Filme interessante e chato ao mesmo tempo. Interessante pelas interpretações e chato pelo tanto que ele é óbvio na direção e em outros aspectos técnicos, como na trilha sonora e em grande parte do roteiro.
Dirigido por Atom Egoyan, Where The True Lies é um filme de 2005 que vale mais pela dupla Kevin Bacon e Colin Firth do que por todo o resto. Kevin Bacon parece que vem se especializando em papéis sinistros… enquanto Colin Firth se esquiva um pouco do seu até agora costumaz papel de “bom moço” em filmes românticos – que lhe vêm acompanhando desde Bridget Jones.
A história poderia ser melhor contada se o diretor egípcio Atom Egoyan (do anterior e elogiado Ararat) se aventurasse mais. Mas ele faz, na verdade, um filme bem básico, sem muita personalidade. Não muito conhecido, Where the True Lies faturou pouco mais de US$ 871 mil nos Estados Unidos… um fracasso, já que a produção custou aproximadamente US$ 25 milhões – um baixo custo para Hollywood, mas justificável pela simplicidade da produção.
A HISTÓRIA: O filme conta a história da jornalista Karen O´Connor (Alison Lohman) em busca da verdade sobre a separação da dupla de sucesso Vince Collins (Colin Firth) e Lanny Morris (Kevin Bacon). Os dois formavam uma das duplas humorísticas de maior sucesso na televisão americana e no circuito ao redor de Miami e Hollywood nos anos 50, mas se separaram de maneira inexplicada. Quinze anos depois da separação deles, O´Connor tenta descobrir a verdade do que aconteceu com a carreira deles e sobre a morte de uma empregada de hotel chamada Maureen (Rachel Blanchard) na suíte em que eles ficaram hospedados após um de seus shows.
VOLTANDO À CRÍTICA: Como eu comentava antes, o diretor de Ararat faz um filme absolutamente morno. Sem ousar em nenhum momento, ele nos apresenta uma história linear em quanto a investigação da jornalista entremeada com “flashbacks” da história de Vince e Lanny – e, como outros filmes que buscam “revelar os bastidores cruéis do showbusiness e de Hollywood”, aqui também nem tudo que se conta é verdade a primeira vista. Assim como a direção de Egoyan, a interpretação de Alison Lohman não sai da temperatura média, beirando quase a frieza, em um contraste com as boas intepretações de Kevin Bacon (do Sobre Meninos e Lobos, que eu adoro) e Colin Firth. Os dois, inclusive, realmente parecem uma dupla em cena, sem distoar em nenhum momento, juntos ou separados.
O filme não é uma total perda de tempo, mas é morno. Vale pela interpretação dos dois atores e pela beleza e interpretação da atriz Rachel Blanchard (que pode ser vista em Serpentes a Bordo, um filme que ainda não vi mas, tenho certeza, deve entrar na minha lista de “absurdos divertidos”). Mas, para ser franca, há pelo menos uns 30 filmes diferentes que valem mais o seu tempo. Esse lembra demais as histórias de Sidney Sheldon (que descanse em paz!) ou tantas outras que você já viu no cinema, só que melhor filmadas.
NOTA: 6.
OBS DE PÉ DE PÁGINA (Só leia depois de ver o filme): Será que toda jornalista precisa transar com seus entrevistados para conseguir um “furo”? As meninas desse filme ao menos dizem que sim… Sem trocadilhos com a idéia do “furo”, mas alguma feminista pode se aborrecer com essa idéia. Ou não? Eu sei que eu nunca precisei dessas “artimanhas” para conseguir uma entrevista… mas vai ver que é porque eu nunca trabalhei em Hollywood.
E nas buscas para os links para esse comentário descobri que o Kevin Bacon tem uma banda… ele tem tudo a ver com uma banda. hehehehehe
Uma resposta em “Where The Truth Lies – Verdade Nua”
[…] de publicações ainda não era bem o atual, o filme Where The Truth Lies (que pode ser acessado neste link). Vale acompanhá-lo, apesar do cinema dele nem sempre ter tanta qualidade quanto ele […]
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