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Toni Erdmann


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Histórias de família e a busca do “sentido da vida” sempre rendem bons filmes. As relações pais e filhos, os conflitos, a dificuldade que alguns familiares têm de expressar o que sentem, especialmente em relações muito próximas, assim como um questionamento sempre saudável sobre que escolhas um indivíduo está fazendo na vida, são alguns dos elementos de Toni Erdmann. Este é um filme longo, mas envolvente. Considerado por muitos o favorito para o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, ele me surpreendeu menos que outros concorrentes desta temporada.

A HISTÓRIA: Um entregador chega em uma casa e toca a campainha. Ele tem que esperar um bocado até que Winfried (Peter Simonischek) aparece. Ele diz que não tem ideia do que o irmão possa ter pedido desta vez. Ele chama por Toni, e comenta que ele saiu há pouco tempo da prisão. O entregador escuta o diálogo entre os “irmãos” e “Toni” aparece para receber a mercadoria. Em seguida ele cumprimenta Lukas (Lennart Moho), um de seus alunos de piano. Winfried gosta de fazer piadas, e é com elas que ele tenta se aproximar da filha, Ines (Sandra Hüller).

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Toni Erdmann): Não deixa de ser verdade que eu estava com grande expectativa para assistir a este filme. Afinal, em muitas bolsas de apostas ele é apontado como o favorito para o Oscar 2017. Como nesta temporada temos alguns filmes bem interessantes, eu esperava uma produção extraordinária.

Toni Erdmann é um bom filme, não quero que ninguém me entenda mal. Ele, de fato, trata muito bem sobre diversas questões atuais, especialmente sobre o distanciamento das pessoas. Todos nós estamos tão ocupados com os nossos compromissos que, muitas vezes, desprezamos o principal: as relações afetuosas e mais generosas com quem mais amamos.

Isso é verdade, mas acho que Toni Erdmann vai bater de forma mais profunda em quem ainda não passou por reflexões como as que o filme tenta despertar. Da minha parte, há muito tempo eu sei o que é mais importante. Por isso mesmo, sempre que eu posso, tento valorizar os bons momentos com as pessoas que eu amo. Até porque nós nunca sabemos quando teremos uma nova oportunidade.

Algo que temos como uma das grandes certezas da vida é que um dia vamos morrer. E, na sociedade cheia de riscos em que vivemos, isso pode acontecer praticamente a qualquer momento. A cada final de ano, quando fazemos também a nossa famosa “revisão” de tudo o que aconteceu e do que não aconteceu, este entendimento da “vida como ela é” também fica mais forte. Então, digamos assim, a reflexão central de Toni Erdmann não é nova – os mais atentos costumam fazer ela de tempos em tempos.

Mas outras questões além do “afinal, o que é importante na vida?” estão presentes neste filme. Um dos temas centrais é a busca de um pai por se aproximar de sua filha ausente. Esta possivelmente é a parte mais tocante da produção. Realmente é de fazer pensar que um pai tenha que assumir um personagem (no caso, Toni Erdmann) para circular perto da filha.

Ao mesmo tempo em que isso nos faz pensar sobre as nossas posturas e a correria do dia a dia que não nos deixa “mudar os planos” para receber bem uma pessoa que nos visita sem avisar – isso é algo especialmente típico da cultura alemã -, também nos faz refletir que somos de uma determinada maneira por uma série de fatores. No caso da protagonista desta produção, ela é um produto, sem dúvida alguma, de sua cultura.

Realmente é possível ela mudar radicalmente e estar aberta para receber o pai que chega sem avisar de uma forma mais “disponível” sendo que ela tem uma série de compromissos de trabalho importantes? Olha, acho até que a pessoa pode identificar as suas características, incluindo pontos fortes e fracos, e tentar melhorar em vários deles para se tornar mais amorosa e afetiva. Mas ninguém muda radicalmente.

Além da cultura que nos forma – e faz parte dela os ensinamentos e valores repassados pelos pais e parentes, além dos nossos amigos, colegas e todas as experiências que temos de formação, especialmente na infância -, temos também características que nos são próprias. Uma pessoa que não é afetiva pode se esforçar para demonstrar mais o que sente, mas ela jamais terá o mesmo comportamento de uma pessoa que é afetiva em sua essência.

Winfried tenta, a sua maneira, mostrar para a filha o que ele aprendeu com a vida. A mensagem dele aparece no final. Durante a vida nos ocupamos tanto com afazeres e tarefas que não curtimos os “momentos” especiais como deveríamos. E muitas vezes, quando eles acontecem, nem estamos atentos para isso.

Esta é uma vantagem da passagem do tempo. Conforme a idade avança, realmente nos tornamos mais sábios e aprendemos isso. Não precisamos ser uma pessoa de meia idade, contudo, para nos darmos conta disso. É possível chegar a este entendimento muito antes. E, claro, quanto mais cedo, melhor.

Então Toni Erdmann nos conta uma história interessante de um pai que precisa interpretar um personagem para se aproximar da filha. De quebra, ele faz ela pensar sobre a própria vida. Consequentemente, esta produção também trata de outra questão: afinal, qual é o propósito da vida de cada um de nós?

Aparentemente Ines gasta muito tempo de sua vida e energia em uma profissão que não traz, exatamente, alegria ou oportunidade para as pessoas. Como consultora de empresas que terceirizam processos e buscam eficiência ao máximo, ela acaba fazendo parte de projetos de “modernização” que apenas criam desemprego e que aumentam as desigualdades sociais.

Por outro lado, e como contraponto a ela, o protagonista e pai de Ines é um professor de música, alguém que vive de ensinar e de inspirar jovens com algo tão bonito quanto a arte. São dois mundos muito diferentes, sem dúvida. Para Ines o sucesso é algo importante. Ser independente, ter as rédeas da própria vida. Mas alguém que busca esse caminho sempre tem alguns preços a pagar.

Esta produção não fecha os olhos para a questão social. Além de ter o tema da atividade de Ines como pano de fundo, o filme com roteiro e direção de Maren Ade mostra, pincelado aqui e ali, a realidade com grandes desigualdades da Romênia. O país entrou na União Europeia junto com a Bulgária em 2007 – ou seja, há exatos 10 anos.

Como Ines comenta em um certo momento, ela e o pai vão para uma “missão” no maior centro comercial, onde ninguém tem dinheiro para comprar nada – no caso, claro, ela se refere aos habitantes da cidade e do país e não trata dos turistas como a esposa de Henneberg (Michael Wittenborn).

Apenas neste comentário existem algumas verdades interessantes e incômodas. Primeiro que a única diferença para muitos países que entraram na União Europeia depois foi receber grandes investimentos estrangeiros, mas sem que isso mudasse realmente a realidade das pessoas daquele país. Em muitos lugares, inclusive, estes novos investimentos apenas tornaram ainda mais evidentes ou agravaram as desigualdades sociais existentes. Esta é a crítica social interessante do filme – e que pode agradar, em especial, aos membros da Academia.

Para entender bem Toni Erdmann é preciso conhecer de perto a cultura alemã. Para mim o filme trata de comportamentos, posturas e valores muito típicos desta cultura. Os personagens que eu vi em cena eu “conheci” por ter nascido em uma cidade de colonização alemã. E o personagem de Winfried/Toni, em especial, me lembrou muito o pai de uma das minhas melhores amigas.

Ele é exatamente daquele jeito. Uma pessoa “fechada”, rígida, mas que não perde uma piada. Que gosta de “pregar peças” e de interpretar personagens. Que tem dificuldade de se expressar, muitas vezes, usando a comédia como ferramenta para comunicar o que de forma séria não tem coragem. Uma pessoa excêntrica segundo a visão de muitos. Mas quem conheces pessoas assim sabe que elas não são excêntricas, mas que é possível compreendê-las apesar do choque que muitas vezes elas provocam.

Aliás, por trás de toda a reação chocante, sempre existe algum desespero que quer ser comunicado. Toni Erdmann tem pelo menos dois momentos “chocantes” e/ou de grande surpresa. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). O primeiro é quando Toni Erdmann aparece no restaurante em que Ines vai se encontrar com as suas amigas. O segundo é quando Ines “pira o cabeção” em sua própria festa de aniversário e resolve receber todos nua, afirmando que a festa é para pessoas sem roupa.

Nas duas situações os tão diferentes pai e filha estão desesperados por comunicar algo. Por isso eles agem de uma maneira que acaba surpreendendo e chocando. Quando as pessoas não conseguem expressar exatamente o que elas querem dizer de forma racional, elas agem de maneira “fora dos padrões” e chocam aqueles que as conhecem.

No final do filme, Toni Erdmann nos deixa mais algumas lições. Ines vai se despedir de sua avó e comenta que gostaria de ter convivido mais com ela. Ora, para isso acontecer, dependia apenas de uma decisão dela. Todos nós podemos aproveitar mais as pessoas de quem gostamos, mesmo que estejamos pouco com elas. Mas que os encontros sejam de qualidade.

E a sequência final para mim é ótima porque demonstra como as pessoas podem ser generosas e fazerem gestos para agradar as pessoas de quem elas gostam mas, nem por isso, elas vão mudar a sua própria identidade. Ines agrada o pai que, como muitos pais, deseja que ela seja mais parecida com ele. Só que Ines tem a sua própria identidade, e segue com ela, apesar de refletir sobre tudo que o pai lhe sugere.

Alguns pais tem essa mania de querer que os filhos sejam parecidos com eles, mas cada indivíduo é um universo, sabe sobre os seus próprios sonhos, desejos, realizações e decide no que colocar a sua energia. Toni Erdmann termina nos mostrando isso. Que todos somos capazes de gestos de generosidade e de doação mas que, no fim das contas, somos exatamente aquilo que nos desafiamos a ser. Somo o que escolhemos.

NOTA: 9,3.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Esta produção tem dois grandes, grandes atores. O primeiro destaque é o óbvio e evidente personagem título, interpretado pelo divertido e interessante Peter Simonischek. Ele se destaca por cada olhar, por cada gesto inusitado. Mas, para mim, o grande destaque é mesmo a atriz Sandra Hüller. Ela está fantástica como Ines, em um papel bastante complexo e bem desenvolvido.

Ela convence em um papel menos linear que o do personagem do pai. Para mim, ela até poderia ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz – mas algo que será quase impossível de acontecer. Afinal, ela não tem o “apelo” de outras atrizes estrangeiras mais conhecidas dos votantes da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, como é o caso de Isabelle Huppert – que está muito bem em Elle, devemos admitir (filme comentado neste link). Ainda assim, acho o desempenho de Sandra Hüller impecável. Ela está soberba.

Ainda que a produção seja focada nos personagens de pai e filha, Toni Erdmann funciona porque tem alguns atores coadjuvantes muito bons. Fazem um belo trabalho na produção Trystan Pütter como Tim, colega e namorado “secreto” de Ines; Thomas Loibl como Gerald, chefe da protagonista; Ingrid Bisu muito bem em todas as suas aparições como a assistente de Ines, Anca; Hadewych Minis como Tatjana e Lucy Russell como Steph, as duas as melhores amigas de Ines. Especialmente Lucy ganha destaque pela sequência da festa da protagonista/aniversariante.

Outros atores que participam do filme em papéis menores mas que tem as suas oportunidades de se destacarem são Victoria Cocias como Flavia, uma pessoa que Winfried conhece em uma festa e que acaba recebendo ele e a filha em casa em uma sequência inusitada do filme; Alexandru Papadopol como Dascalu, que faz parte das negociações da empresa de Ines com Henneberg; o próprio Michael Wittenborn muito bem como o americano Henneberg; Victoria Malektorovych como Natalja, mulher de Henneberg; e Vlad Ivanov como Iliescu, representante dos trabalhadores envolvidos no processo entre a empresa de Ines e Henneberg.

Apesar de não ser, para mim, super surpreendente, Toni Erdmann é um filme com um olhar apurado e interessante. Fiquei interessada em saber mais sobre a diretora e roteirista, Maren Ade, especialmente porque este é o primeiro filme dela que eu assisto. Natural da cidade alemã de Karlsruhe, Maren Ade completou 40 anos no final de 2016, no dia 12 de dezembro.

Toni Erdmann é o quinto filme de Maren Aden como diretora. Ela fez, antes, dois curtas e dois longas. Os longas foram Der Wald vor Lauter Bäumen e Alle Anderen. Ela estava desde 2009 sem lançar um novo filme. Por outro lado, ela tem uma carreira mais ampla como produtora, tendo 17 filmes em seu currículo nesta função. Todos os filmes que ela dirigiu também tiveram roteiros escritos por ela. Vale acompanhá-la, pois.

Da parte técnica do filme, gostei da direção de fotografia de Patrick Orth, da edição de Heike Parplies e, principalmente, do design de produção de Silke Fischer, da direção de arte de Malina Ionescu, da decoração de set de Katja Schlömer, dos ótimos figurinos de Gitti Fuchs e da maquiagem muito coerente e bem pensada do trio Wiltrud Derschmidt, Monika Münnich e Astrid Weber. Todos trabalharam muito bem e contribuíram para o filme ter a qualidade e a coerência que tem.

Toni Erdmann estreou em maio de 2016 no Festival de Cinema de Cannes. Depois o filme participou de outros 39 festivais e eventos de cinema pelo mundo. Ou seja, fez uma grande trajetória de premiações antes de ser cotado para o Oscar 2017. Nesta trajetória ele acumulou 26 prêmios e foi indicado a outros 51 prêmios, incluindo a indicação ao Globo de Ouro 2017 de Melhor Filme em Língua Estrangeira.

Entre os prêmios que recebeu, destaque para os três de Melhor Filme em Língua Estrangeira dados pelas associações de críticos de Vancouver, Nova York e de Atlanta; para dois prêmios de Melhor Filme e o de Melhor Roteiro no Festival Internacional de Cinema de Bruxelas; para o Prêmio Fipresci do Festival de Cinema de Cannes; pelos cinco prêmios (Atriz Europeia, Ator Europeu, Diretor Europeu, Roteiro Europeu e Filme Europeu) no European Film Awards; para o Fipresci Filme do Ano do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián; e para os seis prêmios (Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Atriz para Sandra Hüller e Melhor Diretor para Maren Aden) dados em “duplicata” em 2016/2017 pela Associação de Críticos de Cinema de Toronto.

Toni Erdmann teria custado 3 milhões de euros. Um orçamento muito baixo, especialmente se levarmos em conta os padrões de Hollywood. Não informações seguras sobre o desempenho do filme nos mercados em que ele já estreou. E nem uma previsão para quando ele vai estrear no Brasil.

Como a história do filme mesmo sugere, Toni Erdmann foi rodado em diversas localidades da Alemanha e da Romênia. Entre outras cidades, ele foi filmado em Bucareste, na Romênia, e em Aachen e Langerwehe, cidades de North Rhine-Westphalia, na Alemanha.

Agora, aquelas tradicionais curiosidades sobre o filme. Toni Erdmann foi um dos filmes mais comentados do Festival de Cinema de Cannes, mas ele saiu da premiação sem qualquer reconhecimento do júri da “competição oficial”. A Palma de Ouro foi para I, Daniel Blake. Críticos importantes como Justin Chang, Manohla Dargis, Kenneth Turan, Peter Bradshaw e Guy Lodge disseram que a decisão do júri de Cannes por não dar a Palma de Ouro para Toni Erdmann foi “desconcertante” e de que o festival perdeu uma boa chance de premiar um ótimo filme de uma diretora.

O personagem de Winfried Conradi é levemente inspirado no pai da diretora Maren Ade que gosta, ele próprio, de colocar dentes falsos para brincar com as pessoas. Outra inspiração para o personagem foi o comediante Andy Kaufman.

Toni Erdmann demorou um ano para ser editado e utilizou como matéria-prima 120 horas de filmagens feitas durante 56 dias.

(SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). A sequência da festa com convidados nus dada por Ines foi considerada a “cena de nudez do ano” pela Vulture.

Os usuários do site IMDb deram a nota 8 para esta produção, enquanto que os críticos que tem os seus textos linkados no Rotten Tomatoes dedicaram 63 críticas positivas e seis negativas para o filme, o que lhe rendeu uma aprovação de 91% e uma nota média de 8,4. Apesar das duas notas serem boas, se levarmos em conta os padrões dos dois sites, elas não podem ser consideradas excepcionais – há diversos filmes desta temporada com avaliações melhores.

Este filme é uma coprodução da Alemanha, da Áustria e da Romênia. Mas como o coração da produção é da Alemanha, o filme é o representante oficial do país no Oscar 2017. Há bastante tempo, em uma votação aqui no blog, vocês pediram filmes da Alemanha. Por isso essa produção entra para a lista de filmes que atendem a votações feitas por aqui.

CONCLUSÃO: Este é um bom filme. Ele conta boa parte do “modo de ser” dos alemães. Por ter nascido em uma cidade de colonização alemã e por conhecer personagens como os mostrados em Toni Erdmann, talvez por isso o filme não tenha me surpreendido tanto como talvez tenha ocorrido com outras pessoas.

É uma história humana interessante, que resume bem o desejo de um pai se aproximar de sua filha e, de quebra, fazê-la pensar sobre o que é importante na vida. Também tem um fundo de análise social sobre os nossos tempos, especialmente sobre as desigualdades na Europa. Vale ser visto, sem dúvida, ainda que eu não o considere a melhor produção cotada para a categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira do Oscar 2017.

PALPITES PARA O OSCAR 2017: Quase todas as bolsas de apostas estão colocando Toni Erdmann como o grande favorito para o Oscar deste ano. A produção realmente deve figurar entre as cinco finalistas da categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira deste ano. Ainda preciso assistir a outro forte concorrente do ano, Forushande, do geralmente ótimo Asghar Farhadi.

Da minha parte e, como sempre, cinema é uma questão de gosto pessoal. Sendo assim, posso comentar que gostei de Toni Erdmann, mas não achei ele o melhor filme estrangeiro do ano. Da lista de nove filmes que conseguiram avançar na disputa por uma das cinco vagas na categoria do Oscar deste ano, prefiro A Man Called Ove (comentado aqui) e até Land of Mine (com crítica neste link) achei mais surpreendente e impactante.

Mas não sei, desconfio que o filme de Farhadi tem grandes chances de vencer desta produção alemã. Quer dizer, tudo vai depender dos humores e dos gostos dos votantes da Academia. Ainda preciso assistir aos outros nomes fortes da disputa para poder fazer uma avaliação final.

Toni Erdmann é bom, mas não é inesquecível ou mesmo a produção em disputa que mais me agradou. Mas ele tem boas chances no Oscar sim, especialmente porque trata de questões universais apesar de ser muito, muito alemão. Não é todo filme que consegue este equilíbrio.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 20 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing e, atualmente, atuo como professora do curso de Jornalismo da FURB (Universidade Regional de Blumenau).

3 respostas em “Toni Erdmann”

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