Alejandro Amenábar. Esse chileno de Santiago de Chile sempre me interessou. Ou melhor, passou a me interessar desde que vi Vanilla Sky, com Tom Cruise e, como sempre faço, fui atrás dos demais filmes dele. Daí cheguei a Os Outros e alucinei… quem é esse cara? E aí veio o melhor: Mar Adentro. E ele me conquistou.
Daí, como costumo fazer, fui atrás dos demais filmes dele… e cheguei a Abre los Ojos e a Tesis. Abre los Ojos vi faz pouco tempo e gostei muito, muito mesmo. Claro, tem outro sabor, distinto de Vanilla Sky. Gosto dos dois, por motivos diferentes. Abre los Ojos é mais “possível”, é mais humano, por assim dizer. Vanilla Sky é mais simbólico mas, ainda assim, muito bom.
Mas Tesis… é muito louco ver esse filme ser ambientado em corredores que conheço tão bem… parte da história se passa nos corredores, na cantina e em algumas salas da Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade Complutense de Madrid, onde faço meu doutorado. Muito louco ver o filme ser rodado ali.
A HISTÓRIA: Uma estudante da Facultad de Ciencias de la Información está começando a pesquisar para sua tesis sobre a violência em imagens… mais precisamente sobre a utilização de imagens violentas e seus efeitos nas casas e famílias. Ela pede a ajuda de um professor para acessar o acervo de vídeos da universidade e, depois que ele morre aparentemente assistindo ao vídeo, ela se vê em uma investigação quase policial para descobrir sobre o assassinato que é visto na fita e sobre seus envolvidos.
VOLTANDO À CRÍTICA: Fora a parte emocional, de ver a minha faculdade desfilando no filme a todo o momento, eu gostei “fazer algo para ser visto” pode motivar atitudes o crimes. Bem interessante a história e, além disso, vemos a dupla de Abre los Ojos já bem afinada: Eduardo Noriega e, principalmente, Fele Martínez estão muito bem nos seus papéis. Gostei também de Ana Torrent, que me convenceu no papel principal. Uma das vantagens de “dominar” o idioma espanhol é poder ver esse filme sem legendas e sacar todo o proveito das palavras ditas assim, quase de maneira direta e improvisada.
NOTA: 8.
OBS DE PÉ DE PÁGINA: O filme vale porque é divertido, mas não pode ser levado a sério. Perto de Abre los Ojos e Os Outros, sem contar Mar Adentro, pode ser considerado um ensaio do diretor. Se percebe com ele, assim como com os outros, uma evolução de Amenábar. Agora é esperar por seu próximo filme. Mas que ele é bom, isso ele é!
2 respostas em “Tesis – Morte ao Vivo”
Ana Torrent ficou conhecida por ser a menina “Maite” do melhor filme do Carlos Saura “Cria Cuervos”
Tesis me impressionou muito e tirando o tema dos recursos técnicos, me parece um grande filme, o considero muito superior a Abre Los Ojos.
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Olá Ricardo!!!
Realmente, grande lembrança de Ana Torrent em Cria Cuervos. Ela tinha apenas 10 anos quando interpretou Ana no filme de Saura.
Concordo contigo que Tesis é muito bom. Gostei da história também, apesar de que acho que ele sofre muito com os recursos técnicos e com uma ou outra interpretação “forçada”. Para mim, contudo, Abre los Ojos é superior, tanto pelo trabalho de direção quanto pela história mais elaborada e pelas atuações. Mas opiniões, claro, são opiniões. Cada um é mais sensível a determinados temas do que outros por suas vivências e bagagem cultural, além de gostos, claro. Respeito tua opinião e acho até bacana discordares de mim. hehehehehehe
Obrigada pela visita! Espero que voltes aqui mais vezes.
Um grande abraço!
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