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Wonder – Extraordinário


Este filme tem todos os elementos para fazer qualquer um chorar, mas o choro não é obrigatório. Mas ainda que você não chegue a verter lágrimas, algo é certo: Wonder vai te emocionar. Eu não chorei, mas fiquei tocada pela história, muito bem contada e conduzida, em mais de um momento. Isso porque este filme trata dos valores certos, do que realmente interessa no final de contas. Uma produção que dialoga com qualquer pessoa de qualquer idade porque tem uma proposta bastante universal. E por mais que a história não seja muito surpreendente, ela tem algumas ótimas sacadas que compensam a narrativa previsível por boa parte da duração do filme.

A HISTÓRIA: Em um céu estrelado, um astronauta flutua. Ele parece estar pulando e ergue os braços. Auggie (Jacob Tremblay) está pulando sobre a cama e comenta que ele sabe que não é uma criança como qualquer outra. Mas ele diz que faz coisas ordinárias, como tomar sorvete, andar de bicicleta, e fazer esportes no Xbox. Ele ama Minecraft, Ciências e, claro, Star Wars. Ele inclusive brinca de lutar com sabres de luz com o pai, Nate (Owen Wilson). Enquanto isso, ele deixa a irmã Via (Izabela Vidovic) maluca. Auggie também sonha em ir para o Espaço, como qualquer criança. Curioso que ele está sempre com um capacete.

Mas ele disse que o nascimento dele não foi ordinário e sim hilário. Mas quando Auggie nasce, todos percebem que tem algo errado. Desde então, ele fez 27 cirurgias para que ele pudesse fazer coisas básicas, como enxergar, respirar e tudo o mais. Mas, agora, ele terá um novo desafio pela frente. Em um certo dia, ele escuta a mãe Isabel (Julia Roberts) e o pai Nate falarem sobre ele ir para a escola. Aí começará o grande desafio de Auggie até o momento.

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a Wonder): Eu não gosto de assistir a trailers de filmes. Mas, às vezes, quando vamos no cinema, meio que somos obrigados, não é mesmo? Assisti ao trailer de Wonder umas duas vezes antes de assistir ao filme. E que imagem aquele trailer me passou? Que Wonder seria um daqueles filmes “forçados”, literalmente planejados a cada milímetro para fazer o espectador chorar.

Então, serei franca, eu fui para o cinema com um certo “pezinho atrás”. Estava com esta expectativa de filme forçado quando comecei a ver o filme. E qual foi a minha surpresa quando eu percebi que não era nada daquilo? Verdade, como eu disse no princípio deste texto, que Wonder faz chorar com uma certa facilidade. Mas não porque ele apresenta uma carga melodramática exagerada e sim porque a história nos convence, ela parece real e ela faz a gente pensar em várias relações – especialmente de amizade – que nós mesmo temos. E o quanto tudo isso é fundamental.

Como eu disse, eu acabei não chorando. Mas foi por pouco. E o que exemplifica como o roteiro de Stephen Chbosky, Steve Conrad e Jack Thorne foi bem construído, é que a parte em que eu mais me “segurei” não teve a ver com o protagonista Auggie. Foi a parte em que Via canta para os pais e para as demais pessoas da plateia depois do gesto altruísta e de grande generosidade da “ex-amiga” Miranda (Danielle Rose Russell). Achei tanto o gesto da garota de uma grandeza imensa quanto me emocionei com a alegria e a entrega de Via no espetáculo sabendo que ela estaria orgulhando os seus pais.

Eis dois dos vários valores enaltecidos por esta produção que me cativaram. Primeiro, a amizade capaz dos gestos mais bonitos de Miranda, Jack Will (Noah Jupe), Summer (Millie Davis), Auggie e tantos outros. Depois, o desejo dos filhos em honrar e trazer alegria para os seus pais – com especial destaque, neste sentido, para a personagem de Via. Além disso, a história por si só de Auggie é inspiradora porque nos mostra que por mais difícil e/ou desafiadora que uma situação puder ou parecer, podemos superá-la se mantivermos o foco no que é certo e se tivermos os incentivos certos.

Algo que eu achei bacana neste filme é que ele não tem papas na língua. O roteiro do trio Chbosky, Conrad e Thorne, baseado no livro de R.J. Palacio, é bastante franco nas situações e nos diálogos de adultos, jovens e crianças. Desta forma, o trabalho do diretor Stephen Chbosky nos convence a cada minuto. Conseguimos nos lembrar do tempo do colégio – que, para muitos, foi realmente desafiador e uma tortura – e de tudo que aquela fase de encontro de diferenças e de nem sempre cuidado em tratar estas diferenças pode significar para uma criança e um jovem.

Sim, as crianças que aparecem em Wonder, quase na totalidade, são cruéis. Mas quem conhece o ambiente escolar sabe bem que boa parte do que vemos em cena realmente poderia acontecer em várias escolas mundo afora. Muitas crianças são perseguidas e viram chacota dos que, como Isabel bem define, tem problemas de autoestima.

Na vida real, e como acontece neste filme, as crianças que enfrentam este tipo de situação tem algumas formas de vencer isso. A primeira é elas se “impondo” de alguma maneira – pela força ou pela inteligência, muitas vezes. A segunda é elas resistindo ao máximo que elas podem e, pouco a pouco, ficando fortes com isso e ganhando a simpatia/amizade de algumas crianças. Isso sempre acontece, inevitavelmente. O papel dos adultos neste cenário, como Wonder também mostra com competência, é o de dar suporte, apoio e respostas para a criança que está sendo desafiada com bullying e com todas as suas práticas injustas.

Algo importante desta produção é que ela mostra que, infelizmente, em uma sociedade em que nem todos têm bom senso, educação ou respeito pelos outros, nunca poderemos evitar que as pessoas sofram. Os pais não podem evitar que os filhos sejam mal-tratados e desafiados, assim como as crianças que tem alguma particularidade que as distingue das demais não podem evitar de serem alvo de piadas e de grosserias. Mas se não podemos evitar algo, podemos aprender a lidar com isso, não é mesmo? Esta é a parte mais importante.

Wonder mostra tudo isso de forma muito franca e aberta, com sinceridade e delicadeza. E algo que eu achei importante no filme e que me surpreendeu é que Wonder não é centrado apenas no personagem de Auggie. Sim, é verdade que ele é o protagonista da história. Mas o filme é dividido em quatro “capítulos”, cada um com o nome de um personagem. O primeiro é dedicado a Auggie. O segundo, para Via, a irmã mais velha dele; o terceiro, para Jack Will, o menino que se torna o melhor amigo de Auggie; e o quarto, para Miranda, a “ex” melhor amiga de Via e uma personagem que, até aquele momento, você não esperava que tivesse um capítulo com o seu nome.

O interessante desta forma de narrativa é que cada “capítulo” do filme assume a ótica e a perspectiva daquele personagem. E isso é algo fundamental para o filme ter a qualidade que ele tem. Desta forma, Wonder nos mostra que uma mesma história e uma mesma realidade tem diversas perspectivas. Mesmo que às vezes não estejamos atentos para todas elas, todas são igualmente importantes e ricas de detalhes. Assim, entendemos não apenas o protagonista Auggie mas todas as pessoas da sua família e as outras pessoas mais próximas de forma mais completa com as diferentes perspectivas que aparecem em cena.

Por apresentar todas estas características, Wonder provoca apenas bons sentimentos, análises e perspectivas. O filme nos faz ter um olhar mais generoso e atento. Afinal, todas as pessoas vivem mundo próprios de experiências, sentimentos, expectativas, sucessos e fracassos, e deveríamos lembrar disso mais vezes no dia a dia em que encontramos pessoas nem sempre tão “adaptáveis” ou que fazem sentido para a gente. Wonder mostra que todos tem as suas perspectivas, e que todas estas perspectivas fazem sentido dentro de determinadas realidades lógicas e cheias de sentimento.

Ter um olhar mais atencioso, compreensivo e generoso para o outro é uma das mensagens centrais desta história. Todos tem as suas capacidades e talentos, e o que deveríamos fazer é ajudar, dentro das nossas possibilidades, para que todos consigam se expressar e se desenvolver como gostariam. Outras mensagens importantes que esta produção mostra e reforça a cada minuto é a importância da família e das amizades verdadeiras. Ou seja, grandes valores colocados em primeiro plano. Um belo filme, bem conduzido e desenvolvido, com um roteiro realista e que equilibra muito bem o drama e o humor. A variedade de perspectivas da história também ajuda muito Wonder a não ser o filme de um personagem só. Muito bacana.

NOTA: 9,6.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Citei antes alguns dos grandes valores que Wonder destaca durante o seu desenvolvimento. Mas tem outras questões que a produção destaca e que achei igualmente inspiradoras. Por exemplo, a forma com que o filme mostra a importância de grandes professores na vida de todas as pessoas. Eles são fundamentais e, nesta produção, tratados de uma maneira bacana e inspiradora. Outro valor destacado por esta produção é a admiração que algumas pessoas provocam nas outras. Via poderia perceber a sua família como desigual e um tanto problemática, mas a perspectiva de Miranda era totalmente diferente. Às vezes deveríamos parar alguns minutos para pensar nestas diferentes perspectivas sobre a nossa vida e a nossa realidade.

Gostei também da viagem no tempo que Wonder me fez passar. Lembrar da época do colégio, de seus desafios e de seus prazeres. Das primeiras amizades verdadeiras, das amizades que se revelaram não ser tão sinceras assim ou tão duradouras, dos professores inspiradores e das situações que talvez pudessem ser classificadas hoje de bullying e que me tornaram mais forte. Ter bons valores e ter humor ajudam muito naquele período. E Wonder mostra isso de uma forma bacana e sem forçar a barra.

Além do roteiro bem escrito, equilibrado e da direção competente de Stephen Chbosky, há outros aspectos técnicos de Wonder que chamam a atenção. Para começar, a trilha sonora bem presente de Marcelo Zarvos; a edição competente de Mark Livolsi; a direção de fotografia de Don Burgess; o design de produção de Kalina Ivanov; a direção de arte de Kendelle Elliott e de Brad Goss; a decoração de set de Shannon Gottlieb; os figurinos de Monique Prudhomme; e os 19 profissionais envolvidos no trabalho do Departamento de Maquiagem.

Algo de tirar o chapéu neste filme: o desempenho do elenco. Todos os atores, sem exceção, estão ótimos e convincentes em seus papéis. Dá para perceber que todos realmente viveram os seus personagens e conseguiram, desta forma, nos passar os sentimentos e o realismo de cada situação. Isso nem sempre é comum, mas acontece com profusão neste filme.

O grande Jacob Tremblay, que todos descobrimos no filme Room (comentado por aqui), brilha novamente como protagonista de uma história. Este garoto realmente é ótimo e merece ser acompanhado. Além dele, estão ótimos também Julia Roberts e Owen Wilson, bastante convincentes como os pais dedicados, atenciosos e que não sobrecarregam os seus filhos. E ganha um destaque especial o trabalho de Izabela Vidovic. Ela rouba a cena cada vez que aparece como Via, irmã mais velha de Auggie. Foi ela que, por muito pouco, não me fez chorar com aquela significativa sequência no teatro. Mais um grande talento que merece ser acompanhado – espero que deem para ela papéis realmente bons daqui para a frente.

Outros atores que tem destaque nesta produção também estão ótimos. Noah Jupe faz uma entrega impressionante como Jack Will, o garoto que se “aventura” a se aproximar de Auggie e que realmente percebe o grande garoto que ele tem pela frente. Ele faz uma besteira, como vários outros de nós já fizemos em algum momento da vida, mas isso não lhe impede de continuar sendo bom caráter e de defender os valores certos.

Merecem ser citados, porque estão muito bem em seus papéis, Mandy Patinkin como o diretor do colégio Mr. Tushman; Bryce Gheisar como Julian, o mais cretino dos garotos da turma de Auggie – com os pais que ele tem, dá para entender porque ele é um imbecil; Elle McKinnon como Charlotte, a menina que, junto com Jack e Julian, apresenta o colégio para Auggie antes das aulas começarem; Daveed Diggs como Mr. Browne, um dos professores de Auggie; Ty Consiglio como Amos, um dos garotos “valentões” que acompanham Julian; Kyle Breitkopf como Miles, outro garoto que anda com Julian; Millie Davis como Summer, a primeira estudante que se aproxima de Auggie depois que ele rompe a relação com Jack; Ali Liebert como Ms. Petosa, professora de Ciências; Danielle Rose Russell como uma surpreendente Miranda, que ganha espaço mais perto do final e que tem uma interpretação interessantíssima; Nadji Jeter como Justin, o garoto que se aproxima de Via e que lhe incentiva a fazer teatro; e a nossa atriz brasileira Sonia Braga em uma super ponta como a avó de Via e Auggie. Sonia Braga aparece em apenas uma cena, mas é uma sequência bacaninha.

Em papéis realmente menores, mas com uma presença marcante quando aparecem em cena, temos ainda os atores Nicole Oliver como a mãe de Jack; Rachel Hayward, como a mãe de Miranda; Crystal Lowe e Steve Bacic como os pais cretinos de Julian – figuras odiosas que, infelizmente, existem no mundo real. Aliás, Wonder nos mostra bem, também, como bons pais são fundamentais para termos uma boa sociedade. Pais que ensinam os valores certos e que tem as atitudes adequadas são fundamentais para a formação de boas pessoas, enquanto que pais boçais e cretinos (e eles existem) provocam exatamente o contrário. Pensem nisso, se vocês são pais atualmente ou se pensam em ter filhos em algum momento da vida. Que tipo de pais vocês são e/ou vão ser?

Wonder estreou em première em Los Angeles no dia 14 de novembro. Na sequência, ele foi estreando em dezenas de países mundo afora, chegando aos cinemas do Brasil no dia 7 de dezembro. Até o momento, esta produção ganhou dois prêmios e foi indicada a outros seis. Os dois prêmios que o filme levou para casa foram o Humanitarian Award para Stephen Chbosky no Satellite Awards e o Truly Moving Picture Award no Heartland Film.

Agora, algumas curiosidades sobre esta produção. O ator Jacob Tremblay e a família dele foram para o retiro da Associação Craniofacial Infantil, onde o ator e seus familiares puderem conhecer de perto a realidade de pessoas que tiveram a síndrome de Treacher Collins, a mesma que Auggie teve. Um outro nome para a síndrome de Auggie mostrada nesta produção é disostose mandibulofacial. Mais informações sobre esta síndrome neste artigo da Info Escola.

Olhem que interessante. Wonder é baseado no livro bestseller de R.J. Palacio. E sabem como o autor se inspirou para escrever a sua obra? (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Ele pensou em escrever o livro depois que ele e o seu filho foram a uma sorveteria e encontraram lá um garoto com a síndrome de Treacher Collins. O filho de Palacio chorou ao ver o outro garoto. Essa cena, que realmente ocorreu, é citada em uma parte do filme como sendo algo vivenciado por Jack, sua mãe e irmão mais novo.

Miranda chama Auggie de Major Tom. Esta é uma referência à música Space Oddity, de David Bowie, que fala sobre o astronauta Major Tom.

Wonder foi rodado em diversas locações do Canadá e, nos Estados Unidos, em Manhattan e Coney Island, ambos em Nova York. No Canadá, o filme teve cenas rodadas no Heritage Woods Secondary School, na cidade de Port Moody; no Vancouver College e no Playland, na cidade de Vancouver.

Os usuários do site IMDb deram a nota 8,1 para esta produção, enquanto que os críticos que tem os seus textos linkados no Rotten Tomatoes dedicaram 121 críticas positivas e 21 negativas para o filme, o que lhe garante uma aprovação de 85% e uma nota média 7. Os dois níveis de avaliação são muito bons, mas ficou claro que o filme agradou mais ao público que à crítica, não é mesmo?

De acordo com o site Box Office Mojo, Wonder fez pouco mais de US$ 109,2 milhões nos Estados Unidos e cerca de US$ 44,4 milhões nos outros países em que o filme já estreou. Com isso, esta produção já ultrapassou a marca de US$ 153,6 milhões nas bilheterias. Nada mal, mas o filme poderia ter se saído melhor nas bilheterias de outros países fora os Estados Unidos.

Wonder é uma coprodução dos Estados Unidos e de Hong Kong.

CONCLUSÃO: Um filme que enaltece a família, a amizade, o respeito às diferenças, a inteligência e a gentileza. Tem como ser melhor? Wonder está cheio de belos valores. Sim, ele tem alguns discursos importantes. Mas o que enche os olhos dos espectadores são os belos exemplos que vemos em cena. Para conseguir a empatia tão desejada em qualquer obra, Wonder mergulha na realidade do ambiente escolar de dois filhos de um casal. Então além dos valores positivos, temos também um bocado de crueldade, bullying e contra-exemplos de adultos e crianças.

Mas a vida é assim mesmo, não é verdade? Cheia de desafios, de pessoas sem noção e de uma certa dose de maldade. O que Wonder nos lembra é que para cada história lamentável, existem vários exemplos positivos e de superação. A narrativa linear desta produção é um bocado previsível. Sabemos por onde a história vai caminhar. Ainda assim, são os belos acertos do caminho que nos encantam e que nos fazem sorrir. Como na vida mesmo. Com atores que emocionam em belas interpretações, este é um filme que acerta quase em cheio no alvo. Faltou pouco para o 10. Vale ser assistido, sem dúvida, especialmente pelos belos valores que o filme trata e que sempre merecem ser debatidos e relembrados.

 

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 20 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing e, atualmente, atuo como professora do curso de Jornalismo da FURB (Universidade Regional de Blumenau).

4 respostas em “Wonder – Extraordinário”

[…] Gostei da direção segura de Greta Gerwig. Ela faz um trabalho sempre próximo dos atores e parece, por ser uma atriz bastante experiente, deixá-los bastante à vontade para que eles consigam exprimir tudo que ela deseja para os personagens que criou. O roteiro dela é bom, mas poderia ser melhor. Ela opta por uma narrativa linear, por uma cena na parte inicial de impacto, para “chocar” um pouco o espectador, mas depois acaba se rendendo a uma narrativa um tanto previsível. Desenvolve bem os personagens centrais, ainda que o filme sendo totalmente contado sob a ótica de Lady Bird acaba limitando um pouco a narrativa. Neste sentido, gostei mais, por exemplo, da narrativa fragmenta e com múltiplos olhares de Wonder. […]

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Além de tudo que você falou, eu destaco a importância de ver sempre o outro lado, de saber perdoar aquelas pessoas que em algum momento nos fizeram mal. Nos ajuda a ver que, por trás de uma face “má”, tem um ser humano que tem suas batalhas (Julian e Miranda com os pais que têm, por exemplo). O filme mostra a grandiosidade do menino que perdoa o Jack, mesmo esse tendo-o magoado muito.

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