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The Great Debaters – O Grande Debate


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Serei franca: não tinha ouvido falar de The Great Debaters até o dia em que ele apareceu na lista dos concorrentes ao prêmio de Melhor Filme – Drama do Globo de Ouro deste ano. Daí fui atrás e soube que era um filme dirigido e com atuação de Denzel Washington. O que, para mim, normalmente é sinônimo de qualidade – digo normalmente porque, até ele, Denzel Washington, já fez “besteiras” (leia-se filmes ruins, dispensáveis) na vida. Ainda que, claro, ele é um dos que menos erra nas escolhas. Mas voltemos ao filme… O assisti há dois dias atrás sem saber muito mais do que o fato de que ele havia concorrido ao Globo de Ouro e que tinha o Denzel Washington como um de seus “cabeças”. Gostei do que vi, ainda que tenha algumas ressalvas. Mas é um grande filme sobre uma vitória praticamente desconhecida dos negros nos Estados Unidos. E não uma vitória qualquer, mas uma vitória através da educação, mostrando a todos os racistas e brancos nojentos que queimavam negros na beira das estradas que eles, os negros, podiam fazer igual ou melhor que qualquer outro branco o que eles quisessem, inclusive debater. Me lembrou – porque é inevitável não lembrar – um pouco a Sociedade dos Poetas Mortos, ainda que em The Great Debaters a discussão principal não seja apenas a educação e o ensino como arma libertadora, mas também (e principalmente) o respeito a todas as raças, além de uma crítica ao que já foi feito no “país das oportunidades” contra pessoas inocentes e, mais que tudo, se trata de um elogio a resistência contra as injustiças. Gosto do filme também porque ele é engajado, ou seja, se trata de um filme declaradamente “partidário” feito por um negro, Denzel Washington, e com um elenco essencialmente de negros para contar uma história marcante para eles, uma história que pode servir de exemplo e de orgulho.

A HISTÓRIA: O professor Melvin B. Tolson (Denzel Washington) dá aula de literatura na Universidade Wiley, na cidade de Mashall, Texas, nos anos 30. Em 1935 ele resolve criar um novo grupo de debates selecionando os melhores alunos da universidade. Dos 350 estudantes do Wiley College, apenas 45 se inscreveram no grupo de debates. Depois de uma peneirada grande, ele acaba selecionando ao rebelde Henry Lowe (Nate Parker), a Samantha Booke (Jurnee Smollett), a James Farner Jr. (Denzel Whitaker) e a Hamilton Burgess (Jermaine Williams). Henry é um garoto intempestivo, dividido entre a sua vida simples em um lago onde o avô foi escravo, as noites de festa, mulheres e bebedeira, e a vontade de viajar o mundo e de ter conhecimento – ele já entrou e saiu da universidade. Samantha saiu de uma cidade ainda mais interiorana e transferiu seus estudos para tentar entrar no grupo de debates de Tolson – uma mulher nunca tinha conseguido isso. E James Farner Jr. é o filho do lendário James Farner Sr. (Forest Whitaker), um dos primeiros negros a se formarem em uma universidade nos Estados Unidos e uma referência de intelectual.

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER: aviso aos navegantes que parte do texto à seguir revela aspectos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a The Great Debaters): Este é o segundo filme dirigido pelo ator Denzel Washington. O anterior, Antwone Fisher (Voltando a Viver), também contava uma história em que os negros eram protagonistas. Naquele filme de 2002 Denzel Washington também atuou na história, além de dirigí-la. Mas, para mim, se vê uma grande evolução entre um filme e outro, em todos os sentidos. A história de The Great Debaters é muito mais interessante que a de Antwone Fisher, assim como a direção de Denzel está mais apurada e os atores, no geral, são melhores que em sua estréia como diretor. De qualquer forma, se percebe uma linha de união entre os dois filmes: a ênfase de Denzel Washington em apostar na educação e na compreensão como estímulos para os negros e demais marginados da sociedade saírem de suas condições de exploração e subverter positivamente o que ocorre ao seu redor. Gosto deste tema.

Para alguns a dinâmica do filme, permeada por vários debates dos estudantes de Wiley, pode cansar. A mim não cansou nem um pouco, até porque gosto de debates. hehehehehehehe. De verdade gosto. Prefiro o debate de idéias, a discussão inteligente de pontos-de-vista do que outras formas de disputa. O interessante do filme é que, com seus debates, ele nos relembra algo importante: toda idéia pode ser defendida. Afinal, cada time, em cada debate, se posicionava a favor ou contra uma idéia, por mais absurda ou correta que ela fosse. E é interessante ver como na maioria dos debates os estudantes realmente tinham bom argumentos para defender qualquer idéia. O bom de relembrar isso e de ter isso em mente é que podemos olhar com mirada crítica a certas idéias reinantes ou que tentam nos vender todos os dias.

Ainda que The Great Debaters tenha muito de discurso no meio, devido justamente aos tais debates estudantis, ele não é um filme essencialmente sobre isso. Na verdade, nos primeiros três minutos da história o diretor Denzel Washington e o roteirista Robert Eisele mostram ao que vieram: fazer um painel o mais abrangente possível sobre a sociedade estadunidense dividida entre brancos e negros no Sul do país nos anos 30. Nos minutos iniciais, por exemplo, assistimos a uma festa, a uma aula inaugural que parece mais uma pregação religiosa, e a uma mulher negra viajando de uma cidade a outra em uma paisagem de racismo. O bacana é que esta característica do filme não se perde pelo caminho. Em paralelo a história do grupo de debates vencedor, acompanhamos o trabalho político do professor Tolson, que se veste como um camponês para criar a conscientização entre os trabalhadores da região; assistimos ao duplo preconceito que sofrem as mulheres negras, inclusive por “homens letrados”, como o professor e intelectual Farmer (se percebe isso quando ele pergunta ao filho sobre a tal “senhorita Booke”); sem contar a opressão que sofrem os negros pelos brancos, com direito a transposição disto vista na ação de um pai com seu filho ou de um homem negro mais forte em relação a um mais fraco.

O filme é interessante na mesma medida em que é um discurso político, de orgulho racial e de história edificante. Realmente acredito que a educação é o caminho para mudar a sociedade – ainda que ela esteja sempre em décimo plano. E também acredito em outra mensagem do filme (e de seu diretor): que é preciso rebelar-se contra as injustiças, que é preciso atuar além de discursar. Aliás, bem interessante esse equilíbrio entre o discurso e a ação na história. Muito bacana também saber que se trata de uma história real. Ela foi revelada em um artigo do jornalista Tony Scherman que, depois, serviu de base para a história desenvolvida por Robert Eisele e Jeffrey Porro.

É um filme interessante, ainda que ele peque um pouco pela obviedade de seus recursos. Ele emociona, mas me incomoda um pouco o fato que você sabe exatamente quando irá emocionar e como. Tudo vai em encontro da emoção em algumas partes, com música e planos de filmagem bastante óbvios neste caminho. Neste quesito eu acho que o diretor poderia ter experimentado um pouco mais para, pelo menos, tentar fazer algo menos “óbvio”. Mas no geral é um belo filme.

Um aspecto que me pareceu bem interessante, ainda que seja apenas um entre vários – e que não foi muito explorado pelo filme – é o da dúvida que divide ao personagem de Henry Lowe. Acho curioso como muitas pessoas – e talvez eu, em parte – fiquem divididas entre o que elas são e o que elas podem ser ou, no caso de Lowe, entre a simplicidade do mundo do qual ele vêm e que o emociona e o mundo que ele tem curiosidade de conhecer e o fascina. Acho complicado esse tipo de decisão, porque os dois mundos possíveis são interessantes, bonitos e tem seu valor. Mas algumas vezes é realmente complicado deixar o “lago” de nossas lembranças e afetos, a simplicidade de uma vida que nos parece tão familiar e se lançar a um mundo tão competitivo e predador como o dos debates em que Lowe acaba se jogando. Realmente é um dilema interessante e bem apresentado no filme.

NOTA: 9.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Além dos atores já comentados, destaco a participação de Gina Ravera como Ruth Tolson, a mulher do professor “revolucionário e comunista” Melvin Tolson; John Heard como o Sheriff Dozier; e Kimberly Elise como Pearl Farmer, a mulher do professor e intelectual James Farner. Do elenco principal, destaque para a atriz Jurnee Smollett, que me surpreendeu em sua atuação que equilibra, na medida certa, drama e valentia; e também para o garoto Denzel Whitaker, de 17 anos. Ainda que o nome sugira, ele não tem parentesco com o ator Forest Whitaker. Interessante saber que o garoto fez uma ponta no filme Training Day, de 2001, em que Denzel Washington fazia um grande papel.

The Great Debaters foi indicado ao Globo de Ouro, mas não levou a estatueta – conquistada por Atonement. Por outro lado, o filme de Denzel Washington ganhou dois prêmios interessantes: o Freedom of Expression Award da National Board of Review (algo como “Prêmio para a Liberdade de Expressão” da Associação de Críticos dos Estados Unidos) e o Stanley Kramer Award da PGA Awards (um prêmio honorário da associação de produtores de cinema dos Estados Unidos). Enfim, o filme parece ter mais oportunidades em prêmios que tem algum carácter mais humanista do que apenas nos comerciais.

Falando em dinheiro, The Great Debaters conseguiu arrecadar, no período de 23 de dezembro de 2007 até 6 de janeiro deste ano, pouco mais de US$ 22 milhões nos Estados Unidos. Não está mal, ainda mais se tratando de um filme com muito discurso e pouca ação ou comédia, algo tão ao gosto do público norte-americano.

No site IMDb o filme ganhou a nota 7,8 de seus usuários, enquanto no Rotten Tomatoes ele registra 88 críticas positivas e 23 negativas – está melhor que muitas estréias recentes e que muitos líderes de bilheteria nos Estados Unidos. hehehehehe

Gosto da atitude do ator Denzel Washington. Ele nunca perde a oportunidade de abrir o debate sobre a sua raça e nem foge dos temas políticos, pelo contrário. Ele estimula a crítica, a educação, o debate e a ação. Bacana. Gosto de pessoas engajadas.

PALPITE PARA O OSCAR: Não acredito que The Great Debaters conseguirá alguma indicação para o Oscar 2008. Realmente parece que os demais concorrentes estão mais fortes e que ele não terá o lobby suficiente para chegar lá. A verdade é que acho ele tão merecedor de uma indicação que Atonement, ou até um pouco mais. Mas o ganhador do Globo de Ouro tem muito mais lobby que o filme de Denzel Washington para chegar ao Oscar. The Great Debaters até poderia ser indicado para filme e roteiro, por exemplo, mas duvido que chegue lá.

CONCLUSÃO: Um filme emocionante sobre a luta através da educação de um grupo de jovens contra o racismo nos Estados Unidos, bem dirigido por Denzel Washington e com atuações muito boas do elenco em geral. Exagera um pouco a mãe na forma de “emocionar” e na previsibilidade, mas não deixa de ser um grande filme humanista e que aposta na resistência pacífica, através da educação e da autogestão de grupos para mudar a sociedade.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 25 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing, professora universitária (cursos de graduação e pós-graduação) e, atualmente, atuo como empreendedora após criar a minha própria empresa na área da comunicação.

28 respostas em “The Great Debaters – O Grande Debate”

Assisti ontem o filme e a grande lição que fica além de se rebelar e tentar mudar algo, por mais insignificante que possa parecer é a de que é inadmissível e intolerável qualquer tipo de preconceito, esse sim a grande sacada, no argumento final de Farner Jr., ele questiona “Porque da morte ?” enfim, é um filme excelente que dou nota 10.
Abs !

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Assisti ontem o filme e a grande lição que fica além de se rebelar e tentar mudar algo, por mais insignificante que possa parecer é a de que é inadmissível e intolerável qualquer tipo de preconceito, esse sim a grande sacada, no argumento final de Farner Jr., ele questiona “Porque da morte ?” enfim, é um filme excelente que dou nota 10.
Abs !

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Oi yasmin!

Antes de mais nada, seja bem-vinda por aqui.

Concordo contigo. O filme tem essas lições. E outras mais.
Fico feliz que tenhas gostado de The Great Debaters. Eu também gostei.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui mais vezes.

Abraços e inté!

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Olá jacira!!

Olha, The Great Debaters não foi lançado nos cinemas brasileiros. Pelo que eu vi, também não saiu nenhuma versão do DVD por aqui. Mas é possível encontrar cópias importadas do filme nas grandes lojas – talvez em alguma locadora especializada também.

Boa sorte na tua procura!

Ah, e seja bem-vinda por aqui. Espero que tua visita e teus comentários se repitam muitas vezes ainda.

Um abraço!

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Oi BHY!!

Nossa, obrigada por esse teu super elogio! 😉

Por comentários como o teu é que eu me sinto incentivada a continuar sempre com este blog.

Aliás, seja muito bem-vindo por aqui, BHY! Espero, sinceramente, que passes por aqui muitas vezes ainda, inclusive comentando sobre outros filme.

Um grande abraço!

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Oi BHY!!

Imagina, não precisa pedir perdão. Eu sim, por demorar séculos para responder aos meus queridos leitores.

Obrigada, mais uma vez, por teu incentivo. Espero te ver mais vezes, inclusive comentando outros filmes.

Abraços e inté!

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Oi Thiago!!

Nossa, agora que eu vi que eu não tinha te respondido ainda… que falha a minha! Mil desculpas.

Tens razão, acredito que todos estes pontos que destacas no teu comentário são ressaltados pelo filme, que é ótimo e merece ser visto e indicado. Acho que é o típico filme que deveria passar de mãos em mãos ou ser assistido em salas de aula, sabe?

Olha, muito obrigada por tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui muitas vezes ainda. Serás sempre bem-vindo.

Um grande abraço!

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Fiquei admirado pela sua resenha ,estou assistindo ao filme ao mesmo tempo que leio …você é muito boa nisso.Estou montando um projeto para trabalhar com meus alunos.Sou seu fã rsrsrsrs

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Oi Arnaldo!

Antes de qualquer outra coisa, seja bem-vindo por aqui!

Puxa, obrigada!
Fico feliz que tenhas gostado do filme e do meu texto. Se ele te ajudou, de alguma forma, bacana.

Boa sorte e bom trabalho com os teus alunos. Sem dúvida o que fazes, ensinar e fomentar o debate, a crítica e o pensamento, é das vocações mais bonitas que existem. Parabéns e sucesso!

Espero que voltes por aqui mais vezes, inclusive para falar de outros filmes. Abraços!

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Muito boa resenha, mesmo.
Assisti ao filme gostei muito, com voce também gosto e pratico o engajamento socio-politico. estou preparando um projeto para trabalhar com os alunos de filosofia e sociologia do ensino médio. o filme e a sua crítica vai ajudar muito, creio que é a sua maneira de engajamento, estou certo?

Continue contribuindo!

Moisés

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Oi Moisés!

Puxa, fico feliz que você tenha gostado do texto.

Olha, não posso dizer que eu pratico o engajamento sócio-político. Gostaria de fazer mais coisas, de ser mais participativa. Mas os meus trabalhos nem sempre me dão as condições – especialmente tempo – para isso.

Mas acho que tudo é uma questão de fases. Passada a atual, de excesso de trabalho, quero tentar dedicar parte da minha vida justamente para esse engajamento.

Fico contente que você já esteja conseguindo fazer isso. E ainda mais com estudantes. Filosofia e sociologia para o ensino médio é algo empolgante, não tenho dúvidas.

Olha, o blog certamente é um espaço independente no qual eu posso estimular outras pessoas a pensarem, perceberem pontos diferentes. Se isso pode ser considerado uma forma de engajamento, fico feliz.

Muito obrigada pela tua visita e pelo teu comentário tão incentivador. Fico motivada toda vez que alguém, como você, vê neste humilde espaço um lugar interessante para a troca de ideias. Fico feliz.

Espero que você volte aqui outras vezes, inclusive para falar sobre outros filmes. E para falar mais sobre como está evoluindo o teu trabalho.

Abraços, obrigada e inté!

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Oi João!

Imagina, eu me divirto muito escrevendo neste espaço. A verdade é que é um prazer poder falar de cinema e ajudar a divulgar bons filmes.

Espero que você volte aqui mais vezes, inclusive para falar o que você achou do filme e como foi esse teu trabalho de divulgação.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui mais vezes.

Abraços e inté!

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Oi Ednard!

hehehehehe

Sim, isso acontece. Você não foi o primeiro a gostar das críticas do blog porque elas dão aquela “ajudinha” em resumos pedidos em sala de aula.

Mas agora que você já entregou o teu trabalho – espero que tenhas tirado uma boa nota -, te dou uma dica: assista o filme. Ele é bacana.

E daí podes voltar aqui e dar a tua opinião a respeito. Que tal?

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que voltes por aqui mais vezes.

Abraços e inté!

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Oi Ana!

Antes de mais nada, seja bem-vinda por aqui!

Fico feliz que tenhas gostado da crítica.

Eu também curti o filme. Mais um grande trabalho do Denzel Washington e com uma história bem interessante.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. Espero que ambos se repitam muitas vezes ainda.

Abraços e inté!

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Oi BEA!

Belo filme, não é verdade?
Também gostei muito.

É um filme que tem força, identidade própria. Merece ser visto.

Obrigada pela tua visita e pelo teu comentário. E espero que voltes por aqui mais vezes.

Abraços e inté!

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Esse foi uns dos melhores filmes que eu ja assistir, pois, ali eu vi a força de vontade deles em vencer e dar alegria as pessoas que confiaram neles 🙂

Adorei o filme 🙂

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Nunca vi um argumento, tão simples e no mesmo instante de um intelecto tão grande como o desfecho dessa magnífica obra,,(o último argumento feito pelo garoto no fim do último debate) tão tocante que me emocionei.parabéns.

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