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Halloween (2007) – Halloween – O Início


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Mexer com um clássico é sempre algo complicado. Em alguns casos, bem complicado.

Especialmente quando o clássico se refere a um filme de terror como Halloween. Não que essa produção de 2007 seja uma refilmagem do original, de 1978, mas o novo filme resgata um personagem que virou lenda para os fãs do gênero: Michael Myers.

A HISTÓRIA: O filme começa com um garotinho feio e mascarado brincando com seu rato de estimação. Logo passamos para uma rápida apresentação aos seus familiares e, conseqüentemente, a seu conturbado ambiente familiar. Em seguida, para o inferno que é sua vida escolar. Tudo bem rapidamente, logo na “apresentação” do filme e de Michael Myers, antes dele se tornar o assassino que todos conhecemos. O restante do filme conta a história desse garotinho e de sua posterior e já conhecida fuga do hospício para retornar a sua cidade-natal e perseguir a irmã que sobreviveu ao seu massacre.

VOLTANDO À CRÍTICA: A idéia não é nada nova: pegar um personagem muito conhecido e popular – verdadeiro ou de ficção, como é o caso de Myers – e explorar o “surgimento da lenda” ou, nesse caso, do “monstro”. O elenco da parte inicial do filme, que constitui a família de Michael, é bem competente, com destaque para Sheri Moon como Deborah Myers – a mãe do pestinha, interpretado pelo chato e fraquinho Daeg Faerch (que, feio desse jeito, só podia ser estrela de filme de terror… hehehehe). Descobri depois que Moon é a “diva” do sinistro diretor Rob Zombie, com quem é casada… hehehehe. Bacana ver Malcolm McDowell como o psicólogo Samuel Loomis – sempre que vejo ele me lembro do filme maravilhoso de Kubrick, Laranja Mecânica, quando interpreta o inesquecível Alex.

Enquanto o chato do Faerch está em cena, o filme perde enquanto interpretação… mas depois que o tempo passa e entra em cena o “gigante” adulto Michael Myers – interpretado pelo canadense Tyler Mane – as coisas melhoram. Só lamento que mudaram um pouco a história na parte final… para quem lembra do Halloween original, não foi exatamente assim que tudo aconteceu quando Myers volta a Haddonfield. Não gostei deles terem mudado essa parte… não seria bem mais fácil contar a história do mesmo jeito? Por esse motivo não darei uma nota melhor para o filme. Assim como pela interpretação um bocado irritante de Faerch. No demais, o filme é bacana. O diretor Rob Zombie resgata alguns elementos básicos de filmes do gênero e do personagem, o que não desmerece de todo o filme.

NOTA: 7.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: O filme custou US$ 15 milhões e se deu bem na estréia, ficando na primeira posição da bilheteria nos Estados Unidos. Em pouco tempo conseguiu arrecadar muito mais do que o seu custo… ou seja: ninguém deve se surpreender se vier outro filme da série em um futuro próximo. Até o dia 7 de setembro Halloween já havia acumulado uma bilheteria de US$ 43,7 milhões e seguia bem no ranking: em segundo lugar. Segundo o “MOVIEmeter” do site IMDB, um tipo de ranking de usuários, ele permanecia em primeiro lugar até 11 de setembro. Nada mal. Só para comparar seu desempenho: ele passou tranquilo da arrecadação da superprodução Stardust.

E ao menos para uma coisa o filme serviu: para que eu me divertisse outra vez ouvindo a música original de Halloween. Que maravilha! Assim como aquela máscara que virou um símbolo de uma época. E, para mim, inevitável não lembrar do meu bom amigo Allan, mais fanático que eu por Halloween.

Agora, o remédio é buscar os dois primeiros filmes da série, considerados os melhores por muitos fãs.

E coitada da atriz Scout Taylor-Compton… ela é boa, no fim das contas, mas o problema é que todo fã da série olha para ela e a compara com Jamie Lee Curtis… e daí é brincadeira. Não tem como gostar da “nova” Laurie Strode. Jamie Lee Curtis continua insuperável como a “rainha do grito”.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 25 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing, professora universitária (cursos de graduação e pós-graduação) e, atualmente, atuo como empreendedora após criar a minha própria empresa na área da comunicação.

6 respostas em “Halloween (2007) – Halloween – O Início”

Oi Matheus!

Que bacana o teu comentário! Brigadíssimo!
E obrigada também por ter passado por aqui. Espero que acompanhes as demais críticas.
Falando em críticas, segui o teu conselho e ando vendo e comentando filmes “pipoca”. Ou, se não são de todo pipoca, mas ao menos estão liderando bilheterias ou atraindo atenção. Vou tentar sempre falar de filmes assim, que estão bem na bilheteria, e filmes mais desconhecidos.

Um grande abraço e obrigada! Espero te ver mais por aqui.

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gostei e gira
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Olá Victor Hugo!!

hahahahahahahahaha
Obrigada pela parte de “alguém que pensa”. 😉

Olha, não acho que as pessoas que normalmente detonam remakes estão totalmente erradas… normalmente eles são ruinzinhos e, infelizmente, acabam tendo uma qualidade MUITO abaixo do original. Um exemplo? Psicose… o remake do original, para mim, é péssimo. Dinheiro jogado fora, nada mais, nada menos.

Mas não sei… se levamos isso em conta, que o remake não quer ser igual ao original, mas algo diferente, e se deixamos subentendido que normalmente ele será “piorzinho”, podemos até nos divertir com um remake.

E este Halloween de 2007, francamente, achei bacaninha… bem, falei tudo sobre ele no texto acima.

Obrigadíssimo por tua visita e pelo teu comentário. Espero que eles se repitam muitas vezes ainda, inclusive para falar de outros filmes. Um grande abraço!

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Oi Beatriz!

Nossa, só vi agora que eu não tinha te respondido ainda…

Que bom que você gostou – imagino que do filme e do texto, certo?

E gostei do teu “play”… 😉

Um abraço e volte sempre!

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