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All Is Lost – Até o Fim


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Em condições normais, o ser humano é feito de um material que lhe exige buscar a sobrevivência a todo custo. Quanto mais adversa a situação, mais o indivíduo se desdobra em sobreviver. E algumas vezes, ao invés de gestos desesperados, a sobrevivência significa pequenas atitudes, singelos gestos de inteligência.

All Is Lost é um filme diferente, que exige muita paciência do espectador, mas que trata, exatamente, deste infindável desejo de viver que todos nós temos. Agora, se você ainda não assistiu ao filme, saiba que esta é a história de um homem só, trabalho de um único ator, e que há poucas palavras em jogo. Por isso mesmo, recomendo que você assista ao filme bem desperto(a), preferencialmente na primeira parte do dia – e não no final, quando o sono já pode começar a bater.

A HISTÓRIA: Barulho de água. Seguido da informação de que a história começa a 1.700 milhas náuticas do estreito de Sumatra. No horizonte, apenas mar, até que surge a ponta de contêiner. Uma voz diz que a data é 13 de julho, e a hora, 16h50min. Em seguida, prossegue pedindo desculpas, mas explicando que havia tentado de tudo. Ele fala de seus princípios e tentativas, mas acaba concluindo que não estava certo.

Afirma que tudo estava perdido ali, exceto por seu corpo e alma, e por comida suficiente para metade de um dia. Também afirma que lutou até o fim, ainda que não saiba se valeu a pena. E conclui que sempre esperou mais para todos, e que sentirá falta das pessoas. Daí o filme volta oito dias no tempo, antes daquela declaração, para sabermos o que levou aquele homem (Robert Redford) a escrever aquelas palavras.

VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso recomendo que só continue a ler quem já assistiu a All Is Lost): Este não é um filme fácil, não há dúvidas. Comecei a assisti-lo em um dia, cansada, e depois de 15 minutos eu tive quase certeza que não conseguiria vê-lo até o fim. De fato, não consegui. Deixei os 30 minutos finais para o dia seguinte. E valeu muito a pena ter feito isso.

O melhor de All Is Lost está neta reta final. Mas para você concluir isso, como acontece muitas vezes na nossa própria vida, é preciso ter vivenciado todo o resto. Impressionante pensar que conseguiram um grande astro e o investimento necessário em dinheiro para realizar All Is Lost em Hollywood. Porque este filme é tudo, menos hollywoodiano. Se ele tivesse sido feito por europeus ou russos, seria mais “natural”. O que apenas valoriza ainda mais o trabalho do diretor e roteirista J.C. Chandor.

Talvez o paralelo possa surpreender vocês, mas acho All Is Lost um irmão gêmeo de Gravity (comentado aqui no blog), só que ambientado em outro “universo” (no lugar do espaço sideral, este filme se passa em outra imensidão, a do mar), e a antítese de The Wolf of Wall Street (com crítica neste link). Isso apenas para ficar na comparação de filmes que foram lembrados no Oscar deste ano.

Vejamos melhor estas comparações… All Is Lost trata do desejo infindável da sobrevivência da mesma forma que Gravity. A diferença é a quantidade de ação, de diálogos e de recursos entre uma proposta e a outra. Gravity teve um orçamento aproximado de US$ 100 milhões e investe pesado em inovação tecnológica e efeitos especiais. All Is Lost teria custado cerca de US$ 9 milhões e aposta em recursos espartanos, sem muita inovação – apesar de exigir vários efeitos especiais, ainda que em escala radicalmente menor que Gravity.

No fim das contas, tanto Gravity quanto All Is Lost são estrelados por atores solitários. Tudo bem que Sandra Bullock não fica só o tempo todo – conta com a “companhia” de George Clooney por uma parte considerável do tempo. Ainda assim, o fundamental da história de Gravity se passa na parte solitária da protagonista. All Is Lost é um filme de um único ator, literalmente. Tanto Robert Redford quanto Sandra Bullock se sacrificaram pelos seus papéis e embarcaram em suas respectivas interpretações.

Além disso, os protagonistas dos dois filmes devem enfrentar muitos desafios para tentar sobreviver. Passam, inclusive, por alguns momentos de esperança seguidos de frustração. São testados mais de uma vez. Mas não esmorecem. Em certo momento, parece que vão desistir, mas daí surge uma última chance de viver e eles a abraçam com toda a força que resta. Nos dois casos a história é edificante e carregada de esperança. Apesar de tantas semelhanças, para o meu gosto All Is Lost foi mais emocionante que Gravity – especialmente pelo final de Gravity, um tanto previsível demais enquanto All Is Lost é pura beleza e poesia.

Agora, vejamos a comparação dos extremos: All Is Lost e The Wolf of Wall Street. No caso do primeiro, dá para contar nos dedos as palavras proferidas. Existe quase uma ausência de falas – por pouco All Is Lost não é um filme mudo. The Wolf of Wall Street, por outro lado, apresenta uma verborragia incessante, quase ensurdecedora. Há excesso de diálogos, de palavras. É como se All Is Lost negasse The Wolf e vice-versa.

Sem contar as diferenças de ambiente e de essência. Enquanto em The Wolf sobram recursos, dinheiro e luxúria, em All Is Lost nada disso tem importância. No filme que estamos tratando aqui, a sobrevivência depende de muito pouco. Voltamos para o essencial. Descobrimos, mais uma vez, que precisamos de muito pouco para viver. E mesmo que não tenhamos quase comida ou água, como o que acontece com o personagem de Robert Redford, nos sobra vontade de viver, lembranças para revisitar, esperança para seguir lutando e imaginação para sonhar.

Como bem escreveu o protagonista naquelas linhas iniciais, ainda que quase tudo tivesse terminado, ele ainda tinha o próprio corpo e a alma. Mesmo enfraquecidos, eles estavam ali. Que grande filosofia! E esta é a essência de All Is Lost. Claro que para chegar naquele ponto e no final derradeiro, J.C. Chandor teve que fazer o exercício básico de nos contar como o protagonista chegou naquela carta.

Daí que existem vários momentos de ação, do personagem de Redford lutando contra o acidente que inicia esta história, até o ápice de enfrentar uma grande tempestade. Antes e depois destas cenas, predominam imagens de “vida real” no mar. Descobrimos, quase na prática, como se desenvolve o cotidiano de quem navega sozinho, quais são os recursos que esta pessoa tem disponível e que alternativas ela possui no caso de emergências.

Como eu disse lá no início, esta é uma produção de um único ator. Redford se entregou para o papel, como Sandra Bullock fez em Gravity. Mas em All Is Lost ele está sozinho. A imagem do ator naquela imensidão, revelando toda a sua fraqueza, mortalidade e solidão, é um paralelo interessante sobre a condição humana.

Afinal, não importa onde estejamos ou o que estejamos fazendo, no fundo somos exatamente isso. Seres frágeis, mortais e que passam grande parte da vida sem uma companhia no que isso tem de mais pleno (ou seja, sem a compreensão do outro que seja plena). Quando nos damos conta disso, talvez nos sintamos mais realistas ou, quem sabe, conformados.

Por isso tudo vale vencer o sono que All Is Lost pode nos provocar – especialmente se você tentou assisti-lo no final do dia. Esta é uma produção que trata de alguns dos temas, medos e fortalezas mais caros do ser humano. E não deixa de ser um desafio aprender com um roteiro como este de Chandor.

Digo isso porque, normalmente, queremos ter um contexto para acalmar a nossa curiosidade de saber mais sobre o outro. E no caso do protagonista de All Is Lost, não apenas desconhecemos o passado dele como, depois de acompanhá-lo naquela experiência extenuante, ficamos sem saber o que irá acontecer com ele a partir dali.

A carta que ele escreve e lança no mar sugere que ele tem família, pessoas que ama e que ele teria decepcionado de alguma forma. Mas existe também espaço para interpretar aquela carta como uma mensagem para a humanidade em geral – especialmente porque ele não cita nome algum no texto. Aí a interpretação vai depender do gosto do freguês – ou, neste caso, do espectador. Eis mais uma escolha brilhante de Chandor.

Interessante a coragem dos realizadores de fazer um filme praticamente mudo. Em pouquíssimas ocasiões Robert Redford abre a boca. O que acaba valorizando, ainda mais, quando este gesto é feito. Mais um ponto de reflexão para todos nós que, normalmente, deveríamos nos calar mais e escutar os sons ao redor. O silêncio pode ser mágico e fonte de grande aprendizado. Pena que ele esteja cada vez menos presente no nosso cotidiano.

All Is Lost sabe valorizar aquele silêncio ainda que, no fundo, ele praticamente nunca exista na prática. O filme é recheado por “sons ambientes” (muitas vezes criados para valorizar o que seria o som original) e por uma trilha sonora marcante e fundamental. Mas nada que tire o espaço fundamental dos sons da Natureza que, propositalmente, acaba “falando” alto e dando dinâmica para as cenas.

Apesar de ter tantas qualidades, não dou uma nota maior para All Is Lost porque acho que o filme gasta tempo demais com o passo-a-passo da vida no mar. Para o meu gosto, ele demora tempo demais para embalar. Como eu não tenho um gosto especial por navegação, acho que várias cenas que mostram os aparatos de um iate e as soluções que eles podem trazer poderiam ter sido suprimidas. Talvez sem elas o filme se tornaria mais “digerível” para o grande público, muito acostumado com sequências mais editadas e dinâmicas. Ainda assim, respeito a proposta de Chandor que, evidentemente, era aquela que vemos no filme mesmo.

NOTA: 9.

OBS DE PÉ DE PÁGINA: Há muito tempo eu não via ao ator Robert Redford tão bem. Entregue ao papel e ao projeto, ele dá um banho – sem alusão a trocadilhos. 🙂 Não é nada fácil segurar um filme com pouco mais de uma hora e meia de duração sozinho e convencendo a quem assiste. E com um detalhe importante: sem a “muleta” de diálogos espertos ou de um texto bem escrito. Aqui, Redford tem basicamente a ação de pequenos gestos como recurso cênico. Convencer o público desta forma, só sendo um grande ator. Pena ele não ter sido indicado ao Oscar.

Uma das qualidades marcantes desta produção é a direção de fotografia. Em muitas cenas, especialmente no final, são as belas imagens que embalam os pensamentos do público – que não tem nos diálogos uma válvula de escape. A dupla Frank G. DeMarco e Peter Zuccarini fizeram um belo trabalho em All Is Lost.

Como All Is Lost praticamente não tem diálogos, acaba sendo fundamental o trabalho de “preencher o vazio” feito pelos técnicos de som. Seja na captação de som ambiente ou seja na edição de som posterior, o trabalho destes profissionais acaba sendo vital para a produção. O Departamento de Som do filme contou com 24 profissionais liderados por Steve Boeddeker e Richard Hymns. Um trabalho exemplar. Destaque também para a trilha sonora de Alex Ebert que casa e dialoga perfeitamente com os sons do filme.

Agora, algumas curiosidades sobre a produção: o roteiro inteiro de All Is Lost tem 32 páginas. O que deve ser um recorde de economia no cinema. 🙂 E por falar em recordes, All Is Lost é o primeiro filme que se tem notícia estrelado por um único ator, dirigido e escritor por um único profissional, mas que tem 11 produtores executivos e seis outros produtores.

All Is Lost estreou em maio de 2013 no Festival de Cannes. Depois, o filme participaria de outros 15 festivais. O próximo da lista será o Festival de Cinema de Belgrado que começa amanhã. Nesta trajetória, a produção conquistou três prêmios e foi indicada a outros 21, incluindo a indicação a um Oscar. Entre os prêmios que recebeu está o de Melhor Roteiro Original no Globo de Ouro; Melhor Ator para Robert Redford (e quem mais seria? hehehehe) entregue pelo Prêmio do Círculo de Críticos de Cinema de Nova York; e o terceiro lugar como Melhor Ator para Robert Redford no prêmio da Sociedade Nacional de Críticos de Cinema dos Estados Unidos.

Esta produção teria custado cerca de US$ 9 milhões e arrecadado, apenas nos Estados Unidos, quase US$ 6,3 milhões nas bilheterias. Ainda falta contabilizar o resultado do filme nos outros mercados em que estreou, mas parece que ele terá um pouco de dificuldade para conseguir um grande lucro.

Para quem gosta de saber sobre os locais de gravação dos filmes, All Is Lost foi rodado em diferentes locais de Los Angeles, na Califórnia; nas Bahamas e na Baixa Califórnia, no México.

Os usuários do site IMDb deram a nota 7 para All Is Lost. Os críticos que tiveram os seus textos linkados no Rotten Tomatoes foram mais generosos, dedicando 188 textos positivos e apenas 14 negativos para a produção, o que lhe garante uma aprovação de 93% e uma nota média de 7,9.

Figura interessante este J.C. Chandor. Antes de All Is Lost, ele havia dirigido apenas a um filme: Margin Call. A estreia dele como diretor foi com o curta Despacito. Mesmo com um número tão reduzido de trabalhos, ele já tem sete prêmios no currículo e foi indicado a um Oscar – pelo roteiro de Margin Call. Agora, ele está rodando A Most Violent Year, estrelado por Jessica Chastain e com estreia prevista para 2015. Vale acompanhá-lo.

Este é um filme com produção 100% dos Estados Unidos. Por esta razão, ele engrossa a lista de produções daquele país comentada aqui no blog e que atende a uma votação feita por vocês.

Fazia tempo que eu não encontrava tantos cartazes bons de um mesmo filme. Tive um pouco de dificuldade de escolher qual colocar aqui no blog. Mas acho que fiz uma escolha acertada. De qualquer forma, vale dar uma olhada nas outras opções que existem na rede.

CONCLUSÃO: Inicialmente este filme é recomendado apenas para quem gosta muito de mar e de histórias de busca pela sobrevivência. Ou, pelo menos, para quem não se importa com um desenrolar lento da história, na qual a falta de diálogos predomina. Aqui o que importa é a relação do homem com a Natureza e com o seu próprio significado no mundo. Não sabemos nada sobre a vida do protagonista antes de vê-lo sozinho navegando pelo mundo.

Aqui a contextualização pouco importa. Um filme lento, com grande interpretação de Robert Redford, e que testa a paciência do espectador para levá-lo a outro nível. Um estágio em que os diálogos são supérfluos e em que a contemplação e a reflexão é o que importa. Lindo e exigente, All Is Lost exige que o espectador vença o seu sono – especialmente se você tentar assisti-lo no fim de um dia de trabalho -, mas no fim das contas ele se revela muito válido e interessante pelo diferencial que nos apresenta.

PALPITE PARA O OSCAR 2014: Antes da lista de indicados ser divulgada, alguns apostavam que Robert Redford conseguiria uma indicação como Melhor Ator. Mas ele ficou fora da lista – apesar de merecer. O mesmo aconteceu com Tom Hanks. É que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, este ano, resolveu encher a bola de American Hustle – e, consequentemente, de seus atores, incluindo Christian Bale, que foi indicado como Melhor Ator.

Para All Is Lost sobrou uma indicação na categoria Melhor Edição de Som. De fato, em um filme praticamente sem falas, a trilha sonora e o som ambiente e criado em estúdio são os elementos fundamentais em cena. Mesmo que você não perceba com exatidão durante o desenrolar da história, mas o trabalho impecável da equipe liderada por Steve Boeddeker e Richard Hymns é essencial para te transportar para o meio da história e provocar o que é um dos objetivos desta produção: a empatia do espectador com o protagonista solitário desta história.

Sem dúvida Boeddeker e Hymns merecem a estatueta. Mas eles tem pela frente uma tarefa inglória: desbancar o trabalho  fantástico que Glenn Freemantle fez com a edição de som de Gravity. Sem dúvida alguma Freemantle é o favorito. Ainda que a concorrência na categoria esteja pesada – a edição de som em Captain Phillips também é ótima, e mesmo sem ter assistido aos demais concorrentes (a saber: Lone Survivor e The Hobbit: The Desolation of Smaug), imagino que o trabalho de todos seja de primeiríssima linha. All Is Lost, desta forma, pode sair de mãos vazias do Oscar. Não seria uma surpresa.

Por Alessandra

Jornalista com doutorado pelo curso de Comunicación, Cambio Social y Desarrollo da Universidad Complutense de Madrid, sou uma apaixonada pelo cinema e "série maníaca". Em outras palavras, uma cinéfila inveterada e uma consumidora de séries voraz - quando o tempo me permite, é claro.

Também tenho Twitter, conta no Facebook, Polldaddy, YouTube, entre outros sites e recursos online. Tenho mais de 25 anos de experiência como jornalista. Trabalhei também com inbound marketing, professora universitária (cursos de graduação e pós-graduação) e, atualmente, atuo como empreendedora após criar a minha própria empresa na área da comunicação.

7 respostas em “All Is Lost – Até o Fim”

Esse filme é lindo, vi todos os filmes concorrentes ao Oscar de melhor roteiro original e por mais que tenha somente 32 páginas ele merecia tanto quanto o 12 anos de escravidão o prêmio (o roteiro de 12 anos é sensacional também, difícil…).
O que eu acho mais interessante no filme (além da atuação magistral do Robert Redford, que show ele dá, praticamente cinema mudo…) é a questão filosófica que ele busca, o gravidade é parecido no sentido de sobrevivência, mas o All is Lost é maior leva a existência e a sobrevivência para uma questão filosófica vista mais em livros de psicologia ou de fé.
E bom o final… Sensacional, incrível!!
Honestamente fiquei uns dois dias com a “cabeça explodida” por esse filme…

PS: Ele é meio chatinho dos 35 minutos até 1 hora de filme mesmo, mas é importante essa “chatice” pra entender o final.

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Olá!

Um dos melhores do ano sem dúvida! É muito bom ver os medalhões do cinema americano comm folego e talento de sobra em encarar projetos ousados. Cresci assistindo filmes do Robert Redford por influencia dos meus pais, bem como do Clint Eastwood e outros da mesma geração.
O filme realmente é bem similar a idéia apresentada em “Gravidade”, mas confesso que “All is Lost” faz a diferença na atuação de Redford, apesar de não colocá-lo sozinho em cena, o mar e sua imensidão é um tremendo de um coadjuvante.
Grande abraço!

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Adorei o seu texto mas discordo num ponto: assisti ao filme bem no fim da noite (mais de meia noite) e ele me prendeu do inicio ao fim como um filme de suspense ( o gênero que mais gosto). E assisti inteiro com o maior prazer não por ser fanática por mar, mas sim por ser fanática por Robert Redford. De fato, so um ator daquela estirpe poderia fazer um filme praticamente mudo, sozinho e prender a atenção do espectador. Estou na duvida se gostei mais desse ou do Naufrago.

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Apreciei imenso o filme.Vi-o à noite e nada de sono…A solidão humana e a luta pela sobrevivência fascinou-me.Uma questão: O final é mesmo o fim do náufrago ? Achei que pode ter duas leituras…

Curtido por 1 pessoa

Primeiramente adorei adorei crítica do filme, e vejo o filme tal como a analogia à fragilidade do ser humano e que pequenos gestos de inteligência nos connduza a sobrevivência. O filme me cativou do início ao fim pela bruta mansidão dos seus movimentos do corpo (devido à idade do protagonista) e a calma dele frente a todas adversidades absurdas que ia enfrentando sozinho, sempre com uma pitada de suspense à espera de que aquele momento seria o fim.
E vem-se a tona o enigma do filme para mim: No momento do fim foi realmente o fim dele? A luz que ele viu veio do subconsciente da vontade de ser salvo ou a realidade? Ele sobreviveu ou foi puxado por Deus já em outra dimensão a final de contas? Fica aberta a interpretação de cada um.

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