineses – em buscar por uma vida digna nos Estados Unidos. Vemos desde a barreira do idioma até questões como a falta de apoio de formação para quem deseja empreender – afinal, deixar de separar despesas pessoa física e jurídica é um erro comum de diversos empreendedores, por isso existem programas e entidades que se preocupam com esta orientação.
Depois, temos algo muito atual, que é uma espécie de tristeza constante e uma falta de ver sentido em qualquer coisa por parte dos jovens. Essa desesperança e uma certa dificuldade de “encaixar-se” é conhecida e universal – eis um dos temas universais da produção. Por isso o perigo representado por Joy e Jobu é algo palpável, compreensível, vivenciado por muitos pais e mães que, eles próprios, têm dificuldade de entender e de lidar com essa desesperança.
Enquanto Joy acredita que a mãe poderia estar melhor e ser mais feliz se tivesse tido outra realidade – que filho já não pensou nisso? novamente uma questão universal desta produção -, Evelyn diz com todas as letras que não gostaria de vivenciar nenhuma outra realidade que não aquela. Para Joy, elas vivem pequenos momentos de alegria em um mar de dificuldades e de “bagunça” – sentimento que parece ser compartilhado por muitos jovens. Mas Evelyn percebe que isso não é um problema e defende que eles devem aproveitar esses momentos. Afinal, a vida é feita deles.
Algo que o filme defende, na reta final, também é que as pessoas não precisam ser fortes o tempo todo – algo que Evelyn buscava até começar suas viagens por realidades paralelas. A protagonista aprende que não é a força que vence, mas a suavidade – neste momento ela aprende que a gentileza do marido é muito mais importante do que a força que vinha empregando. Esse sim, um ensinamento interessante. Novamente, com este final, Everything Everywhere All at Once justifica todas as viagens da personagem para diversos universos paralelos.
Como acontece com muitas pessoas em algum momento da vida, Evelyn chega a questionar as escolhas que fez. Mas ao ver e refletir sobre outras realidades, ela percebe que é feliz e que vê sentido na realidade que ajudou a construir – mesmo com todos seus desafios e problemas. Neste sentido, Everything Everywhere All at Once é uma produção que inova e rompe algumas barreiras nos gatilhos nas viagens espaciais ao mesmo tempo que se mostra bastante previsível na “mensagem final”.
Acho que o filme funciona melhor quando é puro entretenimento. A busca por um sentido, por uma mensagem, acaba enfraquecendo a produção. Até porque esse sentido não apresenta nada de novo. Melhor encararmos essa produção como entretenimento, feito para quem ama artes marciais, cenas de luta e humor envolvendo viagem entre mundos paralelos. Mas daí a colocar este entre os melhores filmes do ano… pode ser um dos mais inventivos e interessantes na forma, mas falta um bocado de conteúdo para ser classificado como um dos melhores. Para o meu gosto, ao menos.
NOTA
8,6.
OBS DE PÉ DE PÁGINA
Gente do céu, não vou mentir pra vocês. Faz tempo, acho que meses, em que eu assisti a esse filme. Mas só hoje, dia 28 de dezembro, quase no final de 2022, que consigo finalizar esse texto e publicar este conteúdo. Eita! Sei que deixei esse espaço meio abandonado. E não foi apenas em 2022, mas nos últimos anos… é, a vida foi meio atribulada desde 2020. E um pouco antes, até. Mas quero ver se volto a frequentar esse espaço com maior frequência a partir de 2023. Ao menos, esse é um dos desejos que eu tenho para o ano que logo vai iniciar…
Como faz tempo que eu assisti a Everything Everywhere All at Once, acho que tudo que eu tinha de mais importante para falar sobre esta produção já foi dito acima. Vou só citar algumas questões “protocolares” por aqui para encerrar este post, beleza?
Everything Everywhere All at Once é um filme ousado, que busca “inverter” e “subverter” alguns lugares-comuns dos filmes de ficção científica que abordam a questão temporal e espacial. Além disso, claro, o filme entra na lista de produções recentes originárias ou inspiradas – neste caso, a segunda situação – no cinema sul-coreano que tem aquela característica de buscar sempre surpreender o espectador com suas reviravoltas ou soluções criativas para situações conhecidas. Neste sentido, este filme deve agradar a audiência. Mas, para mim, ele não se compara a outras produções recentes com esta pegada.
Este filme se destaca por sua qualidade técnica, especialmente pelo investimento em efeitos especiais, maquiagem e figurino. Vale, portanto, citar alguns profissionais envolvidos nestas e em outras funções. Para começar, vale citar o trabalho dos diretores e roteiristas Dan Kwan e Daniel Scheinert. Os dois, conhecidos como Daniels, estrearam na direção em 2010 e colecionam pouco mais de 30 prêmios até o momento. Eles são a alma do filme, sem dúvidas, porque apresentam uma assinatura muito particular como realizadores. Fiquei curiosa para ver a outras produções que levam a assinatura destes diretores estadunidenses.
Além do trabalho dos diretores e roteiristas, vale citar a trilha sonora de Son Lux; a direção de fotografia – um dos pontos altos do filme – de Larkin Seiple; a edição – outro ponto forte da produção – de Paul Rogers; o design de produção de Jason Kisvarday; a direção de arte de Amelia Brooke; a decoração de set de Kelsi Ephraim; os figurinos – ponto de destaque da produção – de Shirley Kurata; o trabalho de 20 profissionais que atuaram no Departamento de Maquiagem; os 45 profissionais responsáveis pelo Departamento de Arte; os 27 profissionais envolvidos com o Departamento de Som; os 14 profissionais envolvidos com os Efeitos Especiais; e os sete profissionais envolvidos com os Efeitos Visuais. Chama a atenção, em especial, como duas partes importantíssimas do filme, que são os Efeitos Especiais e os Efeitos Visuais ficaram sob a responsabilidade de equipes relativamente pequenas. Isso é raro. E só demonstra a qualidade dessa galera. Ah, e vale fechar a lista de tópicos para destacar o trabalho dos 21 profissionais envolvidos com os Figurinos.
Do elenco desta produção, destaque, evidentemente, para os protagonistas, em especial para Michelle Yeoh como Evelyn Wang, a mãe de família que também é a responsável por tudo que acontece dentro da casa e da empresa familiar; Ke Huy Quand como Waymond Wang, o marido de Evelyn, subestimado por ser pacífico, mais leve e “de boas”, mas que mostra muita força sendo gentil; e Stephanie Hsu no papel da filha e “algoz” da história, Joy Wang e Jobu Tupaki. Todos estão muito bem, vestindo com competência as características de seus personagens.
Além do trio de protagonistas, vale citar o trabalho de alguns coadjuvantes. Nesta lista, destaque para Jamie Lee Curtis como Deirdre Beaubeirdre, que apresenta certa “ameaça” para a família ao acompanhar e fiscalizar o negócio que eles administram; James Hong como Gong Gong, pai de Evelyn e figura um tanto “autoritária” da história; e Tallie Medel como Becky Sregor, namorada de Joy.
Everything Everywhere All at Once estreou em 11 de março de 2022 South by Southwest Film Festival. Depois, a produção participaria, ainda, de outros cinco festivais e mostras de cinema. Na internet, o filme estreou na Indonésia, primeiro, ainda em março de 2022.
Até o momento, a produção recebeu 121 prêmios e foi indicada outras 201 vezes. Impressionante! Entre outras indicações, vale destacar seis indicações que o filme recebeu para o Globo de Ouro 2023: Melhor Filme – Musical ou Comédia; Melhor Diretor para Dan Kwan e Daniel Scheinert; Melhor Roteiro; Melhor Atriz – Musical ou Comédia para Michelle Yeoh; Melhor Ator Coadjuvante para Ke Huy Quan; e Melhor Atriz Coadjuvante para Jamie Lee Curtis. Entre os prêmios que o filme recebeu, destaque para diversos prêmios importantes dados por associações de críticos, especialmente nos Estados Unidos, e pelo National Board of Review de Melhor Atriz para Michelle Yeoh.
Avaliando o perfil das premiações Oscar e Globo de Ouro, acho que posso me arriscar a dizer, desde já, pelos vários prêmios recebidos por Everything Everywhere All at Once em diversas associações de críticos nos Estados Unidos, que o filme é forte concorrente a abocanhar boa parte dos prêmios para os quais foi indicado no Globo de Ouro e que ele deve ser bem indicado no Oscar também.
Os usuários do site IMDb deram a nota 8,1 para Everything Everywhere All at Once, enquanto que os críticos que tem os seus textos linkados no site Rotten Tomatoes dedicaram 337 críticas positivas e 18 negativas para a produção, o que garante para o filme uma aprovação de 95% e uma nota média de 8,6. O site Metacritic, por sua vez, apresenta “metascore” 81 para esta produção, além do selo “Metacritic Must-see”. O “metascore” do filme é fruto de 48 críticas positivas e de seis medianas.
Segundo o site Box Office Mojo, Everything Everywhere All at Once faturou cerca de de US$ 99,9 milhões nas bilheterias – sendo US$ 70 milhões apenas nos Estados Unidos. Um belo resultado para o filme que teria custado cerca de US$ 25 milhões.
Everything Everywhere All at Once é uma produção 100% Estados Unidos. Assim, este filme atende a uma votação feita há séculos aqui no blog. Segundo o site IMDb, além do filme ter diálogos em inglês, há falas em mandarim e em cantonês. A produção foi classificada como contemplando os gêneros “ação, aventura, comédia, fantasia e ficção científica”. Uau! Quase uma salada de frutas.
Minha gente, o tempo passou tão rápido, nesse 2022 que, vejam só, já começamos a pensar no Oscar do próximo ano! Imagino que a maioria de vocês já está bem avançado nesta lista… mas eu vou começar apenas agora a assistir os filmes que fazem parte da “short list” de algumas categorias do Oscar 2023, divulgada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood recentemente. Claro que vou começar pelos filmes da categoria Melhor Filme Internacional. Mas… já que estamos com esse Everything Everywhere All at Once na agulha, não dá para ignorar esse filme da nova lista de críticas visando o Oscar. Então bóra lá! Começamos com esta crítica a temporada para o Oscar 2023.
CONCLUSÃO
Um filme com um bocado de nonsense, até que a gente percebe que tudo, na verdade, faz sentido. Everything Everywhere All at Once termina nos deixando com o gostinho de termos visto a uma grande alegoria de diversos temas universais e atuais. A produção consegue inovar brincando com uma série de estereótipos e tirando um bocado de sarro de algumas teorias e estilos – especialmente ficção científica e filmes de artes marciais.
No final, temos um espetáculo visual com um bocado de besteirol que faz rir e que nos entretêm, apesar de ficar um tanto repetitivo e cansativo até o derradeiro final que tira a aura de magia para nos apresentar uma história bastante simples, no fim das contas. É interessante, especialmente pelas provocações e por uma ou outra boa ideia, mas não passa de entretenimento. Nada que realmente vai nos marcar por muito tempo.
PALPITES PARA O OSCAR 2023
Everything Everywhere All at Once tem tudo para ser o filme mais indicado ou um dos mais indicados em número de categorias no Oscar 2023. Dá para cravar isso desde já por algumas razões: primeiro, pelo filme estar em todas as listas de “melhores filmes de 2022”; depois, pelo sucesso que ele fez entre público, crítica e nas bilheterias; terceiro, pelo número impressionante de prêmios e de indicações que ele já recebeu. Além, claro, das qualidades técnicas da produção. Então sim, ele chega forte no Oscar.
Olhando para alguns sites que trazem “bolsas de apostas para o Oscar”, Everything Everywhere All at Once tem grandes chances de emplacar as seguintes indicações: Melhor Filme; Melhor Direção; Melhor Atriz para Michelle Yeoh; Melhor Atriz Coadjuvante – com chances para Jamie Lee Curtis e para Stephanie Hsu; Melhor Ator Coadjuvante para Ke Huy Quan; Melhor Roteiro Original e Melhor Edição.
Além de estar entre os favoritos nesta categoria, o filme ainda poderia emplacar, segundo os apostadores, uma indicação em Melhor Figurino, Melhor Design de Produção e Melhor Som. Ou seja, se o filme emplacar em todas essas categorias, ele teria chances de levar até 10 prêmios para casa. Difícil ganhar em tudo, é claro, mas seria algo impressionante ele chegar a concorrer em tantas categorias.
Ele merece tantas indicações? Então, segundo o gosto do público e da crítica, sim. Da minha parte, acho o filme bom, interessante, com alguns bons momentos, mas eu não colocaria na lista dos melhores filmes que eu assisti nos últimos tempos. E se ele merece ganhar tantos prêmios por causa da safra 2022… para mim, é sinal de que a safra não foi tão boa.
Veremos o que vai rolar. Acredito, de fato, que Everything Everywhere All at Once será um dos filmes mais indicados do ano – ou vai liderar em número de indicações. Mas para opinar sobre se ele é o favorito para Melhor Filme e em outras categorias, ainda preciso assistir aos principais concorrentes dele para falar algo por aqui. Até breve!
5 respostas em “Everything Everywhere All at Once – Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”
[…] Ele pode chegar lá? Pode, claro. Mas acho um pouco improvável o filme ganhar cinco estatuetas. Mais de uma? Possivelmente. Vejamos o que nos dizem as bolsas de apostas. Na disputa por Melhor Filme, Im Westen Nichts Neues aparece apenas na sétima posição entre os apostadores. Em primeiro lugar aparece como favoritíssimo Everything Everywhere All at Once (comentado por aqui no blog). […]
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[…] com crítica por aqui) e ficou atrás apenas de Everything Everywhere All at Once (com crítica neste link) – e, da lista de Melhor Filme, era o que mais me interessava assistir. Pois bem, matei minha […]
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[…] concorrente no Oscar deste ano, a atriz Michelle Yeoh, de Everything Everywhere All at Once (filme comentado por aqui), com todo respeito ao trabalho de Michelle Yeoh, que tem um belo desempenho no principal candidato […]
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